segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Prêmio Braskem de Jornalismo será lançado na quinta

Lançamento do prêmio, ano passado,
 Milton Pradines e Valdice Gomes
O Sindicato dos Jornalistas e a Braskem lançam na próxima quinta-feira (3/10) mais uma edição do Prêmio Braskem de Jornalismo, destinada a premiar os autores das melhores reportagens produzidas em Alagoas entre 2012 e 2013. A nova edição será apresentada à imprensa durante café da manhã no restaurante Picuí (Avenida da Paz), a partir das 8h30.

 Este é o 24º ano em que os jornalistas de Alagoas são homenageados por seus trabalhos. A principal novidade em 2013 é que as inscrições e o julgamento das reportagens serão feitas via Internet, como aconteceu em junho com o Prêmio Octávio Brandão de Jornalismo Ambiental. Com isto os organizadores pretendem facilitar o encaminhamento das matérias pelos jornalistas, reduzir a utilização de papel, além de ampliar a política de sustentabilidade do concurso, que já trabalha anulando a emissão de gás carbônico produzido pelo evento.

Criado em 1989 pelo Sindicato dos Jornalistas e a Salgema Indústrias Químicas (atual Braskem), o prêmio Braskem de Jornalismo é o maior e mais cobiçado da imprensa alagoana. Ao longo de duas décadas tem contribuído para o jornalismo investigativo e o aprimoramento da produção jornalística no Estado. Ele vai premiar profissionais em 13 categorias, nas áreas de impresso, rádio, assessoria, internet e televisão.

 Este ano os vencedores receberão, além de troféus, R$ 39.500,00 em dinheiro. As inscrições serão abertas já no dia 3, durante o café de lançamento. Os organizadores distribuirão um folder com os presentes onde constam o regulamento e informações sobre a inscrição on-line. Os interessados em participar do Prêmio devem encaminhar seus trabalhos até o dia 3 de novembro.

A expectativa dos organizadores é receber este ano cerca de 250 trabalhos, superando os 219 que foram inscritos em 2012. Ao todo, devem concorrer ao Prêmio mais de 100 jornalistas, além de estudantes que disputam a categoria especial “Prêmio Freitas Neto”. Os trabalhos serão julgados por renomados profissionais da área do jornalismo, que virão, em sua maioria, de outros estados.


A festa de premiação será no dia 30 de novembro, na casa de eventos Pierre Chalita (Jaraguá). Participarão da solenidade cerca de 600 jornalistas e convidados, entre eles autoridades e empresários da comunicação no Estado. A empresa que tiver mais trabalhos inscritos no Prêmio Braskem de Jornalismo 2013 também será homenageada com troféu pelos organizadores do evento.

domingo, 29 de setembro de 2013

Seu Seraphim – o sarau, encerra atividades da Primavera dos Museus em União dos Palmares

Por João Paulo Farias
Foto: Genisete Sarmento

Em uma noite regada à recitação de versos e música, Seu Seraphim – o sarau encerrou as atividades da Primavera dos Museus no município de União dos Palmares. A ação foi promovida pela Secretaria de Cultura, a partir de um chamamento do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram/Minc).

Este ano o tema foi Museus, Memória e Cultura Afro-brasileira. Na noite desta sexta-feira, 27, um sarau foi realizado defronte ao museu e teve a participação de alunos da Escola Rocha Cavalcante, professores, secretários municipais e sociedade civil. Além da recitação de poesias, debate sobre a Capoeira, com o Mestre Roberto Martins – Corujão, o público curtiu um show do cantor Gustavo Gomes.

Secretária destaca a importância do evento - Foto: Nádia Seabra

“Seraphim Alves da Silva foi o último acendedor de lampiões de nossa cidade, que pode ter inspirado o poeta Jorge de Lima a escrever o poema. Dessa forma, continuamos a homenagear o poeta pelos 120 anos de nascimento e resgatamos a história de um homem simples, do povo, que deu sua contribuição para nosso desenvolvimento. A proposta é realizar o sarau uma vez ao mês no Museu”, destacou a secretária de Cultura, Genisete Sarmento.

Ela ressaltou que muitas pessoas visitaram pela primeira vez o Museu, que reúne peças antigas que eram colecionadas pela jornalista Maria Mariá. Além de uma biblioteca e espaço para leitura.


Fotos: Genisete Sarmento
 

Flimar encerra com show de Geraldo Azevedo

Fotos de Olívia de Cássia

Olívia de Cássia-Repórter

Encerrou ontem à noite a IV Festa Literária de Marechal Deodoro, com um show na orla lagunar do cantor e compositor Geraldo Azevedo, que levou centenas de fãs ao delírio com um repertório de seus clássicos da Música Popular Brasileira.

A IV Flimar homenageou o cineasta Cacá Diegues, que participou do evento; e o escritor Graciliano Ramos, com a presença do neto Ricardo Ramos Filho, entre outras autoridades da cultura brasileira.

Ontem, durante o dia, no auditório Espaço Cultural, aconteceram mesas de debate sobre temas literários diversos como o livro digital, o desafio do novo milênio, a grande marca do marketing autoral, com Gustavo Gonçalves, a escritora baiana Miriam Sales, e como moderador Maurício Melo Júnior.

Ao todo foram sete mesas de debate que discorreram sobre as obras de Jorge de Lima, Graciliano Ramos, entre outros autores. O ministro dos Esportes, o alagoano Aldo Rebelo, encerrou o ciclo de palestras com falando sobre A Literatura e o futebol.

Mas antes da palestra, Aldo Rebelo se reuniu na Prefeiturfa com a Comissão da Verdade do Sindicato dos Jornalistas, para dar seu depoimento da época que atuou como jornalista no extinto Jornal de Alagoas, entre outros jornais alagoanos e sobre as imposições da ditadura na época. Depois se reuniu com o prefeito Cristiano Matheus.

Além dessa programação de debate, desde a quinta-feira, 25, foram realizadas várias atividades culturais na cidade, com contação de histórias para as crianças; o trenzinho da Braskem fez passeio com a criançada pelas ruas da cidade; exposição dos quadros do arquiteto e artista plástico Pedro Cabral, que aconteceu no mezanino, na Casa do Marechal; exposição e venda de livros; estandes de artesanato, entre outros momentos.

Marechal Deodoro respira cultura normalmente, com seu acervo histórico de prédios antigos, igrejas e o belo casario. No encerramento das palestras o prefeito e o secretário de Cultura, Carlito Lima, anunciaram no ano que vem a presença do cantor Djavan, como homenageado. 













sábado, 28 de setembro de 2013

Aprendiz

Olívia de Cássia – jornalista

Felicidade é um estado de espírito, que pode se manifestar diante das coisas mais simples do nosso cotidiano, de situações inusitadas.  É um aprendizado constante da alma. De repente vem aquela certeza de que a gente tem que aprender que nessa vida a felicidade e o bem-estar não dependem dos outros; depende só de nós mesmos.

