segunda-feira, 30 de abril de 2012

Primeiro casamento homoafetivo é realizado em União dos Palmares

Fotos de João Paulo Farias
Por João Paulo Farias

Uma cerimônia ocorrida na manhã desta segunda-feira, 30, marcou a primeira união homoafetiva do município de União dos Palmares e do Estado. O casamento foi presidido pela juíza Lorena Carla Sotto-Mayor, titular da segunda Vara de Justiça e reuniu no auditório da sétima Coordenadoria Regional de Ensino (CRE), cerca de duzentas pessoas.
Além do casamento homoafetivo, foram realizadas nesta manhã mais dozes uniões.

Antes da cerimônia, a juíza Lorena Carla falou um pouco do casamento e destacou a importância do matrimônio. “O casamento não é mágica e sim esforço”, disse a juíza. Na cerimônia ela falou da alegria e da experiência nova de realizar a primeira união de pessoas do mesmo sexo.

“É uma evolução da sociedade e dos direitos também. A sociedade acolheu a ideia de que existem pessoas com orientação sexual diferenciada e o Judiciário depois acolheu, sufragando e sustentando a união de pessoas do mesmo sexo”, destacou a magistrada.

A juíza Lorena Carla ressaltou que a lição mais importante é o respeito à individualidade e a característica particular de cada um. “Não sou obrigada a concordar, mas sou obrigada a respeitar e acolher na sociedade as pessoas que pensam diferente e são diferentes”.

Lorena Carla se diz feliz como magistrada e como pessoa e observou que sempre foi a favor da união de pessoas do mesmo sexo. “Não encontro argumento suficientemente forte para que se impeça esse tipo de união, o casamento é a união de pessoas que se amam”, destacou.

Os noivos, Cristiano Costa de Amorim, 43, e Josenildo Soares da Rocha, 33, conhecido como Babalu, estavam emocionados e felizes durante a cerimônia. Em conversa com a reportagem, Cristiano, que trabalha como mecânico em União dos Palmares, falou das dificuldades enfrentadas pelo casal, que tem uma relação de 16 anos. “Hoje quebramos um tabu, o importante é o amor e a convivência, compartilho com ele os meus problemas e ele compreende minha vida”, disse o noivo.

Josenildo Rocha, que assumiu o papel de noiva, expressou emocionada a felicidade em estar realizando esse sonho. Para Josenildo, o amor, a dedicação e o respeito que há entre os dois superam todas as dificuldades e barreiras. “Agradeço a toda a sociedade que nos apoiou e também aqueles que nos desprezaram”, finaliza.

domingo, 29 de abril de 2012

Casamento homoafetivo será realizado em União dos Palmares, nesta segunda-feira, 30

Foto de Antônio Aragão\Tribuna União
Olívia de Cássia, com informações de Antônio Aragão

Nesta segunda-feira, 30, em União dos Palmares, distante 83 quilômetros da capital Maceió, um fato inusitado acontece pela primeira vez na história da cidade.

Será realizado às 9h, a celebração do primeiro casamento homoafetivo da região, em cerimônia a ser presidida pela juíza Lorena Carla titular da segunda Vara de Justiça.

Segundo o site Tribuna União, o casamento homoafetivo deverá consolidar a união inédita para a Justiça de União dos Palmares.

O mecânico de motocicletas Cristiano Costa de Amorim é divorciado, tem 43 anos de idade e seu companheiro Josenildo Soares da Rocha, conhecido cozinheiro na região, de 33 anos de idade, já mantêm um relacionamento há algum tempo e moram juntos.

sábado, 28 de abril de 2012

Vaga na decisão do Alagoano será definida na tarde deste sábado

Divulgação
Muita expectativa entre os torcedores alagoanos e também para a polícia, por conta dos confrontos recentes

Por Olívia de Cássia para o portal Tribuna Hoje

Após empatarem sem gols na primeira partida das semifinais do segundo turno do Campeonato Alagoano, CSA e Sport Atalaia voltam a se enfrentar neste sábado (28), às 17 horas, no Estádio Rei Pelé. Quem vencer, avança para a decisão. Se houver empate, o duelo vai para a prorrogação, com a possibilidade de o jogo ser decidido nos pênaltis.

Os torcedores vão poder entrar utilizando as camisas das torcidas organizadas e com o bandeirão, segundo acordo acertado na sexta-feira, no Ministério Público. Os integrantes das torcidas organizadas se comprometeram que serão os últimos a deixar o estádio para evitar confrontos.

Foi vetada a entrada no campo de fogos de artifício, sinalizadores e bandeiras de mastro. Um dos questionamentos da reunião no MP era sobre os riscos de problemas após a partida. Ficou acertado na reunião que os torcedores organizados vão apresentar a carteirinha e a identidade. Eles serão identificados pelos dirigentes.

No entanto, depois que o jogo acabar, a polícia não sabe o que poderá acontecer, com os ânimos inflamados. O MP resolveu dar o crédito de confiança aos líderes de torcidas.

Caso haja classificação do CSA, dois clássicos estariam previstos e aí nova reunião acontecerá para definir os critérios da participação das torcidas nos jogos.

O técnico Lourival Santos não pode escalar o zagueiro Rafael Araújo e o volante Marcelo, por motivo de suspensão. Quem está retornando é o lateral-esquerdo Jucemar Catarinense, que estava machucado.

O CSA deve começar jogando com: Flávio; Jackson, Leandro, Cleberson, Jucemar Catarinense, Jucemar Gaúcho, Douglas Silva, Kel, Washinton, Rony e Júnior Paraíba.
Já o Sport, que perdeu o volante Aldo e o meia Palhinha, por suspensão, além do lateral Sérgio Paulista, por lesão, promete surpreender e ir para cima do time azulino, mas com cautela.
O rubro-negro tem: Jefferson, Zé Carlos, Erivaldo, Jal, Rafinha, Anderson, Jânio, Cícero, Paulinho, Etinho e Da Silva.

ARBITRAGEM

O comando de CSA x Sport é de Mário Sérgio Bancilon (FAF). Como seus auxiliares estarão Carlos Jorge Titara (CBF-AL) e Julian Ferino (CBF-AL).

sexta-feira, 27 de abril de 2012

JHC acredita na produção de coco como forma de economia sustentável

Foto de Olívia de Cássia
Deputado é autor de projeto que torna a Prococo empresa de Utilidade Pública


Charlene Araújo - assessoria


Foi publicada no Diário Oficial da quarta-feira, 25, a concessão de Utilidade Pública da Associação dos Produtores de Coco (Prococo), entidade de grande importância, que trata desta atividade econômica e grande geradora de empregos.

O projeto foi feito numa parceria do deputado estadual João Henrique (PTN) com Eurico Uchoa, presidente da Prococo.

O objetivo agora é fazer com que a produção no estado volte a crescer de forma sustentável, principalmente utilizando a palha do coco na produção de biomassa, gerando energia limpa e renovável.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Incêndio destroi mais de 20 hectares de mata na Serra da Barriga

Bombeiros e guardas florestais lutam para combater as chamas

Fogo destruiu uma grande área de mata nativa


Por João Paulo Farias – Texto e Fotos



Um incêndio de grandes proporções iniciado na manhã desta quarta-feira, 25, destruiu mais de vinte e cinco hectares de mata nativa, da Serra da Barriga, localizada no município de União dos Palmares. As chamas começaram após um posseiro, identificado como Leandro, que é agricultor e reside próximo à mata fechada, fora da área tombada, ter colocado fogo em uma área para cultivo de lavoura.

Por volta das 19h, as chamas haviam sido controladas, porém não foi descartada a volta do fogo e o local ficou sendo monitorado pelos guardas florestais. Nesta quinta-feira, 26, um perito do Corpo de Bombeiros irá visitar a área destruída, para fazer um laudo, constando se o incêndio foi ou não de cunho criminoso, como também, uma equipe do Instituto do Meio Ambiente – IMA, estará visitando o local para fazer uma vistoria.

