terça-feira, 31 de julho de 2012

Juiz eleitoral faz balanço da campanha em União dos Palmares e Santana do Mundaú

Por João Paulo Farias – O Relâmpago - Texto e Fotos

O juiz da 21° Zona Eleitoral, Ygor Vieira de Figueiredo, concedeu na tarde desta terça-feira,31, entrevista ao Programa Mesa Z da Rádio Zumbi FM, com transmissão simultânea da Rádio Farol FM e abordou os principais assuntos referentes às eleições deste ano nos dois municípios que compõe a 21° Zona: União dos Palmares e Santana do Mundaú.

Para o juiz, a campanha eleitoral está sendo feita até o momento, de maneira tranquila sem “baixarias”, elogiando a postura dos candidatos nos dois municípios. Dr. Ygor se diz preocupado com a compra e venda de votos e afirma que a população é fundamental, no combate à corrupção eleitoral, denunciado o crime.

O magistrado mostrou várias formas de denunciar um crime eleitoral, por meio da internet, pelo site da OAB e no Fórum Eleitoral, ou pelo e-mail: ze0021@tre-al.gov.br, “a identidade do denunciante será preservada”, lembra o juiz.

A propaganda eleitoral foi um dos assuntos mais abordados na entrevista. O juiz lembra que é gratuita e não pode deixar de seguir as regras da Justiça Eleitoral, com o risco de penalidades.

A partir desta terça-feira, o juiz inicia a análise das candidaturas de União e Santana do Mundaú, que vai até 5 de agosto, nesse período de verificação, as candidaturas que tiverem irregulares serão impugnadas.

Também na tarde deste dia, o juiz realizou no Fórum Eleitoral, localizado no centro da cidade, uma avaliação de alfabetização, com candidatos a vereador dos dois municípios, uma espécie de ditado foi aplicado a eles; caso não forem aprovados, terão seus registros de candidaturas indeferidos.

Cheiro de saudade

Olívia de Cássia – jornalista

Chove lá fora. O vento frio não me faz bem; tenho que sair de casa mesmo assim. Em dias como esse fico imaginando aqueles bons romances que a gente devora debaixo de cobertas quentes e limpas.

A chuva tem cheiro de saudade. Lembranças que muitas vezes não são tão felizes, mas o tempo agora é de evocar boas lembranças do tempo da meninice.

Do banho de chuva na rua, nas biqueiras das casas, de catar sapinhos pequenos que brotavam nessa época em União, na Rua da Ponte, quando não era ainda pavimentada, das chuvas de bolinhas de gelo que nos encantava e do ralhar da minha mãe quando descobria nossas traquinagens de menina arteira.

O Rio Mundaú ficava encorpado despertando a curiosidade dos moradores que iam para a ponte vê-lo correr velozmente, barrento, levando baronesas e os moleques que pulavam da ponte fazendo festa.

Nos fundos da nossa casa da Rua da Ponte tinha uma lagoa de águas represadas e poluídas que criava um matinho verde.

Minha mãe ia marcando com uma pequena vareta para medir o nível do Mundaú subindo, pois as águas que ficavam ali iam subindo também. A lagoa ficava entre as casas da Rua da Ponte, do lado esquerdo e a Fazenda Jurema.

Nessa época minha mãe não dormia, preocupada com enchentes do rio, o nosso amado Mundaú. Quem está acostumado a vê-lo seco no verão, se surpreende com o volume das águas que recebe em época em tempo chuvoso.

Tenho saudade do cheiro do mato da Barriguda, parece que ficou nas nossas entranhas. As lembranças e a saudade dos bons tempos vividos têm cheiro. Quem não teve infância não sabe o que é isso.

A gente do interior tem muita coisa para lembrar. E a chuva persistente lá fora insiste em trazer lembranças que a gente não pode trazer de volta. Lembranças boas da juventude, dos sonhos que a gente tinha de transformar o mundo com nossas ideias e nossos ideais.

Para nós não importava as intempéries do tempo, estávamos lá, reunidos, na chuva, no sol, cantando, contando histórias, ouvindo músicas e vivendo. Vivendo a vida. Cheiro de saudade.

Carlito Lima lança ‘Vadiando com Lêdo Ivo nos Mares das Alagoas’

Por Olívia de Cássia

O escritor Carlito Lima lança, na próxima sexta-feira, 3, entre 18 e 22 horas, seu mais novo livro “VADIANDO COM LÊDO IVO NOS MARES DAS ALAGOAS”, no Restaurante Divina Gula, Stella Maris, na Jatiúca.

No evento será servido um coquetel “de cachaça das boas”, promete o autor. O livro é uma coletânea de crônicas semanais escritas na Gazeta de Alagoas, Tribuna do Sertão e mais 16 blogs-sites por todo o Brasil, inclusive Portugal, segundo Carlito.

São crônicas (pequenos contos) baseadas em fatos reais, “com o floreio literário permissível ao escritor, ao contador de história, que nada têm a ver com a realidade histórica”, explica.

Carlito, que também é secretário de Cultura de Marechal Deodoro, conta que “são crônicas para o leitor se divertir, iniciando a leitura por qualquer página”. O livro custa R$ 20. “Com isso você estará participando de uma ajuda humanitária. Preciso conhecer a Toscana ainda este ano”, diz autor.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Assembleia Legislativa volta de recesso na quarta-feira

Foto de Olívia de Cássia - arquivo
Por Assessoria da ALE

A Assembleia Legislativa de Alagoas retoma as atividades nesta quarta-feira, 1º de agosto, quando encerra o recesso parlamentar. A data obedece o que determina o Regimento Interno da Casa, no entanto, não há a necessidade de qualquer procedimento especial, visto que não se trata de abertura de período legislativo. Os deputados entraram em recesso no último dia 3 de julho após votarem várias matérias, com destaque para o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para o exercício financeiro de 2013.

Uma das matérias mais importantes a ser apreciada pelos parlamentares nesse segundo semestre é o projeto de Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2013. A LOA deve ser encaminhada – ao Legislativo – pelo governo estadual até o dia 15 de setembro, conforme preconiza a Constituição Estadual, e deve ser analisada pelos deputados até o final do ano.

Remanescente do primeiro semestre, outra matéria que deve ser apreciado nesse período que se inicia é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera a estrutura da Procuradoria Geral do Estado, ela foi retirada de pauta durante a plenária do dia 3 de julho, após entendimento de lideranças, por carecer de uma análise mais aprofundada, conforme explicou à época, o presidente da Casa, deputado Fernando Toledo (PSDB).

Por tratar-se de um ano atípico, devido as eleições municipais que se avizinham, a rotina das sessões plenárias deve ser alterada, se assim entender a Mesa Diretora da Casa.

Juiz eleitoral indefere registro de candidatura de Ronaldo Lessa

Por Assessoria do TRE


O juiz Erick Costa Oliveira, da 1ª Zona Eleitoral de Maceió, indeferiu o pedido de registro de candidatura ao cargo de prefeito de Maceió formulado pelo candidato Ronaldo Augusto Lessa dos Santos, por não ter preenchido a condição de elegibilidade, pela não comprovação da situação de quitação eleitoral. A decisão foi publicada na tarde desta segunda-feira (30).

Durante a análise do magistrado eleitoral no pedido de registro de candidatura de Ronaldo Lessa, foi detectada a existência de débito fiscal, devidamente inscrito na Certidão de Dívida Ativa da União (CDA), no valor de R$ 21.282.

De acordo com a sentença, por meio de consulta eletrônica à Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, em 25 de julho, o débito fiscal ainda encontrava-se em situação “ativa ajuizada”, pendente de quitação ou mesmo de parcelamento. Lessa responde à uma Ação de Execução Fiscal que tramita na 2ª Zona Eleitoral de Maceió.

O juiz Erick Costa ainda explica, em sua sentença, que o candidato Ronaldo Lessa, também no dia 25 de julho, efetuou pagamento referente à CDA no valor atualizado de R$ 41.548,41 e pugnou, perante a Zona Eleitoral, pelo reconhecimento de sua quitação eleitoral.

O Ministério Público Eleitoral emitiu seu parecer opinando pelo indeferimento do registro de candidatura, pelo não preenchimento da condição de elegibilidade.

“Entendo não merecer guarida a alegação da parte requerente, uma vez que para efeito de quitação do débito fiscal que ensejou o ajuizamento da execução fiscal em tela, não seria necessária a autorização pelo juiz natural da causa, bastando que o requerente, sabedor da necessidade de quitação do referido débito, para obter a certidão de quitação eleitoral, condição de elegibilidade em processo de registro de candidatura, comparecesse à sede da Receita Federal ou mesmo disponibilizasse, no site eletrônico desta, a competente guia de recolhimento (DARF), o que veio a providenciar posteriormente, independente do deferimento do juiz natural da causa, conforme faz prova o documento de pagamento recepcionado na data de 25 de julho, portanto, em data posterior a do pedido de registro de candidatura”, explicou o magistrado eleitoral em sua sentença.

O juiz eleitoral ainda explicou em sua decisão que mesmo que o candidato optasse pelo parcelamento do débito, poderia ter diligenciado junto à Fazenda Nacional antes da data final para o registro das candidaturas.

domingo, 29 de julho de 2012

Mulheres violentadas precisam de casas para tratamento

Olívia de Cássia – jornalista

De Norte a Sul do País, cresce o índice de violência e maus-tratos contra as mulheres. Está sendo recorrente o Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) ser acionado para socorrer mulheres agredidas ou em estado grave, em decorrência de discussões com seus companheiros embriagados ou drogados, quando não acontece o pior: são assassinadas.

Por conta desse crescente índice de violência que assusta, o movimento feminino tem reivindicado casas especializadas que realizem tratamento para mulheres que passam por esse processo, com profissionais capacitados para isso.

Atualmente, as drogas estão cada dia mais presentes nos lares e aparecem como consequência ou causa da maioria dos processos de violência que tramitam em todas as varas especializadas da mulher, segundo a juíza Ana Cristina Silva Mendes, titular da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Cuiabá.

A juíza observa que as drogas são substâncias que potencializam os aspectos de violência que a pessoa traz consigo, “muitas vezes reproduzindo na vida adulta o que sofreu quando criança”. São homens que nasceram em ambientes insalubres, violentos e quando crescem terminam fazendo com suas mulheres e companheiras a mesma coisa que os pais fizeram com suas mães.

Muitas vezes, no meio da discussão entre os casais os ânimos vão se exaltando e termina com ocorrência de lesão corporal contra mulheres registrada nos plantões policiais, diariamente. Em Bauru, no interior de São Paulo, somente de janeiro a junho, a Delegacia de Defesa da Mulher registrou 705 denúncias de agressão contra mulheres. Uma média de quase quatro crimes por dia.

