quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Prefeito explica na Rádio Farol que prefeitura não pode arcar com custos dos ônibus

Foto de João Paulo Farias

Assessoria 

O prefeito Beto Baía (PSD) concedeu entrevista à Rádio Farol de União, no Programa Show de Notícias, na manhã desta quarta-feira, 29, e explicou que as dificuldades financeiras que o município está passando, com a baixa arrecadação de impostos,  impedem a gratuidade dos ônibus que transportam os universitários para Maceió.

“Não me arrependi de ter feito a promessa aos estudantes, só que nesse momento estamos passando por dificuldades: espero que entendam essa situação”, disse o prefeito.

Beto ressaltou que há um Projeto de Lei que foi encaminhado à Câmara de Vereadores, onde o município vai dar uma ajuda de custo aos estudantes carentes, que terão que provar, por meio  de documentação a baixa renda e receber o benefício.

O prefeito não anunciou quando o projeto entrará em votação pelos 15 parlamentares que compõe o Poder Legislativo.

Cerca de 600 estudantes utilizam dez ônibus para estudar em faculdades públicas e privadas localizadas na capital, nos três horários e ficou suspensa durante dez dias, nesse mês, devido a uma série problemas, entre eles, cobrança de um documento, feita pela Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) de Maceió.

Na manhã desta terça-feira, 29, cerca de cinquenta estudantes bloquearam a avenida defronte a prefeitura, queimaram  pneus e soltaram bombas; eles cobravam uma posição do governo referente ao transporte.

Os manifestantes foram recebidos pelo secretário-geral de Administração, Edemir Morais, que anunciou que o município passa por dificuldades financeiras e que uma das formas do transporte continuar indo a Maceió será os alunos pagarem uma taxa de R$ 15 à empresa responsável pelo transporte, a Edtur Turismo.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Ligada à maçonaria, associação juvenil pratica filantropia e cultiva atitudes de solidariedade

Foto de Olívia de Cássia
André Luiz Santos Gonçalves - mestre conselheiro da DeMolay
Olívia de Cássia - Repórter


Ligada à maçonaria e quase desconhecida pela sociedade alagoana, a Ordem DeMolay é uma associação juvenil que cultiva atitudes de solidariedade para com o próximo, pratica a filantropia e é constituída de jovens do sexo masculino, com idade entre 12 e 20 anos.

Segundo André Luiz Santos Gonçalves, mestre conselheiro, a entidade também ajuda uns aos outros como verdadeiros irmãos.  “A Ordem DeMolay é uma extensão da família, da igreja e da  escola, não podendo em momento algum substituir essas instituições”, explica.

A associação se reúne em sábados alternados no templo da Loja Maçônica Paz e Progresso III nº 1, no Centro de Maceió e André observa que o jovem DeMolay tem sonhos simples, igual a muitos jovens. “Pessoalmente queremos ser bons pais de família e cidadãos honrados”, pontua.  

Além da Maçonaria, a associação conta com a ajuda de parceiros da Ordem que compartilham dos mesmos ideais.Fundada no ano de 1919 em Kansas City, Estados Unidos, a DeMolay  tem como finalidade “engajar cada membro a trabalhar por um mundo melhor baseando-se  nas sete virtudes cardeais, que são:  amor filial, reverência pelas coisas sagradas, cortesia, companheirismo, fidelidade, pureza e patriotismo”,  explica.

André relata que para ingressar na Ordem é preciso que o jovem tenha a idade dentro do que é estabelecido pela instituição,  “acredite em um ser superior (A Ordem DeMolay não é uma religião, todas as crenças são bem-vindas) e seja alguém de moral ilibada e de bons princípios”, ressalta.

OBJETIVOS

O mestre conselheiro da DeMolay de Maceió é um menino ainda, mas que já tem objetivos claros na vida. Ele conta que a entidade planeja e participa de atividades sociais e cívicas, “que têm o intuito de contribuir com a sociedade, de forma mais simples, sem olhar a quem”.

André Luiz  observa que o último projeto que a entidade desenvolveu foi  uma ação de  filantropia, no Dia das Crianças. “Conseguimos realizar um dia de brincadeiras, distribuição de alimentos e roupas ao Cantinho São Francisco de Assis, que fica situado no bairro de São Sebastião (antigo Ouricuri). Também fazemos atividades cívicas, como as nossas campanhas do meio ambiente, e de conscientização pelo voto limpo”, explica.

A Ordem DeMolay defende três princípios que eles denominam de baluartes, que são as liberdades: civil, intelectual e religiosa. “Um dos nossos principais deveres é lutar pela manutenção e o funcionamento das escolas públicas, que são as fundações da grandeza do nosso país. Somos contra tudo que se opõe aos Direitos Humanos”, pontua.

O jovem DeMolay explica que um ano depois da fundação da Ordem  foi criada a Ordem Internacional das Filhas de Jó, que também é uma organização para adolescentes e jovens do sexo feminino, com idade entre 10 e 20. “As duas Ordens coexistem até hoje em perfeita harmonia e união”, disse ele.

O mestre avalia que  o que todo jovem que ingressa na Ordem DeMolay espera é:  um ambiente saudável e mais pessoas determinadas a lutarem por uma melhora da sociedade. Além disso, “construir líderes para o amanhã: seja em suas reuniões ou ao desenvolver as suas atividades filantrópicas, a Ordem DeMolay estimula em seus membros o espírito de liderança, o que contribui para que sejam dignos aos olhos dos homens de bem”, explica.

HISTÓRIA

A Ordem DeMolay chegou ao Brasil em 1980 com a fundação do Capítulo Rio de Janeiro nº 001. Em Alagoas, no ano de 1987, era fundado o primeiro Capítulo do Estado, com o nome de: Capítulo Juventude Revitalizadora de Maceió nº 71. 

Após um tempo de dificuldades e alguns contratempos o Capítulo foi fechado, foi ai que em 2005 houve a reabertura. “Resolvemos então homenagear o maçom que mais lutou pelo nosso ressurgimento: e foi assim que a Ordem DeMolay em Maceió renasceu com o nome de Capítulo Ismar Nascimento da Silva nº 71”, ressalta. 

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A descoberta...

Olívia de Cássia - Jornalista

Eu te procurei no tempo, em cada canto; um dia eu pensei que tivesse te encontrado, porque nos tornamos cúmplices na nossa intimidade. Mas a gente se engana muito quando o assunto é amor, principalmente eu, que sempre fui tão aberta ao diálogo, tão tola e tão frouxa nas minhas decisões.

Um dia eu revirei o fundo do baú da minha memória, para matar aquela saudade que eu sentia de você, porque eu achava que aquele sentimento era único, parceiro e indissolúvel. Mas que saudade era essa que eu sentia de você? Quanta tolice eu achava que era verdadeira em minha vida!

Para falar a verdade e muito francamente, agora, eu não sei o que eu estava procurando: se era um amor, uma parceria, um amigo, um amante ou todas as alternativas são verdadeiras.

Avalio agora, depois de sentimento passado e situação tão distante, que na verdade eu buscava uma pessoa que eu achava que conhecia: mas por triste ironia do destino, o engano foi maior quando descobri a verdade: a verdadeira personalidade de quem eu achava que já conhecia.

E a decepção e a mágoa que a gente sente quando gera tanta expectativa no outro são bem maiores. Chego á conclusão que tu eras uma grande fraude: alguém que só enganava e enganava, todos os dias da nossa rotina, como se me enganar fizesse parte de um acordo tácito: parece que era tudo de caso pensado, como se aquelas atitudes aliviasse a tua consciência no sentido contrário, se é que se pode definir isso.