Depende de a gente perceber que não pode gerar nenhuma expectativa com relação aos outros. Isso acontece quando nos damos conta de que só tem a si mesmo, naquele momento único e precisamos nos encher de coragem para não esmorecer, não capitular diante daquele sentimento que é invasivo; diante da solidão.

Um sentimento profundo que te faz pensar em tudo: sensações tão parecidas e que te levam a lugares tão diferentes. São as estradas da vida que se apresentam e se aprofundam cada dia mais: ora de flores, ora cercados de espinhos que muito incomodam.

Dizem os estudiosos que a gente prefere escolher o caminho mais fácil, sem se preocupar, muitas vezes, com o que vamos encontrar pela estrada até chegar ao seu final. Queremos o melhor para nós: sucesso na carreia, vida confortável, sem tanta preocupação, saúde e disposição: mas nem sempre aquilo que almejamos a vida nos concede, e isso muitas vezes é para o nosso próprio bem.

A vida nos cobra muito alto por aquilo que sonhamos e nem nos damos conta disso, não entendemos o motivo. Eu não quero mais remoer aquilo que não me faz bem. Quero viver ainda o que me for permitido: ter diversão, arte, ter paz, harmonia e tranquilidade.

Estou viva: que venham no meu caminho as boas novas, os bons ensinamentos e as atitudes positivas. Quero estar ao lado daquilo que me leva à construção de um mundo melhor. É difícil isso, mas peço a Deus, todos os dias, para não me deixe impregnar por sentimentos negativos.

Quero evoluir interiormente, quero ser melhor a cada dia, perseguir caminhos de paz, de bem-querer. Talvez o que a gente viva aqui na terra é o resultado de outro conjunto de fatores que nós desconhecemos em outra  situação, em outro plano.

Quero acreditar que posso melhorar e me redimir de todas as minhas culpas, de todos os meus erros e grandes pecados. Preciso evoluir e para isso é preciso aprender a cada dia como os ensinamentos que a vida nos dá a toda hora.

Preciso ampliar meus pensamentos, cultivar o carinho, estar aberta para novos ensinamentos e ter a cultura da paz dentro de mim, sempre. Às vezes é necessário ficar em silêncio para que a gente entenda o nosso próprio eu, para a gente se despoje de tudo, ficar esvaziada e depois se reconstruir.

Na maioria das vezes, precisamos nos confessar conosco mesmo e reconhecer todos os nossos erros, ao invés de ficar olhando os maus passos dos outros. Só assim podemos crescer; eu aprendi isso a duras penas.

Quando eu fui fazer a minha primeira terapia, eu estava com a mente obstruída, era um ser em estado de alienação interior total que me impedia de crescer. Eu só via o que queria e o que achava que estava à  minha frente, feio burro de carroça quando está com uma canga.

É preciso muita leitura para a gente chegar a um entendimento de que nós precisamos, em primeiro lugar, gostar da gente, ter autoestima elevada e deixar que a vida proporcione o aprendizado.  Aprender que é urgente nos libertar daquelas correntes que nos aprisionam  a alma e ser um aprendiz diário. Cada dia é um novo aprendizado diferente.  Bom dia!

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Vereadores de União denunciam trama política para prejudicar o prefeito Beto Baía

Foto: Tribuna União
Sessão da Câmara de Vereadores de União
Com informação do site Tribuna União

Na sessão ordinária da Câmara de Vereadores de União dos Palmares, da ultima segunda-feira, 23, o vereador Fabian Holanda (PTB) denunciou que existe um complô político para desestabilizar o prefeito Beto Baia (PSD), que está às voltas com um processo no Tribunal Regional Eleitoral do Estado (TRE/AL), que julgará dois recursos da coligação do ex-governador Manoel Gomes de Barros, nesta segunda-feira, 30.

Segundo o site Tribuna União,  Fabian Holanda disse no plenário da Casa de Hermano Plech, que uma figura política importante e contrária a atual administração municipal está obstruindo junto ao governo estadual a liberação de recursos que seriam destinados a União dos Palmares  fato que, segundo ele avalia, “causa prejuízo unicamente à população que recolhe seus impostos na esperança de ver os tributos serem aplicados em benfeitorias como saúde, educação e segurança”, observou.

A denúncia aconteceu, segundo o jornalista Antônio Aragão, depois de uma informação, também em plenário, do vereador Alan Elves (PV). Segundo a notícia, o Estado já disponibilizou, por meio de licitação, mais de cinco milhões de reais para o recapeamento de dez quilômetros na parte urbana da cidade, mas que estaria faltando a assinatura do governador Teotonio Vilela (PSDB) para o início da obra.

Já o vereador Paulo Roberto Alves Cavalcante (PSB), segundo o site Tribuna União, disse que sabe “o nome do obstrutor da liberação de recursos”. E foi mais longe o vereador: disse que a pessoa que está obstruindo os benefícios para  União dos Palmares é “o  inimigo público número um do município”.
Segundo Aragão, o recapeamento desse perímetro urbano de União dos Palmares  foi interrompido “ por determinação de um político local, às vésperas da eleição estadual anterior”. 


Pelo visto, a eleição em União dos Palmares ainda não acabou e vai emendar com 2014 quando teremos eleições gerais para a Presidência da República, Governo do Estado, Câmara Federal, Senado e Assembleia Legislativa. E nessa picuinha toda, ‘no frigir dos ovos’, quem perde é a população que vê seus direitos de qualidade de vida sendo tolhidos por conta de encrencas e brigas de terceiros, que só querem chegar ao poder. Esperamos que tudo fique na paz.

Mestres da Cultura de Arapiraca habilitados em prêmio nacional

Assessoria

Seis mestres da Cultura arapiraquense foram habilitados na 4ª edição do prêmio "Culturas Populares: 100 anos Mazzaropi", realizado pela Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural (SCDC), do Ministério da Cultura (MinC).

Eles foram inscritos com o apoio da prefeita Célia Rocha (PTB), por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur).

O prêmio tem como intuito reconhecer a atuação de mestres e grupos ou comunidades responsáveis por iniciativas exemplares que envolvam as expressões culturais populares.

"Dos 12 projetos inscritos por nós neste concurso, tivemos a metade aprovados com nossos mestres mostrando a força que Arapiraca tem culturalmente. Agora, será feita uma avaliação pela banca examinadora do prêmio", diz Tânia Santos, secretária Municipal de Cultura e Turismo (Sectur). A Portaria de divulgação foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (26).