No mês de junho, integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito realizaram audiência pública na Assembleia Legislativa de Alagoas, o segundo Estado onde mais se mata mulheres no País, ficando atrás apenas do Espírito Santo. Enquanto a média nacional é de 4.4 homicídios para grupo de 100 mil mulheres, o Estado de Alagoas tem mais que o dobro da média, 8.3 mortes por ano.

Só em 2011, 142 mulheres foram mortas. Em 2008 esse número não passava de 86. Os dados mostram também a interiorização da violência. Enquanto Arapiraca ocupa o 4ª lugar do ranking nacional, a capital Maceió fica com o 14º lugar.

Os casos de ‘femicídio’ no Estado chamaram a atenção da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional. Segundo informações que foram divulgadas na imprensa, em junho, a CPMI faz levantamento das questões sociais, de políticas públicas e quais ações estão sendo feitas para o enfrentamento da violência contra a mulher no País.

Apesar da Lei Maria da Penha, que já é um alento jurídico para as mulheres, são muitas as dificuldades encontradas para denunciar os agressores: ou elas são ameaçadas de morte pelos maridos e companheiros ou não encontram estrutura para isso.

Muitas vezes se deparam com delegacias fechadas ou sem estrutura para receberem as denúncias e darem início ao processo de inquérito e toda a burocracia jurídica. Em ano de eleições municipais é bom que estejamos atentas.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Dicotomia entre o dizer e o fazer

Olívia de Cássia - jornalista

Nessa época de campanha eleitoral muita coisa me chama a atenção em alguns candidatos; gosto muito de prestar atenção em tudo. Promessas que nunca vão ser cumpridas, discursos apelativos, xingamentos aos adversários e outras mazelas da sociedade são ressaltados em caminhadas e agora nas redes sociais com muita intensidade também.

O contraste entre o dizer e o fazer dos políticos chega a soar como piada nos ouvidos da gente, pelo menos de quem já está calejado de discursos floreados e cheios de promessas e já não se deixa levar pelo canto da sereia que surge por aí. Entre o dizer e o fazer de alguns vai uma distância enorme.

Alguns especialistas em eleições observam que para evitar enganações, o eleitor deve ler; procurar conhecer a vida pregressa de cada um que se aventura na política e fazer uma comparação de como está agindo no presente. É sempre uma boa fórmula para se tirar conclusões. Mas num Estado onde a maioria não consegue interpretar uma notícia, não sei como isso seria feito.

Segundo analistas, do ponto de vista da prática democrática, a desmitificação dos líderes políticos pode ser encarada como um progresso. É comum eles culparem os meios de comunicação pelas suas trapalhadas e conduta nem sempre boa. É claro que existem raríssimas exceções.

Mas, o que há mesmo, nos dias de hoje, é a falta de compromisso dessa gente com o social, com políticas públicas para a população menos assistidas, cidades sem cuidados, ruas esburacadas, falta de infraestrutura e outras mazelas que a gente vê nos noticiários todos os dias.

É de bom tom observar que do ponto de vista de uma sociedade esclarecida e que acompanha o dia-a-dia da sua comunidade, a desconfiança em relação aos apelos pelo “bem público” e uma visão mais crítica sobre os interesses que movem os líderes políticos são iniciativas que eles não vêm com bons olhos. Dizem logo que isso ‘é coisa do inimigo’.

A assertiva de que “vou trabalhar pelo povo, este maravilhoso povo que me dará a chance de provar que sou honesto, íntegro e que jamais me deixarei corromper”, já é uma prova de que a gente deve desconfiar dessa criatura. Não devemos confiar nesses chavões ultrapassados.

O blogueiro e escritor Jairo de Lima Alves, em seu texto “As Mentiras dos Políticos”, esboça um resumo do que tenho dito. “São omissões de pequenos detalhes, mudanças de opinião por simples conveniência eleitoreira ou até discursos cheios de falácias para acobertar graves fraudes e irregularidades”, diz ele.

A mentira já se incorporou de uma forma tão profunda na vida dessas pessoas, que acreditam mesmo no que dizem. “Uma mentira repetida mil vezes torna-se uma verdade”. Essa frase foi proferida pelo ministro da propaganda nazista Joseph Goebbels e nunca foi tão verdadeira e perigosa como nos dias de hoje, em tempos de internet e redes sociais.

É nas redes sociais que os políticos estão se aproveitando para propagar suas ideias e planos, aqueles que são publicáveis apenas. Segundo Marcelo Santiago, ninguém mais checa fatos, deu no Twitter ou no Facebook, virou verdade absoluta. É bom que a gente fique atenta para isso. Tenham um ótimo fim de semana e fiquem com Deus.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

É tempo de refletir...

Olívia de Cássia - Jornalista

Daqui a três meses é tempo de o eleitor brasileiro voltar às urnas para escolher os gestores dos municípios e seus parlamentares que vão ocupar as Câmaras de Vereadores. No Brasil e em nosso Estado, nunca a gente viu tanta denúncia de corrupção e de malversação do dinheiro público como nos últimos tempos.

Independente de ideologias, a corrupção no Brasil se espalhou por todo o canto. Em anos atrás a gente achava que a corrupção estava apenas e unicamente nos partidos conservadores, nos parlamentares da chamada ‘ ala da direita’ e por aí em diante. Enganamo-nos redondamente e estamos vendo a bagaceira tomar conta de tudo.

Hoje sabemos que a maldita corrupção está por toda a parte e que a sede de poder, a ganância pela ascensão a postos de comando e o dinheiro fizeram a cabeça daqueles personagens de mente fraca que antes criticavam aqueles que estavam no comando e que acreditávamos tão cegamente.

É preciso ficar atento e não se deixar iludir por falsas promessas de quem já prometeu muito e não cumpriu nada. Tenho me decepcionado muito ao longo desses anos e o pior é que a decepção que tive foi com lideranças políticas que antes eu nutria admiração e respeito. Hoje sou cética com relação à política e às lideranças e são poucos os que ainda me deixo levar e tento dar um crédito de confiança.

O que a gente percebe é que não são mais os ideais e as propostas de antes que interessam pra muita gente que conseguiu chegar ao poder ou que almeja chegar lá, seja lá de que jeito for. Muitos candidatos que estão aí, postos para as próximas eleições, não sabem o que é humildade e já demonstraram na prática que não têm estrutura para estar no poder.

Ser líder é ter, além de visão, paixão, pensamento estratégico, habilidade de comunicação, ter humildade. Um ser humano que não sabe ser humilde, não sabe dar valor ás qualidades dos outros. Líder é também aquele que tem a capacidade de administrar pessoas e equipes, de personalidades diferentes.

Mas o que acontece por aqui, quase sempre, é que quando alguns assumem o poder valorizam apenas um grupinho de puxa-sacos, emprenham pelos ouvidos, valorizam fofocas e mexericos e não se importam com a qualidade dos outros profissionais que por um motivo ou outro não ficaram lambendo botas do poder.

No próximo dia 7 de outubro voltaremos às urnas e devemos ter muita responsabilidade em quem nós vamos dar o nosso voto e entregar a administração das nossas cidades ou eleger para o Legislativo de seu município.

Procure não se iludir com promessas e não acredite que um prefeito ou vereador possa fazer milagres, porque isso eles não podem fazer. Muitas ações do Executivo ou do Legislativo não dependem deles também; há muita burocracia por trás de toda administração, por isso não acredite em tudo o que lhe disserem que vão fazer, até porque não terão condições. Deixo o tema para reflexão.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Prefeito Areski Freitas se defende de decisão da Justiça que determinou afastamento do cargo

Foto de Olivia de Cássia-arquivo
Olívia de Cássia – jornalista

Na manhã desta terça-feira, 24, o prefeito de União dos Palmares, Areski Damara Omena de Freitas, o Kil, se defendeu decisão que recomendou o afastamento do cargo, em ação impetrada pelo Ministério Público do Estado, que o acusa de improbidade administrativa e superfaturamento da merenda, entre outros itens.

A sentença foi proferida pelo juiz Ygor Vieira Figueredo e atinge também Edvaldo Dativo Medeiros e Orlando Sarmento Cardoso Filho, além dos empresários Lúcio José Oliveira Bezerra, Luciano José da Rocha, José Ednaldo Ferreira Pedroza e a empresa Laguna Distribuidora LTDA.

Por e-mail o prefeito observou que “não houve irregularidades no contrato administrativo, mas meras imperfeições administrativas, bem como que não houve dano ao erário, nem malversação”.

O prefeito Areski Freitas argumentou que não foi conivente com as irregularidades e tão logo teve notícia delas, suspendeu (e depois cancelou) o contrato e afastou os investigados de suas funções que desempenhavam.

Também em sua defesa o gestor de União dos Palmares encaminhou cópia da sentença sublinhando alguns trechos da sua defesa. Ele disse também que “nenhum prefeito consegue ler todos os processos licitatórios de uma prefeitura; normalmente homologamos confiando naqueles que acompanham o processo anteriormente a nós. Esse foi meu pecado”, explicou Areski Freitas.

Na sentença do juiz Ygor Vieira, encaminhada ontem à imprensa, os acusados foram condenados ainda a restituir ao erário R$ 63.432,71, “valor prejuízo causado aos cofres públicos”, segundo o documento.

Todos foram condenados à perda da função pública e suspensão dos direitos políticos por cinco anos, além de ficarem proibidos de contratar com o poder público ou receber incentivos fiscais e creditícios por cinco anos. A decisão do juiz ainda cabe recurso e o blog continua aberto para que as partes se pronunciem no caso de se sentirem lesadas.

Quero respirar aliviada

Olívia de Cássia - jornalista

Quero respirar aliviada, mas, literalmente, não posso. Vou deitar meia noite e às 3h30 da matina cá estou eu, com insuficiência respiratória e muito cansada, tossindo muito e sem conseguir pregar no sono com tranquilidade. A alergia tem uma base genética importante e minha avó materna tinha asma, está aí a explicação para esse meu mal constante.

Essas crises persistentes de alergia interferirem de forma negativa na qualidade de vida da gente. A vida de alérgicos e de quem tem esses incômodos, piora com a mudança do tempo. Qualquer cheiro diferente já é motivo de incômodo.

Desço do quarto e bato um leite, tomo, volto a deitar, recosto os travesseiros bem altos, fico quase sentada, mas nem assim eu me alivio. A tosse e o cansaço são intensos. Volto pra cozinha e faço um chá de hortelã com gengibre e limão, daqueles de saquinhos e coloco na caneca.

Enquanto degusto o chá vou pensando e sonhando como é bom ter uma noite tranquila e sem aperreios. O suor agora escorre da testa, aos poucos a respiração vai acalmando, mas já fiquei intranquila o suficiente para ter uma dor de cabeça provocada pela tosse intensa. Ainda bem que deixei o vício de fumar e fico muito incomodada quando tem alguém perto de mim fumando.