Segundo Genisete Lucena, representante do escritório da Fundação Palmares em Alagoas, as chamas se propagaram além do normal e atingiu a vegetação nativa, na área tombada, destruindo muitas espécies da fauna e da flora da Mata Atlântica. “O incêndio se propagou sem controle e havia o temor que atingisse o Parque Memorial Quilombo dos Palmares, distante dois quilômetros da área atingida pelas chamas”, observou.

O Corpo de Bombeiros chegou ao local duas horas após o início das chamas; antes disso, um grupo de seis guardas florestais, que são responsáveis pela vigilância da Serra e do Parque Memorial, já haviam iniciado os trabalhos de combate às chamas e junto aos bombeiros trabalharam por mais de nove horas até o incêndio ser controlado.

“As dificuldades enfrentadas pelo Corpo de Bombeiros contribuíram para o alastramento das chamas, pois só havia uma viatura, para apagar as chamas e quando a água acabava o veículo tinha que ser abastecido na Usina Lajinha, o que ocasionava uma demora de quase uma hora para cada abastecimento”, conta Genisete.

Segundo ela, momentos de tensão foram registrados no local. A equipe do Sargento Alex do Corpo de Bombeiros e os guardas florestais, chefiados por Diogo Palmeira, não mediram esforços no combate às chamas.

Quase no final da tarde, um caminhão-pipa, cedido pela Usina Serra Grande, do município de São José da Laje, chegou ao local, para ajudar. As dificuldades aumentavam, pois a área atingida pelas chamas é de encosta, o que dificultava o acesso dos Bombeiros.


Genisete Sarmento disse que o incidente foi de conseqüências graves e pediu ao Corpo de Bombeiros um laudo sobre o incêndio, para ser encaminhado à Fundação Palmares, em Brasília, que tomará as providências cabíveis.

Ela afirmou que terá, junto aos guardas florestais, uma conversa mais séria, com esses posseiros do local, para prevenir uma situação como a que foi registrada nessa quarta. “A floresta irá demorar muito para se recompor”, disse a representante, em tom de tristeza.

Genisete parabenizou o trabalho dos guardas florestais e do Corpo de Bombeiros, que foram primordiais para que não ocorresse uma tragédia maior. Ao mesmo tempo ela criticou a falta de um Posto do CB no município, “pois numa emergência como essa foi preciso que os bombeiros se deslocassem de Maceió para prestar o socorro”.

PSDB vai ao Sertão discutir pré-candidaturas

"É sempre bom estarmos ouvindo todos os representantes, que dão sugestões e opiniões para o partido. Estamos aqui para fazer essa articulação entre os membros do PSDB”, falou o presidente estadual do partido, Claudionor Araújo
__________________________________ Assessoria do PSDB/AL


O PSDB estadual realizou nesta quarta-feira (25), no município de Jaramataia, no plenário da Câmara de Vereadores, o VI Encontro Regional de Vereadores e dirigentes do PSDB da região sertaneja.

O encontro teve como um dos objetivos, esclarecer dúvidas e discutir as pré-candidaturas às eleições 2012. Durante o evento o professor e cientista político, Eduardo Magalhães, proferiu a palestra com o tema: "Educar para Inovar".

No município de 6 mil habitantes o PSDB aproximou os representantes. “Esse encontro é de uma importância muito grande para estreitarmos as relações com dirigentes e militantes tucanos, outros representantes e com a população, que é sempre é o nosso maior foco, buscando o bem da comunidade”, disse o prefeito João Pinheiro dos Santos (PSDB).

Para o coordenador do evento, George Nascimento, essa interação é fundamental para todos. “Podemos sair daqui com outra visão de estado e município após esse encontro que é um momento ímpar”, enfatizou.

O encontro é um momento de alinhamento de ideias. “É sempre bom estarmos ouvindo todos os representantes, que dão sugestões e opiniões para o partido. Estamos aqui para fazer essa articulação entre os membros do PSDB”, falou o presidente estadual do partido, Claudionor Araújo.

Aconteceu também uma palestra sobre “Educar para Inovar” e de acordo com o palestrante, professor e cientista político, Eduardo Magalhães, Alagoas e o partido PSDB tem buscado o melhor para a juventude. “Há 20 anos realizamos esse catecismo em busca de um Brasil melhor.

Não tem como haver melhorias sem mudança na base e investimento na educação, isso é o que Alagoas está buscando para a sociedade e os jovens inovadores”, contou Eduardo.“O serviço público é para ser uma empresa empreendedora a começar pela escola. A educação é o modelo transformador”.

As ver eadoras Edielma Alencar Moura e a presidente da câmara do município Josefa Mariza Tavares afirmaram que o partido está bem representado em Jaramataia, tendo cinco mulheres representantes no poder legislativo municipal.

Além de Jaramataia, participaram do encontro representantes e vereadores de outros municípios que também contribuíram com a discussão e criam debates.

Assessoria - PSDB - AL

Incêndio na Serra da Barriga foi controlado

Olívia de Cássia
Por Olívia de Cássia

O incêndio ocorrido na manhã desta quarta-feira, 25, na Serra da Barriga, já foi controlado. Segundo Genisete Lucena, representante do escritório da Fundação Palmares em Alagoas, o fogo causou o maior susto aos moradores e queimou muitas espécies nativas da Serra.

“Felizmente, o fogo foi controlado, mas o estrago já foi feito. Ainda bem que a área tombada do parque memorial não foi atingida, mas muitas espécies nativas e animais silvestres que vivem na área foram atingidos”, disse Genisete Lucena.

Além de um caminhão da Usina Laginha, que prestou socorro, o Corpo de Bombeiros chegou ao local por volta das onze horas, mas o fogo já tinha atingido uma área considerável.

Segundo Genisete, ainda não se pode dizer se o incêndio foi criminoso, mas o ocorrido é preocupante, pois todos os posseiros foram orientados da importância da Serra da Barriga e deveriam ter mais cuidado com o patrimônio que é o símbolo da liberdade.

Neste momento, a representante da Fundação Palmares ainda se encontra na Serra da Barriga e logo mais prestará mais informações.

JHC sai em defesa de estudantes

Assessoria
Parlamentar falou ainda sobre blogueiros que estão sendo processados por secretário de Estado

Charlene Araújo-assessoria


Durante sessão realizada na tarde desta terça-feira, 24, o deputado estadual João Henrique Holanda Caldas (PTN) lamentou o episódio ocorrido na semana passada, em Palmeira dos Índios, quando estudantes e servidores da Universidade Estadual de Ciências da Saúde em Alagoas (Uncisal) protestavam contra a má prestação de serviços e foram destratados por um capitão da Polícia Militar, que agiu com truculência, intimidando os manifestantes.

“Os estudantes foram tratados de uma forma não republicana e ainda foram chamados de anarquistas. Não podemos perder a esperança de um estado democrático de direito e aceitar essa situação. Somos representantes legítimos do povo”, afirmou.

“Repudio veementemente a atitude deste capitão e digo que estes estudantes devem se manifestar e não se sentir intimidados de forma alguma. Não deve haver resquícios de ditadura. Quero acreditar de que se trata de uma atitude isolada e de que a polícia está para servir a todos os cidadãos”, emendou JHC.

O deputado ainda lembrou outra situação, onde dois blogueiros estão sendo processados por terem escrito textos questionando a postura do secretário de Planejamento, Orçamento e Desenvolvimento Econômico, Luiz Otávio Gomes.

“O interessante é que, por diversas oportunidades, chamamos o secretário para vir a esta casa para prestar esclarecimentos e ele nunca veio. Mas, os cidadãos Alexandre Fleming e Mário Júnior estão respondendo e possuem um processo cível e criminal contra eles andando”, afirmou o parlamentar, complementando que em Alagoas é hereditária a perseguição àqueles que buscam exprimir suas emoções e reivindicações.

O parlamentar se colocou à disposição dos estudantes e pediu que eles continuassem lutando por seus ideais e não se intimidassem de atitudes como as do militar.

