Assessoria
Nesta quinta-feira (10), às 11h, no Museu da Imagem e do Som
(Misa, Jaraguá), o escritor e crítico de artes Ricardo Maia, faz uma
apresentação, para jornalistas e convidados, do livro “Maceyorkinos”, publicado
com patrocínio da Braskem e da Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos
Direitos Humanos e apoio da Secretaria de Estado da Cultura.
O lançamento
oficial acontecerá na 6a Bienal Internacional do Livro de Alagoas, no dia 26,
no estande da Braskem. Oferecendo um brunch de comidinhas e bebidas regionais,
o autor, assim como os escritores, poetas e artistas visuais cujas obras foram
analisadas neste volume de 179 páginas, estarão à disposição dos jornalistas
para um bate-papo.
Maia diz que “Maceyorkinos” é dirigido a “um público,
realmente ligado à ilustração”.
“Um público que não somente queira fazer charme, mas, também
e principalmente, história”, bombardeia o autor.
“Daí os meus ensaios no
‘Maceyorkinos’, como muito bem observou o crítico Francisco Oiticica, serem
‘quase didáticos’. Isso, obviamente, devido à linguagem filosófico-científica
incorporada por mim e a complexidade da reflexão crítica radical que daí
resultou. E de tal modo, que se pode dizer, com toda certeza, que meus escritos
se dirigem exclusivamente àquelas e aqueles que compartilham comigo uma enorme
vontade de saber sobre arte, artista e cultura na sociedade alagoana. Ou seja,
sobre a Alagoas-artística. Mais especialmente, aquela que vem constituindo o
subcampo específico das artes visuais desde os anos 1980 até os dias de hoje.”
Os diversos ensaios de “Maceyorkinos” foram organizados,
segundo Maia, “de modo que o livro representasse um espaço simbólico, bastante
amostral, de uma categoria identitária de artistas que melhor expressavam,
psicossocialmente, no período citado, as complicadas questões ligadas à contemporaneidade
do campo sócio artístico vivido em Maceió-AL.”
“Maceyorkinos”, explica o autor, “originalmente, era – e de
certo modo ainda é – a segunda e menor parte de um livro bastante volumoso que
intitulei de ‘Hora H: Contratextos’. E que ainda pretendo publicá-lo na
integra. Mas aconteceu que a falta de fundos impediu a publicação dele neste
exato momento. Então, tomei a decisão de publicá-lo inicialmente pela segunda
parte dele, que era a menor e, portanto, menos onerosa. E não somente no sentido
financeiro. Essas duas partes, respectivamente, são constituídas por categorias
identitárias de criativos alagoanos da arte a que me refiro. Categorias estas,
dialeticamente antagônicas e, ao mesmo tempo, complementares. Complementares
porque uma sem a outra não conseguiriam sozinhas construir sócio historicamente
na Maceió-artística as suas identidade culturais. Francisco Oiticica,
completamente desavisado deste detalhe não relatado no meu livro, sentiu muito
sensivelmente, na leitura resenhista que fez do ‘Maceyorkinos’, a falta dessa
outra parte do meu livro – intitulada de ‘Maceiótimos’. Justamente a que
estaria envolvida no processo que ele muito inteligentemente denominou de
rurbanização.”
O livro “Maceiótimos”, Maia diz que pretende lança-lo “o
mais brevemente possível”, e depois relançá-lo, juntamente com “Maceyorkinos”,
numa caixa intitulada “Hora H: Contratextos”. Por enquanto, usufruamos das
veementes e excelentes críticas que Ricardo Maia faz à arte alagoana das três
últimas décadas nesse informadíssimo “Maceyorkinos”. Leitura desbravadora a
proporcionar uma viagem que segue até onde podemos chamar de o cerne da coisa.
Experimente, está na hora de ir mais e fundo e, finalmente, compreendermo-nos
melhor.
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