Esse processo alérgico meu eu tinha quando criança e voltou agora, depois dos quarenta anos. A caneca de chã vai esvaziando e agora eu já perdi meu sono. Fico pensando que minha casa, que é tão tranquila, agora, em todo o canto tem cheiros. Não é falta de limpeza, pois a diarista hoje limpou tudo.

Dizem as más línguas que é o pelo dos meus gatos e dos cachorros que me incomodam, mas não consigo ficar sem meus filhotes. Talvez aqui na biblioteca não seja lugar para alérgico ficar, por conta dos livros, que apesar de terem sido limpos, podem guardar fungos.

Para jornalista alérgico, ter que abrir mão da leitura de jornais impressos já não é muito bom. Ainda bem que existem os noticiários eletrônicos e podemos acompanhar tudo pelo computador.

A tosse intensa parece que passou, mas estou transpirando em bicas, meu corpo ficou agitado pela força que coloquei para tossir. Preciso consultar um especialista para ver se as vacinas resolveriam meus problemas, mas sem plano de saúde fica difícil a gente se cuidar também.

Já não sou muito de andar em médicos, teve uma época da minha vida que eu ia com frequência, mas essas idas foram diminuindo. Os problemas hormonais, a descoberta dos sintomas da ataxia, a indiferença de uma médica em uma das consultas rotineiras que fiz; enfim, tudo isso foi me levando a deixar de procurar especialistas para meus incômodos de saúde.

Mas quando a gente chega à velhice tem que se cuidar, eu sei. Vivo dizendo pra mim que preciso fazer uma revisão geral, feito carro velho, para não pifar de vez, mas cada dia vou adiando essa ida e os problemas só tendem a se agravar, eu sei, tenho consciência disso.

Agora que a tosse passou e já estou respirando mais aliviada, vou voltar pra cama e tentar pegar no sono novamente, que logo mais tenho uma reunião na Assembleia Legislativa. Tenham um bom dia e até mais tarde. Fiquem com Deus.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Juiz Ygor Vieira determina cassação do prefeito de União dos Palmares

Foto de João Paulo Farias
Ygor Vieira de Figueirêdo

Olívia de Cássia – Jornalista


Numa sentença proferida na tarde desta segunda-feira, 23 de julho, o juiz Ygor Vieira de Figueirêdo determinou a cassação do prefeito Areski Damara Omena de Freitas Júnior ( O Kil), de União dos Palmares, por improbidade administrativa, fraude em licitação, superfaturamento comprovado independentemente de perícia, contratação irregular de empresa para fornecimento de gêneros alimentícios.

Na sentença o juiz pede a suspensão dos direitos políticos do prefeito Kil, argumentando em sua decisão a contratação irregular de empresa para fornecimento de gêneros alimentícios. A determinação judicial está prevista no art. 10, incisos V, VIII e XII da Lei 8.429/92, alegando a necessidade de comprovação de conduta dolosa ou culposa.

Aplicação das sanções do art. 12 da Lei 8.429/92. Pedido Julgado parcialmente procedente. Também foram considerados culpados os réus: Lucio José Oliveira Bezerra, Luciano José da Rocha, Edvaldo Dativo Medeiros, Orlando Sarmento Cardoso Filho, José Ednaldo Ferreira Pedroza, Laguna Distribuidora.

Além de uma multa para cada um dos acusados, o juiz determinou o pagamento das custas processuais a serem rateadas igualmente entre as partes. Sem condenação em honorários advocatícios.

“Publique-se. Registre-se. Intimem-se as partes e o município de União dos Palmares. Oficie-se a Câmara de Vereadores do Município e o Ministério Público com atuação na vara criminal para ciência desta decisão. Oficie-se ao Ministério Público do Tribunal de Contas remetendo cópia desta Sentença e do relatório técnico do TCE”, diz a sentença.

A redação do blog tentou falar com o prefeito, mas o telefone estava desligado. A decisão ainda cabe recurso.
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Abaixo a sentença completa.

Processo 0001082-18.2010.8.02.0056 (056.10.001082-8) - Ação Civil de Improbidade Administrativa - Dano ao Erário - AUTOR: os R. do M. P. do E. de A. ( V. - RÉU: A. D. de O. F. J. e outros - LITSPASSIV: M. de U. dos P. - SENTENÇA Improbidade administrativa. Fraude em licitação. Superfaturamento comprovado independentemente de perícia. Contratação irregular de empresa para fornecimento de gêneros alimentícios. Conduta ímproba prevista no art. 10, incisos V, VIII e XII da Lei 8.429/92. Necessidade de comprovação de conduta dolosa ou culposa. Aplicação das sanções do art. 12 da Lei 8.429/92. Pedido Julgado parcialmente procedente.

1. Havendo prévia pesquisa de preço que demonstre de forma incontestável o superfaturamento dos preços de produtos adquiridos pelo Poder Público, é prescindível a realização de perícia judicial.

2. Para a responsabilização dos agentes públicos é necessária a comprovação de que contribuíram para o ato de improbidade administrativa dolosa ou culposamente.

3. Ao gestor municipal, na qualidade de ordenador de despesas, cabe agir com prudência na liberação de verba pública, sob pena de praticar ato de improbidade administrativa.

4. Membros da comissão de licitação respondem solidariamente pelos ilícitos, salvo se registrarem posicionamento contrário ao ato irregular.

5. Sanções previstas no art. 12, as quais podem ser aplicadas isolada e cumulativamente de acordo com a participação de cada réu e a extensão do dano.

Leiam na integra a Sentença de Condenação dos acusados no ‘Escândalo do Mensalão’:

1. POSTO ISSO, pelos argumentos fáticos e jurídicos acima delineados, com base no art. 269, inciso I, do CPC, JULGO PROCEDENTE O PEDIDO CONTIDO NA INICIAL, CONDENANDO OS RÉUS ARESKI DAMARA DE OMENA FREITAS JUNIOR, LUCIO JOSÉ OLIVEIRA BEZERRA, LUCIANO JOSÉ DA ROCHA, EDVALDO DATIVO MEDEIROS, ORLANDO SARMENTO CARDOSO FILHO JOSÉ EDNALDO FERREIRA PEDROZA e LAGUNA DISTRIBUIDORA LTDA por atos de improbidade administrativa previstos nos incisos V, VIII e XII do art. 10 da Lei 8.429/92. Em consequência, aplico aos requeridos, em consonância com o grau de culpa (lato sensu) explicitado na fundamentação, as seguintes sanções: Ao demandado ARESKI DAMARA DE OMENA FREITAS JUNIOR as sanções de ressarcimento integral do dano ao erário, de forma solidária com os demais requeridos, no valor de R$ 63.432,71 (sessenta e três mil, quatrocentos e trinta e dois reais e setenta e um centavos), suspensão de direitos políticos pelo prazo de 05 (cinco) anos, perda da função pública e proibição de contratar com o poder público ou receber incentivos fiscais e creditícios pelo prazo de 05 (cinco) anos.

Ao demandado LUCIO JOSÉ OLIVEIRA BEZERRA as sanções de ressarcimento integral do dano ao erário, de forma solidária com os demais requeridos, no valor de R$ 63.432,71 (sessenta e três mil, quatrocentos e trinta e dois reais e setenta e um centavo), perda da função pública, suspensão dos direitos políticos pelo prazo de 08 (oito) anos, multa civil no montante de duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o poder público ou receber incentivos fiscais e creditícios pelo prazo de 05 (cinco) anos.

Ao demandado LUCIANO JOSÉ DA ROCHA as sanções de ressarcimento integral do dano ao erário, de forma solidária com os demais requeridos, no valor de R$ 63.432,71 (sessenta e três mil, quatrocentos e trinta e dois reais e setenta e um centavos), perda da função pública, suspensão dos direitos políticos pelo prazo de 06 (seis) anos, multa civil no montante do valor do dano causado ao erário e proibição de contratar com o poder público ou receber incentivos fiscais e creditícios pelo prazo de 05 (cinco) anos.

Ao demandado EDVALDO DATIVO MEDEIROS (candidato a Vereador) as sanções de ressarcimento integral do dano ao erário, de forma solidária com os demais requeridos, no valor de R$ 63.432,71 (sessenta e três mil, quatrocentos e trinta e dois reais e setenta e um centavos), perda da função pública, suspensão dos direitos políticos pelo prazo de 06 (seis) anos, multa civil no montante do valor do dano causado ao erário e proibição de contratar com o poder público ou receber incentivos fiscais e creditícios pelo prazo de 05 (cinco) anos.

Ao demandado ORLANDO SARMENTO CARDOSO FILHO (candidato a Vereador) as sanções de ressarcimento integral do dano ao erário, de forma solidária com os demais requeridos, no valor de R$ 63.432,71 (sessenta e três mil, quatrocentos e trinta e dois reais e setenta e um centavo), perda da função pública, suspensão dos direitos políticos pelo prazo de 08 (oito) anos, multa civil no montante de duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o poder público ou receber incentivos fiscais e creditícios pelo prazo de 05 (cinco) anos.

Ao demandado JOSÉ EDNALDO FERREIRA PEDROZA as sanções de ressarcimento integral do dano ao erário, de forma solidária com os demais requeridos, no valor de R$ 63.432,71 (sessenta e três mil, quatrocentos e trinta e dois reais e setenta e um centavos), perda da função pública, suspensão dos direitos políticos pelo prazo de 08 (oito) anos, multa civil no montante de duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o poder público ou receber incentivos fiscais e creditícios pelo prazo de 05 (cinco) anos.

Ao demandado LAGUNA DISTRIBUIDORA LTDA as sanções de ressarcimento integral do dano ao erário, de forma solidária com os demais requeridos, no valor de R$ 63.432,71 (sessenta e três mil, quatrocentos e trinta e dois reais e setenta e um centavos), multa civil no montante de duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o poder público ou receber incentivos fiscais e creditícios pelo prazo de 05 (cinco) anos. Outrossim, não obstante já tenha havido a resolução do contrato ente a prefeitura e empresa LAGUNA na seara administrativa, para evitar ulterior questionamento judicial, DECLARO que o referido contrato é nulo, tendo em vista que proveniente de licitação fraudulenta.

4. DISPOSIÇÕES FINAIS. Custas processuais a serem rateadas igualmente entre as partes. Sem condenação em honorários advocatícios. Publique-se. Registre-se. Intimem-se as partes e o município de União dos Palmares. Oficie-se a Câmara de Vereadores do Município e o Ministério Público com atuação na vara criminal para ciência desta decisão. Oficie-se ao Ministério Público do Tribunal de Contas remetendo cópia desta Sentença e do relatório técnico do TCE. Após o trânsito em julgado, intimem-se o Ministério Público e o Município de União dos Palmares para que, querendo, promovam a execução da sentença, bem como oficie-se ao cartório eleitoral para que registre a suspensão dos direitos políticos. União dos Palmares,18 de julho de 2012. Ygor Vieira de Figueirêdo Juiz(a) de Direito.