“Se houver outra manifestação, quero estar presente para saber que tipo de postura as autoridades terão com seus conterrâneos. Vocês pagam impostos muito caros e, se querem dar sua parcela de contribuição, devem cobrar por isso”, finalizou.

Incêndio de grandes proporções atinge Serra da Barriga

Foto ilustrativa
Ainda não se sabe se incêndio foi acidental ou criminoso; Corpo de Bombeiros ainda não teria chegado ao local

Fonte: Ana Paula Omena - site Tribuna Hoje

Um incêndio de grandes proporções foi registrado na manhã desta quarta-feira no Parque Memorial Quilombo dos Palmares, na Serra da Barriga, no município de União dos Palmares.

De acordo com Genisete Sarmento, representante do escritório da Fundação Palmares em Alagoas e moradora da cidade, o momento é de desespero haja vista que o fogo tenha iniciada em baixo e já atinge a parte de cima da vegetação.

"O fogo já chegou à pista de acesso ao parque e está difícil até para a gente subir, acionamos o Corpo de Bombeiros de Maceió e conseguimos um carro-pipa da Usina Laginha para amenizar, mas está complicado", disse nervosa.

De acordo com ela, o fogo vai se alastrando numa área grande da mata e possivelmente teria começado em uma lavoura por um posseiro numa área não-tombada.

"Ainda não sabemos se o incêndio foi criminoso ou acidental, porém talvez tenha sido algum posseiro para fazer roça que acabou colocando fogo na mata", acredita Genisete Sarmento.

Todos os esforços estão sendo feitos neste momento para amenizar a situação, que é preocupante.

"Até que a natureza se recomponha vai demorar, no mínimo isto é imprudência. Segundo soube, o fogo começou há 40 minutos", revelou Sarmento, que estava em cima de um trator tentando fotografar o mato que, conforme ela, não aparecerá mais quando o fogo atingir.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Deputados escolhem Fernando Toledo para conselheiro do TC

Fotos de Olívia de Cássia-arquivo
Por Olívia de Cássia

Em sessão especial, na tarde desta terça-feira, 24, em votação fechada, os deputados escolheram o nome do presidente Fernando Toledo (PSDB), que deverá ser encaminhado ao governador Teotonio Vilela (PSDB), para assumir a vaga do conselheiro Isnaldo Bulhões, que se aposentou este ano. A votação acabou pouco depois das 19h.

A sessão começou com breve atraso, depois que os deputados João Henrique Caldas (PTN) e Judson Cabral (PT) solicitaram à Mesa Diretora que a votação fosse aberta, com base no artigo 247 do Regimento Interno da Casa.

Porém, segundo Albuquerque, o pedido dos parlamentares modificava a interpretação do artigo. A discussão foi levada para votação no plenário, mas rejeitada pelos parlamentares. Com isso, a votação foi feita secretamente. Apenas JHC, Judson Cabral e Ronaldo Medeiros foram favoráveis ao voto aberto.

Dos 25 deputados presentes, 20 votaram no atual presidente da Assembleia Legislativa, na sessão que foi presidida por Antônio Albuquerque (PTdoB). Horácio Rafael e Antônio Toledo tiveram um voto cada, e Karla Padilha recebeu três votos.

O tucano concorreu com mais 24 candidatos, dos quais 14 foram sabatinados durante sessão ocorrida na semana passada. Agora, o Tribunal de Justiça de Alagoas irá decidir a quem pertence a vaga: ao indicado pela ALE ou ao procurador do Ministério Público de Contas.

Os 25 deputados estaduais presentes foram chamados um a um, marcaram a sua escolha em uma cédula e depositaram em uma urna, de forma manual, como se votava antigamente para se eleger um representante político.

Pelo Regimento Interno da Casa, se o presidente Fernando Toledo assumir a vaga, Albuquerque assume a presidência da Casa de Tavares Bastos, uma vez que é o vice-presidente da Assembleia.

Toledo declarou aos presentes e à imprensa que sentia-se honrado por cada voto recebido. “Foi um gesto democrático. A condução da eleição foi feita de maneira clara e transparente. Sinto-me honrado”, declarou Toledo.

CONTRÁRIO

Em depoimento no seu Facebook, o deputado João Henrique Caldas (PTN) disse que defendeu que a votação fosse aberta: “Eu tentei, respaldado pelo Regimento Interno e a Constituição Estadual, fazer com que a votação fosse aberta. Mas, infelizmente, a maioria dos deputado insistiu na votação secreta”, disse JHC.

O deputado do PTN aproveitou para declarar seu voto para os internautas. “Declaro abertamente o meu voto na candidata Karla Padilha, por acreditar que dentre os sabatinados era quem melhor preenchia os requisitos dos postulantes ao cargo e também por ter sido a mais duramente candidata sabatinada”, observou o deputado.

sábado, 21 de abril de 2012

Falta o poeta

Olívia de Cássia – jornalista

Uma tarde de sábado monótona e sem muito o quê fazer, a não ser ficar na internet. Cansei. Pego o livro “Os três mosqueteiros”, de Alexandre Dumas, mas não consigo adiantar a leitura. Lá fora o barulho dos boêmios incomoda, já estão entorpecidos pelo álcool.

Numa das casas o som toca um CD de músicas bregas, daquelas que antigamente só tocava em locais ‘suspeitos’, o baixo meretrício, sem preconceito nenhum para com esses lugares, só uma constatação. Esse tipo de música virou cult nos dias de hoje. Caiu no gosto popular e no da classe média também.

Sinto falta da boa música tocando nas rádios e nos lares também, mas como estamos em um regime democrático, o jeito é ouvir ou pegar um fone e colocar no ouvido.

Deito no sofá para esticar o corpo velho e tentar melhorar a dor de cabeça. Meus gatos Antonio Bandeiras e Thor deitam do lado; estão sujos, ‘amarrotados’ e feios de tanto brigarem e se espojarem na rua atrás das fêmeas. Penso em castrá-los para sossegar o facho deles em casa.

Thozinho se espicha esticando o corpinho o máximo que pode. Antonio olha para um ponto fixo e eu fico no aguardo de a minha sobrinha chegar para pintar meus cabelos e ajeitar minhas unhas. Toda semana o ritual se repete. O corpo mostra sinais de cansaço, dá sono, mas não consigo dormir nem tirar um cochilo sequer.

Lá vou eu pensando na Rua da Ponte e suas ricas histórias, com seus moradores nas portas, colocando as novidades em dia. Saudade dos meus avós Manoel e Olívia Paes de Siqueira que ficavam na porta de casa, vendo o movimento da rua.

Vovó gostava de contar as flores do vestido e de conversar com quem passasse. Vovô Manoel, quando chegava um conhecido, conversava sobre os filhos e as caçadas que empreendia nas matas na Barriguda e na Serra da Barriga.

Mimim, o gato preto da minha avó, ficava num canto, escutando e observando tudo. Enquanto isso, no fogão de lenha e carvão da casinha da minha avó, na Rua da Ponte, o café feito com grãos torrados e moído em casa, fervia na chaleira.

Ainda sou da época em União dos Palmares, que no final da tarde um rapaz da companhia elétrica ou da prefeitura, não sei, saia com uma vara, de poste em poste, na Rua da Ponte acendendo as lâmpadas, que não eram fluorescentes e eram muito fraquinhas.

Uma espécie de acendedor de lampiões mais moderno do que o da época do poeta Jorge de Lima em seu poema. A vida da gente é breve. Vejo o tempo passando em minha frente. As lembranças são de um tempo em que as amizades eram mais fraternas.

Vejo minha mãe gritando e ralhando com meu irmão mais velho, pelas suas traquinagens, ou me gritando e me batendo por conta de algum comentário maldoso de algum vizinho contra mim.

Nesse ponto ela era muito radical e não procurava nem saber se era verdade tudo aquilo. Ia logo me batendo. Mas tirando esse lado de divergências nossas e até por isso, sinto falta da sua presença e de seus ensinamentos.

