sexta-feira, 31 de julho de 2020

Covid-19: até quando?

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

O dia se foi, a noite chegou. Mais um dia de reclusão por conta da pandemia. O governo determina flexibilização, mas o que se observa no noticiário é que nos estados onde isso aconteceu, voltou a aumentar o número de mortes.

O Brasil já acena com quase 100 mil mortes. Parece um pesadelo o que o mundo está vivendo, parece um daqueles filmes de ficção. Não dá para acreditar. Mesmo assim tem cidade onde a população ignora a doença contagiosa e desdenha dela. O lema ainda é #fique em casa.

No momento em que observo isso,o Boletim Epidemiológico desta sexta-feira (31/07) confirma mais 749 casos de Covid-19 em Alagoas. O Estado tem um total de 59.725 casos confirmados do novo coronavírus até o momento, dos quais 6.146 estão em isolamento domiciliar e 253 internados em leitos públicos e privados.

Outros 51.757 pacientes já finalizaram o período de isolamento, não apresentam mais sintomas e estão recuperados da doença. Há 1.110 casos em investigação laboratorial. Foram registradas mais 13 mortes em território alagoano. Com isso, Alagoas tem 1.567 óbitos por Covid-19.

Mais 13 mortes foram confirmadas, laboratorialmente, por causa do novo coronavírus. Quatro vítimas eram residentes em Maceió e todas eram do sexo masculino.

Até quando vamos viver nessa situação não se sabe. Esse ano está perdido para quem estuda, vai fazer vestibular, ou situações diversas. No meu caso aproveito meus dias de aposentada e reclusão, fazendo reformas em casa, lendo muito e procurando não pensar em tantas famílias que estão de luto, por conta das mortes provocadas pela doença.

Enquanto isso, o governo federal pouco faz em termos de políticas públicas, não só para a saúde, mas em quase todas as áreas. Para reflexão. Boa noite

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Comunicação comigo mesmo

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

Leio A História da Filosofia, organização e texto final de Bernadette Siqueira Abrão para passar o tempo, adiantar leituras que ainda não tinha feito e pensar um pouco em tudo o que estamos vivenciando esse ano de 2020, que ficará na história, não de forma positiva, por conta da pandemia do Covid-19. Não se fala em outra coisa, quase, no noticiário, a não ser o desastre do governo que aí está.

Na televisão as notícias são as mesmas: ainda não temos cura para a doença NE algumas pessoas teimam em ignorar o problema sanitário, um dos mais graves dos últimos tempo, caminhando em bandos pelas ruas.

A cabeça dói um pouco e me impaciento com essa tontura provocada pela Ataxia, semelhante a uma labirintite. Tudo junto e misturado. Tenho vontade de viajar por aí, mas estamos obrigados à reclusão. Vontade de abraçar amigos e familiares, mas a gente tem que ter ou encontrar paciência.

Minhas idas semanais ao cinema, só não sinto falta por conta de outras alternativas que tenho, de muitas leituras, filmes no Netflix e s internet para ler as notícias e me distrair um pouco com as redes sociais, embora esteja ficando saturada desse tipo de comunicação.

Estou evitando polêmicas nas redes sociais, porque não estavam me fazendo bem. Meus bebês de quatro patas não me dão uma trégua. Estão sempre do meu lado, me fazendo companhia.

A reforma da casa está quase pronta, faltando apenas alguns detalhes. Já estou impaciente com a demora e quando tudo isso passar, quero me organizar para viajar. Estou sentindo falta disso.

Minha caligrafia está cada dia mais feia, estou cada dia pior da coordenação, ando aos tombs feito bêbada, parece até que vivo constantemente em estado de embriaguez e algumas pessoas até acham isso. (risos)

No mais eu vou seguindo por aqui, tentando ter esperança, lutando para não me atrofiarf de vez, em todos os sentidos.