Plano de mobilização busca garantir votação da PEC do diploma em agosto

Fonte: Fenaj

Como ficou para o esforço concentrado de agosto a votação da PEC do diploma, em segundo turno, no Senado, a Executiva da FENAJ e o GT Coordenação Nacional da Campanha traçaram um plano de ação pela aprovação, tanto para o período do recesso parlamentar quanto para o retorno das atividades no Congresso Nacional. O movimento culminará com uma grande mobilização em Brasília nos dias 7, 8 e 9 de agosto.

A orientação é de que até início de agosto os Sindicatos agendem reuniões com os senadores das bancadas dos seus estados, buscando seu comprometimento com a aprovação da PEC e manifestações públicas a favor da sua imediata votação. Paralelamente, a Executiva da FENAJ e a coordenação do movimento, em conjunto com os Sindicatos, buscarão conversar, mesmo durante o recesso, com todas as lideranças do Senado.

Os Sindicatos foram convocados, também, a organizarem comitivas para uma grande mobilização em Brasília nos dias 7 a 9 de agosto, quando o Senado realiza esforço concentrado. A ideia é integrar professores e estudantes de cursos de jornalismo às caravanas e marcar a volta às aulas com visitas e palestras nas escolas.

A Executiva da FENAJ lançará no início de agosto, em conjunto com o Fórum Nacional de Professores de Jornalismo (FNPJ) e a Sociedade Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor), o manifesto em defesa da PEC 33/09 com dados indicativos dos prejuízos causados à sociedade com a não exigência do diploma como requisito para o exercício profissional do Jornalismo. Também estão sendo produzidos camisetas, praguinhas e adesivos de carros para a mobilização de agosto.

O plano de ação inclui, ainda, o incentivo para que personalidades se pronunciem sobre a importância do diploma, o movimento de pressão via redes sociais e adesões ao abaixo-assinado em defesa da PEC, além de articulações com outras categorias e segmentos sociais que têm matérias de seu interesse pendentes de votação no Senado.

domingo, 22 de julho de 2012

Um chamamento à paz

Olívia de Cássia – jornalista

O ser humano é um bicho esquisito e contraditório. Busca a paz fazendo guerras, desde o começo do mundo, quando poderia conviver pacificamente com seus semelhantes. Eu até entendo que algumas situações históricas do começo da humanidade levaram a algumas guerras, mas nos dias de hoje não entendo o porquê de se gastar tanto tempo ainda com guerras, quando o que a gente busca é a paz.

O ser humano ainda pensa que a força bruta e a violência são o que determina o nível de superioridade entre os seres. Esquecem que quanto mais inteligente e bondoso for o ser, mais superior ele é. Desde que o mundo é mundo, como dizia a minha mãe, a humanidade se embrenha em contendas, seja por um pedaço de terra, por questões religiosas, políticas ou para ter poder, impor supremacia ou salvaguardar interesses materiais ou ideológicos.

Para alguns cientistas, a guerra faz parte da natureza humana. Segundo o psicólogo evolucionista Mark Van Vugt, da Universidade de Kent, "a guerra tem estado conosco por pelo menos várias dezenas, talvez centenas de milhares de anos” e teriam atingido até mesmo o ancestral comum entre humanos e chimpanzés.

Em artigo publicado na BB.com, os pesquisadores observam que fósseis de humanos primitivos possuem sinais de ferimentos que poderiam ter sido causados em batalhas. E, nos dias de hoje, estudos sugerem que as guerras são responsáveis por 10% de todas as mortes entre homens.

Já o jornalista científico John Horgan, do Centro de Escritos Científicos do Instituto de Tecnologia Stevens, em Hoboken, Nova York, discorda desse pensamento e diz que a guerra não faz parte da condição natural do homem. Ele observa que a civilização promove modos menos violentos de efetuar mudanças.

Horgan destaca que de todas as formas de violência humana, a guerra é a mais profundamente destrutiva. Mas segundo ele, em pesquisas que realizou, a maioria das pessoas atualmente aceita a guerra e o militarismo como inevitáveis.

“Quando perguntados se os homens deixarão de travar guerras?, mais de 90% dos alunos da minha universidade responderam “não”. Instados a justificar essa opinião, muitos alunos responderam que a guerra está “em nossos genes”.

Segundo o estudioso, a civilização nos deu instituições legais que resolvem disputas ao estabelecer leis e acordos de negociação e fazer com que sejam cumpridos. Essas instituições, que variam de tribunais locais às Nações Unidas, reduziram consideravelmente o risco de violência dentro das nações e entre elas.

O antropólogo Melvin Konner da Universidade Emory propõe a educação feminina como outro fator fundamental para a redução dos conflitos. Muitos estudos, observa ele, demonstraram que um aumento da educação das mulheres leva à diminuição das taxas de natalidade.

O resultado é uma população estabilizada, que reduz a demanda por serviços governamentais e médicos e o esgotamento de recursos naturais e, com isso, a probabilidade de distúrbios sociais. Segundo Melvin Konner, a educação das meninas é, de longe, o melhor investimento que se pode fazer em um país em desenvolvimento.

Mas seja lá a explicação que se dê a isso, o certo é que a gente poderia plantar em nossos corações gotas de paz, todos os dias, em nossa família e no nosso convívio com nossos semelhantes, lembrando que ninguém é obrigado a pensar da mesma forma que nós e para isso existe o respeito às opiniões contrárias.

Dia de Santa Maria Madalena

Foto de Olívia de Cássia
Por Olívia de Cássia, com informações de Wikipedia

Neste domingo, dia 22 de julho, é o Dia de Santa Maria Madalena, a padroeira de União dos Palmares. Um dia dedicado a orações para os devotos e pedidos para que ela interceda na vida de todos nós. Antigamente, na Terra de Jorge de Lima e de Zumbi, os festejos dedicados à santa eram realizados nessa época do ano, mas o evento foi transferido para janeiro\fevereiro por conta do período chuvoso no município.

A fé e o amor de Maria Madalena dedicados a Jesus Cristo a elevaram à condição de uma das suas mais importantes seguidoras. Madalena é considerada santa pelas igrejas Católica, Ortodoxa e Anglicana. É também comemorada pela Igreja Luterana com festividades no mesmo dia. A Igreja Ortodoxa também a celebra no segundo domingo após a Páscoa. O nome de Maria Madalena a descreve como sendo natural de Magdala, cidade localizada na costa ocidental do Mar da Galileia.

Maria Madalena acreditava que Jesus Cristo realmente era o Messias e esteve presente na crucificação e no funeral dele, juntamente com Maria de Nazaré e outras mulheres. No sábado após a crucificação, saiu do Calvário rumo a Jerusalém com outros fiéis, para poder comprar certos perfumes e preparar o corpo de Cristo da forma como era de costume funerário da época.

Segundo relatos bíblicos Madalena permaneceu na cidade durante todo o sábado, e no dia seguinte, de manhã muito cedo, "quando ainda estava escuro", foi ao sepulcro onde tinha sido colocado o corpo de Jesus e achou-o vazio. Segundo o Evangelho de Mateus, ela recebeu de um anjo a notícia de que Cristo havia ressuscitado e foi-lhe dito que devia informar tal fato aos apóstolos.

Mas a vida de Madalena seria um mistério e há muitas contradições dos relatos bíblicos que a descrevem como uma prostituta arrependida. Segundo os estudiosos da vida da santa, não há qualquer fundamento bíblico para considerá-la como a prostituta arrependida dos pecados que pediu perdão a Cristo. Eles observam que Madalena teria escrito um evangelho que foi ocultado pela igreja patriarcal e conservadora.

Alguns escritores e estudiosos contemporâneos narram Maria Madalena como uma apóstola, mulher de Cristo que teve com ele, inclusive, filhos. Nessas narrações, tais fatos teriam sido escondidos por revisionistas cristãos que teriam alterado os Evangelhos. A maioria dos segmentos da igreja não aceita essa versão.

A vida de Madalena tornou-se alvo de curiosidade e ficou muito célebre, com a divulgação do livro de Dan Brown, o argumento de que na tela A Última Ceia, de Leonardo da Vinci, a personagem que está à sua direita, com traços femininos, seja Maria Madalena e não o apóstolo João, como outros defendem.

Mas polêmicas e especulações à parte, meu pai e minha mãe eram devotos fervorosos de Madalena. O certo é que para quem acredita Maria Madalena é uma santa com muitos poderes e vale a pena dedicar o dia de hoje à contemplação, à oração e pedidos para quer ela interceda junto ao Pai por um mundo de paz, de sabedoria e de muita saúde para todos nós. Neste domingo de Maria Madalena, fiquem com Deus.

Corrupção eleitoral é uma das piores mazelas da sociedade

Olívia de Cássia – jornalista

A corrução eleitoral, como todo tipo de corrução, é uma das piores mazelas da sociedade atual e nasce de pequenos gestos. Mas as eleições municipais desse ano e daqui em diante podem reservar algumas surpresas para alguns políticos acostumados com a compra de votos e com a corrupção eleitoral.

Com o avanço das tecnologias e a instantaneidade da informação, os internautas, principalmente os jovens, estão fazendo diversas campanhas nas redes sociais e blogs, acompanhando tudo e influenciando também. As denúncias de compra de voto e corrupção tendem a aumentar daqui pra frente e vejo isso como um fato positivo.

Na internet é possível a gente encontrar vários blogs e sites, além dos oficiais como o do TRE e OAB, que orientam o eleitor como devem fazer a denúncia. A Ordem dos Advogados do Brasil\Alagoas está promovendo uma série de palestras nesse sentido, para conscientizar as comunidades no interior, principalmente os jovens estudantes, a não venderem o voto.

O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), em todo o País, também tem feito esse trabalho. No site da entidade nacional, http://www.mcce.org.br, tem textos com orientações sobre isso.

Já outros grupos de jovens estão fazendo campanhas em seus blogs para que haja limpeza na política. Os comunicólogos Isabella Meneses (jornalista) e Hilário Junior (publicitário) organizaram o Movimento "Quem suja agora, vai sujar depois".

Eles propõem disseminar a ideia da "limpeza" na política. Para eles, "limpeza" no sentido real da palavra. Segundo o site do MCCE, o objetivo é “alertar a população e os políticos sobre a sujeira deixada nas ruas pelos panfletos, santinhos e material das campanhas”.

O trabalho funciona utilizando redes sociais na Internet. Eles compartilham a ideia com um grupo de amigos e repudiam a poluição que toda campanha eleitoral deixa nas cidades.

Já a Comissão de Combate à Corrupção Eleitoral da OAB/AL está realizando palestras em escolas de vários municípios do Estado, com o objetivo de conscientizar e combater os crimes eleitorais nas eleições deste ano em Alagoas.

A OAB/AL designou uma comissão especial composta de 61 advogados voluntários, para atuarem em vários municípios, conscientizando a população sobre as consequências da corrupção eleitoral e sobre a importância do voto.

