domingo, 28 de agosto de 2016

Para refletir neste domingo


Por Olívia de Cássia


Um domingo de alegria e muita paz para todos nós, apesar dos pesares. Mas não devemos transformar nossas expectativas em dramas, culpa ou angústia. Penso neste momento que nos dias de tristeza, a gente aprende a pensar em positividade. No meu caso tem sido assim.
Tenho pensado em lugares que só fui em pensamentos ou nas viagens das leituras que faço, nos bons momentos vividos, nos amigos que conquistei ao longo dessa minha passagem aqui na terra e na esperança de tempos melhores.

Se não for assim, a gente não suporta a carga que pesa em nossos ombros. Para algumas pessoas essa prática pode parecer doidice, alienação e uma fuga. Mas pensar positivo não é alienação e não quer dizer que a gente está alheio ao que se passa em nossa volta ou em nosso país.

Às vezes tenho ido de encontro a situações vexatórias que não quero aqui expor das nossas lideranças, mas me furto a fazer críticas a quem de direito, embora saiba que essas avaliações minhas talvez não sejam levadas em conta, por certos políticos arrogantes do nosso ciclo, que se acham os 'donos da verdade'.

E é por essa 'peitica' que chegamos a essa situação de crise absoluta. Mas quem sou eu para tecer avaliações conjunturais diante de 'dinossauros' da política, enclausurados nas suas verdades 'absolutas, , esperando a hora de dar o bote.

Já passei por algumas situações de quase desemprego por conta de expor meu modo de pensar. E não tem nada pior para um profissional do que se ver diante de um possível desemprego ou desempregado, por pensar diferente . Felizmente encontrei na vida pessoas solidárias.

Hoje, já afastada do trabalho, por motivo de saúde, me ponho a pensar em tudo aquilo, sem guardar mágoas ou sentimentos rancorosos dentro de mim. Os momentos de intempéries fazem parte da vida de todo mundo e posso dizer que, apesar das dificuldades, venci o medo de ter medo de tudo.
Há muito tempo, em priscas eras, eu era mais radical na minha forma de pensar. Mas hoje avalio que algumas coisas que eu entendia como a serem seguidas, continua valendo, mesmo me pondo mais flexível diante do caos.

Miguel Lucas, em artigo 'Insista no pensamento positivo', disse que a nossa motivação para fazer o melhor vem do pensamento. "Cada ação que temos é precedida por um pensamento que inspira essa ação. Mas, quando deixamos de pensar (devidamente), perdemos a motivação para agir", escreveu.

Segundo Lucas, grande parte de nós passa o nosso tempo de vigília em automático, como se estivéssemos a sonhar, onde esse sonho se desenrola sem a nossa consciência debitar o quer que seja.

"Fazemos mais um dia as mesmas coisas da mesma forma, com o mesmo ritmo, criticamos os outros e a nós mesmos com as mesmas frases, como se tivéssemos decorado o guião de um peça de teatro e a fossemos recitando, dia após dia", avalia.
Para refletir neste domingo. Desejo a todos muita alegria e positividade. Bom dia.

domingo, 21 de agosto de 2016

Ontem sonhei

Olívia de Cássia Cerqueira Ontem sonhei com meu primeiro amor. que há muito já se foi para outro plano. O amor lindo, que quase foi para sempre. Mas não foi um sonho bom... Então perguntei para Deus, Qual o motivo de nem em sonhos pudemos Ficar juntos, para desfrutar A companhia um do outro. Acalentando os nossos sonhos, De paz, de amor, fazendo poesias, Ouvindo nossas músicas e nos amando até a eternidade. Ontem sonhei...

sábado, 20 de agosto de 2016

Quem somos e para onde vamos?

Por Olívia de Cássia

Dizem que as lembranças da infância nos ajudam a descobrir quem de fato somos e são essenciais para desvendar nosso verdadeiro eu:  para cultivar relações mais saudáveis, de acordo com o psicólogo americano Kevin Leman, autor do livro O Que as Lembranças de Infância Revelam Sobre Você (Ed. Mundo Cristão).

Essas memórias, segundo o autor "permitem enxergar por trás de todas as fachadas e defesas, chegando ao fundo daquilo que a pessoa realmente é e não quem ela está tentando ser", avalia o autor, especialista em assuntos relacionados à educação e à família.