E quando essas situações aparecem, quem age dessa forma começa a envolver outras pessoas nas mentiras e se enrolam cada dia mais e vai ficando mais feio o conceito que a gente tem dessa pessoa, porque cada dia é uma mentira nova que vai crescendo, crescendo até onde ninguém sabe.

Procurei refúgio onde sempre encontro: na literatura. E foi lá que me deparei com  vários personagens que  se mesclam com esse perfil, foi na literatura que me amparei, porque é meu porto seguro, onde me refugio para não cair de vez e não sucumbir ao sofrimento.

Ler é sempre a melhor saída, pode acreditar. Busquei explicação em Tostói, Dostoiévski, Colette Dowling, Rosa de Luxemburgo, Gabriel Garcia Marquez, Erico Verissimo e em vários teóricos e romancistas de época, ou nos romances mais água-com-açúcar que comecei a ler e devorar para entender melhor certas nuances do caráter humano. Boa noite!

Bienal Internacional do Livro prossegue até dia 3 de novembro

Fotos de Olívia de Cássia - 26-10-2013
Com assessoria

Prossegue até o próximo dia 3 de novembro a VI Bienal Internacional do Livro, que está sendo realizada no Centro de Convenções Rute Cardoso, no Jaraguá, em Maceió. O evento está com uma programação diversificada e homenageou os escritores alagoanos José Marques de Melo e Audálio Dantas, recém-agraciados com o Prêmio Jabuti 2013.

O encontro aconteceu no Espaço Caetés, onde Marques Melo foi homenageado na mesa-redonda “José Marques de Melo: 70 anos?”, conduzida pelos professores e Douglas Apratto e Luitgarde Barros.

Ao iniciar sua homenagem ao amigo e colega Marques de Melo, o jornalista Audálio Dantas registrou a coincidência de neste dia 27 de outubro ser o aniversário de nascimento do escritor alagoano Graciliano Ramos que, se estivesse vivo, completaria 120 anos.
“Certamente, essa coincidência e o fato de eu ter recebido o prêmio Jabuti junto com Marques foram motivo de muita alegria”. Ano passado o jornalista Audálio Dantas foi patrono da 5ª Bienal: ele voltou a criticar o fato de o poder público, em Alagoas, não dar a devida atenção ao fabuloso patrimônio cultural do Estado.

PREÇOS ACESSÍVEIS

A VI Bienal Internacional do Livro de Alagoas tem livros de R$ 3, R$ 5, R$ 10 e muitas opções para escolher e agradar a todas as idades. O evento reúne centenas de expositores nos estandes de livrarias e distribuidores de mais de 500 editoras no Centro de Convenções de Maceió.

Os estandes de venda de livros estarão abertos até o dia 3 de novembro, das 10h às 22h. A entrada da Bienal do Livro de Alagoas é gratuita. Para mais informações sobre a programação, acesse o site:
http://www.edufal.com.br/bienal2013

domingo, 27 de outubro de 2013

Quero falar de sentimentos...

Olívia de Cássia - jornalista

Quero escrever, falar dos meus sentimentos, mas as palavras não fluem; estão entaladas dentro de mim como que em dúvida do que vão expressar. A cabeça dói um pouco; a gente passa a vida inteira, às vezes, para entender o nosso eu interior, mas esse não é o meu caso, eu penso.

Não é o que acontece comigo, ou pelo menos penso que não. Sempre fui um tanto quanto frágil, sentimental, emotiva e até ‘frouxa’ demais. Dentro de mim tem uma mulher que grita, esperneia e do outro tem outra, bem menos voraz, às vezes passiva.

São sentimentos que hora se confundem, se fundem e querem dizer a mesma coisa: têm os mesmos conteúdos. Penso, em alguns momentos, que já passei da idade de ter expectativas, desejos, quimeras e vontades: mas o outro lado do meu corpo reclama; quero atenção.

Às vezes é uma situação que parece com uma roupa usada que não queremos nos desfazer porque gostamos muito, mas que não nos serve mais ou que não tem mais cabimento usá-la. Não sei: invoco meus poucos conhecimentos e leituras sobre isso.

Eu fui à VI Bienal Internacional do Livro ontem, vi tanto livro interessante e queria adquirir todos eles, mas há o impedimento financeiro, e quando chego em casa começo a pensar na minha vida, em tudo o que já passei para chegar até aqui.

Reflito em como eu sonhava em ser jornalista, em escrever não só matérias  informativas, cobrir guerras, mas queria também ser escritora ‘famosa’, ser poeta. E foi pensando nisso que em algum momento da vida, mostrei aqueles poemas para mamãe e para uma colega minha.

E depois de ler os meus escritos elas me disseram, não com essas palavras, mas com esse significado: ‘vai morrer de fome. Literalmente não cheguei aí, mas as dificuldades são muitas, apesar de fazer o que gosto e o que amo fazer.

E nessas horas, aquelas ‘profecias’ da minha mãe vêm todas à tona: desde a sua incompreensão com a profissão que escolhi às minhas escolhas pessoais que ela não aceitava e não compreendia. Na maioria das vezes ela estava certa, mas apesar das nossas muitas divergências sobre as coisas práticas da vida, me dá uma saudade danada de ouvi-la, de discordar do seu ponto de vista, de até brigar e de abraçá-la  pedindo proteção e carinho, embora que ela não fosse muito dada a esse lado sentimental, diferente do meu pai.

As palavras ficam entaladas na minha garganta e dão lugar às lágrimas de saudade. Tem horas que a gente está tão carente que quer a vida que teve de volta, apesar de ter consciência de que isso é impossível, já foi.

O tempo não volta; os amigos e os amores já se foram e não há remédio para a morte, a não ser desejar que tenham um lugar de luz em algum cantinho do desconhecido. Penso em tudo, quero escrever mais, quero falar de amor, de carinho, de amizade, de carência afetiva; de  tudo.

Tenho vontade de sair por aí gritando essa minha vontade, esse meu desejo de rever todo mundo, de repassar como num filme a vida boa que eu tive, mas esse querer é impossível e só me resta me aquietar, sossegar.

Só me resta acessar um site de boa música e ficar repensando, fazer uma oração e pedir a Deus que aquiete esses pensamentos de agora, que quase se tornam um sussurro. Bom domingo!

sábado, 26 de outubro de 2013

Julgamento de Alexsandro Costa, acusado de matar Kelly, será dia 14 de novembro

(Foto de Olívia de Cássia\Arquivo)


Olívia de Cássia, com agências

O julgamento de Alexsandro Costa, acusado de matar a militante do Partido dos Trabalhadores Cleria Lilian Vilas Boas (a Kelly), 35 anos, assessora da Defesa Civil de União dos Palmares, assassinada no dia 28 de março deste ano, acontecerá no dia 14 de novembro.

O júri popular vai acontecer pela manhã e a expectativa dos familiares e amigos de Kelly é a de que Alexsandro seja condenado e pague pela barbaridade que cometeu. Os oficiais de Justiça já intimaram as testemunhas de defesa e acusação para o julgamento. O advogado do acusado é dr Nildo da Laje.

Alexsandro da Costa estava  na casa de amigos, no Povoado Pindoba, localizado entre os municípios de São José da Laje e União dos Palmares. Kelly, como era conhecida, foi morta por esganadura (asfixia) enquanto dormia, em sua casa.

