quinta-feira, 21 de março de 2019

Meus modelos mirins...

Usando a lente 50mm 1.8


Olívia de Cássia Cerqueira

Retratos infantis__________________

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domingo, 17 de março de 2019

Homenagem

Foi com muita honra que recebi neste sábado, 16, em Uião ds Palmares, pela direção do PT municipal, em comemoração ao Dia Internacional da Muler e os 39 anos do partido, a placa Marielle Franco, junto a outras companheiras merecedoras da homenagem. Daqui vai, mais uma vez, o meu agradecimento a todos que fazem o Partido dos Trabalhadores e dizer que a resistência continua e a luta é por um mundo melhor e mais justo. Obrigada a todos e todas. #LulaLive e Marielle presente!


quarta-feira, 13 de março de 2019

Não quero isso pra mim

Olívia de Cássia Cerqueira - jornalista e escritora


Não quero esse mundo pra mim. Não foi esse o país que sonhei. Estamos vivendo dias de ódio e desamor. Como disse um autor que não lembro agora o nome, "o Brasil está na triste imitação aos EUA". É uma lamentável constatação.

É muita notícia ruim, muita coisa negativa todo dia. Procuro me afastar um pouco de tudo isso, procuro suavidade em minha vida, diante de situação de limites do meu corpo, mas é impossível não se indignar com o que estamos vivendo em nosso lindo país. Triste fim.

Ainda teremos quatro anos de retrocesso e notícias escabrosas. O delegado que desvendou o assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista foi afastado, depois de citar que um dos assassinos mora no condomínio do “presidente”. Entre aspas mesmo, porque pra mim esse senhor não me representa.

Um dia depois, dois adolescentes ensandecidos invadem uma escola e matam dez pessoas, até agora, segundo o último boletim médico, fere outras tantas e se matam. A blogueira Helena Chagas escreveu no blog Divergentes, que são de congelar o sangue os gritos de pavor dos adolescentes que se defrotaram com os atiradores em sua escola em Suzano.

Fico me perguntando se isso não é o resultado do ódio espalhado nas redes sociais e a propaganda do armamento da população por membros do desgoverno. É uma tragédia atrás da outra e a imprensa explora, “até o último sumago”, como diria minha mãe, talvez para que esqueçamos das anteriores.

Mas não podemos e não devemos esquecer: quem matou Marielle e seu motorista? Agora vejo a notícia do afastamento do delegado, “para fazer especialização na Itália”. Só pode ser piada ou cortina de fumaça, para esconder o óbvio.

Quando da morte da vereadora, o então ministro Raul Jugman disse que havia políticos poderosos envolvidos no crime. Vejo hoje em sites confiáveis que arma com inscrição dos Fuzileiros Navais dos EUA é encontrada no arsenal da milícia. Publicado no Brasil de Fato.

“A Divisão de Homicídios (DH) da Polícia Civil do Rio de Janeiro apreendeu 117 armas na residência de um amigo do policial militar Ronnie Lessa, suspeito de ter executado a vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista, Anderson Gomes, há um ano. Em uma foto divulgada do material apreendido, consta um componente de um fuzil M27 com inscrição dos Fuzileiros Navais dos EUA [USMC, em inglês]”.

“O M27 é produzido pela Heckler & Koch, empresa de armas alemã que também tem fábricas nos EUA, na França e no Reino Unido. O modelo se tornou o fuzil padrão dos Fuzileiros Navais dos EUA em 2018”.

Enquanto isso o tal que está na presidência diz que precisamos nos igualar aos EUA. Não precisamos disso. E no mesmo dia do massacre, ele anuncia que vai flexibilizar porte de armas.

Toda a violência que já temos não vai diminuir com a liberação de armas, isso já está claro e pelo contrário, só vai incentivar os loucos ainda mais a saírem matando por aí. E segundo a ex-presidente Dilma, injustiçada e expulsa da presidência em 2016, “a lei anticrime de Moro é o encontro marcado com tragédias como a de Suzano” . E o retrocesso continua, até quando, depende de nós.

quinta-feira, 7 de março de 2019

Pouco a comemorar

Por Olívia de Cássia Cerqueira

Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, nós não temos muito a comemorar, a não ser estar unidas na luta contra a violência. É um flagelo, em pleno século XXI o que vemos todos os dias estampado na mídia. Ficou pra traz na sociedade a visão de que a violência doméstica só acontecia com mulheres pobres.

A estupidez vai aumentando num crescendo absurdo, segundo dados da imprensa nacional. “São múltiplas discriminações a que as mulheres estão sujeitas e que pesam de uma forma muita dura as suas vidas".

Ao longo dos anos, várias pesquisas vêm sendo feitas, para constatar o número crescente de agressões, seguidas de morte, por companheiros inconformados com o fim do relacionamento ou por namorados estúpidos em crises de ciúmes.

Nana Soares, jornalista especializada em direitos da mulher e combate à violência, diz que “Inúmeras pesquisas mostram, há anos, a vergonhosa prevalência da violência contra as mulheres no Brasil. A realidade, no entanto, muda pouco.

