sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Não tenho mais

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

Não tenho mais um amor doentio,
Daqueles que a gente se mata,
Se derrete só com o olhar,
Treme só em pensar na presença do outro;
Não tenho mais um amor  porque
Estou me curando das minhas feridas.
As cicatrizes da alma já estão quase se fechando,
Mas não foi fácil: tudo aconteceu aos poucos,
Depois de eu ter quase morrido,
Quase chegado ao fundo do poço.
Não sinto mais aquele amor de antes,
Estou me e erguendo novamente.
E viva a vida!

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