Olívia de Cássia - jornalista
Olho a paisagem da janela da vida e vejo lembranças da minha
infância distante. Tanto tempo passado, tanta vida vivida. Amigos que já se
foram para outro plano, a distância que nos separou de outros e a vida seguiu
em frente.
Vejo minha mãe ralhando conosco por causa das nossas
traquinagens, indignada quando desobedecíamos a suas determinações e uma
lágrima de saudade escorre do meu rosto. Não posso evitar isso.
Vejo meu pai trabalhando incansavelmente na mercearia e no
armazém, para dar conta da nossa educação, até quando se aposentou porque não
pode mais caminhar e um gostinho de lágrima incontida escorre na alma e no meu coração.
Como sinto saudade dos meus velhos, nessas horas de carência
afetiva, quando a gente precisa de um colo e de um conselho para aliviar nossas
dores e nos orientar na vida! Se pudéssemos voltar no tempo e refazer alguns
detalhes daqui e dali, tudo seria diferente na vida da gente..
Mas como o tempo não volta e a gente tem que se acostumar à
saudade, só nos restam as lágrimas e as orações, pedindo a Deus para que
estejam num lugar de luz. Olho a paisagem e agradeço por tudo o que fizeram por
mim. Obrigado meus pais, por tudo!
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