A CCCE foi criada em 2008 com a finalidade de promover ações de conscientização dos eleitores em relação à importância do voto e de combate às diversas formas de corrupção eleitoral, receber denúncias de crime eleitoral, fazer o encaminhamento dessas denúncias e envia aos promotores e juízes eleitorais dos municípios.

No site da Ordem há um link específico para receber as denúncias. A Lei 4737/65 define os tipos de crimes eleitorais e embora a gente esteja pessimista com relação à ação das autoridades contra os políticos corruptos, saber que existem oficialmente instituições que exerçam a fiscalização e que estejam de olho em quem pratica a corrupção eleitoral já é um alento. Fiquemos de olho nessas eleições!

sábado, 21 de julho de 2012

Comissão de Combate à Corrupção Eleitoral da OAB/AL realiza palestra em escola de União dos Palmares

Por João Paulo Farias – O Relâmpago- Texto e Fotos

Com o intuito de combater os crimes eleitorais nas eleições deste ano em Alagoas, a OAB/AL designou uma comissão especial composta de 61 advogados voluntários, para atuar em vários municípios, conscientizando a população sobre as consequências da corrupção eleitoral.

Em União dos Palmares, o advogado Bruno Monteiro foi designado para atuar nesse trabalho educativo em escolas e faculdades do município. A ação está sendo desenvolvida em parceria com o juiz da 21° Zona Eleitoral, Ygor Figueiredo.

As atividades tiveram início na manhã deste sábado, 21, na Escola Estadual Monsenhor Clóvis Duarte no centro da cidade e se estendeu durante todo dia encerrando à noite, atendendo alunos de todas as turmas e faixas etárias da escola.

Bruno falou da importância do voto consciente e livre para a construção de uma sociedade melhor e menos corrupta, mostrou as formas de o cidadão denunciar qualquer crime eleitoral, principalmente a compra de votos. “O cidadão não deve ter medo de denunciar, pois sua identidade será preservada”, observou o advogado.

A Ordem dos Advogados recebe as denúncias e envia aos promotores e juízes eleitorais dos municípios. No site da Ordem há um link específico para receber as denúncias. “A criação desse site foi para facilitar a vida do denunciante que na maioria das vezes teme a ida ao juiz eleitoral’, frisa.

O trabalho do jovem advogado foi aprovado pelos alunos e professores da escola, nos corredores foram colocados vários cartazes produzidos pelos alunos, com os temas abordados nas palestras.

Bruno disse que se sente feliz em fazer esse trabalho, “Como um ex-aluno dessa escola é uma honra voltar aqui e partilhar com eles o conhecimento adquirido, que foi fruto de um esforço grande ao longo desses anos”, disse.

As visitas continuaram em outras instituições educacionais do município.

Eleições 2012| Paulo do PDT afirma que Beto Baía o traiu quatro vezes

Por João Paulo Farias - O Relâmpago-Texto e Foto


As eleições em União dos Palmares começam a “pegar fogo”, os candidatos ainda estão tímidos na campanha, porém as articulações nas duas candidaturas que disputam a prefeitura municipal estão dando o que falar. O procurador federal, Emanuel Paulo, conhecido como Paulinho do PT, hoje PDT, aderiu no último sábado, 14, ao grupo político do ex-governador e candidato a prefeito, Manoel Gomes de Barros (PSDB), o que gerou um verdadeiro reboliço nos bastidores da política local.

Em meio a inúmeras conversas de bastidores e especulações sobre a ida de Dr. Paulo ao encontro de Mano, na tarde desta sexta-feira, 20, o procurador federal, botou a boca no trombone e explicou em uma longa entrevista ao Programa Mesa Z da Rádio Zumbi, os motivos que o fizeram tomar essa decisão.

As revelações das traições de Beto Baía a Paulo do PDT, nesses dez anos de alianças e desavenças, deixou o clima bem pesado na entrevista, alguns ouvintes ligaram irritados com essa mudança da água pro vinho, que pegou todos de surpresa.

No Programa, enxurradas de questionamentos dos ouvintes e entrevistadores sobre sua aliança com o homem que na sua opinião, era símbolo do atraso e do coronelismo, Paulo disse que só conhecia o lado ruim de Mano e que agora conhece que o ex-governador não era aquilo que ele dizia sempre. “Mano sempre trabalhou por União, desde quando foi prefeito, deputado e governador e junto com seu filho e deputado estadual, Nelito, continuam trabalhando pelo município”, observa Dr. Paulo.

O procurador, que desde o ano 2000 compunha o grupo de oposição no município, afirmou que a “oposição de União tem um lado podre e que o médico Beto Baía (PSD), candidato a prefeito pela oposição, não honra sua palavra, desde quando começou a disputar as eleições no município em 2002”. Paulo disputou com Beto as eleições de 2008 e ficaram em segundo lugar com uma diferença de 1.500 votos do vencedor.

Outras alianças ocorreram entre os dois ao longo desses dez anos, mas em todas, segundo Paulo, Beto Baía o fazia de escada. Questionado sobre as traições de Beto Baía e o porquê que sempre voltava a fazer alianças com ele, Paulo disse que sempre foi usado pela oposição, não por todos, já que segundo ele, tem nomes bons na oposição de União, porém Beto Baía não sabe dar valor a quem o ajuda.

A gota d’água para a aliança com grupo de Mano, foi à decisão de Beto Baía em mudar próximo da Convenção o nome do vice, que era Paulo do PDT, decidido após oito reuniões de uma Frente de Oposição, formada por quinze partidos, que no dia 14 de junho, escolheu Beto Baía e Dr. Paulo como os nomes da oposição, para disputar as eleições deste ano. “Apesar das traições em eleições passadas, voltei a acreditar em Beto e decidi compor com ele para disputarmos as eleições; porém no outro dia, ele começou a desconstruir a chapa”, disse.

“União virou um balcão de negócios no gabinete do senador Fernando Collor, Eduardo Pedrosa, (vice de Beto Baía), está sendo enganado pelo Beto, ele só pensa em se dar bem, ele está queimado politicamente em Alagoas”, disparou. Paulinho enalteceu o governo do prefeito Areski Freitas e o trabalho que está sendo desenvolvido no município, que, segundo ele, junto ao ex-governador tende a melhorar.

Depois desse leque de revelações do passado político de União dos Palmares, as eleições municipais começam a esquentar. Nas ruas as opiniões se divergem, porém ainda é cedo e muita água vai rolar nessa que já é considerada por muitos uma das eleições marcantes na história palmarina.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Constatações

Olívia de Cássia

A gente vai amadurecendo com cada experiência que a vida nos dá. Não dá para voltar atrás diante de uma situação acontecida. Cada parte de nós é o resultado das nossas atitudes, das nossas escolhas. Vivemos empenhados na busca da felicidade, da realização dos nossos sonhos e muitas vezes esquecemos-nos de viver o presente.

Não dá mais para viver correndo atrás do que já passou. Se nos magoamos com o passado, saibamos perdoar porque só assim seremos pessoas melhores, sem mágoas, sem ressentimentos. Por que cada sentimento ruim nos atrasa a vida.

Estou reaprendendo a viver, não é fácil o exercício. Sonhar com coisas leves, suaves, boas gargalhadas, boas amizades, sonhar com grandes viagens, mesmo que elas nunca aconteçam. Sonhar e viver, até porque o que já passou não importa mais, mesmo que nos traga fortes lembranças.

Estou me esforçando para não viver cultuando mais o passado, que muitas vezes me fere e me impede que eu seja feliz. A vida é um presente valioso que Deus nos deu e devemos vivê-la com intensidade. Muitas vezes pensamos que a felicidade está em coisas grandiosas e que nunca vamos alcançá-la. Mas a felicidade está nas coisas mais simples da vida. Saibamos cultuar a paz e o amor dentro de nós.

Eleições em União

Olívia de Cássia – jornalista

O processo eleitoral em União dos Palmares está dando o que falar no município. As candidaturas estão uma verdadeira salada e os eleitores não entendem mais nada. A política na Terra de Zumbi está fervendo e muito se comenta nas ruas, nas redes sociais, sites e blogs da cidade. Ninguém sabe quem é oposição e nem situação, está tudo misturado. Dois candidatos concorrem à eleição deste ano: o ex-govenador Manoel Gomes de Barros (o Mano-PSDB) e o médico Beto Baia (PSD) pela oposição.

O ex-governador Manoel Gomes de Barros resolveu fechar um círculo por onde se iniciou na política, como prefeito da cidade. Elegeu-se deputado estadual, federal e como governador de Alagoas completou o mandato do governador Divaldo Suruagy e, no exercício do cargo, disputou a reeleição em 1998, perdendo o pleito para Ronaldo Lessa, do PSB, que ganhou as eleições no primeiro turno.

Mano é de família tradicional de políticos de Alagoas, representa a aristocracia palmarina e tem recebido várias críticas da oposição que afirma que com tantos anos de política, o candidato da situação não teria sido um bom político para o município. O ex-governador tem como vice o comerciante Zé Clemente e no sábado da semana passada recebeu a adesão do procurador Emanuel Paulo (Paulinho ex-PT e agora PDT).

Paulinho foi candidato a prefeito duas vezes pelo PT e candidato a vice de Beto Baia na eleição passada. Agora alega que foi traído por Beto e por isso teria aderido à campanha do ex-desafeto Mano. O interessante é que há bem pouco tempo, o ex-petista vivia nos meios de comunicação da cidade destratando Mano e culpando-o pelas mazelas da cidade.

Segundo o blog do jornalista Bernardino Souto Maior, Emanuel Paulo se diz tranquilo com a decisão de apoiar Manuel Gomes de Barros e teria revelado que não cometeu nenhum ‘pecado mortal’. “Eu simplesmente fui traído na palavra do médico Beto Baia”, teria explicado Paulinho. O ex-petista também explicou ainda que vivemos num regime democrático “onde o meu adversário de ontem pode ser muito bem um aliado de amanhã, porque, afinal, em política não faço inimigos”.

O médico Beto Baia (PSD) tem como vice Eduardo Pedrosa, irmão do falecido prefeito José Pedrosa. A aliança, segundo se comenta, teria dividido a família do ex-prefeito: uma parte está com Mano e outra com Beto, que também recebeu apoio do Partido dos Trabalhadores, do PTN, do ex-deputado Francisco Tenório (PMN), do senador Fernando Collor (PTB), do deputado João Caldas, agora no Partido Ecológico Nacional (PEN) e do usineiro João Lyra (PSD), entre outros.

Na convenção que o aclamou candidato da oposição, Beto Baia disse que a frente de oposição irá trabalhar ouvindo a todos, vereadores e população. “Não irei trabalhar como um ditador, precisamos virar a pagina de União, mudança é fundamental, vamos fazer um governo participativo”, disse Beto.