PRISÃO

Logo após cometer o crime, Alex, como é conhecido o assassino, fugiu e foi encontrado no dia 9 de abril, em uma caixa d’água em um povoado da zona rural de União, mas a princípio negou tudo; poucos dias depois confessou o crime e disse que a vítima tinha insultado ele.

No dia 3 de abril, o delegado regional de União dos Palmares, Valdeks Pereira, ouviu parentes e amigos arrolados como testemunhas do caso e disse não ter mais dúvidas de que ele era o autor da barbárie.

Segundo informações da polícia, à época do crime, Alexsandro tinha planos para ir embora para São Paulo, onde moram familiares seus. A mobilização para encontrar Alex foi grande. As polícias se envolveram nas buscas e as fotos dele foram divulgadas pelas redes sociais. No dia 30, o comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), tenente-coronel Thulio Roberto se prontificou em imprimir e distribuir a foto com a tropa.

ENTENDA O CASO

Kelly foi encontrada morta no quarto de casa por volta das 14h da quinta-feira (28). Antes de dormir ela estava bebendo em companhia de Alexsandro que pediu para pernoitar em sua casa. Estranhamente, ainda na madrugada, ele foi embora.

A tia tia de Kelly, somente à tarde quando resolveu acordar a vítima percebeu que estava em óbito.
Alex ou Sandro, na quarta-feira (27), após encontro num barzinho, pediu para dormir na casa dela.

Segundo a família de Kelly os dois foram dormir por volta das 2h e já às 3h Alexsandro não estava mais na casa. Quando a polícia foi chamada, Kelly estava deitada de lado, aparentemente, dormindo. Somente às 14h foi constatado que estava morta.

Alexsandro Costa, assassino de Kelly
A morte da assessora da Defesa Civil de União dos Palmares foi considerada pela polícia, familiares e amigos como de grande perversidade, pois ela era uma pessoa muito querida na sociedade palmarina.

Além disso, era portadora de inúmeras limitações em consequência de um acidente do qual foi a única sobrevivente. Kelly tinha parte da coluna paralisada e os movimentos dos membros superiores eram mínimos.

A família e os amigos esperam que Alexsandro da Costa seja condenado e pague pelo crime que cometeu.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O lugar da felicidade...

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

O lugar para a gente ser feliz
É  onde a gente estiver.
 Pode ser  aqui,  ali ou acolá.
Não importa: seja no agora ou no depois.
Para a gente ser feliz
não precisa de sofisticação.
A felicidade está nas coisas simples da vida
e quanto mais simples elas são,
mais sofisticadas se tornam.
Está no bom gosto, no carinho,
Na forma de se ver as coisas
Na capacidade de ser...
O lugar para a gente ser feliz é agora.
Onde está a felicidade?

O encontro

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

E vem aquela sensação,
se apossando devagar
Tomando conta da gente,
Querendo nos tomar por inteira...
Como que para nos dizer que
Estamos vivos, somos gente,
Precisamos de um sentimento de paz
O encontro com o nosso eu interior,

Para que a gente possa viver e ser feliz.  

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Vejo a lua

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira.

Vejo a lua no céu,
Ela surge imponente
Parece que vem
Do fundo do mar.
E vai subindo,
Se distanciando
Voando alto para céu.
Bem devagar.
Do outro lado o sol se põe,
Apaixonado.
Um amor platônico
Que não se encontra  nunca..

Livro sobre movimento negro no Estado será lançado dia 27, no Centro de Convenções

Por Olívia de Cássia

O livro "Movimento Social Negro e Estado: a política pública como resultado dessa correlação" será lançado no próximo dia 27, às 19h, no Café Literário (Cantinho das Ideias), no Centro de Convenções Rute Cardoso.

A obra foi escrita pelo sociólogo e professor Carlos Martins e por Laurita Santos, que discorrem sobre a efetivação de políticas públicas como a ferramenta fundamental para a minimização de problemas enfrentados por diversos segmentos da sociedade, bem como  a relação entre Estado e os movimentos sociais.

Segundo os autores, em se tratando de movimento social negro essa relação ganha características particulares por se tratar de uma relação recheada de especificidades inerentes às demandas do próprio movimento.

“Além disso, essa relação, ao longo da história, foi pautada numa polarização e subsequentemente numa correlação de força marcada entre consensos e dissensos”, observa Carlos Martins.

Segundo ele, em Alagoas, o Movimento Social Negro e o Estado protagonizaram, no período em questão, uma “cena” marcada “por uma relação que possibilitou a ascensão de simbologias negras nas ações governamentais e de militantes negros em cargos importantes no governo”, destaca.

O professor pontua  ainda que os resultados obtidos por este trabalho revelam situações que demonstram como os agentes sociais em questão percebiam sua própria ação. “As divergências em torno da implementação das políticas sociais com recorte étnico eram o principal motivo dessas divergências”, diz ele.

Carlos Martins acrescenta que além dos dissensos marcados nas relações entre movimento social negro e Estado e entre os próprios militantes, fica evidente também a forma como o Poder Público percebia as simbologias negras.

O lançamento do livro é uma boa oportunidade para se conhecer mais sobre o tema  e participar do debate sobre as política sociais para o movimento negro. Vale a pena conferir.

SERVIÇO
O quê: Lançamento do livro Movimento Social Negro e Estado: a política pública como resultado dessa correlação".
Autores: Carlos Martins e Laurita Santos
Quando: Dia 27
Onde: Centro de Convenções Rute Cardoso-Jaraguá


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Das nossas vontades e ideais

Olívia de Cássia – jornalista

Os sonhos, as vontades e nossos quereres são metas e ideais que a gente persegue durante nossa vida inteira. Às vezes são apenas ilações para fugir de uma vida monótona, do vazio, da solidão, mas que valem a pena para preencher a nossa mente e não deixá-la sucumbir.

Li um texto de Antônio Jorge Rettenmaier, em artigo no site Debates Culturais, em que ele observa que na força de nossas vontades está sempre a retomada da viagem da vida. “Nela é que podemos encontrar, e só nela, a melhor força para retomarmos os caminhos quase interrompidos”, pontua.

Hoje eu sou mais confiante,  dei um salto de qualidade na minha forma de encarar os problemas e adversidades e acredito que quando temos essa força de vontade para o bem, a vida flui com mais intensidade, melhor e mais suave.

Eu sempre fui, durante toda a minha vida,  uma pessoa sonhadora, muito menos hoje do que já fui ontem, mas ainda cheia de expectativas, de querer o melhor para mim, de gostar de boa música, de leituras, de escrever e de sonhar com o melhor: e o melhor para mim sempre foram muitas amizades, exercer minha profissão de forma digna, ter diversão e arte.

O melhor que eu sonho não é riqueza, bens materiais em excesso, mas conforto, bem-estar e vida salutar, de forma que eu possa continuar desfrutando a minha liberdade de ir e vir. Eu sei  também que para tudo o que a gente sonha e quer tem uma contrapartida na vida.

Esses meus quereres podem parecer  assuntos muito simplórios para alguns, mas para mim é o que há de melhor. Eu sei que todos os nossos ideais, sonhos e vontades  têm também uma consequência para a nossa vida; que poderá ser um resultado positivo, ou adverso, dependendo daquilo que almejamos para nós e para a nossa felicidade.

Essas digressões começam a surgir na minha mente quando num intervalo de pauta, numa parada para reflexão de ideias. Às vezes a gente passa a vida inteira sonhando com uma situação, mediante uma vontade e lá mais na frente percebemos que aquilo já não tem tanta importância da mesma forma que tinha antes, quando éramos mais jovens.