Os habilitados foram Alex Gomes da Silva, o "Pai Alex", mestre da Cultura Afrobrasileira; Elias Fortunato de Souza, o "mestre Elias do Guerreiro das Batingas"; José Cosmo de Araújo, o "Nego Aboiador"; José Wilson, artesão em chapéus de Reisado e Guerreiro; e, in memoriam,  José Martins da Silva, o "mestre Martim Zoa", considerado rei do canto do vaqueiro.

Dois destes – Pai Alex e Nego Aboiador – foram nomeados mestres da Cultura Popular Tradicional de Arapiraca em cerimônia realizada no mês de agosto, no Museu Zezito Guedes, juntamente de outros incentivadores culturais, artistas autodidatas e disseminadores da arte popular.


Esta edição do Culturas Populares, do MinC – que recebeu 1.467 inscrições –, é uma homenagem ao centenário de nascimento do ator Amácio Mazzaropi, símbolo da Cultura Popular no cinema nacional, nascido em abril de 1912. Seu principal personagem, o "Jeca Tatu", fazia uma crítica social com doses de bom humor. Serão no total 350 prêmios ofertados.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O que faz a politicagem e a corrupção

Olívia de Cássia – jornalista

Tem momentos na vida da gente que dá uma agonia danada de se ver escrito tanta asneira,  tanto conchavo e tanta gente ainda iludida com falsos profetas. Se a gente for analisar por estado, todo mundo tem uma opinião de rejeição com relação a alguns conceitos teóricos e a algumas lideranças políticas da sua terra. É só acompanhar a política e ver o noticiário.

Eu tenho comigo a certeza de que ninguém agrada todo mundo ao mesmo tempo e em todo o lugar, cada pessoa tem o seu modo de pensar e avalia que aquele é o certo, o ideal, de acordo com sua linha de pensamento. Besteira essa teoria de se dizer e se achar o dono da verdade, porque ninguém é proprietário absoluto dela: não existe verdade absoluta e essa é uma questão filosófica discutível.

 Cada pessoa tem uma visão de mundo, que se encaixa em um ou em outro modo de pensar. Quem vive no mundo político pensa de uma forma; quem vive longe disso pensa de outra, isso é fato, minha gente.

Não é salutar ficar brigando com nossos amigos por causa de linhas de pensamentos, cada um tem uma sua visão de mundo de acordo com o que lhe foi ensinado. Tem gente que faz questão de criar inimizades por conta de política e de políticos. Eu já estou longe disso, sei separar as amizades do mundo político em que vivo.

 As ideologias no país e aqui em Alagoas já foram de ralo abaixo, se é que algum dia o Brasil teve alguma. Já passei do tempo de acreditar piamente e com paixão em partidos e em  lideranças, que arrotavam suas teorias na época da universidade e até espumavam no canto da boca contra determinados políticos ‘da direita’ que hoje são aliados seus.

Eu sei que é salutar mudar a maneira de pensar, uma pessoa só cresce se muda sua maneira de pensar e de agir, mas não dessa forma, do pior jeito. Hoje esse povo que arrotava pureza de pensamento, ideológicos de plantão, que brigavam ferrenhamente naquele tempo pelo poder,  infelizmente, estão todos no mesmo barco, confortavelmente instalados em cargos públicos e defendendo o indefensável. Não digo que estejam errados ou certos: cada um faz o que manda a sua consciência.

Li agora há pouco em um site que o senador Aércio Neves, candidato dos tucanos à Presidência da República, já procurou o Paulinho da Força Sindical, que criou o Pros (Partido da Solidariedade) e que Aércio deseja que o Solidariedade faça oposição ao governo Dilma.

 "A aprovação do Solidariedade é um ponto extremamente positivo e a minha expectativa é que possamos construir no futuro um projeto juntos, a favor do Brasil”, teria dito Aécio Neves. E nesse mesmo site, vários internautas de Minas Gerais protestando, falando horrores de ‘Aercinho’,  reproduzindo notas publicadas na imprensa sobre processos que Paulinho estaria respondendo, por improbidade administrativa e outras ‘coisitas’ mais.

Ninguém é santo nessa seara. Se a gente for elencar, falta espaço para dizer todos os casos de corrupção que  aconteceram no país. Vejamos alguns: Máfia dos fiscais (desvio de R$ 18 milhões: 1998 e 2008- Câmara dos vereadores e servidores públicos de São Paulo.); Mensalão (2005-Câmara Federal- políticos aliados ao PT recebiam R$ 30 mil mensais para votar de acordo com os interesses do governo Lula. Dos 40 envolvidos, apenas três deputados foram cassados. A conta final foi estimada em R$ 55 milhões, mas pode ter sido muito maior).

Já na Operação Sanguessuga foram desviados R$ 140 milhões (2006-prefeituras e Congresso Nacional); Sudam - R$ 214 milhões- 1998 e 1999- Senado Federal e União); Operação Navalha - R$ 610 milhões-2007- Prefeituras, Câmara dos Deputados e Ministério de Minas e Energia); Anões do orçamento- R$ 800 milhões- De 1989 a 1992- Congresso Nacional; só para citar alguns exemplos.  E assim caminha... Boa noite!

Casa Dom Bosco de Maceió é contemplada com Prêmio Top Institucional

Foto de Olívia de Cássia
Padre Tito Regis Rodrigues Silva 

Por Olívia de Cássia 

A Fundação João Paulo II de Maceió (Casa Dom Bosco), que cuida de menores em situação de risco, foi contemplada com o Prêmio Top Institucional entregue no último dia 14, em São Paulo, pelo Instituto Cultural da Fraternidade Universal. A instituição é mantenedora da Casa Dom Bosco, existe em Maceió há 20 anos e está localizada na comunidade da Santa Amélia, em Maceió.

Para comemorar a premiação a instituição promoverá a I Jornada Carlo Novello, que acontecerá de 29 de setembro a 20 de outubro, na sede da instituição, no bairro da Santa Amélia. A informação é do padre Tito Regis Rodrigues Silva, presidente da instituição.

A INSTITUIÇÃO


A Fundação João Paulo II de Maceió presta assistência a 32 menores do sexo masculino, dependentes químicos, que voluntariamente assumiram um projeto-programa de recuperação da entidade, encaminhados pelos Conselhos Tutelares, Juizado de Menores ou pela Secretaria da Paz. 

Aumenta a violência contra a mulher e Ipea defende mudanças no Código Penal


Dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nesta quarta-feira, 25,  revelam que a  cada hora e meia, uma mulher morre vítima de violência no Brasil: a cada dia, são 15. A cada mês, 472. Segundo o Instituto, a Lei Maria da Penha ajudou a reduzir esses índices em 2007, logo após entrar em vigor, mas nos anos seguintes os números voltaram a subir e chegaram a patamares anteriores à lei, que endureceu as punições contra agressores.