Meu pai era um homem de fé e muita devoção por Santa Maria Madalena e sua fé foi até o fim da sua vida de 76 anos. A fé do meu pai nunca foi menor, mesmo quando veio a invalidez provocada pela doença de Machado Joseph, a ataxia.

Apesar dos impedimentos, ele não perdia o humor para contar seus causos e dizer versos embolados e ritmados: “Raposa velha do cu franzido”, repetia ele. Contava rindo que tinha sido até curador de cachorros na feira livre, em União, para ganhar a vida quando solteiro.

Lembrando das suas histórias engraçadas, mais parecem as histórias de Ariano Suassuna, em 'O Auto da Compadecida'. Se meu pai tivesse estudado, teria sido um poeta popular.

Poeta popular de Rio Largo precisa de ajuda para publicar cordeis

Fotos de Olívia de Cássia\outubro-2008


Olívia de Cássia - Repórter

O poeta popular alagoano Miguel Nascimento está com novos cordeis prontos, precisando de ajuda financeira para publicá-los. Sem recursos materiais, Miguel, que é natural do município de Rio Largo, é cordelista há mais de vinte anos e conta que começou a fazer esse tipo de literatura popular influenciado pela sua bisavó.


Com formação universitária e liderança em Rio Largo, Miguel Nascimento utiliza a literatura de cordel para expressar sua indignação diante das mazelas do cotidiano. Ele conta que conseguiu publicar seu primeiro trabalho em 2007 e em janeiro de 2008 publicou uma caixa com cinco cordéis, junto com o artista e educador sergipano Anderson Santos, na cidade de Rio Largo.

Em seu novo trabalho, com versos como a ‘A vizinha fofoqueira’, de maneira engraçada e prosaica, o poeta popular descreve como as mulheres do interior propagam as informações da vida alheia e a forma como o fazem, nas portas e esquinas das cidades ou fazendo outra atividade cotidiana.

Em “Muammar Gadhafi” ele fala da saga do ditador líbio Muammar Kadadffi, morto em outubro de 2011. “De família tradicional\ E nascido no deserto\ Na cidade de Sirte\ Ele sempre achava certo\ Suas precoces posições\ Políticas de futuro incerto. O verso tem várias estrofes e termina com: “Eu imagino agora\Como será o encontro\ Com Saddam e Bin Laden\ Espero não ter confronto\ Pois os três elementos\ Causaram muito sofrimento\ Deixando o mundo tonto”.

LIVRETOS

Em janeiro de 2008, Miguel relançou junto com o artista e educador sergipano Anderson Santos “A Peleja entre o Alagoano e o Sergipano”. A caixa contendo cinco livretos de literatura de Cordel tentou resgatar esse tipo de poesia popular, que teve início de forma oral e depois impressa em folhetos rústicos.

Com seu novo trabalho, com os versos além de ”A vizinha fofoqueira, “O motorista Cagão” e “Muammar Gadhafi”, entre outros, o cordelista explica que o objetivo é “trabalhar o resgate da literatura de cordel, porque ela precisa de um despertar nos poetas novos, que estão escondidos e que precisam ser descobertos”.

A falta de incentivo à cultura no Estado também é outra reclamação de Miguel Nascimento, que atualmente está passando por algumas dificuldades financeiras em sua cidade.

“A Vida e o Fim de Saddam” e “Quando Saddam Hussein Chegou ao Céu” são outros trabalhos de Miguel que são históricos: tratam da questão do Oriente Médio de forma cômica. Ele destaca que o segundo livreto –Quando Saddan chegou ao Céu- é uma comédia e foi criado numa deixa do primeiro. “Fala da chegada de Saddan após o enforcamento, quando ele é condenado a mil anos no purgatório”, explica.

Já “A Gata que pariu Cachorro” é baseado num boato que surgiu em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, onde houve um desencontro de informações e uma gata foi encontrada com uma ninhada de cachorros que foi dada como sua cria.

Outro trabalho anterior de Miguel é “Corno e traição na televisão”, que foi baseado numa reportagem do programa Globo Repórter, da Rede Globo de Televisão e que falava dos estados onde havia mais traições entre homens e mulhers. Baseado nisso o poeta popular dissertou seu texto de 24 estrofes sobre o tema.

O primeiro trabalho do artista popular foi impresso em 150 exemplares e os dois últimos 500 unidades. “A “Gata que Pariu Cachorro” foi relançado em Rio Largo, no América Esporte Clube, com a presença do poeta sergipano Anderson Santos, incentivador da poesia de Miguel.

“Nessa oportunidade Anderson também lançou ‘A coisa pior desse mundo’ que fala das filas nos bancos e outras mazelas da sociedade, entre outros assuntos”, conta o poeta alagoano.

XILOGRAVURAS

Os cordeis, como é conhecida esse tipo de literatura, são compostos de livretos que são expostos para venda pendurados em cordas, o que deu origem ao nome, popularmente conhecida porque ainda são vendidas nas pequenas cidades nas feiras livres no interior.

A literatura de cordel é composta por escritos em forma rimada e alguns poemas são ilustrados com xilogravuras, o mesmo estilo de gravura usado nas capas. As estrofes mais comuns são as de dez, oito ou seis versos. Os autores, ou cordelistas recitam esses versos de forma melodiosa e cadenciada, acompanhados de viola. (Contato: miguel_ne@hotmail.com - 88049596/99990619)

Projeto do deputado Ronaldo Medeiros torna obrigatório recolhimento e reciclagem de celulares descartados

Olívia de Cássia
Olívia de Cássia – Assessoria

Está tramitando nas comissões da Assembleia Legislativa um projeto de lei do deputado Ronaldo Medeiros (PT) que torna obrigatório para os fabricantes, distribuidores, comerciantes, coletores seletivos e recicladores o recolhimento e a reciclagem de celulares descartados.

A apresentação da proposta, segundo o deputado Ronaldo Medeiros, é porque ainda é tímida a participação das indústrias sobre o recolhimento e destinação desses produtos, que são excessivamente prejudiciais ao meio ambiente.

“O descarte aleatório, no lixo, dos aparelhos celulares e baterias traz sérios danos ao meio ambiente e existe capítulo próprio na Constituição Federal que trará sobre a matéria”, explica o deputado. Segundo o projeto de lei, o recolhimento de celulares no Estado deverá ser feito nos pontos de venda ao consumidor final, independentemente do local de sua aquisição.

JUSTIFICATIVA

“Os fabricantes, distribuidores, comerciantes, coletores seletivos e recicladores estão sujeitos à cota de recolhimento a ser regulamentada em decreto. Os celulares recolhidos nos pontos de venda ao consumidor final serão entregues às empresas de coleta seletiva e reciclagem”, observa o deputado.

Pelo texto do projeto, que foi protocolado no dia 23 de novembro do ano passado, o acúmulo desses resíduos certamente causa degradação ambiental e, portanto, deve ser uma preocupação de todos.

“A propósito, algumas empresas já estão adotando o procedimento da chamada logística reversa, que consiste, entre outras coisas, no recolhimento de resíduos sólidos produzidos pela indústria, como forma de minimizar o impacto ambiental e promover o desenvolvimento sustentável”, observa o deputado.

Medeiros justificou também a apresentação do projeto com dados da Anatel, que informa ser o Brasil o quinto país do mundo que possui celular e só perdendo para a China, Índia, Estados Unidos e Rússia, nesta ordem, e é seguido pelo Japão.

“Considerando-se a durabilidade do aparelho - de um ano a um ano e meio - e o acesso a novas tecnologias que tornarão os aparelhos obsoletos a cada ano, é de supor que, no Estado, possa vir a ser descartada anualmente uma quantidade tal de aparelhos que certamente terá um impacto ambiental significativo”, explica o petista.