E aí, nesses momentos, a gente passa a entender os mistérios que a vida nos oferece. Cada fase da nossa existência tem uma razão, uma importância, valores diferenciados; mas muita coisa da minha juventude eu ainda carrego comigo.

Eu entendo que temos  que ter objetivos claros e concretos, possíveis de serem realizados naquilo que queremos: objetivos esses que sejam uma forma de construir uma ideia, um sonho palpável, um bem-estar. É nessa  filosofia que eu acredito e vou tentando concretizar, mesmo que às vezes pareça uma utopia.

O filósofo e analista Flávio Souza destaca no texto Transformando sonhos em realidade, que sonhos ou ideais são somente abstrações, vontades vazias de ações e devaneios de nosso mundo interior. “Querer” é ansiar, pretender, ter vontade: “Intenções que muitas vezes ficam pairando na nossa mente sem uma ação concreta”, diz ele.

“Querer sem fazer, sem ação não significa nada, pois é estar em terra de ninguém, sem direção para seguir, sem resultados para alcançar. Podemos transformar nossos quereres em realidades, nossos sonhos em metas; podemos dar sentido a estas abstrações transformando o intangível em objetivo”, conceitua Flávio Souza.

Para esses dois  autores, está claro que criar um objetivo definido, transparente, de forma  plena é o primeiro passo para atingi-lo. “Mas, isso não basta, pois o objetivo é um processo para um determinado fim e não um fim que termina em si mesmo”, avalia Flávio Souza.

Nó na Garganta estará presente na VI Bienal do Livro de Alagoas

Assessoria
A dupla alagoana - Nó na Garganta (A Música de Jan Claudio e a Poesia de Eduardo Proffa) - estará marcando presença na VI Bienal Internacional do livro de Alagoas nos dias 1º e 2 de novembro. 
A poesia e a música poderão ser ouvidas, vistas e revistas num formato acústico e contagiante no relançamento do DVD+CD da dupla.
No dia 1º, sexta-feira, será nos estandes da Bêabá (107, 108, 109 e 110) a partir das 20h. Já no dia 2, sábado, será nos estandes da Secretaria de Cultura (Secult) (37, 38 e 39), também a partir das 20h. 
SERVIÇO
O quê: Nó na Garganta (A música de Jan Claudio e a poesia de Eduardo Proffa)
VI Bienal Internacional do Livro de Alagoas
Local: Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso
Data: 1º e 2 de novembro – 20h
Estandes dia 1º - 107, 108, 109 e 110 – Bêabá – Distribuidora e Livraria
Estandes dia 2 – 37, 38 e 39 - Secult
Entrada franca
Informações: 8807-5064 e 9444-1565

Prêmio Jornalista Abdias Nascimento 2013 anuncia finalistas

A Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-Rio), do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, anuncia os finalistas do 3º Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento. Os vencedores serão conhecidos durante cerimônia em 11 de novembro, no Teatro Oi Casa Grande, no Rio de Janeiro.
Com um crescimento de mais de 75% das inscrições em relação a 2012, o Prêmio bateu recorde de adesão em 2013, reflexo da consolidação do concurso na imprensa brasileira. A Comissão Julgadora, formada por dez jornalistas e especialistas em relações raciais, escolheu os 21 melhores trabalhos dentre o total de 310 inscritos.
Concorrem a R$ 35 mil reportagens nas categorias Mídia Impressa, Televisão, Rádio, Mídia Alternativa/Comunitária, Internet, Fotografia, além da Categoria Especial de Gênero Jornalista Antonieta de Barros. A surpresa é que há chance de um mesmo trabalho receber até R$ 10 mil, caso vença as duas categorias em que é finalista.
Segundo a coordenadora da iniciativa e da Cojira-Rio, Sandra Martins, este ano também surpreendeu o aumento da qualidade dos trabalhos inscritos. “Observamos a capacidade de o Prêmio estimular reportagens qualificadas sobre o racismo no Brasil e sobre soluções para a consolidação de uma verdadeira democracia”, declarou.
Para receber as inscrições, o concurso estreou site com nova identidade, informações sobre a questão racial e o jornalismo, dicas de temas para reportagens e breves biografias de Abdias Nascimento e de Antonieta de Barros.

Conheça os finalistas:
Mídia Impressa
Clediana Ramos, Meire Oliveira, Juracy dos Anjos, Camilla França, Maíra Azevedo e Ivana Dorali, Os homens que chamam os deus para terra, Jornal A Tarde-BA
Ismael Machado, Educação Quilombola, Diário do Pará-PA
Renata Mariz, Ivan Lunes e Grasielle Castro, Abolição,125 anos, Correio Braziliense-DF

Televisão
Maíra Streit, Série Boas Práticas pela Igualdade Racial, TV Supren-DF
Thiago Antônio Correia, A cor da morte, Jornal da Pajuçara/Noite-AL
Wendell Rodrigues da Silva, Paraíba Afro, TV Correio-PB

Rádio
Neise Marçal, Cláudio da Matta e Fábio Luiz, Quilombo São José, a luta sem fim pela terra, Rádio Nacional do Rio de Janeiro
Tayguara Ribeiro Silva, A violência policial, a periferia e a população negra, Agência Radioweb-SP
Wellington Carvalho dos Santos, A rica e imortal influência africana no samba, Rádio Estadão-SP

Mídia Alternativa ou Comunitária
Bruno Mascarenhas, Eduardo Donato, Adriana Veríssimo, Rikardy Tooge, Crystal Ferrari, Raphael Borges, Willians Campos Felipe Cabello, Rafael Carvalho, Marlon Marinho, Rodrigo Igreja, Weslley Mendes e Antonio Jordão Pacheco, Literatura na periferia: as vozes das quebradas, Rede TVT-SP
Débora Carmelita Junqueira, Fora das capas de revista, Revista Elas por Elas-MG
Marcela Figueiredo, Educadores colocam em prática Lei 10.639, Revista Appai Educar-RJ

Internet
Ed Wanderley, Infâncias devolvidas, Diário de Pernambuco-PE

Lena Azevedo, Jovens negros na mira de grupos de extermínio na Bahia, Pública- Agência de Jornalismo Investigativo-SP
Marcela Donini, Cotas - uma nova discussão, Portal Terra-RS

Fotografia
Annaclarice Almeida, Infâncias Devolvidas, Diário de Pernambuco-PE
André Nery, Racismo no futebol, Folha de Pernambuco-PE
Carlos Moura, O Vingador, Correio Braziliense-DF
Categoria Especial de Gênero Jornalista Antonieta de Barros
Débora Carmelita Junqueira, Fora das capas de revista, Revista Elas por Elas-MG
Denise Viola, Cynthia Cruz Pereira e Gilberto Vianna, Abaixo o preconceito! Viva as mulheres negras do Brasil, Rádio MEC AM

Vanessa Bugre, Pele escura, morte invisível- a violência contra a juventude negra, Rádio UFMG Educativa-MG

Informações: (21) 3906-2450
Fale conosco: premioabdiasnascimento@gmail.com

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Sessão Especial debate políticas públicas para povos e comunidades tradicionais