De acordo com a pesquisa, em 2009, a taxa de mortalidade por 100 mil mulheres foi 5,38, a mesma de 2003. Os dados estão na pesquisa Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil. O Estado de Alagoas ficou em terceiro lugar na estatística.  

No Brasil, entre 2001 e 2011, estima-se que ocorreram mais de 50 mil feminicídios, o que equivale a cerca de 5.000 mortes de mulheres por ano. “Essa situação é preocupante, uma vez que os feminicídios são eventos completamente evitáveis”, diz o estudo, que é assinado por Leila Posenato Garcia, Lúcia Rolim Santana de Freitas, Gabriela Drummond Marques da Silva e Doroteia Aparecida Höfelmann.

O estudo do Ipea recomenda o reforço das ações previstas na Lei Maria da Penha, assim como a adoção de outras medidas para o enfrentamento da violência contra a mulher, a efetiva proteção das vítimas e a redução das desigualdades entre homens e mulheres no Brasil. Defende ainda a alteração do Código Penal para inserir para inserir o feminicídio como circunstância qualificadora do crime de homicídio.

CNJ

Levantamento recente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) junto aos juizados e varas especializadas nos processos de violência doméstica aponta um crescimento de 106,7% no número de procedimentos instaurados com base na Lei Maria da Penha no período de julho de 2010 a dezembro de 2011.

Estes procedimentos são abertos depois das denúncias das mulheres agredidas. Desde a sanção da Lei Maria da Penha (11.340) em 2006 até dezembro passado, foram instaurados quase 686 mil procedimentos de agressão nos estados. O número engloba desde abertura de inquéritos até instauração de ações penais e medidas de proteção à mulher.

ALAGOAS EM TERCEIRO LUGAR

O Estado de Alagoas aparece na pesquisa do Ipea em terceiro lugar. Dados da Comissão dos Direitos Humanos de Alagoas, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB\AL), do relatório anual de acompanhamento dessa realidade, divulgados no mês de março passado, indicam que em 2012 aconteceram 164 mortes de mulheres, três a mais que em 2011. A OAB adianta que em janeiro e fevereiro, 20 mulheres  foram assassinadas no Estado.

Segundo o presidente da CDH da OAB\AL, Daniel Nunes Pereira, em entrevista à época, o  relatório da Violência Praticada Contra Mulheres mostra a urgente necessidade de uma mudança radical no modelo vigente de combate a esses crimes. “Há um esforço, mas as ações não estão sendo eficientes”, disse ele, citando a Lei Maria da Penha e a criação de um juizado especial de Defesa da Mulher como instrumentos importantes que, entretanto, não estão surtindo o efeito desejado.

Segundo ele, o Estado não tem estrutura para apoiar a mulher que denuncia a violência sofrida. Ao divulgar o relatório, o advogado relembrou os números dos últimos três anos no Estado: foram 119 mortes em 2010; 161 em 2011, e 164 em 2012. Com os 20 homicídios acontecidos nos dois primeiros meses deste ano, chega a 464 o total de mulheres assassinadas em Alagoas nesse período.

Segundo o relatório, a maior parte das mortes de alagoanas em 2012 ocorreu no interior, com 105 registros. Maceió (1º), onde foram registrados 55 homicídios, Rio Largo (2º), Arapiraca (3º) e Santana do Ipanema (4º) são apontados como os municípios mais violentos no que se refere à violência contra mulheres.
Quanto à faixa etária, as mais atingidas são as mulheres com idade entre 35 a 65 anos (41 mortes), vindo em seguida aquelas que têm entre 18 e 24 anos (38 homicídios).

Os números de 2012 mostraram que o maior número de mortes (20) ocorreu em maio, tradicionalmente identificado como mês das mães e das noivas. O relatório revela que 110 mulheres foram mortas com armas de fogo, seguidas de mortes por faca, facão e enxada (21) e espancamento (12).

PERIFERIA

A análise dos números da violência contra a mulher em Maceió aponta os bairros Benedito Bentes e Jacintinho, com oito mortes, como os mais violentos. Em seguida o relatório inclui os bairros Cidade Universitária (7) e Tabuleiro (4) entre os quatro mais violentos da capital.

Em 2011, o maior número de ocorrências (22) foi registrado em junho. Dos registros contabilizados naquele ano pela Comissão de Direitos Humanos, 101 mulheres foram mortas com arma de fogo; com faca, facão, enxada (28) e pauladas, pedradas, socos e pontapés (13).

O levantamento  teve como base dados fornecidos à OAB/AL pela Polícia Civil e pelo Centro Integrado de Operações da Defesa Social (Ciods) da Polícia Militar, bem como as notícias de assassinatos divulgadas em sites, jornais impressos e programas jornalísticos das TVs locais.

O estudo mostra que é preciso investir em políticas públicas, de assistência social, que possam apresentar outras realidades nos próximos anos. Aqui no blog eu já afirmei em outras oportunidades que muitas vezes as mulheres se sentem intimidas nas delegacias, onde não encontram respeito, onde não são tratadas com a dignidade necessária ao enfrentamento de seus problemas. Por esse motivo o governo precisa investir mais em delegacias especializadas e preparar os profissionais da área para atenderem essas demandas.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Audiência pública na Câmara de União discute invasão de casas populares e terrenos

Sessão pública na Câmara de União
Foto: Assessoria
Com informações da assessoria

Uma audiência pública realizada na Câmara de Vereadores de União dos Palmares, que reuniu os Poderes Executivo e Legislativo, discutiu  a questão da invasão das casas populares construídas pela Caixa Econômica, que fazem parte do programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal.
A sessão pública contou com a participação do prefeito do município, Beto Baía (PSD) e secretários e teve a presença de  cerca de mil pessoas que ocuparam o auditório da Casa de Hermano Plech e a frente da sede do Legislativo municipal.
Segundo a assessoria da Casa, a pauta teve vários temas como:  as invasões dos conjuntos, invasões de terrenos públicos localizados nos residenciais Newton Pereira e Nova Esperança e a ação de reintegração de posse impetrada pela Caixa Econômica Federal, além de denúncias graves de irregularidades como favorecimento na entrega de algumas casas.
O secretário Barnabel Bezerra, da Ação Social, observou que foi elaborado, nos meses de junho e julho um levantamento das invasões que mostram quem tem direito às casas e quem não tem.
“Quem tem cadastro realizado entre os anos de 2010 e 2012 e foi atingido pela enchente de 2010 pode ficar na casa e esperar apenas que a greve dos bancários termine e pode se dirigir à  Caixa Econômica Federal para regularizar sua situação. No entanto, os invasores que não se enquadram nos requisitos citados terão que deixar as residências”, argumentou.
O prefeito Beto Baía disse que lamenta o sofrimento das pessoas que ainda não têm a seguridade de uma casa própria bem como com as pessoas que vivem nos chamados pavilhões da Santa Fé e assegurou que, depois da regularização dos atingidos pela enchente, intercederá junto à Caixa para priorizar essas pessoas dos pavilhões que são remanescentes da enchente de 1989 e vivem sem a menor condição de higiene naquele local.
“Eu entendo a angústia e o desespero da população atingida pela catástrofe de 2010, e pretendo beneficiar quem de direito com as casas do Programa da Reconstrução. Ainda não podemos atuar em algumas áreas invadidas porque ainda pertencem à Caixa, no entanto vamos interceder para que seja agilizada a regularização desses conjuntos”, afirmou Beto Baía.
Sobre as denúncias de irregularidades feitas por alguns vereadores, o prefeito afirmou que serão apuradas; se preciso será aberto um inquérito administrativo,e, se  comprovadas as irregularidades, os culpados sofrerão a punição cabível.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Alguma coisa acontece