Ainda segundo o projeto de lei do deputado, a reciclagem desses aparelhos, a exemplo do que já acontece no Japão, significa uma importante fonte de recursos econômicos e, ainda mais, uma forte contribuição para a sustentabilidade e a educação ambiental, reduzindo enormemente o impacto no meio ambiente do descarte de aparelhos celulares.

“Esperamos que esse projeto seja encaminhado com a maior brevidade possível para ser votado no plenário e que haja a compreensão dos meus pares, no sentido da aprovação imediata, devido a importância do tema, visto que o meio ambiente está sendo agredido diariamente com o descarte desse tipo de material”, finaliza Ronaldo Medeiros.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Sessão especial discute questão indígena na Assembleia

Fotos de Olívia de Cássia - 20-4-2012
Olívia de Cássia – Repórter

Uma sessão para discutir a questão dos povos indígenas e pela passagem do Dia do Índio, ocorrido no dia 19, foi realizada na manhã desta sexta-feira, 20, na Assembleia Legislativa Estadual (ALE). A sessão foi presidida pelo deputado Judson Cabral (PT) único parlamentar a participar da sessão.

O deputado Ronaldo Medeiros (PT), que propôs a sessão, que seria conjunta com Judson Cabral, justificou a ausência por meio de carta encaminhada ao plenário, que foi lida por Cabral. Na correspondência Medeiros diz que por motivos superiores não poderia participar da sessão.

Depois do Hino Nacional, obrigatório nessas solenidades, o deputado Judson Cabral fez a abertura dos trabalhos e em seguida os índios fizeram uma apresentação do toré, que é um ritual indígena de etnias do Nordeste do Brasil e foi repassada de geração em geração, por meio da tradição oral.

O representante dos povos indígenas, cacique Zezinho Koiupanká, foi o primeiro a fazer uso da tribuna da Casa de Tavares Bastos e como sempre faz nessas oportunidades, disse que não está muito feliz em ter de reivindicar seus direitos. No entanto, agradeceu a Assembleia Legislativa por ter aberto suas portas para ouvir os reclames dos povos que representa

O cacique fez críticas ao governo federal e pediu desculpas. “Infelizmente, ao invés de estarmos comemorando , os índios estão passando por muito sofrimento”. Zezinho pediu apoio aos deputados, por intermédio do deputado Judson, para criar uma política que seja discutida junto com os povos indígenas.

“O governo (federal) cria e aprova leis e não coloca em prática”, disse ele, se referindo á questão da demarcação das terras indígenas em Palmeira dos índios e região. “O governo não coloca os índios para discutir as questões , cada comunidade se organiza de uma forma e isso tem que ser respeitado”, observou o cacique.

Em nome dos povos indígenas Zezinho entregou um documento com reivindicações das tribos, que foi lido na tribuna da Casa; os índios reivindicam saúde e educação indígena, demarcação de terras, criação de política indigenista e que as reivindicações sejam discutidas com os povos indígenas.

O deputado Judson disse que entregará o documento à Comissão de Direitos Humanos da qual é presidente e ficou de repassar para os demais deputados as proposições. Ele explicou que a sessão não é deliberativa, mas que fará a entrega do documento.

O professor Jorge Vieira, coordenador do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) disse que o momento é de avaliação.

“Foram feitas propostas de encaminhamentos, o Estado é o ente para atender os extratos da sociedade, é inegável que nos últimos dez anos o estado avançou. A gente vê que os índios estão comendo melhor, têm moradias decentes, avançamos, mas não é o suficiente para atender as demandas dos povos indígenas. O Estado brasileiro continua devendo às populações indígenas do Brasil e de Alagoas. Os Grupos de Trabalho (GTs) estão paralisados e o primeiro passo é a identificação, a delimitação dos povos”, disse ele, entre outras críticas que fez pela falta de demarcação de terras.

Vieira disse ainda que o governo Lula avançou na questão do índios, mas ainda falta muito. “O trabalho com a população indígena tem que ter saber. É preciso que venha alguém que tenha conhecimento técnico e político, o povo está lutando pela demarcação de seu território”, observou.

O professor propôs que seja criada pela Assembleia uma representação dos povos indígenas para acompanhar o andamento das questões entre o governo do Estado e a Funai, “para cobrar o compromisso que a Funai assumiu e ainda não cumpriu, que é a demarcação das terras”.

O superintendente do Dnit, Fernando Fortes Melro, deixou claro que “em momento algum o Dnit desrespeitou os índios nem entrou em terras indígenas, estamos dentro da legalidade”, disse ele.

Fernando reclamou da burocracia e disse que é necessário fazer um plano básico ambiental, um gerenciamento. “O governo federal vai investir 20 milhões de reais em três anos. Vai contratar engenheiro civil, químicos, agrônomos e vários profissionais. O plano está sendo conduzido pelo Dniot de Brasília”, explicou.

Fernando Melro disse ainda que esteve em Brasília para tratar dessa questão e que Alagoas recebeu os 19 processos em aberto para fazer o impacto ambiental. “O Dnit é o órgão executor, de estradas, tem que comprar bois para compensar os índios”, disse ele.

O procurado da República José Godoy, em reunião acontecida no dia 28 de fevereiro na Assembleia, disse que “esse processo da demarcação é uma dívida histórica da União, os problemas surgidos desde a demarcação são problemas graves. Estudos apontam a pobreza extrema dos índios alagoanos, que estão abaixo da linha de pobreza”, reforçou.

Segundo Godoy, o local para demarcação são terras urbanas, “precisamos discutir como será feita a realocação das famílias, com reinserção das pessoas na economia , para evitar o tensionamento ”. A União tinha cinco anos, segundo o procurador, para fazer a demarcação e já está em dívida há 18 anos.

O coordenador regional da Funai, Frederico Campos, disse que o principal conflito sobre a demarcação das terras indígenas em Palmeiras dos Índios está com alguns proprietários de terras do local que não aceitam a indenização. A demarcação das terras foi aprovada na Constituição de 1988.

Fizeram parte da mesa que conduziu os trabalhos na manhã de hoje: Frederico Vieira Campos, coordenador da Funai, o professor e jornalista Jorge Vieira, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), o procurador da República José Godoy, superintendente do Incra, Lenilda Lima, o vice-reitor do Cesmac, Douglas Apratto Tenório, suérintendente do Dnit, Fernando Melro o antropólogo Ivan Farias, do Ministério Público Federal (MPF) e o representante dos Índios, coordenador distrital, cacique Zezinho.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Sabatina na Assembleia não tem hora para terminar

Olívia de Cássia - 19-4-2012
Olívia de Cássia – Repórter

Está acontecendo desde as dez horas desta quinta-feira, 19, a sabatina dos candidatos inscritos à vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, na vaga deixada pelo conselheiro Isnaldo Bulhões que se aposentou este ano.

A sessão teve início no horário previsto, 25 candidatos estavam inscritos e onze candidatos foram desclassificados, porque não compareceram quando foram chamados para serem arguidos no plenário pelos deputados.

O primeiro inscrito a ser chamado foi o deputado Gilvan Barros (PSDB) que não estava presente. De início houve um debate entre os componentes da mesa, integrantes da Comissão de Constituição e Justiça da Casa (CCJ), para definirem o que fariam: se esperavam que o deputado Gilvan chegasse ou se o eliminavam do processo.

O deputado Joãozinho (PSDB) sugeriu que a comissão passasse para o nome seguinte e quando o deputado chegasse seria arguido. O deputado Antonio Albuquerque (PTdoB) questionou se era uma decisão da Mesa (Joãozinho estava presidente) ou se a mesa deixaria a critério da CCJ.

O deputado Marcelo Victor (PTdoB) argumentou que a decisão de esperar Barros poderia prejudicar os outros inscritos, já que o deputado Gilvan foi avisado do horário do início da sabatina.

Depois de uma votação entre os membros da mesa ficou definido que Gilvan Barros estava eliminado e assim foi decidido com os outros faltosos.