Ascom\ALE
Com a apresentação do grupo de danças Afoxé Omorewá, a Assembleia Legislativa deu início aos trabalhos da sessão especial, realizada nesta segunda-feira, 21, que teve como objetivo debater sobre o projeto de lei nº 7447.
De iniciativa do deputado federal Luiz Alberto (PT-BA), o projeto de lei estabelece as diretrizes e objetivos para as políticas públicas voltadas aos povos e comunidades tradicionais. A sessão especial foi de autoria do deputado Judson Cabral (PT) em parceria com a Fundação Cultural Palmares, a Uneal (Universidade Estadual de Alagoas) e o deputado federal Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT-AL).
Durante a sessão espacial temas como demarcação de terras, direitos de exercer a religiosidade, além de políticas públicas específicas para cada povo ou comunidade foram amplamente discutidos.
O debate também teve por objetivo traçar um perfil dos principais problemas que afligem os povos tradicionais, aqui em Alagoas, e levar para ser discutido durante o Congresso Nacional da Igualdade Racial, em Brasília.
"Durante o Congresso serão conjugados todos esses debates, de onde serão tirados diagnósticos e ações no sentido de melhorar a qualidade de vida dos povos tradicionais no Brasil”, informou Paulão. O parlamentar explicou ainda, que o projeto 7447 trata de políticas públicas voltadas para essas minorias, especialmente sob três aspectos: saúde, educação e cultura.
O deputado Judson Cabral destacou a importância do debate, tendo em vista que o assunto, apesar de muito discutido e do decreto federal que estabelece as políticas públicas voltadas a essas comunidades “ainda se arrasta” sem uma clara definição sobre a quem cabe administrá-lo.
 “É importante que possamos discutir esse assunto nos estados, é a partir deles que vamos fortalecer o projeto do deputado Luiz Alberto”, observou o petista, que preside a Comissão de Direitos Humanos da Casa. “Boa parte dos povos e comunidades tradicionais (quilombolas, ciganos índios) ainda vive na exclusão, alguns até na indigência”, completou Cabral.
Representando a Fundação Palmares, Maria José da Silva destacou que os povos tradicionais tem avançado em alguns pontos. “Só fato de estarmos aqui no Parlamento alagoano, colocando nossas falas e anseios, já é uma grande avanço”, declarou, acrescentando que apesar disso, tem que seguir adiante com as suas reivindicações.
 “Temos que cuidar melhor dos nossos povos. Os negros, os povos de matriz africana, os ciganos, os ribeirinhos, que as pessoas costumam chamar de minorias, mas que na verdade são maiorias”, disse Maria José. Ela informou que em todo Estado de Alagoas existem 66 municípios onde existem quilombolas.
“Essas comunidades enfrentam grandes dificuldades. Além das cestas de alimentos, é preciso dar estrutura para acesso a terra, qualidade de vida e desenvolvimento local. O poder público tem obrigação de olhar principalmente para a questão da saúde”, observou Maria José.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Relíquias da irmã Dulce chegam a Alagoas dia 24

Foto de Olívia de Cássia \Arquivo
Padre Tito Régis, coordenador-geral da ação
Olívia de Cássia – Repórter

No dia 24 de outubro, quinta-feira, começa em Alagoas a programação da Igreja Católica da peregrinação das relíquias da irmã Dulce dos Pobres, que vem do Hospital Santo Antônio, de Salvador, coração das Obras Sociais Irmã Dulce.

A peregrinação vai  até o dia 30 de novembro, quando será encerrada na paróquia Dulce dos Pobres, com a 90ª visita.Segundo o padre Tito Régis, coordenador geral da ação, este é o último passo para que a irmã Dulce seja canonizada.

 “Este ano é o ano da fé: a irmã Dulce viveu intensivamente a fé, era um modelo de mulher de fé e essa relíquia que virá chama-se de primeiro grau, porque é uma das partes de ossos da santa”, explica o padre.

Entre os 90 lugares que serão visitados na arquidiocese, as relíquias percorrerão  abrigos, hospitais, paróquias, entre outros locais. Segundo o padre, para a Igreja, esta ação significa uma grande mobilização de fé: “Uma oportunidade de se conhecer a vida e a obra da irmã Dulce, para alcançar o ideal cristão”, disse o padre.

 Tito Régis explica que nessa visita, vai haver a divulgação do lançamento do Santuário da Divina Misericórdia, que tem o papa João Paulo e a irmã Dulce como ícones.

A primeira visita à Paróquia de São José, no Trapiche, no período da manhã, à tarde e à noite. O guardião da relíquia será o padre Calmon. A segunda visita será no complexo hospitalar: HGE e HDT.

  A DEVOÇÃO AS RELÍQUIAS
 No Santuário da Irmã Dulce existe um espaço chamado Capela das Relíquias onde está sepultado o corpo da religiosa.  Ao cumprir uma das etapas do seu processo de beatificação, o corpo da candidata a santa foi exumado para a retirada das relíquias e colocado em lugar de destaque para a sua veneração.

 Isto ocorreu no dia 8 de junho de 2010. Desde esta data, o local está aberto à visitação para todos que desejarem rezar junto ao corpo da religiosa.

Logo após sua morte, em 1992, Irmã Dulce foi sepultada na Igreja da Conceição da Praia. Em 2000, com o início do processo de beatificação, seus restos mortais foram transferidos para a Capela do Convento Santo Antônio (na sede das Obras Sociais Irmã Dulce). Confiram a programação completa no link http://www.tribunahoje.com/blog/7550/olivia-cerqueira/2013/10/21/reliquias-da-irm-dulce-chegam-a-alagoas-dia-24.html



domingo, 20 de outubro de 2013

Vive em mim...

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

Vive em mim um sentimento difuso,
Que ora é tranquilo e
Em outros momentos  inquisidor.
Vive em mim uma pessoa inquieta,
Inconformada com a violência
E com a falta de amor.
Vive em mim uma mulher inconformada
Com as injustiças e a falta de solidariedade.
Vive em mim uma pessoa discreta
Mas carente de poesia,
Vive em mim uma mulher pulsante,
Apesar da idade e do tempo vivido.
Não importa se já percorri muitos caminhos,
Se todos eles me levam para um lugar melhor.
Vive em mim uma mulher que sonha
Com um mundo melhor, onde as flores
Deem lugar às armas
E a poesia seja o encontro de todos.
Vive em mim uma mulher que sonha.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Mais um assalto e felizmente estou viva


Olívia de Cássia - jornalista

Vivi no início da tarde desta sexta-feira, 18 de outubro, em Maceió, uma cena de novela ou de filme policial. Esta é a segunda vez este ano que presencio um assalto a coletivos na capital alagoana, quando estou a caminho ou de volta do trabalho: só que hoje foi muito pior.

Estou com medo de sair de casa, acuada, temerosa  para pegar um ônibus para o trabalho ou lazer, não sei como será daqui pra frente. Entrei no ônibus da linha Graciliano Ramos via Trapiche, por volta de uma hora da tarde, via Serraria para meu trabalho na Tribuna Independente, como faço todos os dias.

Quando o coletivo ia subindo a ladeira do Jacintinho, foi assaltado por um adolescente com um revólver em punho, ameaçando o motorista e o cobrador da empresa Maçayo. A cena foi de horror e vai passar muito tempo para que eu esqueça.

Os passageiros, a maioria jovens e estudantes, ficaram apavorados, inclusive eu, que logo comecei a tremer e a chorar. Agradeço aqui o apoio e solidariedade que recebi daqueles jovens, ao presenciarem o meu desespero.

Eu não lembro se tenha visto aquele rapaz entrar no ônibus, mas disseram os estudantes que o cobrador perguntou se ele na ia passar na catraca e ele teria dito que desceria logo adiante, já anunciando o assalto.
O ônibus estava com todas as cadeiras ocupadas e algumas pessoas em pé, mas não estava lotado. 

