quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Ricardo Maia mostra ‘Maceyorkinos’ à imprensa, nesta quinta-feira (10)

Em textos críticos à obra de uma série de artistas alagoanos, escritor revela meandros da produção cultural alagoana

Assessoria

Nesta quinta-feira (10), às 11h, no Museu da Imagem e do Som (Misa, Jaraguá), o escritor e crítico de artes Ricardo Maia, faz uma apresentação, para jornalistas e convidados, do livro “Maceyorkinos”, publicado com patrocínio da Braskem e da Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos e apoio da Secretaria de Estado da Cultura.

 O lançamento oficial acontecerá na 6a Bienal Internacional do Livro de Alagoas, no dia 26, no estande da Braskem. Oferecendo um brunch de comidinhas e bebidas regionais, o autor, assim como os escritores, poetas e artistas visuais cujas obras foram analisadas neste volume de 179 páginas, estarão à disposição dos jornalistas para um bate-papo.

Maia diz que “Maceyorkinos” é dirigido a “um público, realmente ligado à ilustração”.
“Um público que não somente queira fazer charme, mas, também e principalmente, história”, bombardeia o autor. 

“Daí os meus ensaios no ‘Maceyorkinos’, como muito bem observou o crítico Francisco Oiticica, serem ‘quase didáticos’. Isso, obviamente, devido à linguagem filosófico-científica incorporada por mim e a complexidade da reflexão crítica radical que daí resultou. E de tal modo, que se pode dizer, com toda certeza, que meus escritos se dirigem exclusivamente àquelas e aqueles que compartilham comigo uma enorme vontade de saber sobre arte, artista e cultura na sociedade alagoana. Ou seja, sobre a Alagoas-artística. Mais especialmente, aquela que vem constituindo o subcampo específico das artes visuais desde os anos 1980 até os dias de hoje.”

Os diversos ensaios de “Maceyorkinos” foram organizados, segundo Maia, “de modo que o livro representasse um espaço simbólico, bastante amostral, de uma categoria identitária de artistas que melhor expressavam, psicossocialmente, no período citado, as complicadas questões ligadas à contemporaneidade do campo sócio artístico vivido em Maceió-AL.”

“Maceyorkinos”, explica o autor, “originalmente, era – e de certo modo ainda é – a segunda e menor parte de um livro bastante volumoso que intitulei de ‘Hora H: Contratextos’. E que ainda pretendo publicá-lo na integra. Mas aconteceu que a falta de fundos impediu a publicação dele neste exato momento. Então, tomei a decisão de publicá-lo inicialmente pela segunda parte dele, que era a menor e, portanto, menos onerosa. E não somente no sentido financeiro. Essas duas partes, respectivamente, são constituídas por categorias identitárias de criativos alagoanos da arte a que me refiro. Categorias estas, dialeticamente antagônicas e, ao mesmo tempo, complementares. Complementares porque uma sem a outra não conseguiriam sozinhas construir sócio historicamente na Maceió-artística as suas identidade culturais. Francisco Oiticica, completamente desavisado deste detalhe não relatado no meu livro, sentiu muito sensivelmente, na leitura resenhista que fez do ‘Maceyorkinos’, a falta dessa outra parte do meu livro – intitulada de ‘Maceiótimos’. Justamente a que estaria envolvida no processo que ele muito inteligentemente denominou de rurbanização.”


O livro “Maceiótimos”, Maia diz que pretende lança-lo “o mais brevemente possível”, e depois relançá-lo, juntamente com “Maceyorkinos”, numa caixa intitulada “Hora H: Contratextos”. Por enquanto, usufruamos das veementes e excelentes críticas que Ricardo Maia faz à arte alagoana das três últimas décadas nesse informadíssimo “Maceyorkinos”. Leitura desbravadora a proporcionar uma viagem que segue até onde podemos chamar de o cerne da coisa. Experimente, está na hora de ir mais e fundo e, finalmente, compreendermo-nos melhor.

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