Foram desclassificados: Gilvan Barros, José Carlos Silva, Richard W. Medeiros Cavalcante Manso, Grimvaldo José Costa Lins, João Béquima de Oliveira e Marilma Torres Gouveia de Oliveira, Paulo Brêda, Sandra Valéria Oliveira Cavalcante, Olga Tatiana de Miranda, Clênio Pacheco Franco e Miguel Soares Palmeira.

Na avaliação do deputado Ronaldo Medeiros, a assembleia tem uma missão importantíssima na escolha deste que terá um papel importantíssimo na transparência e zelo com as contas públicas do nosso Estado. A sabatina não tem hora para terminar e até o fechamento da matéria os trabalhos continuam.

Compareceram á sabatina os deputados: Luiz Dantas, Dudu Holanda (PSD), Joãozinho Pereira (PSDB), que presidiu a mesa, Judson Cabral (PT), Marcelo Vitor (PTdoB), Ronaldo Medeiros (PT), Sérgio Toledo (PDT), Jeferson Morais (DEM), Antonio Albuquerque (PTdoB), Jota Cavalcante (PDT).

E por falar...

Olívia de Cássia – jornalista

Não posso ocultar que eu não sinta saudade dos teus beijos. A noite está abafada e apesar do cansaço, o sono teima e não vem. Tomara que o vento e o tempo; a brisa da noite te encontrem bem.

Eu já perdoei todas as armadilhas que você preparou para mim, mas não posso dizer que tenha deixado de doer tudo aquilo que vivi; eu estaria mentindo, mas procuro transformar a dor num sentimento mais suave e não de revolta e sofrimento.

Apesar de tudo, vivemos bons momentos, dias de alegria, apesar das lacunas e dos desencantos. O que quero dizer é que apesar de te amar ainda – e isso eu não tenho como negar – sei que não tenho mais esperança de que tudo se transforme num sonho adolescente e tu voltes para mim.

Nosso tempo já passou, sei que já não é mais possível, mas a nossa história foi interrompida sem uma definição, sem uma acerto final para melhor te dizer. Tu não me mereces, todos dizem, eu sei, tu sabes também.

Dizem que mereço coisa melhor. Um amor maduro, inteligente e capaz de me fazer feliz, mas isso também é conto de fadas e as fadas não existem, a não ser nas doces fantasias da infância, que no meu caso, já se vai muito distante.

E a distância que aumenta a cada dia faz com que a gente entenda que até pode sonhar um pouco de vez em quando, mas sonho com maturidade e discernimento do que presta e do que não presta.

Essa semana me trouxe muitas lembranças, o mês de abril é simbólico para mim. No dia 12 é a data de falecimento do meu querido e saudoso pai, meu velho companheiro, que no dia 16 do mesmo mês faria 90 anos se vivo estivesse.

Já na sexta-feira, dia 20, seria o aniversário de mamãe, três anos mais nova que meu pai. Também Foi no dia 31 de abril que selei o meu primeiro beijo num namoro adolescente que me arrebatou de paixão e me deixou apaixonada por seis longos anos; marcou a minha vida para sempre.

Passados tantos anos de tantos acontecimentos e muita aprendizagem eu posso afirmar que apesar de tudo e por tudo que eu vivi eu estou uma pessoa feliz, viva, mais leve querendo realizar sonhos, viver o que me resta, dar boas gargalhadas das trapalhadas que faço na vida, ter amigos e ser feliz. E por falar...

Será o que tiver que ser...

Olívia de Cássia – jornalista

A gente já não conversa há bastante tempo, parece que só me animo a ter um diálogo contigo quando estou angustiada. Mas hoje, Diário, foi por vontade mesmo de conversar um pouco e pela demora de o sono chegar. É um vício escrever e quando isso não acontece me sinto incomodada.

Acordei de manhã muito tarde e até me assustei: o resultado foi chegar atrasada no trabalho, coisa que não gosto de fazer e fico apressada quando isso acontece, porque pode dar motivo para que se pense que foi irresponsabilidade minha. Não foi.

O fato é que estou dormindo mais confortável, mais relaxada e o corpo se solta mais. E posso te dizer, meu Diário, que estou vivendo um bom momento na vida. Já não tenho o medo que eu tinha. E como eu já te disse em outras oportunidades, o medo é uma prisão que tira nossa capacidade de nos revelar e de produzir.

Não tenho mais aquele medo que me conduzia para sentimentos de subordinação, angustiantes e deprimentes. Hoje sou outra pessoa, Diário, e se tivesse sido assim em outros tempos, eu não teria sofrido tanto e passado por pedaços tão complicados na vida. Mas sei que tudo isso faz parte do aprendizado e do crescimento pessoal.

Agora posso dizer que cresci, interiormente, e que vejo a vida de uma forma mais suave. É preciso ter leveza, para que nossos fardos se tornem mais leves. Agora sei que a gente tem que ter foco, força de vontade e encarar as intempéries da vida com menos seriedade, com mais afeto, sorrisos e gargalhadas, que nos tornam seres mais iluminados.

Tenho aprendido muito ao longo de todo esse caminhar, ao longo do tempo de mulher sozinha. Sozinha, mas não angustiada e frustrada, procurando trabalhar com amor, com dedicação e vendo bons resultados.

Eu ainda acredito na vida, acredito que apesar da minha idade ainda posso dar muito de mim. Os problemas de saúde já não me afligem e nem atormentam e será o que tiver que ser.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

ALE realiza sessão em homenagem aos povos indígenas

Fotos de Olívia de Cássia-28-2-2012
Requerimento propondo a sessão foi do deputado Ronaldo Medeiros - No dia 28 de fevereiro, com a presença de mais de 50 índios do povo Xucuru-Kariri, Medeiros realizou uma reunião na Assembleia, para discutir a questão da demarcação de terras em Palmeira dos Índios, que contou com a presença coordenador regional da Funai, Frederico Campos, a superintendente do Incra, Lenilda Lima, deputados estaduais e o procurador-geral da República em Arapiraca, José Godoy.
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Na próxima sexta-feira, 20, a Assembleia Legislativa Estadual (ALE) realiza uma sessão em homenagem aos povos indígenas que tem como tema: “A situação dos povos indígenas em Alagoas”, em homenagem ao Dia do Índio, que é na quinta-feira, 19. O requerimento propondo a sessão é do deputado Ronaldo Medeiros (PT) e tem como objetivo discutir os problemas dos povos indígenas de Alagoas e fazer uma homenagem pela passagem do dia 19.

No dia 28 de fevereiro, com a presença de mais de 50 índios do povo Xucuru-Kariri, Medeiros realizou uma reunião na Assembleia, para discutir a questão da demarcação de terras em Palmeira dos Índios, que contou com a presença coordenador regional da Funai, Frederico Campos, a superintendente do Incra, Lenilda Lima, deputados estaduais e o procurador-geral da República em Arapiraca, José Godoy.

“Precisamos debater sobre a situação atual dos povos indígenas em Alagoas e esta sessão será uma ótima oportunidade para isto”, salientou o deputado Ronaldo Medeiros.

Em Alagoas, existem hoje onze nações indígenas e tribos como os Aconã (Traipu), Geripacó (Pariconha), Kalankó (Água Branca), Karapotó (São Sebastião), Kariri-Xocó (Porto Real do Colégio), Karuazú (Pariconha), Katoquim (Pariconha), Koiupanká (Inhapi), Tingui-Botó (Feira Grande), Xucuru-Kariri (Palmeira dos Índios), Wassu Cocal (Joaquim Gomes). Eles somam mais de 20.000 índios. Wassu, Kariris-Xucurus, Geripancó, Tingui-Botó, Karapotó.

Agricultores palmarinos são beneficiados com a entrega de sementes

As 42 toneladas de sementes de feijão e milho vão beneficiar 4.900 agricultores.

Agricultores familiares e quilombolas da Zona da Mata de Alagoas foram beneficiados com a entrega de 42 toneladas de sementes de feijão e milho pelo governo do Estado, nesta terça-feira (17), em União dos Palmares.