No comentário que postei no blog do jornalista Ivan Nunes eu disse que o ex-governador Mano está no papel dele como político e ex-governador que sabe negociar: procurar aliados, mesmo que sejam desafetos, para somar na sua campanha. Apesar de tudo, engole o desafeto como a um sapo indigesto e o coloca no grupo, coisas da política brasileira, não é de se estranhar.

O mais grave aí, na minha singela opinião de eleitora palmarina, foi o que fez Paulinho. Usou a sigla do PT até quando não serviu mais a seu ego e a sua sede de poder e depois mudou de partido. Agora, com essa atitude, jogou fora sua história política e sua credibilidade.

Para mim se igualou à maioria dos políticos que só pensa em se locupletar, no poder pelo poder e em angariar alguma vantagem para ele. O povo, na opinião dessa turma, que se lixe. Espero que o vencedor nessa eleição, seja Mano ou Beto Baia, saiba conduzir os destinos de União dos Palmares e elevá-la à categoria que merece. Tenham todos um bom fim de semana e fiquem com Deus.

Em União dos Palmares, juiz eleitoral reúne a imprensa para discutir regras nas eleições deste ano

Por João Paulo Farias – O Relâmpago-Texto e Foto

Representantes de veículos de comunicação de União dos Palmares e Santana do Mundaú estiveram reunidos na tarde desta quarta-feira, 18, com o juiz da 21° Zona Eleitoral, Ygor Vieira de Figueiredo, para discutir assuntos referentes às eleições de outubro.

O juiz explicou as normas da Legislação Eleitoral referentes à imprensa. Na ocasião, fizeram-se presentes membros da rádio Zumbi FM e de sites de blogs de notícias de União e Santana do Mundaú. As rádios AG FM e Farol FM não mandaram representantes à reunião.

Os principais pontos discutidos no encontro foram às regras que a imprensa deve seguir para não cometer crime eleitoral. A propaganda eleitoral gratuita é permitida na internet, desde que o veículo (site ou blog) não tenha CNPJ, seja no nome da pessoa ou registrado com seu CPF. As redes sociais também podem ser usadas para esse fim.

Já nas emissoras de rádio a propaganda inicia no dia 21 de agosto. Na reunião seria definido em sorteio a escolha da rádio que seria a geradora de mídias das eleições. Na ocasião só estavam presentes membros da rádio Zumbi, o juiz decidiu que esta seria a emissora geradora de mídia, o diretor da emissora, radialista Sílvio Sarmento concordou com a escolha, mas irá analisar a estrutura da rádio e comunicará os resultados ao juiz.

Dr. Ygor se diz preocupado com as rádios AG e Farol, por serem de propriedade de políticos. O magistrado teme que as emissoras sejam usadas para beneficiar candidatos ligados aos proprietários. “Quem cometer crime eleitoral está sujeito as penalidades da lei, tanto o candidato quanto o profissional da emissora”, disse.

Outra preocupação dos presentes, principalmente os editores de sites e blogs foi à criação de enquetes e cobertura das eleições. Já as rádios a realização de debates com os candidatos, que também é permito desde que sejam seguidas as normas da Justiça Eleitoral.

“A imprensa é livre para noticiar e divulgar os eventos das eleições, porém é necessário dá o mesmo espaço para os dois lados, nunca beneficiando A ou B”, observou o juiz.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Locais de lazer, bancos e estádios deverão ter assentos especiais para pessoas obesas em Alagoas

Olívia de Cássia – Ascom

Cinemas, teatros, restaurantes, instituições bancárias, auditórios, estádios e demais estabelecimentos devem disponibilizar assentos especiais para pessoas obesas, de acordo com o projeto de lei do deputado Ronaldo Medeiros (PT) aprovado na Assembleia Legislativa. A matéria falta a sanção do governador do Estado.

Segundo o autor do projeto, a proposta foi apresentada e aprovada seguindo uma política de inclusão social, pois a obesidade excessiva traz sérias consequências para a saúde do indivíduo, pois eleva o risco de a pessoa ser acometida por problemas como diabetes, hipertensão arterial, entre outras doenças graves.

“Além disso, a obesidade traz graves prejuízos para a vida social do indivíduo, pois, além do preconceito, o obeso é impossibilitado de frequentar locais como cinemas e teatros, porque tais locais não possuem cadeiras adaptadas às suas dimensões”, explica Ronaldo Medeiros.

De acordo com o parecer da Sala das Comissões da Casa de Tavares, baseado em dados do Ministério da Saúde, quase metade da população adulta está acima do pelo e 15% são obesos, sendo que há cinco anos, a proporção era bem menor.

Ainda de acordo com o parecer das Comissões da Casa, observa-se que a proposição apresenta-se apropriada e conveniente na medida em que se revestindo de caráter social, objetiva aplacar os constrangimentos sofridos pelas pessoas em decorrência da obesidade, garantindo-lhes, em contrapartida e em igualdade de condições, oportunidades e facilidades para o exercício de suas atividades diárias.

Segundo o deputado Ronaldo Medeiros, o projeto foi aprovado porque a proposta objetiva assegurar o pleno exercício dos direitos básicos dessa coletividade “em especial no que se refere ao acesso, à cultura e ao lazer, bem como proporcionar seu bem-estar físico e mental”, observa.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

O jogo sujo das campanhas eleitorais

Olívia de Cássia- jornalista

A Globo vem caindo de qualidade a olhos vistos. A estratégia dos marqueteiros para ganhar audiência, neste domingo, 15, no Fantástico, saiu pela culatra. Após as declarações da ex-primeira dama Rosane Collor, as redes sociais bombaram com declarações sobre a entrevista e foi até tarde a indignação no Facebook.

Embora as declarações de Rosane Malta Collor de Mello não terem trazido nenhuma novidade para os telespectadores conhecedores da história, como a de que Paulo César Farias, então tesoureiro da campanha de Fernando Collor, tinha influência sobre ele e que frequentava o Palácio do Planalto; além da história da magia negra, a entrevista foi repetida com destaque no Bom dia Brasil. Sinal dos tempos.

A única coisa que chamou atenção do telespectador, no final da entrevista, foi a declaração de Rosane de que estava pleiteando na Justiça ‘uma pensão de 40 mil reais’ e que recebe atualmente 18 mil de pensão, o que para ela é muito pouco, comparada à pensão de algumas amigas, que devem consumir grifes da última moda.

Bem se vê que essa mulher vive fora da realidade e que usa o fato de ter se convertido a Jesus, numa igreja evangélica, para se justificar diante da sociedade e de Deus. Não é o fato de ela ter sofrido uma lavagem cerebral e ter se convertido, o que não deve ter sido difícil para quem o fez, não alivia a sua culpa de ter sido conivente e ter influenciado Fernando Collor em alguma das suas decisões e orgias malucas na Casa da Dinda, mansão da família onde eles residiam na época.

Antes de morrer, Pedro Collor, irmão do então presidente, escreveu um livro ‘A trajetória de um farsante’, onde contou quem é de fato o irmão. Infelizmente emprestei o livro e não me devolveram. Guardadas as devidas ressalvas de mágoas de Pedro, ele disseca no livro os bastidores do governo Collor e suas declarações na Veja levaram à criação de uma CPI no Congresso Nacional, à época.

Ontem a Rede Globo pelo menos refrescou a memória dos ‘esquecidos’ de Alagoas e fez com que alguns jovens de hoje que eram criança na época soubessem um pouco da história desse país. Muita gente por aqui não lê e não procura se informar o que realmente acontece e aconteceu na nossa rica trajetória, cheia de golpes, de corrução pela sede do poder e de muita roubalheira nos bastidores da política.

Pelo visto, as eleições deste ano não vão ser suaves como eu desejaria. Alguma coisa de muito asquerosa e perversa tem por trás dessa entrevista, além da busca pela audiência, já que a Globo fez chamadas o dia inteiro sobre ela, como se o que a ex-primeira dama fosse dizer fosse algo inédito, não tivesse sido a Rede Globo quem elegeu Fernando Collor naquela época, levando àquele debate a informação de que Lula tinha uma filha (Lourian) que não era reconhecida.

Bem se vê que a sede de poder e dinheiro na política é incansável e os princípios doutrinários de antes já não interessam, já não valem a pena. Deixo aqui uma frase que sempre uso de um escritor que admiro: ‎"Precisamos dar um sentido humano às nossas construções. E, quando o amor ao dinheiro, ao sucesso nos estiver deixando cegos, saibamos fazer pausas para olhar os lírios do campo e as aves do céu". Érico Veríssimo

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Freitas Neto (*)

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira - Jornalista

Em 11 de julho de 1997 o jornalismo alagoano perdia João Vicente de Feitas Neto, em desastre de avião, na cidade de Santiago, em Cuba, junto com sua esposa, Graça Carvalho. A notícia pegou a todos nós de surpresa e não queríamos acreditar no que estávamos ouvindo. Freitas, nosso companheiro do sindicato, morto. Ele que foi um dos pioneiros do jornalismo alagoano, mudou o curso do sindicalismo em Alagoas, e foi um lutador pelos direitos da cidadania. Tinha se tornado um amante de Cuba, a Ilha de Fidel, onde morreu com sua amada esposa.

Ele era um amigo de todos e me incentivava na continuação do informativo O Beco, da Vieira Perdigão, e na minha participação no jornal O Relâmpago, de União. Acreditava na força do jornalismo alternativo, e sempre que podia me dava umas orientações.

No dia do seu enterro fizemos uma vigília no Sindicato dos Jornalistas e Gracinha, sua sobrinha, colocou as músicas que Freitas mais gostava: “Vermelho”, cantado por Márcia Freire, e a música “Estou apaixonado”, de João Paulo e Daniel. Centenas de pessoas compareceram às últimas homenagens a Freitas. Foi uma comoção geral e não parávamos de chorar e de lembrar da imagem dele e das coisas que Freitas fazia.

Estava sempre envolvido em alguma atividade política, fosse ela qual fosse. A diretoria do Sindicato compareceu ao Aeroporto Zumbi dos Palmares, para esperar o caixão que iria chegar de Cuba, mas nós não acreditávamos ainda naquela notícia, como se fora uma brincadeira de mau gosto.

A imprensa nacional e internacional noticiou a morte do nosso querido amigo, que possuía um currículo invejável, engrossado por sua participação atuante em todas as frentes em defesa da cidadania. Freitas participou de pelo menos 32 congressos e encontros da categoria, em sua área de atuação profissional: o jornalismo, segundo o seu currículo. Além de jornalista Freitas Neto era também advogado e militava no direito trabalhista.
Por uma coincidência do destino, pouco tempo antes de viajar para Cuba, Freitas Neto tinha conversado com meu marido sobre a possibilidade de ele fundar o Sindicato dos Vendedores de Carros, na Praia da Avenida, em Maceió, já tinha até fundamentado um estatuto, porque Freitas acreditava na força do sindicalismo e achava que meu companheiro pudesse se interessar em organizar aquela categoria.