Apontando o revólver, o rapaz, de cabelo descolorido e aparentando uns quinze anos, pediu tudo o que o cobrador dispunha na gaveta, inclusive o celular, e pediu mais. Apontou o revólver para o meio do ônibus e pediu o boné de um jovem, que amedrontado, levantou e foi entregar o boné de marca.

O cobrador levantou da cadeira e disse que não tinha mais dinheiro e foi aí que ele puxou o gatilho e atirou: era um filme, eu tinha quase certeza, se não fosse o meu pavor, tudo isso com o ônibus em movimento.

Os passageiros começaram a gritar apavorados, principalmente nós mulheres e foi aí que um senhor de cabelos grisalhos que estava sentado na frente se atirou em cima do rapaz. Disseram depois que se tratava de um policial aposentado, que saiu dali com a mão ensanguentada, porque o tiro passou de raspão.

Começamos a gritar, pedindo que ele não fizesse aquilo, pois estava colocando sua vida em risco e também a nossa, já que reagiu ao assalto.

Pedimos para o motorista parar o ônibus e ele parou em frente ao prédio da TV Alagoas, acho que ele viu que tinha policiamento por perto, porque em poucos minutos ouvimos um tiro e o assaltante foi preso levando os passageiros a aplaudirem os policiais. Uma equipe da TV que estava bem próxima filmou tudo.

Enquanto tudo acontecia, com o ônibus em movimento e o cara apontando o revólver, eu me abaixei e me escondi por trás da poltrona do ônibus,  junto com uma mocinha que estava do meu lado.

Abraçada a ela e chorando eu liguei para o deputado Ronaldo Medeiros (PT), com quem trabalho, para avisar do ocorrido. Ronaldo chegou a ligar para o comando da polícia, mas não sei se conseguiu falar com o coronel.

Também liguei para a chefia da Tribuna para comunicar o assalto, mas eu chorava e gritava e me apavorava a cada cena. Tivemos sorte que não sofremos piores danos, a não ser o dano psicológico que vai ficar por algum tempo em minha mente.

Não tem sensação pior do que essa. Meu corpo ainda treme e agora, depois de caso passado, eu lembrei a sensação que tive nesta manhã, aquele peso nos ombros, aquela angústia que me indicava que algo ia acontecer.

Felizmente meu anjo da guarda continua em alerta e me protegendo de todos os males, velando por mim. Entrego tudo a Deus. 

A esperança

Olívia de Cássia - jornalista

Tem dias que a gente acorda com aquela sensação estranha, o aperto no peito, como se o mundo tivesse pesando em seus ombros. E a gente tem que respirar fundo, contar até dez, fazer o exercício de treinamento com o cérebro, para a paciência e a persistência; não desistir e seguir em frente.

Eu tenho isso de vez em quando: uma sensibilidade que ainda não entendi, quando algo está para acontecer ou já aconteceu. Não, eu não me sinto uma estrangeira em meu território, mas é uma situação que não sei explicar.

Uma vontade incontida de chorar e chorar bastante, de deixar fluir todo esse sentimento que me aperta o peito e que me traz algumas reflexões que me levam às lágrimas, ao ver uma simples mensagem na tela do computador; uma mensagem de amor, seja ela de que forma for.

E vem aquela sensação imensa de querer conhecer o mundo que eu não conheci, de dizer que: eu existo, que sinto, que quero; um instante de renovação interior, de necessidade de me desfazer de muita coisa que já não tem serventia, de me despojar de sentimentos que não sejam do bem, para depois me recompor e me refazer.

 Incomoda algumas cenas de agressividade: eu não quero ser testemunha de nenhuma delas, seja ela contra crianças, animais e pessoas. Cecília Meireles disse que “liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que a explique e ninguém que a entenda”.

Talvez seja essa liberdade que existe dentro de mim, esse sentimento que sempre nutri, de ser livre, que esteja reclamando de algo que ainda não fiz e que preciso fazer. E como foi pouco o que fiz em relação ao que sonhei!

Não preciso de uma análise mais aprofundada para saber que sempre fui idealista, sonhadora. Sonhava com viagens, em conhecer o mundo, pessoas, culturas diferentes, concluir meu curso de línguas e fazer outros e nada disso eu fiz.

E talvez seja aquela luzinha que existe dentro da gente que está dando sinais de que não tenho muito tempo e que não vou ter capacidade para realizar tudo o que sonhei.

E como diz Mirela Meira Ribeiro em sua tese de mestrado, “mesmo as palavras, aquelas que se apertam na garganta, que dilaceram o estômago, que contaminam o fígado”, às vezes ficam impedidas de sair, porque a gente não sabe como dizê-las, ou se precisa dizê-las para alguém, que pode não entender a tua necessidade de expressão, o teu caminhar.

E vem a certeza de que muitas vezes, e quase sempre, é melhor o silêncio, a reflexão e o desabafo interior, cá com nossos botões, procurar distrair aquela intuição com muito trabalho, muita leitura, música, não procurar descarregar frustrações nas outras pessoas e saber que amanhã é um outro dia e você poderá ser melhor do que o agora, de que a esperança ainda existe em seu coração. Bom dia, boa sexta-feira e fiquem com Deus.  


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

A política em Alagoas

Olívia de Cássia - jornalista

Já começam nas redes sociais, nas conversas entre amigos, no trabalho e outros locais as brigas, os falatórios, as desconfianças, picuinhas e boatos falsos visando as próximas eleições.

Lamentavelmente, em política, essa que a gente vive no dia-a-dia, cheia de conchavos e mal querer, a gente vê de tudo: cada um quer ser o dono da verdade e para isso enche o currículo dos outros de defeitos. Não veem os seus próprios nem os dos seus aliados; só dos adversários.

E muitas vezes consideram inimigos seus próprios parceiros. Isso é muito nojento e asqueroso. É impressionante como a política apaixona e cega algumas pessoas e pessoas bem inteligentes, que se deixam levar pelos fuxicos.

Já começo a me preocupar com as próximas eleições no Estado e na minha terrinha, no que virá daqui para frente, pois vi um pequeno extrato disso por esses dias e ouvi outros tantos comentários indevidos sobre outras pessoas.

A era moderna incentiva isso: o individualismo e a falta de civilidade nas pessoas, fazendo com que os interesses individuais e politiqueiros se sobreponham e as pessoas tornam-se cada vez mais agressivas. Isso acontece muito em nosso Estado, o que é lastimável.

Dizem os estudiosos que é preciso que haja a noção de igualdade de direitos "e as ações decorrentes dessa concepção só podem ser empreendidas pelo Estado, já que diz respeito aos interesses coletivos, ao compartilhamento de benefícios que exigem o esforço de todos”.

No entanto, apesar do conceito acima, observo que muita gente que tem um discurso cidadão, ‘politicamente correto’, ‘ativista político dos mais avançados’, de esquerda ou de direita, ‘jogando pedra’ nos outros e dando ouvidos a fofocas e desleixos no trato com o ser humano. 

Precisamos, sim fazer uso das prerrogativas de cidadão, "exigindo e participando ativamente da democracia no uso da sua cidadania”, mas sem querer agredir o outro que pensa diferente, que teve uma formação diversa e que vive a vida sob outra concepção filosófica ou não. É preciso ampliar conceitos, rever os caminhos que estamos trilhando.

"Posso até estar errada em meu ponto de vista, mas quero ter o direito de defendê-lo e de não ser agredida por isso", como disse o filósofo Voltaire. Para a gente ser gente e ser feliz não precisa tomar atitudes tacanhas, não precisa destratar e falar o que não deve dos outros.