Olívia de Cássia – jornalista

Alguma coisa está diferente dentro de mim: eu sempre fico com essa sensação quando algo ou alguma coisa está para acontecer em minha vida. É muito estranho isso: um sexto sentido, talvez.É Impressionante como isso acontece comigo; uma sensação diferente, como um peso, uma angústia talvez, uma expectativa exagerada: tudo junto.
De vez em quando eu sinto isso, uma sensação de déjà-vu.

Vontade de expulsar alguma coisa de dentro de mim, um sentimento, talvez, não sei. É uma sensação inexplicável essa e espero que não seja nada que vá me ferir, ou trazer coisas e sentimentos que não sejam de positividade, de paz e de esperança, ou me tirar o sorriso do rosto.  

Eu acredito na paz, acredito que eu possa, ainda, alcançar alguns sonhos profissionais e da minha vida prática. Não desejo nada de ruim para quem me magoou. Quero ainda ter tempo de me sentir realizada na vida, fazer algumas coisas que eu não fiz, ter uma rotina mais confortável, enfim, quero viver em harmonia e ser feliz.

Paz interior eu tenho, graças a Deus, e quero tê-la sempre dentro de mim, carregar boas vibrações, bons sentimentos, sonhar com lugares que nunca antes foram explorados por mim; fazer viagens agradáveis e ricas de conhecimento, aproveitar a vida, ou que me resta dela.

Será que terei esse tempo ainda? Será que eu mereço?  Por que esse sentimento me toma por inteira e me sufoca, num instante em que desejo serenidade e ficar quieta no meu lugar? Não importa o que eu tenha vivido.

Repito interiormente que tudo já passou, foi mais uma experiência que me trouxe o amadurecimento. A gente não deve mal dizer daquilo que viveu, faz parte da vida, mas tem horas que os sentimentos vêm à tona, sem que nós o invoquemos, do nada.

Tudo passa na nossa mente como se fosse um filme, mas a gente não pode se deixar impressionar com isso: deve ser o excesso de informações, o cansaço, talvez, a adrenalina do trabalho, um amontoado de notícias, que muitas vezes se assemelham aos momentos que foram vividos.

Deve ser isso, mas não custa ficar de sobreaviso, vigilante a qualquer sentimento que venha me tirar a paz interior.  Boa noite. 

domingo, 22 de setembro de 2013

Eu penso assim...

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

Falo dos sentimentos
que vão na minha alma.
A razão me diz que eu
tenho que ser realista,
Que não sonhe tanto assim...
Às vezes a gente insiste em sonhar,
Com o que tem de bom 
no fundo da alma.
Quer dar um crédito ao passado
e reviver o que teve de melhor; 
Só assim, analisando o que não deu certo,
A gente pode acertar o passo do presente.

Banco de dados de DNA da Ufal não é utilizado

Dr. Luiz Antônio Ferreira da Silva
Foto: Sandro Lima

Olívia de Cássia
Repórter

O Banco de Dados de DNA de Pessoas Desaparecidas da Universidade Federal de Alagoas existe desde 1997, mas enfrenta dificuldades e não tem dados de crianças e jovens que tenham sumido no Estado, segundo o coordenador do laboratório, o médico e professor Luiz Antônio Ferreira da Silva, que trabalha com a questão do estudo da paternidade. São exames de parentesco genético na ausência do suposto pai e complementados, se necessário, com os parentes biológicos.

Mas com relação à informação sobre crianças e jovens desaparecidos, o local não tem informações. Apenas 11 pessoas constam no Banco de Dados de DNA da Ufal, por falta de quem o alimente. Entre os problemas para a atualização do sistema está a falta de interesse de setores públicos em repassar as informações.

Segundo o professor, falta vontade política para fazer a alimentação dos dados no sistema. “Precisava entrar todo mundo de peito, delegacias, conselhos tutelares e outras entidades da sociedade. O Banco de Dados existe, só não tem como fazer, não funciona”. Luiz Antonio explica ainda que foi elaborado um projeto piloto que permitiria que o sistema fosse atualizado nacionalmente, mas isso acabou não saindo do papel.

“Me reuni com o secretário de Defesa Social, com delegados e conselheiros tutelares para que existisse uma atualização das informações das pessoas desaparecidas, mas isso acabou não acontecendo, é uma briga de egos. Iríamos oferecer um treinamento nas delegacias para que os agentes e delegados aprendessem como acessar, mas ninguém quis. Nosso banco de dados é sofisticado e agora está sem utilidade”, lamentou.

O professor argumenta que fez um cartaz para que fosse exposto em escolas, em cidades do interior e outros locais públicos, “fazendo um trabalho de capilaridade e quando tivesse uma pessoa desaparecida os interessados chegassem à delegacia e o delegado, antes de fazer o Boletim de Ocorrência, usaria o software, que está na internet, e preencheria os dados, alimentava o banco e aí a gente poderia dizer quantas pessoas (entre eles adultos, crianças ou jovens, meninos e meninas) estão desaparecidas, mas não tenho como ajudar”, explica o médico.

Luiz Antonio reclama que falta vontade social para que o Banco de Dados criado pelo Laboratório Forense de DNA da Ufal funcione. “A maioria das crianças desaparecidas são pobres, meninos de rua e não há muito interesse em se descobrir quem são. É um extermínio que não está sendo dito com todas as letras. É preciso fazer uma moldura para que a gente saiba quantas pessoas estão desaparecidas no Estado. Você não vê gente rica desaparecida e não identificada, são todos pobres, é muito delicado”, reclama.

Convênio promove ‘pesquisa’ de DNA

O professor e médico Luiz Antônio Ferreira, coordenador do Laboratório de DNA da Ufal, diz que está em andamento um convênio com a Secretaria de Defesa Social para otimizar o banco de dados criado por ele.
Segundo o convênio, o IML vai mandar, por meio da Perícia Oficial, os restos mortais que não forem identificados para a Ufal, junto com material de células da família que tenha um ente desaparecido, “para que a gente faça o confronto com material do osso do morto”, explica.