Nana tenta dar alguma dimensão da banalização da violência contra a mulher. “compilei alguns dados importantes de pesquisas recentes, especialmente referente à agressões, violência sexual, feminicídio e percepções sobre violência. Todas já foram noticiadas pela imprensa”, diz ela.

“Depois das manifestações do #Elenão que reverberaram por todo mundo contra o discurso do ódio e o sexismo representados pela candidatura de Jair Bolsonaro(PSL), as mulheres voltam às ruas neta sexta-feira.

A edição deste ano alerta para as ameaças de retrocessos com o atual governo, observa a redação do site Forum. “A proposta de “reforma” da Previdência, o aumento da militarização, a criminalização dos movimentos sociais, a política de “entreguismo” dos recursos naturais que afeta a soberania nacional são alguns dos pontos pautados por movimentos e pela Marcha Mundial das Mulheres.

As manifestações também vão protestar contra o machismo, a violência de gênero, a desigualdade, o racismo e o preconceito contra pessoas LGBTs”. O assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ), caso ainda sem solução quase um ano após o crime, será destaque na marcha que acontece em várias cidades do país, sob a bandeira “Somos todas Marielles”.

Também serão lembrados nas manifestações do 8 de março o recente crime da Vale em Brumadinho (MG). “O lucro não Vale a vida” chamando a atenção para o passivo ambiental deixado no estado pela ganância das mineradoras.

É considerada violência, além da agressão física, também ameaças, ofensas e xingamento, imposição de sofrimento psicológico, danos morais ou patrimoniais. Todos estes itens estão previstos no artigo 50 da Lei Maria da Penha, que incluem violências sofridas no âmbito familiar ou domiciliar.

Já no abuso sexual, não é preciso que haja penetração para que seja considerado estupro. A prática de atos libidinosos sob ameaça ou violência também enquadra-se no crime, previsto no artigo 213 do Código Penal Brasileiro.

As penas variam de seis a dez anos de prisão, com agravantes em caso de morte, lesões corporais graves ou prática com menores de idade.
Mesmo ciente das definições, quando a agressão acontece, a mulher acaba ficando sem saber como agir e que providências tomar. As autoridades orientam como proceder em casos de violência de gênero:

O que fazer em caso de agressão física?

A primeira coisa é ir à delegacia mais próxima e registrar um Boletim de Ocorrência. Em todos os casos de violência, é recomendado que a vítima procure uma delegacia o quanto antes, para que os indícios e marcas da agressão não sumam, assim, haverá mais provas.
Como funciona este procedimento?

O delegado irá instaurar um inquérito policial e encaminhar a vítima para o IML (Instituto Médico Legal), para registrar os vestígios da agressão. Ele também vai oferecer medidas protetivas de emergência.

Quais são essas medidas?


Tirar o agressor do lar, determinar uma distância mínima entre a vítima e o agressor e encaminhar a mulher para um abrigo, cujo endereço é secreto.

O que fazer caso a agressão ocorra em um momento em que a Delegacia da Mulher está fechada?
A vítima deve se dirigir a qualquer delegacia mais próxima e registrar a ocorrência normalmente. Todas as delegacias devem receber as vítimas.
O que uma mulher deve fazer se for ameaçada?

Ela pode se dirigir à delegacia e registrar a ocorrência. A palavra da mulher é de grande valia nestes casos. Após o registro da ocorrência, a Polícia Civil vai investigar o caso e encaminhar para o fórum. Provas e testemunhas auxiliam no inquérito, como mensagens de texto, áudios, familiares ou vizinhos que presenciaram as ameaças.

A mulher que foi ameaçada recebe alguma medida protetiva?

Sim. Ela também pode ser encaminhada a um abrigo, onde ficará longe do agressor.

Que medidas são tomadas após o registro de estupro?


A vítima é encaminhada a um hospital para realizar exames e receber medicamentos antirretorvirais, que possam impedir a contaminação por doenças sexualmente transmissíveis. Além disso, a mulher também recebe gratuitamente a pílula do dia seguinte, para evitar gravidez.

Se a mulher for casada e o marido forçar sexo, é estupro?

Sim. Neste caso a palavra da vítima também é de grande valia e o delegado encaminha para o IML em busca de provas de agressão, como um apertão, por exemplo.

O que acontece com o suposto agressor durante o processo de investigação e caso seja condenado?

O suspeito vai responder criminalmente e, se condenado, pode ser preso. Caso alguma medida protetiva seja descumprida, a prisão preventiva pode ser decretada. Quando a pessoa é indiciada, consta nos antecedentes criminais se o processo foi arquivado ou se houve condenação.


O que pode atrapalhar o inquérito?

Ausência de testemunhas, quando a vítima se arrepende e retira a queixa ou muda para outro estado. Em casos de lesão corporal, não é possível retirar a queixa, mas em casos de ameaça e injúria sim, apesar de não ser recomendado.

(Com informações das agências de notícias especializadas)



Semana Santa

Olívia de Cássia Cerqueira (Republicado do  Blog,  com algumas modificações)   Sexta-feira, 29 de abril, é Dia da Paixão de Cristo. ...