Se alguém quer participar da política ativamente, apresente ideias, participe de projetos construtivos que proporcionem o bem-estar e a cidadania, mas não destrate os outros. Hoje em dia só voto em alguém, seja de que partido for, que tenha trabalho a apresentar, boas propostas e projetos, não mais aquele discurso babado, cheio de chavões que ninguém aguenta mais. 

As discussões deveriam ser no campo das ideias, conceitos e atitudes que levem política pública para o menos assistido; e não é por você discordar de uma linha de pensamento que precisa agredir os outros. Mas em política, ah, a política, tem o dom de iludir o mais sábio dos mortais. Uma pena. Quem está em cima agora pode cair e vice-versa. É a minha avaliação. Boa tarde e até mais.

Homicídios reduzem expectativa de vida dos negros

Dados sobre racismo e violência foram apresentados nesta quinta-feira, 17, no lançamento do Boletim de Análise Político-Institucional

No lançamento da 4ª edição do Boletim de Análise Político-Institucional (Bapi), o diretor do Ipea, Daniel Cerqueira, apresentou dados que mostram que, no Brasil, a probabilidade do negro ser vítima de homicídio é oito pontos percentuais maior, mesmo quando se compara indivíduos com escolaridade e características socioeconômicas semelhantes.

Para Almir de Oliveira Júnior e Verônica Couto de Araújo Lima, respectivamente pesquisador do Instituto e acadêmica da área de Direitos Humanos da UnB, se no Brasil a exposição da população como um todo à possibilidade de morte violenta já é grande, ser negro corresponde a pertencer a um grupo de risco, pois a cada três assassinatos, dois são de negros. Somando-se a população residente nos 226 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes, calcula-se que a possibilidade de um adolescente negro ser vítima de homicídio é 3,7 vezes maior em comparação com os brancos.

Os dados são do artigo que escrevem em parceria, Segurança Pública e Racismo Institucional, que compõe a quarta edição do Bapi, lançada nesta quinta-feira, 17, simultaneamente no Rio de Janeiro e em Brasília. Analisando o racismo institucional dentro das polícias, os autores conceituam o termo como sendo o fracasso coletivo das instituições em promover um serviço profissional e adequado às pessoas por causa da sua cor.

A pesquisa aponta que negros são maiores vítimas de agressão por parte de policiais que brancos. A Pesquisa Nacional de Vitimização mostra que 6,5% dos negros que sofreram uma agressão no ano anterior à coleta dos dados pelo IBGE, em 2010, tiveram como agressores policiais ou seguranças privados (que muitas vezes são policiais trabalhando nos horários de folga), contra 3,7% dos brancos.

LançamentoA coordenadora da publicação, Joana Alencar, e o diretor da Diest abriram a coletiva de lançamento do Boletim. Logo em seguida, Roberto Messenberg, que também coordena a publicação, comentou o conteúdo geral dos sete artigos da publicação. A apresentação contou ainda com a participação da pesquisadora do Instituto Maria Bernadete Sarmiento Gutierrez, que demostrou dados de seu artigo, Desenvolvimento Sustentável: a necessidade de um marco de governança adequado.

Os outros textos que compõem o Bapi são: As manifestações de junho e os desafios à participação, de Wagner Romão; A pacificação das favelas do Rio de Janeiro e as organizações da sociedade civil, de Rute Imanishi e Eugênia Motta; Participação e desenvolvimento regional: uma conexão ainda frágil, de Clóvis Henrique de Souza, Paula Fiuza Lima e Joana Alencar; Audiências públicas: fatores que influenciam seu potencial de efetividade, de Igor Fonseca, Raimer Rezende, Marília de Oliveira e Ana Karine Pereira; e, por fim, Pronatec: múltiplos arranjos e ações para ampliar o acesso à educação profissional, de Maria Martha Cassiolato e Ronaldo Garcia.

Este volume da publicação tem como foco aspectos estruturais de algumas das instituições políticas brasileiras e a relação entre o desenvolvimento e os mecanismos de democracia representativa e participativa.

Veja os dados da apresentação de Daniel Cerqueira, diretor do Ipea, sobre violência e racismo 

Nona edição do Festival Maionese 2013 acontece em novembro

Ações do Coletivo Popfuzz com o festival começam ainda em outubro

Com Ascom Maionese

Nos dias 8 e 9 de novembro o alagoano terá a nona edição do Festival Maionese, que acontece no Armazém Uzina, local do festival pela segunda vez. Segundo a organização do evento, a  produção independente alagoana tem sofrido um notável avanço nos últimos anos.

Fundado e consolidado em 2005, pelo Coletivo Popfuzz, que vem colecionando lugares de respeito na produção cultural independente de Alagoas, o Maionese reunirá, este ano, dezoito bandas em seus dois dias de realização, divididas nos mais variados estilos da música independente.

A programação completa do festival ainda inclui um ciclo de oficinas, exposições e feira cultural no evento, além de ações sociais como o Maionese na Escola que, depois de chegar com sucesso à uma comunidade escolar no bairro do Pontal da Barra em  2012, estará em sua segunda edição este ano.

Mais uma novidade para as atividades que antecedem o festival é que o ciclo de oficinas, ano passado divididas entre o teatro de arena, armazém 112  e a própria sede do Coletivo Popfuzz, este ano ocorrerá inteiramente durante a programação oficial da XI Bienal Internacional do Livro de Alagoas, entre os dias 25 de outubro e 3 de Novembro de 2013.

Entre as oficinas estão a de Cobertura Colaborativa, Redes Sociais, Produção Executiva para Audiovisual, Criação e Diagramação Para Cartazes e Flyers, além de outras sete oficinas ministradas por membros do Popfuzz e viventes do Festival, vindos de várias partes do país.

Entre as atrações musicais está o trio carioca Autoramas: um dos mais bem-sucedidos grupos independentes do Brasil. A cultuada banda punk capixaba, Mukeka Di Rato e o grupo psicodélico alagoano, Mopho.

O evento também terá um dos braços mais fortes do  Coletivo Popfuzz, o selo musical Popfuzz Records, que também aparece no festival trazendo o show das bandas Lupe de Lupe (MG) Medialunas (RS) e Single Parents (SP).

Este ano, o público dispõe de uma maior quantidade de pontos de venda dos ingressos do festival na cidade. Eles já estão disponíveis no Botequim Paulista, Stúdio Poker, Mausoléu Rock Store, Aldeia dos Ventos do Maceió Shopping, Chilli Beans do Shopping Pátio Maceió, na Editora da Ufal e também na Sede do Coletivo Popfuzz, em Jacarecica.

Não sou o que sou...

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

Não sou o que sou
ou o que penso que sou.
Eu sei que tenho
muitos pecados.
Eu confesso aquilo
que eu não consigo definir.
Sou errante,
Um ser que pensa,
um perigo para quem
não pensa.
Quem faz versos tortos
sonha encontrar
aquilo que sonha.
Sonhos que já se perderam
no tempo, de agora e de antes.
Não sou o que sou...

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Eu queria encontrar...

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

Eu queria encontrar um amigo
perdido no tempo.
Dar um abraço apertado,
ser gentil e calorosa e
Dizer da saudade que tenho
dos tempos da meninice.
Aquele tempo que a gente pensava
que ia mudar o mundo.
Que mundo era esse
que nós desejávamos mudar?
Passou o tempo,
cada um foi tomando seu rumo,
Seu prumo,
uns se achando
outros nem tanto...
Eu queria encontrar
um amigo perdido
no tempo...