Há em Alagoas uma grande dificuldade em se obter informações sobre crianças e adolescentes desaparecidos. A reportagem percorreu vários caminhos para tentar descobrir dados e detalhes sobre cada caso. Em primeiro lugar, não foi permitida pela Polícia Civil a liberação das fotos dos menores para serem divulgadas na Tribuna Independente. Segundo a delegada Bárbara Arraes, é preciso autorização por escrito das famílias.

Outra barreira foi localizar uma autoridade para explicar por que o convênio com o Bando de Dados de DNA de Pessoas Desaparecidas não está funcionando. A Secretaria de Defesa Social informou que o assunto é de competência da Delegacia de Crimes contra Criança e Adolescente. A delegada Bárbara Arraes, porém, disse que não tem acesso a esses dados do convênio e que só a Secretaria poderia falar.

Perícia Oficial e Conselhos Tutelares também foram procurados, mas não souberam falar acerca do assunto.

Legislativo cobra prevenção de casos de desaparecimentos de crianças

Vereadora Heloísa Helena (PSOL). Foto: Sandro Lima
Olívia de Cássia
Repórter

Em Alagoas existem três projetos tramitando na Assembleia Legislativa Estadual (ALE) que têm por objetivo prevenir ou divulgar o desaparecimento de crianças.

Segundo a assessoria de comunicação da Casa, o primeiro deles é do deputado Antonio Albuquerque (PTdoB), que objetiva criar uma pulseirinha antissequestro, para ser colocada em bebês recém-nascidos ainda na maternidade. O projeto já foi aprovado por unanimidade pelos deputados, mas a assessoria não informou se já foi sancionado pelo governador Teotonio Vilela (PSDB).

Outra iniciativa é do deputado Joãozinho Pereira (PSDB), que obriga os hotéis e estabelecimentos afins a exigirem o registro de bebês e crianças no ato da hospedagem. Segundo a assessoria, esse já foi sancionado e agora é lei.

Também de autoria do deputado Antonio Albuquerque, outro projeto obriga a afixação de cartazes de pessoas desaparecidas em locais públicos de grande movimentação, a exemplo de rodoviárias, aeroportos, shoppings e grandes centros comerciais e também em ônibus urbanos e intermunicipais no âmbito do Estado.

Esta ação é semelhante à protocolada pela vereadora Heloísa Helena (PSOL), no dia quatro de julho, que está tramitando na Câmara de Vereadores de Maceió desde o dia seis de agosto. Segundo Heloísa Helena, o Projeto de Lei 67/2013 foi elaborado depois do trágico desfecho do desaparecimento do menino Felipe Vicente da Silva, dois anos - encontrado morto 13 dias depois de ser sequestrado, em junho - e propõe que as fotos de crianças desaparecidas na capital alagoana sejam exibidas na rodoviária, aeroportos, cinemas, teatros, praças esportivas, clubes recreativos e eventos que aconteçam em Maceió.

“Apresentei o projeto por conta do crescimento do número de desaparecimentos e para diminuir esses dados. É necessário um esforço conjunto dos governos e da sociedade para resolver a questão”.

Heloísa chama a atenção para o projeto e pede que o Poder Executivo Municipal assine um convênio com o Governo Estadual, “estabelecendo Protocolo de Atuação em Caso de Desaparecimento de Crianças e Adolescentes, definindo o prazo máximo de 12 horas, após o comunicado oficial da ocorrência, para a requisição de todas as fitas das câmeras de vigilância em ruas, residências, casas comerciais, transporte coletivo no raio de dois quilômetros do local do desaparecimento e também promover fiscalização em todos os terrenos baldios da localidade no raio de três quilômetros do evento”, reforça.

Ainda de autoria da vereadora do PSOL outro projeto, que foi subscrito pelos vereadores Kelmann Vieira (PMDB), Dudu Ronalsa (PSDB) e Wilson Júnior (PDT), cria o Dia Municipal da Criança e do Adolescente Desaparecido, na data 16 de junho, exatamente quando desapareceu o menor Felipe Vicente da Silva.


A intenção ao criar a data, segundo a vereadora, é para que as crianças e adolescentes desaparecidos não sejam esquecidos. “Além de assegurar a realização de debates, palestras e campanhas com a divulgação de números e contatos das instituições de segurança pública, conselhos tutelares, Disque 100 e demais órgãos responsáveis por contribuir com a elucidação do desaparecimento das crianças”. 

Alagoas tem 109 menores desaparecidos

Foto: Sandro Lima

Nomes de 21 crianças e 88 adolescentes que sumiram de casa estão registrados no banco de dados da Polícia Civil


Olívia de Cássia
Repórter

Ter alguém desaparecido na família causa uma dor que não tem dimensão: é difícil explicar, como dizem as mães, e muito mais quando se trata de crianças e adolescentes. Segundo estimativas do Governo Federal, 40 mil menores de idade desaparecem todo ano no país, isso em dados oficiais: o número pode ser muito maior porque não há registros de todos os casos, por falta de informação da população.

Em Alagoas, o Sistema de Informação da Polícia Civil, a pedido da reportagem da Tribuna Independente, fez um levantamento das crianças e adolescentes que estão desaparecidos em todo o Estado e o resultado surpreende: este ano, até o dia quatro de setembro, estavam sumidas de casa 21 crianças e 88 adolescentes.

Em Maceió, a realidade, segundo o delegado Medson Maia, da Gerência de Estatística e Análise Criminal, é a seguinte: também até o dia quatro de setembro, 14 crianças e 53 adolescentes estavam desaparecidos. Os nomes e as fotos dos menores, porém, não podem ser divulgados porque não há autorização por escrito das famílias, segundo justifica a Polícia Civil.

Todos os meses, novos casos são registrados pela Polícia Civil, a exemplo do desaparecimento do menino Davi Martins, 12 anos, que sofre de esquizofrenia. Ele já fugiu de casa mais de vinte vezes e, novamente, na semana passada.

A mãe dele, a cabeleireira Patrícia Martins, vive um drama peculiar. A cada vez que o filho some, no conjunto Freitas Neto, no Benedito Bentes, em Maceió, além de prestar queixa na Delegacia dos Crimes contra Criança e Adolescente, ela faz uma peregrinação pela cidade em busca da criança.

Patrícia conta que os medicamentos usados para tratar Davi não têm surtido o efeito esperado e, sem controle do comportamento do garoto, ela já chegou a acorrentá-lo em casa. Davi continua sendo procurado pela família e pela polícia.