A ação faz parte do Programa de Sementes, coordenado pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri) e visa garantir o plantio e a safra de 2012, promovendo a produção de alimento e geração de renda no campo.

As 42 toneladas de sementes de feijão e milho vão beneficiar 4.900 agricultores dos municípios de Branquinha, Flexeiras, Ibateguara, Joaquim Gomes, Murici, Santana do Mundaú, São José da Laje e União dos Palmares. “Desse total, 5.200 quilos de sementes ficam apenas em União e são destinados a agricultores e quilombolas.

O Programa de Sementes é fundamental para milhares de agricultores em Alagoas, que precisam desse apoio para garantir sua produção”, enfatizou o secretário Jorge Dantas.

O prefeito Areski Freitas comentou a importância da parceria entre o município e o Estado, além de agradecer o apoio do governador Teotonio Vilela, que garantiu reservar recursos para a estrada do Vale da Pelada, uma reivindicação antiga dos moradores.

Areski Freitas destacou o trabalho feito pela Secretaria Municipal de Agricultura em prol do homem do campo e oferecer uma estrutura para atender as demandas da região. Ele mencionou o trabalho feito pelo ex-secretário Cícero Costa e apresentou o novo secretário, José Carlos, conhecido como Zé Carlos do Timbó, que em discurso comentou que dará continuidade aos trabalhos que vinham sendo desenvolvidos pela pasta.

A distribuição de sementes deve beneficiar cerca de 75 mil produtores em todos os municípios que fizeram a solicitação com 1.200 toneladas de sementes de feijão, milho, arroz, mamona, algodão e sorgo. (Autor: Valderi Melo)

Projeto que dispõe sobre a revisão dos subsídios do TC foi aprovado na ALE

Olívia de Cássia – Repórter
(Texto e fotos)

Na sessão da Assembleia Legislativa na tarde de hoje, 17, foram aprovados na Ordem do Dia sete projetos constantes na pauta, mais um em regime de urgência, de origem governamental., que trata do Lifal (Laboratório de Alagoas).

Um dos projetos aprovados foi o que dispõe sobre a revisão geral dos subsídios e remunerações dos cargos efetivos do Tribunal de Contas do Estado e dá outras providências.

Na hora da votação desse projeto, o deputado Judson Cabral pediu um aparte para fazer uma explicação e disse que foi mal interpretado quando da primeira votação, por alguns servidores do TC. Cabral disse que não é contra o projeto e observou que o que fez na sessão anterior foi uma ressalva.

“Recebi informações de que alguns servidores não entenderam a minha colocação. Sou favorável ao projeto, o que levantei foi sobre o impacto financeiro da mensagem que não foi feito”, explicou o petista.

Ainda na sessão de hoje também foi aprovado, em sessão extraordinária, projeto de urgência do Executivo que a autoriza d destinação de capital social para o Lifal. O projeto foi aprovado por unanimidade.

MENSAGENS

A primeira mensagem lida e aprovada na segunda sessão legislativa da 17ª legislatura, Ordem do Dia nº 73 foi a de número 24/2011, que trata da redação final do Projeto de Lei nº 105/2011, que dispõe sobre a fixação do efetivo da Polícia Militar do Estado de Alagoas e dá outras providências.

O presidente da Casa, Fernando Toledo (PSDB) leu a mensagem seguinte para ser votada, em segunda discussão. Foi aprovado o Projeto de Lei Complementar nº 42/2011, de autoria do deputado Ronaldo Medeiros (PT), que cria a Região Metropolitana do São Francisco – RMSF, cria o Conselho de Desenvolvimento e Integração da Região Metropolitana do São Francisco.

Também o projeto do deputado Jeferson Morais (DEM) que dispõe sobre a cobrança de taxa de estacionamento cobrada por shoppings centeres, supermercados, hospitais e faculdades. Em segunda votação foi apreciado e aprovado o projeto do deputado Antonio Albuquerque (PTdoB) que fala sobre a instalação de material antiaderente nas escadas, rampas e em outros locais.

Já o deputado João Henrique Caldas (PTN) apresentou indicação apelando ao governo do Estado e à Secretaria de Defesa Social solicitando celeridade na instalação da Delegacia Especializada na Proteção aos Animais. A ALE recentemente aprovou o projeto de lei do deputado Ronaldo Medeiros contra os maus-tratos aos animais.

INSEGURO

Depois de terminada a sessão , o presidente da Casa, Fernando Toledo (PSDB), concedeu entrevista coletiva à imprensa e disse que está inseguro quanto à sua candidatura a uma vaga de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado.
Segundo Toledo, há uma insegurança jurídica, e caso ele seja escolhido para o cargo, o Tribunal de Justiça (TJ/AL) pode julgar procedente o mandado segurança impetrado pela Associação Nacional do Ministério Público de Contas.
“É uma decisão muito séria para ser tomada. Fui eleito deputado, reeleito presidente da Mesa Diretora, e tenho um compromisso com o povo. Essa vaga ainda tem alguns questionamentos jurídicos e seria prudente aguardar a decisão final no Tribunal de Justiça de Alagoas, mas, já estou com meu registro pronto, e consequentemente vou participar da sabatina, na quinta-feira”, disse ele.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Medeiros critica Governo por falta de assistência técnica

Olívia de Cássia - arquivo
Olívia de Cássia – Repórter, com Camila Ferraz

O governo do Estado também recebeu críticas na tarde desta terça-feira, 17, do deputado Ronaldo Medeiros, do PT, que foi o segundo parlamentar a fazer uso da fala no plenário, na sessão, que contou com a participação de 14 deputados. Medeiros concordou com as críticas feitas pelo deputado Judson Cabral e acrescentou outras.

Em seu pronunciamento, Ronaldo disse que o governo vem cometendo diversos erros em sua administração. “Um deles é o fato de o governador estar querendo capacitar agricultores rurais em outras áreas”, segundo o petista.

“É um grande erro pensar que é possível tirar um trabalhador da zona rural e em 15 dias torná-lo um pintor, um carpinteiro; é até um crime que está sendo cometido contra essas pessoas. Eu ouço falar que o Governo quer capacitar essas pessoas, isso não é uma capacitação, é uma mudança de profissão e não é isso que os agricultores querem, eles querem condições, assistência técnica para trabalhar em suas terras”, ressaltou o deputado.

Ronaldo Medeiros também alertou o Governo do Estado sobre as terras que ficam às margens do Canal do Sertão, observando que poderiam ser doadas para pequenos produtores, visto que, como a indústria da cana está mecanizando as colheitas.

“E consequentemente vai haver muito desemprego, esse trabalhadores, já poderiam ser assentados às margens dos primeiros 70 km do Canal do Sertão, pois terão água suficiente e poderão trabalhar dignamente sem precisar mudar de profissão ou até mesmo continuar desempregados”, disse ele.

O deputado acrescentou que Alagoas foi o Estado do Brasil que mais desempregou e se o governador não tomar atitudes enérgicas vai continuar dessa forma. “Já solicitei uma sessão pública para debater sobre o Canal do Sertão e assim, poderemos explorar esses assuntos de forma clara e com a participação de todos os interessados”, ressaltou Medeiros.

Ainda sobre a questão da falta de assistência técnica para a zona rural, o deputado falou sobre o Projeto da Nova Emater, que foi aprovado ano passado pela Assembleia Legislativa e, segundo Medeiros, até hoje o Governo sequer nomeou a diretoria. “Só com esta empresa funcionando corretamente o agricultor alagoano poderá ter uma nova realidade e contará com profissionais qualificados para ajudar no desenvolvimento de suas tarefas de maneira correta”, pontuou Medeiros.

O deputado Ronaldo Medeiros ainda falou sobre o concurso de produtividade do milho de Poço das Trincheiras e disse que hoje, “após o trabalho desenvolvido pelo técnico da área, José Valmiro Gomes, o agricultor que produzia apenas cinco sacas de milho por tarefa chega a produzir mais de 40”, explicou.