Além do incentivo, Freitas tinha conversado comigo e estava querendo me indicar para trabalhar na Sucursal de União dos Palmares do jornal Gazeta de Alagoas, onde era editor de Municípios. Nesse tempo, meu marido me levava todas as segundas-feiras para as reuniões do Sindicato dos Jornalistas e no final ia me buscar; foi quando fez amizade com meus amigos diretores da entidade.

Nos desfiles do bloco Filhos da Pauta, Freitas não perdia um e já era presença confirmada em todos eles. Irreverente, num dos desfiles, compareceu com um penico na cabeça, cuja foto ficou histórica na nossa categoria. Era uma pessoa inquieta, mas dócil, e lutou, durante toda a sua vida, contra a ditadura militar, pela democratização do País e pela organização da sociedade civil.

Era muito conhecido por causa de seu fusquinha amarelo, que se tornou folclórico em Maceió. No fusca, diziam que ele levava de tudo: roupa, livros, papéis em grande quantidade, comida e que até um gramado tinha no piso, com pés de tomate e coentro, no cantinho esquerdo do banco traseiro. Gostava de dar carona para os amigos, mas o fusquinha, quase sempre estava sem freios, pois o nosso amigo era um pouco desligado. (* Esse texto está publicado em meu blog http://oc-cerqueira.zip.net/arch2008-06-01_2008-06-15.html e farpa parte de um capítulo do meu livro Mosaicos do Tempo, foi escrito em 2004)

terça-feira, 10 de julho de 2012

Dias há...

Olívia de Cássia – jornalista

Tem dias que a gente se sente um pouco perdido, sozinho, sem direção. Nessas horas desejamos uma palavra de conforto, um colinho, um incentivo para continuar a nossa jornada com dignidade e outros afagos para a nossa alma interrogativa e pensante.

Mas quando a gente é sozinha tem que buscar dentro de si as próprias forças, as próprias respostas, os incentivos para superar essa angústia e se apegar à espiritualidade. Acredito que todo ser humano tem que ter uma crença, seja ela qual for, independente de religiões.

O pior desses momentos de incerteza e indecisões em nossas vidas é quando depositamos crença total nos outros nas suas crenças e em seguida nos decepcionamos, por conta da expectativa que geramos em torno disso.

Devemos entender nesse caso que a culpa não é disso ou daquilo ou de outra pessoa, a culpa é nossa que acreditamos em falsos ídolos, falsos profetas e em falsas em ilusões. Fomos nós que alimentamos falsas expectativas dentro de nós e não o outro com seus pensamentos e certezas.

A vida que vivemos é fruto daquilo que acreditamos, pensamos e construímos. Por isso é fato que não devemos desejar o mal ao outro e nem semear discórdias se não quisermos ter, lá na frente, um retorno disso em nossas vidas.

Muitas vezes as situações acontecem conosco e não sabemos decifrar e entender o motivo de aquilo estar acontecendo em nossas vidas. Esquecemos muito cedo o nosso lado mais feio, o que fizemos, quando geramos e produzimos atitudes negativas para com outra pessoa.

Achamos sempre que temos razão e que o próximo é sempre o culpado e nos isentamos da própria culpa. Como a vida da gente é uma roda viva e está em constantes mudanças, hoje em dia eu reavalio conceitos e pensamentos e acredito muito na lei do retorno, na espiritualidade e tenho a convicção de que para cada bem que a gente faz um dia a vida dá a resposta, mesmo que não entendamos isso.

O mesmo acontece quando fazemos o inverso, quando articulamos maldades, falamos dos outros e cultivamos sentimentos negativos com relação às pessoas dentro de nós. Acredito na construção de um mundo mais justo se cultivamos a paz dentro de nós.

Acredito na ideia de que a construção da paz é um processo onde os conflitos entre as pessoas podem ser tratados de uma maneira construtiva e não violenta e assim promover um entendimento melhor entre os grupos e sociedades. Que todos tenham uma linda noite!

Cláudia Bulhões lança livro sobre mal de Alzheimer

A assistente social e psicóloga Claudia Bulhões acaba de lançar o livro Mal de Alzheimer, o que é? Como prevenir. O trabalho é teórico e prático informando o que é a doença, como acontece e como prevenir e apresenta exercícios práticos para desenvolver os neurônios.

O livro está sendo vendido no site http://www.gentedagente.net/livro-mal-de-alzheimer-o-que-e-como-prevenir/, tem 146 páginas, acabamento Capa-dura/Plastificada e 36 exercícios práticos que podem ser feitos em casa. Com tamanho fechado: 150×210 mm e aberto: 407×210 mm, o livro custa R$ 35.

Formas de Pagamentos:

O livro Mal de Alzheimer, o que é? Como prevenir pode ser adquirido também com depósito ou transferência bancária em nome de Claudia Maria Carvalho de Bulhões, no Banco do Brasil - Agência: 1523-7, Conta: 26786-4, ou na Caixa Econômica Federal, também da mesma forma e no nome da autora, na Agência: 2047-Operação: 013, Conta: 5498-8.

O livro tem envio grátis para todo o Brasil (PAC) e após efetuar o pagamento/transferência, o adquirente pode enviar comprovante por E-mail:cdebulhoes@uol.com.br.

Cinco anos de lutas

Olívia de Cássia – jornalista

Nesta terça-feira, 10 de julho, o jornal Tribuna Independente completa cinco anos de circulação na capital alagoana. Nós que participamos da construção do informativo e que fomos ludibriados por um golpista, temos muito a comemorar, apesar das dificuldades que enfrentamos ainda hoje.

Foram anos de dedicação e luta para levar a informação e para sobreviver no mercado jornalístico alagoano, apesar do calote que jornalistas, gráficos e funcionários da área administrativa do extinto jornal Tribuna de Alagoas sofreram, depois de serem enganados pelos arrendatários do antigo jornal.

Tudo começou quando os funcionários da antiga Tribuna de Alagoas estavam com dois meses de salários atrasados e das desculpas esfarrapadas dos antigos patrões: Ronaldo Lessa e Robert Lyra, representados pelos seus testas-de-ferro Vorney Mendes e Geraldo Lessa.

Esses agravantes fizeram com que jornalistas, gráficos e pessoal dá área administrativa do jornal resolvessem cruzar os braços e fizessem uma vigília em frente à empresa, no dia 16 de janeiro de 2007, para aguardarem que os salários fossem pagos.

O protesto teve o apoio dos sindicatos dos jornalistas e dos gráficos que deram o suporte político e logístico para as reivindicações dos trabalhadores que fizeram um acampamento em frente à empresa. A mobilização teve início numa sexta-feira, dia em que nos jornais são finalizadas duas edições de fim de semana: a de sábado e a de domingo.

Nessa época o diretor de jornalismo era o jornalista Manoel Miranda, que tentava o tempo todo convencer os trabalhadores que deveriam voltar aos postos de trabalho, pois o pagamento dos salários estava a caminho, coisa que não aconteceu. Era só conversa fiada, uma forma de ganhar tempo e embromar os jornalistas, gráficos e demais funcionários.

MOBILIZAÇÃO

A assembleia realizada pelos trabalhadores ficou definido que ninguém voltaria ao trabalho até que os salários fossem pagos e que os trabalhadores da empresa não arredariam o pé dali. A luta iria continuar. O horário para o fechamento do jornal foi se expirando e com o passar das horas todos começaram a perceber que aquela batalha estava apenas começando.

No fim da noite foi feita uma consulta e decidido o piquete para o dia seguinte. Com o passar dos dias, o movimento foi se fortalecendo em busca de saídas para aquela greve e foi nascendo a necessidade de colocar para a sociedade o que estava acontecendo com os trabalhadores da empresa.

Foram dias e noites de vigília, os turnos eram revezados na grama em frente ao prédio, com receio de que os empresários não dilapidassem o patrimônio do jornal, que na prática pertence ao Banco do Nordeste. A toda hora surgia uma notícia diferente. As entidades de classe colocaram faixas e carro de som para denunciar aquele calote. O que foi feito com a empresa e com os 140 trabalhadores, largados na rua da amargura.

Os débitos que a empresa tinha contraído com seus fornecedores, os gastos excessivos dos diretores com farras, viagens de lazer para a Europa e uso de cartão institucional sem limite foram os fatores que levaram à falência da empresa, na fase administrada por Geraldoo Lessa e Bob Lyra. A Tribuna de Alagoas foi à bancarrota.

Em uma assembleia decisiva e diante daquela crise instaurada, os jornalistas e gráficos decidiram invadir o prédio e fazer ocupação; como consequência iriam fazer edições semanais para que fossem distribuídas nos atos, piquetes e mobilizações que fossem feitas na rua, em frente à Nagoya, empresa do empresário Bob Lyra e nos sinais de trânsito, colocando para a sociedade alagoana toda aquela situação constrangedora que estavam passando.

A determinação foi aproveitar o material humano e o papel que ainda tinha na empresa e todo domingo passaram a finalizar as edições, com apoio da sociedade civil alagoana, de alguns parceiros que foram prestar solidariedade àqueles trabalhadores e familiares.

Além dessas edições e dos piquetes, foi elaborado um blog que era atualizado diariamente com postagens dos relatos do dia e fotos onde eram postadas inúmeras mensagens de apoio e comentários sobre todo aquele processo. As edições semanais da Tribuna Independente, ora saiam aos domingos e outras vezes na segunda-feira, de acordo com o que desse para fazer.

APOIO

O movimento, as lutas e decisões que eram aprovadas em assembleias e reuniões foram divulgados nacionalmente e os trabalhadores receberam a solidariedade da Federação Nacional dos Jornalistas e sindicatos de todo o País.

Alguns funcionários dormiam na sala do setor comercial e revezavam os turnos. De manhã os sindicatos providenciavam o café. O almoço era na churrascaria ao lado da empresa.

Na primeira manifestação que foi feita na Avenida Fernandes Lima, em frente à Nagoya Veículos, o trânsito foi interrompido de um lado da pista, com faixas, carro de som e a distribuição da edição do jornal Tribuna Independente. Nossa primeira edição semanal causou um reboliço na cidade.

Quando as primeiras edições semanais foram saindo, os trabalhadores iam para os sinais de trânsito para vender o produto colocando o desabafo para a população. Nessa fase receberam muito apoio e a ideia da criação de uma cooperativa que reunisse as duas categorias foi tomando fôlego. Para que isso acontecesse era necessário ter o aval dos donos do prédio (a família Farias) e do Banco do Nordeste (financiador do maquinário do jornal).

JORGRAF

Com garra, coragem e resistência, sob o comando dos trabalhadores e depois de discussões sobre uma alternativa de reinserção no mercado de trabalho, nascia a Jorgraf – Cooperativa dos Jornalistas e Gráficos de Alagoas que teria como principal produto o jornal Tribuna Independente, cuja primeira edição diária passou a circular no estado no dia 10 de julho de 2007, com um coquetel de lançamento nas dependências da empresa.