As crianças costumam ter sonhos com heróis, acreditar em contos de fadas e viver em fantasia, mas que eu me lembre, com minhas amigas da infância isso não acontecia e elas já tinham conhecimento logo cedo de como nascem as criancinhas e não acreditavam em Papai Noel, da mesma forma foi comigo.

Com essas amigas comecei a aprender, muito precocemente para a época, algumas situações do mundo adulto. Da mesma forma que nasci na Rua da Ponte e vivi ali até os nove anos de idade, as meninas da comunidade já eram bem sabidas e nas nossas conversas elas passavam os conhecimentos adquiridos, as curiosidades e as descobertas.

Tenho na memória alguns episódios nem tão positivos hoje em dia como minhas disfunções fisiológicas e encontrava os banheiros  da escola sempre fechados a chave, situação que me dificultava conter as vontades e fazer ali mesmo o que se faz no banheiro. Eu sou muito atrapalhada desde a infância.

Apanhei muito das meninas na escola e só me defendia em último caso. Não nego que algumas vezes perdi o controle, briguei com uma colega, minha vizinha, no Rocha Cavalcante, na saída da escola, não sei por qual motivo, que me rendeu ficar com a garganta inflamada vários dias, por conta dos apertos que levei e uma pessoa sem falar comigo, até hoje.

Outra situação foi a briga com minha amiguinha de infância Gracinha Melo, que ainda hoje me envergonho disso e quando nos encontramos que lembro, damos boas risadas.  Situações constrangedoras que ainda hoje me fazem relembrar com arrependimento.

Levava muito puxão nos cabelos compridos e uma vez quebrei uma régua da professora da infância porque ela me acertou na cabeça, fato que me rendeu o castigo em frente ao quadro da escola e a algazarra dos colegas.

Mas na escola da infância também vivi belos momentos de participação nos grêmios infantis, nas passeadas de desfile cívico, participar de jograis no Monsenhor Clóvis em datas comemorativas e cantar em inglês sem saber dessa língua.

Outra peraltice que fiz, ainda na Rua da Ponte foi quando minha mãe foi ao comércio e me deixou trancada a chave dentro de casa: ainda hoje tenho fobia disso. Quando vou ao banheiro em casa fico de portas abertas e tenho pavor se me deixam trancada em qualquer lugar.

Lembro que dessa vez eu aprontei o maior escândalo com meus gritos e rasguei toda a minha roupa, o que me rendeu uma bela surra quando mamãe chegou em casa e me viu malcriada, com a roupa rasgada. Se fosse hoje em dia, a situação tinha sido complicada.

Antigamente, muitas mães deixavam os filhos presos, se por acaso trabalhassem ou para ir resolver alguma coisa na rua. Tempos de poucos entendimentos. Eu apanhava muito por conta dos meus banhos es condidos no Rio Mundaú.

Já naquele tempo não tinha muita saúde e quando ia ver os desfiles com minha mãe ou ia com ela na rua, voltava sempre nos braços, por conta de dores agudas nas pernas, que os médicos da época nunca descobriam o que era.

Também tive todas aquelas doenças da infância, até febre tifoide, menos rubéola. Aquela febre rendeu a tristeza dos meus avós, principalmente do meu avô Manoel Correia Paes, seu Né Tibúrcio, que achava que eu ia morrer daquela doença. Sempre fomos muito ligados.

Aliás, sempre fui ligada aos entes queridos masculinos mais velhos da família. Meu avô, meu tio Antônio Paes de Siqueira e meu pai, de quem eu tenho os exemplos mais bonitos e também aqueles não tão criativos.

A adolescência foi um dos períodos mais complicados e difícil de viver, para uma menina daquela época, com a cabecinha a anos luz de distância da ignorância e do atraso que a sociedade vivia naquela época, um pouco diferente dos dias de hoje, quando as moças levam os morados para dormirem em casa e vice versa.

Meu quarto tinha quatro portas: duas na frente e duas de lado e uma vez o amigo Everaldo Mala Veia, de saudosa memória, ousou entrar e sentar no baú da minha avó para conversar comigo.
Quando ele saiu levei uma surra da minha mãe por ter ousado levar um menino para a minha casa, principalmente por tê-lo deixado entrar no quarto, mesmo minha mãe estando do lado, ouvindo nossa conversa.