Famílias vivem drama à espera de um desfecho

Dona Maria Cícera da Silva, mãe adotiva de Adeilton José da Silva, 13 anos, residente na Rua Evilásio Torres, em Viçosa, deixou a estatística alagoana de pessoas com parentes desaparecidos após vivenciar dois dias de angústia. Adeilton sumiu no dia 12 de agosto e foi encontrado por moradores do município no dia 14. Foi a segunda fuga do menino, segundo dona Maria Cícera, que se diz aliviada e, ao mesmo tempo, preocupada com o comportamento de Adeilton.

Ela conta que o adolescente fugiu porque não quer mais ir para escola. “O diretor da escola deu uns conselhos para Adeilton e ele não quis ouvir”. Segundo dona Maria Cícera, o garoto foi encontrado escondido num beco de uma casa vizinha à escola, foi levado para a delegacia regional, acompanhado do Conselho Tutelar e disse lá que não quer mais estudar.

Para tentar driblar a situação, a família vai tentar encaixá-lo em outra escola de Viçosa. O Conselho Tutelar do município e uma psicóloga da instituição vão fazer o acompanhamento de Adeilton nos próximos meses. “Os meninos de hoje não são como os de antigamente; só querem luxar, são desobedientes. A gente faz de tudo por eles. Ele tem um pai alcoólatra que vive caído pelas ruas. Já peguei vários sobrinhos e outras crianças para criar e eles não me deram tanto trabalho quanto ele”, diz.

TRISTE FIM

Dona Maria de Fátima Mota, avó do menino Felipe Vicente da Silva, dois anos, não teve a mesma sorte de dona Cícera e sabe bem o que é o desaparecimento de uma criança na família: dias de angústia e muito sofrimento. Felipe Vicente desapareceu da casa de dona Fátima, no Conjunto Cleto Marques Luz, no bairro do Tabuleiro do Martins quando ficou sozinho na calçada por alguns minutos. Ele foi encontrado morto no dia 29 de junho, 13 dias após ter sido sequestrado. A polícia diz ter suspeitos, mas até agora não houve prisão.

Conflitos familiares incentivam fugas

Foto:Sandro Lima (arquivo)
Delegada Bárbara Arraes, da DCCA
Fuga por conflitos familiares, sequestros para exploração sexual ou para tráfico internacional de pessoas e órgãos, saída de casa para ficar com o namorado são alguns dos motivos apontados pelas autoridades para tantos desaparecimentos de crianças e adolescentes todos os anos em Alagoas.

Em Maceió, a delegada Bárbara Arraes, titular da Delegacia dos Crimes contra Criança e Adolescente observa que a maioria dos desaparecimentos na capital alagoana é por fuga de casa. A orientação que é dada para as famílias é fazer a comunicação do fato à polícia o mais rápido possível. “Antigamente tinha que esperar um prazo de 24 horas para comunicar o desaparecimento; hoje não existe qualquer prazo, até porque a busca deve ser imediata, de acordo com a lei”, observa.

Bárbara Arraes ressalta que o quanto antes a notícia do desaparecimento for comunicada, mais chances há de a polícia localizar a criança. Aliado a isso, ela observa que é feito um Boletim de Ocorrência na delegacia e a impressão de cartazes com as fotos das crianças procuradas, para serem exibidas por meio de parceria com a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) nos ônibus da capital.

“A gente pede que a família entregue a foto para fazer os cartazes e que procure os meios de comunicação, para divulgar o desaparecimento, mas nem todo mundo quer expor as fotos dos filhos na mídia. Também orientamos que levem as fotos para a televisão para que mais pessoas fiquem sabendo, pois a ajuda dos meios de comunicação é fundamental”, destaca.

Pais desatentos facilitam sumiços

A questão da droga também é um dos motivos das fugas de adolescentes, segundo a delegada Bárbara Arraes, titular da Delegacia dos Crimes contra Criança e Adolescente. E por conta disso ela aconselha que os pais acompanhem a rotina dos filhos. “Também existe muito hoje adolescentes que estão começando a vida sexual cedo e saem de casa para ficar com seus namorados. Antigamente existia esse tipo de crime era rapto”.

“É importante que a família comunique o mais rápido possível, mas infelizmente tem família que, quando vem procurar a criança, já passou muito tempo e aí fica difícil. Nós recomendamos aos pais e familiares que conheçam os hábitos dos seus filhos, que observem em que site eles estão entrando, com quem estão se relacionando ou saindo, para evitar a questão dos entorpecentes, e ainda, quem são os amigos, se estão frequentando as aulas, entre outras orientações”, pontua.

A delegada explica que tem casos de crianças que dizem em casa que vão para a escola e ‘matam’ a aula para fazer outras atividades. “Vou contar um caso recente de uma menina que a família pensava que estivesse frequentando as aulas e ela fazia mais de um mês que tinha sido suspensa na escola e não contou aos pais. Ela desapareceu e quando a família foi na escola descobriu que ela tinha sido suspensa. Depois foi encontrada”, conta.


As famílias de crianças desaparecidas em Maceió, segundo Bárbara Arraes, são encaminhadas para o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), unidade pública e estatal, que oferta serviços especializados e continuados a famílias e indivíduos em situação de ameaça ou violação de direitos (violência física, psicológica, sexual, tráfico de pessoas, cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto, entre outros casos).

sábado, 21 de setembro de 2013

A poesia faz a gente sonhar

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

Encanta-me o barulho do mar,
Dá vontade de fazer poesia,
Viajar para um mundo distante,
Longe de tudo aquilo que me faça mal.
Quero um mundo de esperança e de paz.
A poesia alivia dores da alma,
Faz a gente sonhar.
Sonho com um mundo melhor,
Um mundo onde a gente seja gente.
E eu possa caminhar livremente,
Feito os pássaros que voam no céu.
Há flores e esperança em meu caminhar.
Não quero me enganar;
Mas eu preciso acreditar
Que hoje eu sou melhor do que ontem.
Sigo meu caminho perseguindo a paz e o bem.
A poesia faz a gente sonhar...


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Mudanças do tempo

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

Anoiteceu em meu caminho,
lá fora a lua brilha no céu;
Um vento frio e seco
sopra batendo nas árvores,
Suavemente, anunciando
que logo mais irá chover.
Aqui dentro faz frio também; 
preciso me aquecer.
Me despojar de pensamentos 
que não sejam positivos.
O tempo muda toda hora,
descontroladamente,
Em descompasso...
Minha alma se enche de esperança  
Desejo dias melhores daqui para frente.
Eu tenho fé na vida...
Mudanças do tempo...

O despertar da consciência

Olívia de Cássia - jornalista

Dizem que o despertar da consciência só se dá diante de uma grande crise: seja ela pessoal, mundial ou qualquer outra. Geralmente a gente só se dá conta de que algo está errado na nossa rotina de vida ou em sociedade, quando nos vemos diante do caos: isso é fato.