Passados cinco anos desde aquele início conturbado, pode-se dizer que apensar das muitas dificuldades o jornal está consolidado, garantiu os postos de trabalho para aqueles que quiseram continuar no projeto e se engajar na proposta do cooperativismo.
A Tribuna Independente ganhou a credibilidade e respeito dos leitores alagoanos.

É o primeiro jornal de uma cooperativa no Brasil e quiçá no mundo envolvendo duas categorias: jornalistas e gráficos, abrindo nacionalmente o comando para outros empreendimentos semelhantes. Também estamos comemorando neste dia 10 um ano do site Tribuna Hoje.

A Tribuna Independente, carro-chefe da cooperativa Jorgraf, circula diariamente com 20 páginas e aos domingos com 24 páginas e conta hoje com diversos parceiros de linhas ideológicas variadas: quem quiser se engajar nessa proposta será bem-vindo.

A criação da TI foi o coroamento de todo o esforço coletivo dos profissionais mostrando que é possível os trabalhadores gerenciarem uma empresa, sem patrões.

Apesar disso todos reconhecem as dificuldades que enfrentam diariamente, mas com esforço e dedicação da maioria sabem que estão fazendo história porque foram pioneiros nessa modalidade no Brasil.

Depois de abandonados à própria sorte pelos antigos administradores, ou era isso ou cada um ia tocar sua vida como achasse melhor. As perspectivas de crescimento da Tribuna Independente e a ampliação na oferta de produtos aos leitores, como a criação do Tribuna Hoje e de e outros serviços de comunicação são concretizações nossas.

Cinco anos passados desde o calote recebido, a greve, ocupação e circulação da primeira edição diária da TI, a Justiça do Trabalho, até agora não se posicionou favorável aos trabalhadores da extinta Tribuna de Alagoas, que até agora amargam o não-recebimento das verbas indenizatórias a que têm direito.

A Justiça não reconheceu os antigos gestores como proprietários que enganaram os trabalhadores e ainda retirou o nome de um dos acusados no golpe, o sr. Robert Lyra do processo trabalhista.

Cinco anos se passaram sem que os trabalhadores tenham recebido um centavo sequer do que têm direito. E eu pergunto: é justo isso? Enquanto ainda hoje amargamos endividamento de nossas vidas, quem nos deve está aí à solta, livre para se candidatar a cargos eletivos e sem compromisso com ninguém. Pense nisso!

FIQUEMOS DE OLHO!

Bom dia para todos os amigos leitores do blog, hoje quero fazer um alerta. Com a proximidade do pleito eleitoral, muita gente vai explorar as mazelas da capital alagoana e dos municípios como se elas se fossem novidade a ser combatida nessa época do ano apenas. É preciso entender o foco de todas essas questões.

Uma boa administração deve ser feita e fiscalizada durante todo o ano e também cobradas ações em benefício da população, sempre, pois o cidadão paga impostos muito caros e precisa ver algum retorno disso, não apenas em época de eleições.

Fiquem de olho naqueles falsos profetas que prometem ‘mundos e fundos’ em época de campanha, mas que quando assumem posto de comando são arrogantes, valorizam apenas grupinhos, querem enriquecer à custa de política e quando o povo reclama e vai à sede da administração pedir retorno, é tratado como lixo. SEJAMOS FISCALIZADORES E ESTEJAMOS ATENTOS, NÃO COMERCIALIZE SEU VOTO!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Meu Pai

Petrúcio Cerqueira - bancário

Na década de 20, em 16 de abril do ano de 1921, num local inóspito, conhecido por "Cafuxi", nascia o filho mais novo do casal Sr. Jonas Rosa de Cerqueira e Rosa Correia de Cerqueira, João Correia de Cerqueira, conhecido mais adiante do tempo em União dos Palmares-AL, pelo nome de "João Jonas".

O Cafuxi, era uma gleba de terra que pertencia à família do meu avô paterno. Em outra parte, mais precisamente perto da Barriguda, ficava a outra gleba que pertencia ao meu avô materno; e, mais uns quilômetros depois ficava a Jitirana, que uma parte pertencia ao irmão do meu avô materno, o José Paes, avô de Edvard "Véve´", que é irmão de Nilda, de Nete, de Nilza, de Nado e Soninha.

Veio o batizado. Como era de costume antigamente, o padrinho do rebento teria que ser alguém de poder político e financeiro da região. O meu avô estava com um dilema: quem escolheria? O major Ozéas, do Cafuxi, ou, o major José Cula, do Timbó? Depois de decidir-se, não sei o motivo, o major José Cula fez o batizado do João na igreja do Timbó!

O João não teve muita sorte na infância. Perdeu a mãe logo cedo, foi criado pela madrasta, que logo depois ganhou três meio- irmãos. Para alimentar-se razoavelmente, tinha que se aventurar nas caçadas e nas frutas da região, pois em casa (comentários do meu pai) não era servido o necessário para as calorias exigidas no dia-a-dia, principalmente ele, que tinha que trabalhar mais que os outros.

A infância do João foi difícil, pois crescer naquela tempo com mãe já era difícil, imaginem sendo criado por madrasta. A adolescência do João é um mistério, pois nem mesmo ele, que gostava de relembrar o passado, e não nos contava nada.

Veio a Juventude e com ela os anseios de um jovem. Anseios não têm época para aflorarem. O João era festeiro. Naquele tempo, as festas das comunidades rurais eram muito animadas, e localidades para se fazer uma festa era o que não faltava. A nossa família tinha naquele tempo, uma ramificação de parentes que morava em Paulo Jacinto.

O grande amigo do João era um primo que morava por lá, mas, nas épocas festivas, tanto meu pai se deslocava para Paulo Jacinto, como também ele comparecia na nossa região. Era o primo "Joca", filho da prima Mariinha.

De ir para as festas eles iam, o problema era que só tinham um par de sapatos para os dois. Astutos (naquele tempo também tinha malandragem), cada um usava um pé, o da sobra, o dedão do pé era envolto com um pedaço de pano (não tinha gaze na época), e molhado com sangue de algum bicho, pra fingimento de alguma lesão.

Foi numa dessas festas que o amor por Dona Antônia despertou n'ele. Já se conheciam de muito tempo, pois eram primos e não moravam muito distante um do outro. Só tinha um detalhe, dona Antônia não dava muita bola pra ele.

esse interim morre a irmã mais velha de dona Antônia, que deixou três filhos. Dona Antonia que sempre foi uma mulher de decisões firmes, e, já tinha uma irmã d'ela morando no Rio de Janeiro, resolveu que também iria para lá, levando os sobrinhos órfãos para dar uma educação adequada.

O João, desiludido com o pretenso amor indo embora, foi logo pensando: "Nunca mais ela voltará", indo logo pro Rio de Janeiro! A desilusão abateu drasticamente sobre o João. Passou um bocado de tempo pra reanimar-se. Para tentar não se lembrar do amor que partiu, resolveu ir à luta.

Não perdia mais festa nenhuma, principalmente as festas de Santo. O João era muito religioso. Numa dessas festas, alguém lhe dirigiu um olhar. Ele pensou muito. - Já que o amor não voltará mais, e, nem vou poder ir ao encontro d'ela, vou partir pra outra.

Namorou, noivou. Estava certo que a Antônia não viria mais. Marcou a data do casamento. Foi ao sítio onde moravam meu avós maternos para convidar o pessoal de lá para o casamento d'ele. Minha avó Olivia aceitou o convite e disse pra João: - A Antônia está voltando, deverá chegar no mês que vem. Quase caiu de costas quando ouviu a notícia.

Na primeira oportunidade que teve, e, isso foi rápido, ele rompeu o noivado. No dia 12 de maio de 1953, casou-se o João com a Antônia. Com o casamento vieram as dificuldades costumeiras de um casamento sem preparação.

Primeiro e pior, foram morar de favor em terras dos outros. Veio o primeiro filho (uma menina) que morreu antes de nascer, por falta de assistência: estava enrolada no cordão umbilical e sentada.

Em maio de 1955, nascia eu. Começaram aí as maiores dificuldades: minha mãe Antônia era inquieta. E esta inquietude preocupava o meu pai. Meu pai era do tipo meio acomodado, minha mãe, não. Como disse antes, foram morar em terras dos outros (do irmão de minha mãe).

Antes de completar um ano de idade, meus pais receberam o convite para se retirarem da casa onde moravam. Minha mãe persistente como nunca, conseguiui convencer meu pai a ir embora para morar na cidade. Descobriram a Rua da Ponte como início de uma longa caminhada de vida.

Instalaram no início um pequeno hotel. Vieram mais três filhos. Diversificaram os negócios e foram conduzindo a vida mais tranquilamente. Meu pai aposentou-se dos negócios no final da década de 80, acometido de uma doença hereditária chamada "Ataxia Spinocerebelar". Faleceu meu pai sorrindo, faltando quatro dias para completar 77 anos. Acho que morreu sorrindo lembrando-se das horas felizes em que esteve com os seus...

sábado, 7 de julho de 2012

Desabrigados da cheia de 2010 invadem Conjunto Habitacional em União dos Palmares

Por João Paulo Farias – O Relâmpago-Texto e Fotos

Centenas de famílias desabrigadas da enchente de 2010, invadiram na manhã deste sábado, 7, cerca de 400 casas do Conjunto Habitacional Newton Pereira Gonçalves. A invasão se deu segundo informaram os desabrigados, devido à demora na entrega das moradias que já estão prontas há três meses.

Eles reclamavam do sofrimento que estão passando em casas de aluguel, sem ter condições de pagar. Segundo Everton Rubian, que residia próximo ao Riacho Canabrava, “a demora na entrega dessas casas fez com as pessoas perdessem a paciência e invadirem o local”, disse.

Já a agricultora Maria Madalena, que residia na Usina Laginha e hoje mora de favor no Sitio Cabeça de Porco, na zona rural do município, perdeu tudo na enchente e hoje tem que vir aos domingos vender seus produtos na Feira do Bairro Roberto Correia de Araújo. Dona Maria mostrava o cadastro na Caixa Econômica e diz que não irá sair do local sem ter certeza que ficará em sua casa.

Para Miguel Silva, que também residia em área atingida pela cheia, estava ficando impossível continuar pagando aluguel, “é muito caro, não posso mais pagar aluguel, quero minha casa”, disse Miguel, mostrando o cadastro com a Caixa.

No local o Centro de Gerenciamento de Crises da Polícia Militar, fazia a segurança e auxiliava nas negociações. Segundo a Secretária de Assistência Social de União, Lídia Campos, o município já fez sua parte, cadastrando as famílias, porém agora depende da Caixa Econômica, negociar a entrega das moradias.

Vai melhorar

Olívia de Cássia Cerqueira   Todos os dias, procuro repetir esse mantra. “Vai melhorar, tem que ter fé”. Sei que pode ser clichê para mu...