Anette Leal, em artigo que tem o mesmo título acima, observa que , todas as experiências, quer sejam agradáveis ou nem tanto assim, devem servir para que a consciência desperte para essa realidade: a de que cada experiência que se vive, é uma oportunidade para investir em seu próprio crescimento. Boa tarde

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Um aperto no peito


Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

Hoje acordei um pouco Cazuza. Um aperto no peito e aquela sensação de impotência diante dos horrores do mundo. Pensando nas famílias que perderam seus entes queridos, por causa de uma epidemia, que muitos insistem em desdenhar.

Mas vou sobrevivendo, mesmo que com alguns arranhões no corpo e na alma. Sou um ser errante, busco melhorar a cada dia, mas sinto que é pouco o meu tempo.

Aliás, a gente não sabe quando vai e se terá ou não a chance de prestar contas do que fez aqui na terra. Tudo é um grande mistério. O dia amanheceu chuvoso, o sol nasceu e mesmo que o tempo mude, uma voz dentro de mim me diz que não posso desistir. Já cheguei até aqui e tenho muito ainda por fazer.

O Brasil vive uma crise sem precedentes, política, saúde, educação, cultura. Precisamos nos reinventar, para passar por mais essa crise. Agora o grupo Globo avalia seus posicionamentos sobre as injustiças e safadeza que fez com o ex-presidente Lula e o PT.

Como disse um colunista no site 247, Lula não deve perdoar as injustiças que sofreu e a campanha sórdida que fez a grande mídia contra ele. São detalhes a se refletit. Novas eleições virão por aí, a pandemia vai passar.


sexta-feira, 10 de julho de 2020

Em tempos de pandemia

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira


Em tempos de pandemia, vamos abrandar os corações, tentar seguir com esperança, respeitar o outro, aquele que, aparentemente tem menos ou quase nada.

Vamos dar uma chance à paz, como queria e escreveu Lennon. Tenho às vezes vontade de voltar no tempo, mas ele , todos sabemos, não volta.
Poder corrigir todas as minhas falhas, mas também sei que são esses desatinos que nos dão experiência.
Desde que me aposentei diminuiu minha vontade para escrever. Não por falta de assunto, que o Brasil está cheio de assuntos, infelizmente, notícias ruins.

Nesse tempo de reclusão em casa, de distanciamento social, tenho optado por colocar a casa em ordem, fazer reformas, tarefas que até então eu não me aproximava muito. Agora tomei gosto pela jardinagem, além da fotografia, leituras e outros quereres.

Não sei se por conta dos sintomas avançados da Ataxia, sinto urgências em realizar mais do que fiz durante toda a minha vida.

Depois da publicação do meu primeiro livro, Mosaicos do tempo, há dois anos, brevemente, depois da pandemia do Covid-19, virá Palavras se nexo e em seguida, dand continuidade ao primeiro, Cheiro de memória, em comemoração aos dez anos do meu blog.

Houve um tempo em que eu saia na rua registrando os sentimentos, fosse na fotografia, ou com um caderninho de anotações. Agora a gente publica essas impressões nas redes sociais .Pensamentos e palavras que nem sempre são compreendidos e recebidos positivamente.

Há quem não goste, discorde e por isso não aceita.m Eu compreendo, pois ninguém é obrigado a concordar com tudo o que se diz e é até salutar, mas por favor, sem ofensas pessoais e com respeito ao que se coloca.

Depois de um tempo no Brasil criou-se uma linha de ódio e violência até nas redes sociais.

Ranços de racismo, machismo, preconceitos, rompantes de fascismos e até pensamentos nazistas, o que de pior a humanidade já produziu, mas apesar dos dias mais frios do inverno ameno por aqui, tenho esperança ainda, muito embora tenha dias de descrença.

E me ponho cansada de tanta caretice, atraso e falta de ter o que falar, como disse o poeta Agenor, o nosso Cazuza.

Felizmente, depois de tudo o que passei e apesar da saúde debilitada, encontrei a minha paz interior, apesar do risco que nos rodeia..
Continuarei na luta da resistência, em busca de um mundo melhor e mais justo, seguindo e perseguindo sonhos ainda. Que a pena me seja leve. Bom dia!

Semana Santa

Olívia de Cássia Cerqueira (Republicado do  Blog,  com algumas modificações)   Sexta-feira, 29 de abril, é Dia da Paixão de Cristo. ...