Ela não entendia o motivo de eu ler tanto, fazer palavras cruzadas e já naquela época revelar tanta foto e comparar tanto livro. Por conta de eu não gostar de fazer as tarefas domésticas que me eram destinadas, coisa que nunca pareciei, ela reclamava o tempo todo.

Mas hoje amanheci com saudade de tudo. Saudade da infância, da juventude, dos amores inocentes e platônicos, do primeiro amor e de tudo de bom que vivi, tempos já tão distantes. E apesar de tudo, chego à conclusão de que as lembranças da infância realmente, como dizem os estudiosos, nos fazem saber quem somos. No meu caso eu sou não sei para que vim, mas com certeza com alguma missão. Bom dia.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Peço a Deus misericórdia

Por Olívia de Cássia

Peço a Deus todos os dias para me livrar de situações vexatórias, ou que me deixem acabrunhada e sem noção de meus atos. Da mesma forma que sou um pouco atrapalhada e já passei por muitos perrengues na vida, depois que tive certeza da Doença de Machado Joseph tomei outro rumo, outra direção.

A gente reaprende a agir de outra forma, de uma maneira mais suave, tentando ser sempre positiva e enfrentando com dignidade tudo o que vai aparecendo: as limitações, os impedimentos, com esperança e perseverando, sem hipocrisia e sendo realista.

Sempre fui muito festeira e venho pensando de uns dias para cá como irei para os shows das festas do Maceió Verão, em comemoração ao aniversário da capital alagoana, como venho fazendo nos últimos anos, com a juventude da Vieira Perdigão (O Beco), nossa rua querida.

Não venham querer me impedir de sonhar e de querer o melhor: eu só quero ser feliz, aproveitar o que ainda me resta, ter bons momentos, passear e ser feliz da maneira que me for permitido.
Também não deixei de sonhar com dias melhores para o nosso país, apesar das dificuldades que estamos vivendo.

Está difícil acreditar nas lideranças políticas. Mais do que nunca temos que ser bem seletivos; procurar o menos ruim ou o que tem o comprometimento com o social, com o coletivo.
Não adianta a gente querer ficar procurando chifre na cabeça de cavalo.

A vida vai nos ensinando, com as experiências, quem foi que teve mais disposição de luta, quem teve projetos mais ousados para os menos favorecidos e quem se perdeu no caminho da ambição e da roubalheira.

Desde menina aprendi com meu pai a ir a comícios, gostar de  política e de toda a discussão que se apresenta. Hoje nem sei se vale mais a pena e se meu pai fosse vivo e lúcido se ainda se entusiasmaria com tanta irregularidade e corrupção.

Mas não falo aqui de uma corrução seletiva, temos que olhar para todos os lados. As guerras no mundo são deflagradas por conta da insensatez dos homens, da ganância e da ânsia pelo poder, não é de hoje.

Se formos rever a história vamos observar quantos golpes foram dados, não só no nosso Brasil, mas em toda a América Latina. Um ex-ministro do Paraguai disse que é de muita importância para qualquer um que se interesse pela política latino-americana, estar sempre atento.

 Isso porque, segundo ele, tem que observar  os acontecimentos  e ver o que eles significam. Temos que ter uma postura crítica diante das situações, procurar o que se apresenta como favorável não apenas para nós, mas para a coletividade.

Mas essa é a minha maneira de pensar e ver o mundo. Apesar da dureza da vida, quero continuar a trilhar por esse caminho. Peço a Deus misericórdia. Boa noite.

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Em tempos de Jogos Olímpicos

Por Olívia de Cássia

Em dias de Olimpíadas, em que a mídia procura de tudo para vender como notícia os atletas se tornarem heróis na telinha, a gente vai vivendo dias difíceis, com esse governo interino e golpista, que passou por cima de 54 milhões de votos dados à presidente Dilma, sem ter nenhuma prova confirmada de que ela tenha cometido irregularidade.

Enquanto isso, no Palácio do Planalto se instalou uma gangue de corruptos, comprometidos até a medula com a corrupção e com a operação Lava Jato. Mas as autoridades que estão cuidando do caso, só enxergam irregularidades nos políticos do Partido dos  Trabalhadores.