Marcos de Farias Costa lança Jardim Selvagem, seu mais novo livro de poemas

Por Olívia de Cássia- jornalista

O poeta alagoano Marcos de Farias Costa lança seu mais novo livro de poemas, O Jardim Selvagem, nesta terça-feira, 22, às 20h, no Restaurante Caranguejola, na Avenida Antônio Gomes de Barros (antiga Amélia Rosa), no bairro da Jatiúca, em Maceió.

Jardim Selvagem, segundo conta Luiz Carlos Figueiredo, na orelha do livro, é um trabalho que nasceu em velhos tempos. “Os novos poemas de Marcos de Farias Costa nasceram nos momentos de etílica vigília, durante quarenta anos molhados em cachaça. Nada de falação boêmia. Entre um gole e outro, o silêncio, a conversa interior, viagem interna do eu-poético na maçaranduba do tempo”, define.

A poesia de Marcos Farias Costa mostra seu inconformismo com as injustiças sociais, a hipocrisia, os preconceitos e “toda essa miséria humana – do aqui e do agora, do passado e do lá fora”.  Em sua poesia o autor se mostra inquieto e profundo como sempre foi.

A matéria-prima do poeta é a palavra e, assim como o escultor extrai a forma de um bloco, o escritor tem toda a liberdade para manipular as palavras e assim é a obra do poeta, permeada de sentimentos românticos e nobres, principalmente ao fazer rasgada e doce declaração de amor a Maceió e suas ruas: “Pertenço a Maceió, sou o seu marido, somente nesta terra encontro abrigo... Em vez de caçador, serei a caça da cidade que fisgou meu coração”, diz o poeta.
Marcos de Farias Costa é autor de vários livros, adora livros, vive entre livros. Formado em Psicologia, nunca exerceu a carreira, preferindo optar pela poesia. Fez cursos extracurriculares de tradução e língua alemã. Compositor bissexto, com prêmios e reconhecimentos merecidos.

O poeta é autor de vários outros livros de poemas, como: O amador de sonhos (1982), Ócios do ofício (1984), A quadratura do círculo (1991), A comédia de Eros (1997), entre outros. Vale a pena conferir o lançamento de Jardim Selvagem e se deliciar com o mais novo trabalho do autor.

SERVIÇO:

O quê?: Lançamento do livro Jardim Selvagem
Autor: Marcos de Farias Costa
Quando: dia 22, terça-feira
Onde: Restaurante Caranguejada
Endereço: Avenida Antônio Gomes de Barros (antiga Avenida Amélia Rosa), Jatiúca

Igreja Católica comemora Festa de Nossa Senhora da Rosa Mística

Olívia de Cássia – Repórter

Terminam no próximo domingo, 20 as comemorações da Igreja Católica à Festa de Nossa Senhora da Rosa Mística, no bairro da Mangabeiras, em Maceió. A festa teve início no sábado, 12, com parque de diversão, quermesse e a  missa de Nossa Senhora Aparecida, seguida de show de evangelização, com o ministério de música Maria Nossa Mãe, com barracas da equipe de liturgia e demais pastorais.

No domingo, 13, a programação seguiu com uma celebração, tendo como tema: “Maria, mulher de fé, ensina-nos a reconhecer a Ação de Deus na nossa história”. O presidente da celebração foi o frei Thiago, com coral do grupo de jovens do local.

A programação prossegue até o domingo, 20, com celebração, coral  e procissão luminosa. Segundo o administrador paroquial, padre Marcio Roberto, a fé é a porta de entrada do mistério de Deus e itinerário de compreensão da missão de cada cristão no mundo.

“Neste ano olhamos para a figura da Santíssima Virgem Maria como modelo e referência segura da fé”, ensina o padre.  

HISTÓRIA

Nossa Senhora da Rosa Mística é o nome atribuído a Maria, mãe de Jesus, a partir de diversas aparições, cuja imagem é marcada pela presença de três rosas no peito. Uma é branca, simbolizando a oração. Outra é vermelha, simbolizando o sacrifício. E outra é amarela, simbolizando a penitência.

Há relato de aparições na Europa e também na América. O principal tema abordado por Nossa Senhora nestas aparições é a vocação religiosa e a necessidade de oração para que os religiosos do mundo inteiro cumpram sua missão evangelizadora e que sejam, de fato, instrumentos do amor de Jesus. (Com informações da Wikipedia)

Artista penedense expõe obras na capital alagoana na próxima segunda (21)

Karina Michele desenvolve pinturas a óleo e esculturas em papel machê
Fonte: Aqui Acontece

Acontece entre os dias 21 a 31 de outubro, na sede do Instituto da Visão, Av. Santa Rita de Cássia, 239, Farol, na capital alagoana, a VI Mostra Cultural Instituto da Visão. Com a exposição "Novos Olhares", o evento pretende este ano dar espaço para novos artistas.

A mostra contará com a presença da artista plástica penedense, Karina Michele Souza. Suas obras chamam a atenção pela delicadeza com que as peças são confeccionadas. São pinturas a óleo e esculturas feitas com papel machê.

Entre os expositores estão: Acendino Freitas, Adelaide Abreu, Alfredo Gazzaneo, Ana Cahu, Ana Luiza, Camila Cavalcante, Daniel Lima, Gustavo Correia entre outros.


A abertura da exposição acontece na próxima segunda-feira (21), às 20hrs. A entrada é franca e os visitantes ainda poderão se emocionar com um belíssimo show da cantora alagoana Wilma Araújo.

Mês da Consciência Negra: grupos culturais têm até sexta para propor participação

Foto de Olívia de Cássia-20-11-2012
Fonte: Ascom FMAC


Artistas, grupos culturais e comunidades tradicionais de matriz africana têm até a próxima sexta-feira (18) para apresentarem suas propostas de participação no evento cultural que celebrará o Mês da Consciência Negra em Maceió. O prazo foi apresentado pela Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC) durante reunião com representantes da comunidade afrobrasileira, no início do mês. As propostas vão ajudar a compor a programação oficial do evento Saurê Palmares, que acontecerá nos dias 8 e 9 de novembro, na Praça Palmares.

A ideia da comissão organizadora é que o evento tenha programação diversificada e contemple o comércio de produtos artesanais e comidas típicas, exposições, desfiles, rodas de capoeira e apresentações culturais diversas como a dança, cortejos culturais e música.

Os grupos podem apresentar suas propostas por meio de textos descritivos, release de trabalhos, fotografias, ou mesmo vídeos. “É importante apenas que os grupos fiquem atentos ao prazo de entrega das propostas porque precisamos trabalhar na produção executiva de todo o evento”, alerta o gerente de Políticas Culturais da FMAC, Amaurício de Jesus.

A FMAC também está discutindo as propostas de apoio que viabilizem a movimentação dos grupos culturais e tradicionais de matriz africana para os festejos na Serra da Barriga, em União dos Palmares, no dia 20 de novembro – Dia Nacional da Consciência Negra.


Ainda como parte da programação do Mês da Consciência Negra, a FMAC – juntamente com a Secretaria Municipal do Planejamento e Desenvolvimento (SEMPLA) e a Unidade Executiva Municipal Fiscal (UEMF) da Secretaria Municipal de Governo – trabalha na construção do projeto de revitalização da Praça Adhemar de Barros, a popular Praça Palmares no Centro da cidade, que deverá voltar a ser chamada oficialmente dessa forma.

Vai melhorar

Olívia de Cássia Cerqueira   Todos os dias, procuro repetir esse mantra. “Vai melhorar, tem que ter fé”. Sei que pode ser clichê para mu...