Passamos a vida muitas vezes aparentando concordar com algumas situações pessoais e ou profissionais, mesmo que a gente não aceite a essência delas, apenas para não nos fazer indelicados, para não parecermos arrogantes ou para nos manter  inteiros no ambiente em que vivemos.  

Tempos depois  nos assustamos, nos decepcionamos, mesmo sendo aquela uma reafirmação do que já havíamos percebido. E muitas vezes, por esse motivo, a gente não consegue se segurar e se não tiver uma firmeza de caráter e um apoio, por mínimo que seja,  para nos sustentar,  desabamos de vez. 

Falar sobre cidadania pode parecer uma atitude demagógica nos dias atuais, mas aprendi com minha vida calejada de aprendizado e com a maturidade que os anos me trouxeram, que onde há o exercício da cidadania, a violência não impera e o ser humano é sempre mais comedido e civilizado.

A sociedade moderna passa por uma grande crise: política, de costumes, moral e ideológica, se é que assim podemos chamar. O que ontem era visto como politicamente incorreto, hoje é visto nos meios de comunicação, que ostentam a degradação dos valores familiares, o sexo explícito, a ausência de gentilezas e a desmoralização dos poderes constituídos, como  a moda a ser seguida.

Muitas vezes, quem poderia dar o bom exemplo é quem mais transgride na sociedade. Não falo daquela transgressão salutar que nos faz indivíduos melhores depois. Falo da transgressão por meio da corrupção deslavada que a gente percebe todo dia estampada nos jornais ou das pequenas corrupções praticadas por algumas pessoas que só veem defeito nos outros.

 “Vivemos há cem anos a ilusão de que com o crescimento econômico e a melhoria educacional tudo vai melhorar. O País está mais rico e, ao que tudo indica, mais corrupto". A afirmação é do sociólogo e pesquisador Bolívar Lamounier, autor de livros e trabalhos acadêmicos onde conceitua que a corrupção nas entranhas do Estado brasileiro está profundamente enraizada.

O autor analisa em seu livro Cultura das transgressões no Brasil (Editora Saraiva) que o problema da corrupção é tentacular e que a impunidade é ampla. “No Brasil, a transgressão é generalizada, acontece pela incapacidade de aplicação da lei e basicamente por motivação econômica”, argumenta.

Alguns setores da sociedade tentam justificar os erros cometidos por algumas figuras públicas do mundo político, que antes eram vistas como exemplos a serem seguidos.  Aqui e alhures as punições são mínimas para os crimes chamados de colarinho branco, apesar de um despertar de consciência e da criação de instituições que estão fiscalizando mais atentamente os atos de gestores e governantes.

Mesmo assim, segundo o autor, esse tipo de transgressão tem no País um porto seguro. Segundo  o sociólogo Edwin Sutherland ,que fez estudos e pesquisas nos Estados Unidos, “é do delito tipificado por pessoas de elevado status socioeconômicos, de onde vem a força da corrupção,  fundamentada na lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e fraudes diferenciadas”.  Para que possamos refletir. Boa tarde!

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Educação integral: uma proposta de inclusão



Olívia de Cássia – jornalista

Vivemos hoje no Brasil, apesar de alguns avanços e exemplos positivos, uma crise de identidade na educação, que começa no ensino fundamental. 

Um abismo cultural e de aprofundamento das questões básicas do ensino, que é preciso ser repensado pelos gestores e pedagogos. Investe-se muito hoje em dia em tecnologias de ponta, mas a essência do saber, em alguns casos, está um pouco perdida. 

São professores mal remunerados, reféns da violência que cresce a cada dia no país, e alguns até pouco preparados para exercerem o magistério. É um exercício hercúleo em algumas comunidades, um professor conseguir exercer a sua profissão com cidadania, sem se sentir coagido e amedrontado. 

Defender bandeiras de educação de qualidade é muito fácil em época de campanhas eleitorais, mas na prática da vida isso é pouco aplicado na maioria das situações. As escolas públicas de hoje não são mais como as de antigamente, que formavam bons profissionais e as professoras eram abnegadas senhoras que se desdobravam para dar o melhor de si para seus alunos. 

Em décadas passadas, o magistério era essencialmente uma profissão feminina; o ensino fundamental naquela época só tinha em seus quadros mulheres e elas não eram apenas nossas professoras, mas aconselhadoras, se portavam como se fossem nossas mães e era assim que eram tratadas. 

Para nós que tivemos uma educação básica de qualidade, no final da década de 60 e começo dos anos 70 do século XX, o professor era tratado com respeito e até veneração. Era uma relação de profundo amor e respeito de mão dupla. 

Nos dias de hoje os alunos não respeitam mais seus mestres e professores e a educação pública é de péssia qualidade: professores com pouca qualificação, ganhando salários ínfimos e alunos que não se interessam muito pelo conhecimento. Nos primeiros anos da escola, os alunos - a maioria das classes menos favorecidas -, vão apenas em busca da merenda, porque é a única refeição de qualidade que vão ter durante o dia. 

Por outro lado, os pais os mantêm na escola apenas para receber os benefícios oferecidos pelo Programa Bolsa Família do governo federal; isso já foi provado em pesquisas. Já está mais do que provado que a educação integral seria a solução para a educação fundamental nas escolas públicas e essa é uma bandeira defendida por alguns segmentos dos movimentos sociais. 

“As recentes políticas públicas que buscam garantir a permanência das crianças nas escolas pelo menos até o final do período da obrigatoriedade revelam a percepção, por parte da sociedade, de que existe a necessidade de construção de uma nova identidade para a escola fundamental, sendo a primeira e indispensável condição para tal a integração efetiva de todas as crianças à vida escolar”, observa Ana Maria Villela Cavaliere, doutora em Educação e professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. 

Por esses motivos citados acima, é preciso ter um olhar especial para a educação fundamental no País e no Estado, pois ela é a base de tudo. Se o aluno não tem preparação nessa fase,  vai chegar no ensino médio com grandes deficiências no aprendizado e serão péssimos universitários: consequentemente, profissionais que deixarão muito a desejar no futuro. 

A gente percebe isso com o que é escrito nas redes sociais e também com as asneiras que são colocadas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), onde a língua portuguesa é assassinada cotidianamente e não existe aprendizado nas respostas que são dadas pelos alunos. Uma boa tarde e fiquem com Deus.

Espera-me...

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

Espera-me, pois eu quero te encontrar,
Para confirmar minha felicidade.
Espera-me, para eu te dizer,
Que eu sou feliz assim.
Quero te encontrar um dia
Para te dizer que eu já te esqueci.

Vai melhorar

Olívia de Cássia Cerqueira   Todos os dias, procuro repetir esse mantra. “Vai melhorar, tem que ter fé”. Sei que pode ser clichê para mu...