Não estou aqui querendo "tapar o sol com a peneira", mas que as punições fossem estendidas para todos os citados e investigados, que foram pegos com a  mão na massa da corrupção e das irregularidades.

As eleições de outubro estão às portas e certamente muitos desses citados vão participar de alguma forma: seja influenciando, financiando ou se candidatando também. Só os tolos acreditam que o Fora Dilma foi para combater a corrupção.

Está mais do que claro que a direita não aceitaria que ficasse mais tempo no poder um governo que teve programas fundamentais voltados para os menos favorecidos. Programas que facilitaram a entrada de jovens pobres e negros à universidade e a chegarem às Olimpíadas deste ano.

O governo Lula (2003-2010) foi marcado por melhorias sociais em todos os setores. Em oito anos de governo, avanços nos setores de economia e inclusão social.

 Índices históricos de crescimento econômico e redução da pobreza garantiram ao ex-metalúrgico 83% de aprovação popular – o maior patamar entre presidentes desde o fim da ditadura – e a eleição de sua sucessora, Dilma Rousseff, uma estreante nas urnas.

Com a alavancada de Lula nas pesquisas como provável presidente às eleições de 2018, isso deixou coronéis, empresários conservadores da política brasileira apavorados e inconformados com os avanços e melhorias para as camadas menos favorecidas, pois não poderiam mais trocar favores por votos e nem ter pobres no cabresto, feito burro de canga.

Tenho assistido todos os dias a novela global Velho Chico, gravada em terras alagoanas e com participação do ator alagoano Chico de Assis e que tem um enredo instigante: ainda é o retrato da realidade não só do Nordeste, onde os coronéis mandaram e desmandaram nas terras tupiniquins e hoje não se conformam com as mudanças.

A novela, apesar da licença poética, sem máscaras e com uma atuação brilhante de atores veteranos e novatos, mostra os subterfúgios e tramoias utilizados no mundo político brasileiro. É um enredo que instiga a gente a refletir sobre a atual conjuntura.

O que fazem os poderosos quando se sentem ameaçados pela fiscalização de um vereador, que não está fazendo nada mais do que cumprir o seu papel de parlamentar e o inconformismo de a filha ter se apaixonado pelo seu desafeto, levando-o a atitudes de violência cometida por seus capangas.

No Brasil dos dias de hoje, em tempos de Olimpíadas, onde o mundo está voltado para o Brasil, a atleta nadadora Joana Maranhão foi ameaçada até de morte, com xingamentos e inconformismo de alguns coxinhas, por não ter alcançado o pódio e pela atleta ter posições políticas diferente das suas opiniões, e por apoiar Lula e Dilma.

Não se concebe no século 21 tanto retrocesso de uma sociedade que está produzindo jovens agressivos, conservadores e alienados. O que está acontecendo com a juventude brasileira?, eu pergunto.

Segundo Patrícia Saboya, a violência é, seguramente, o problema que mais aflige e preocupa os brasileiros nos dias atuais. "Ela medievaliza as relações humanas, deixa a sociedade aterrorizada e gera uma sensação de impotência diante do crime".

Infelizmente, ainda segundo Saboya, nesse cenário de medo e insegurança sempre surgem teses arriscadas e precipitadas e é necessário agirmos com cautela nesse debate. As estatísticas mostram que a violência se transformou em uma das principais causas de morte de jovens.

De acordo com o Unicef, 16 crianças e adolescentes brasileiros morrem por dia, em média, vítimas de homicídios. E as pessoas com idades entre 15 e 18 anos representam 86,35% dessas vítimas. É de fundamental importância que sejam garantidas as políticas públicas para a educação e não que elas sejam cortadas, como foi anunciado pelo governo interino golpista.

Outros cortes nos programas implementados por Lula e Dilma já foram anunciados também, prejudicando ainda mais os trabalhadores e os pobres assalariados e os miseráveis. Cadê os inconformados que bateram panela pedindo a saída da presidente Dilma? Para refletir.

Vai melhorar

Olívia de Cássia Cerqueira   Todos os dias, procuro repetir esse mantra. “Vai melhorar, tem que ter fé”. Sei que pode ser clichê para mu...