O petista também lamentou que, apesar de trabalhos desenvolvidos como o exemplo de Poço das Trincheiras, ainda assim, as discussões mais recorrentes no Estado giram em torno de transferência de presos, de ambulâncias do Samu quebradas, entre outros temas ruins. “Infelizmente temos que admitir que Alagoas caminha de ré”, finalizou.

Judson Cabral diz que Governo do Estado faz propaganda enganosa

Fotos de Olívia de Cássia - arquivo
Olívia de Cássia – Repórter

O petista Judson Cabral utilizou a tribuna da Casa de Tavares Bastos na tarde desta terça-feira, 17, para tecer várias críticas ao Executivo estadual. Ele disse que o Governo do Estado utiliza-se de propaganda enganosa e, no entanto, “Alagoas tem o pior desempenho”, se referindo à matéria publicada no jornal Gazeta de Alagoas de hoje.

Segundo a matéria, Alagoas foi o destaque negativo na geração de empregos formais no mês de março, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados na segunda-feira, 16. O Estado teve o pior desempenho do País, com o enxugamento de 21.032 postos formais de trabalho, indo contra a corrente de 16 unidades da federação que apresentaram resultado positivo para o mês.

Judson Cabral disse que enquanto a imprensa mostra uma realidade, o governo utiliza-se de propaganda enganosa afirmando que gerou muitos empregos no Estado. “O governo tem feito propaganda sobre emprego e criação de vagas, o que nos entristece é que a gente vê que Alagoas tem o pior desempenho do País”, destacou.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da ALE questionou também qual o projeto do governo tramita na Casa, onde está criando vagas? E acrescentou que são muitas as contradições (do Executivo), observando que são nessas contradições “que a gente encontra explicação para a violência no Estado”.

Cabral criticou ainda as escolas do Estado que segundo ele ainda estão sem ano letivo. “Recursos há, essas contradições nos deixa sem entender. A fora o caos na saúde, no HGE, esse é o debate que precisa ser feito na Casa e não o da propaganda enganosa”, disse ele, entre as várias criticas que fez ao Executivo estadual.

OUTRO LADO


O deputado Judson foi aparteado por Joãozinho Pereira (PSDB), vice –líder do governo assumindo a titularidade do cargo. “É natural a sua reclamação, como deputado do PT”, disse Pereira, acrescentando que no governo federal também existem críticas dos opositores.

O vice-líder argumentou para as criticas de Cabral sobre o desemprego no Estado, exemplificando a questão da entressafra da cana-de-açúcar. “Todos os anos acontece, são 24 usinas e quando acaba a safra demitem os trabalhadores, o que tem que ser feito é como em Pernambuco, onde existe o projeto Mão Amiga”, disse o tucano.

Pereira disse também que o deputado Judson só usa a tribuna da Casa para ler notícias negativas, críticas ao governo. “Estamos em Alagoas e o governo só usa a televisão (para mostrar o que tem feito), o senhor, deputado Judson só usa a tribuna da Casa para ler notícias críticas ao governo”, destacou Pereira.

Outra crítica feita foi com relação às ambulâncias do Samu , denunciadas como sucateadas em matéria de O Jornal na semana passada e que Judson fez citação também. Pereira observou que a matéria diz que o Samu recebe 2.500 milhões “e no entanto só recebe 500 mil”.

Judson retomou a palavra e disse que o deputado tucano estava esquecendo as diárias milionárias para servidores fazerem cursos, também, denunciadas na imprensa. “A educação não vai bem, a saúde vai mal. Todo meio de comunicação tem seu papel de informar”, disse Cabral, acrescentando que falta prioridade e respeito”.

Pereira rebateu as críticas de Judson Cabral falando dos cartões corporativos do PT no governo federal e disse que as diárias “são menos vergonhosas que os cartões corporativos do PT”.

Cabral voltou à fala e disse que é preciso que a população tenha conhecimento da verba secreta do governo do Estado. “Se o governo paga diária de luxo, o debate pode ser feito na Casa, quem assume função pública tem que tramitar dentro da transparência”, finalizou Cabral.

A juventude está morrendo

Mirabel Alves Rocha

Advogado militante, integrante do Cedeca Zumbi dos Palmares, cursando especialização em Direitos Humanos

Desde que o Brasil se tornou signatário da doutrina da proteção integral, foi firmado um compromisso em favor da vida e da efetivação dos direitos de crianças e adolescentes. Em 1988, quando da promulgação da Constituição Federal, foi firmado esse mesmo compromisso no âmbito constitucional.

O Artigo 227 diz: “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.”
Note que o direito à vida, como sempre ocorre nos dispositivos que tratam dos direitos fundamentais da pessoa humana, está elencado em primeiro lugar.

Em seguida, no ano de 1990, foi aprovada a lei considerada como sendo a de melhor conteúdo do ponto de vista dos direitos de criança e adolescentes na América Latina que é o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA (Lei 8.069/90). Tão defendida por uns, tão atacada por outros.

Mas, quem verdadeiramente tem razão? Os que atacam o ECA ou os que o defendem? Como defensor intransigente desta lei, quero me pronunciar, após o quê fique o leitor à vontade para fazer sua escolha a favor ou contra o ECA.

A mídia, em geral, tem estimulado as pessoas a desenvolverem um espírito de vingança e de revanche, ao invés de estimular que a sociedade exija as medidas que ataquem pela raiz o problema da criança e do adolescente que, por lógica e natural responsabilização é da sociedade e da família, em especial.

O que se vê é um grande número de crianças e adolescentes jogados à própria sorte em razão de inúmeros fatores, os quais são facilmente elencados: a ausência de políticas públicas suficientes nas áreas da educação, da saúde, da assistência social, entre outros aspectos.

Tem sido comum vermos nos sinais de trânsito das grandes cidades meninos e meninas limpando para-brisa de carros em troca de moedas, o que as deixa fragilizadas e expostas a uma série de riscos, alguns tão graves que podem gerar consequências para o resto de suas vidas. Muitos desses meninos e meninas sustentam a família com o que conseguem mendigando e limpando para-brisas nos sinais e o mais grave é que cenas como essas não causa indignação em quase mais nenhuma pessoa.

Quando a sociedade falha na inclusão da criança e do adolescente, inevitavelmente vai amargar a criminalidade quando o futuro chegar; essa, infelizmente, tem sido a regra. Podendo essa situação se agravar ainda mais com o crescimento do exército de crianças desamparadas que em um amanhã não muito longínquo serão jovens e adultos carregando todas as sequelas da exclusão que foram vítimas na infância. Ou seja, o Brasil é um país reprovado no quesito criança e adolescente. Muita promessa e pouco compromisso.

Enquanto as nossas crianças, as que estão nos lixões e nas periferias à margem das políticas públicas inclusivas, estão sendo excluídas para depois serem assassinadas, os gestores estão dormindo por entenderem que o que oferecem é suficiente para resolver o problema.

Infelizmente, o exercício do cargo público no Brasil não é encarado como um serviço e sim como uma conquista pessoal que, não raro, entorpece a visão do agente público sobre o seu real problema na democracia representativa.

É mais fácil para os gestores de plantão eliminarem o problema de forma repressora ao invés de investirem na educação pública de qualidade e em outras políticas. Não sendo impossível tal realidade, já que o contribuinte brasileiro tem uma carga de impostos igual ou maior que as democracias europeias, amarga um serviço público de péssima qualidade.

Os que atacam o ECA estão prestando um enorme serviços aos políticos corruptos que desviam até o dinheiro da merenda escolar, vez que é mais cômodo criminalizar um ser em desenvolvimento do qual foram negados os direitos fundamentais, para que ele se desenvolvesse de maneira cidadã. Diferente do que dizem os contrários ao estatuto, o ECA é uma lei de enorme conteúdo cidadão, haja vista garantir o direito do cidadão brasileiro desde que ele se encontra no ventre materno até a chegada da sua maioridade, o que ocorre aos 18 anos de idade.

Um Brasil melhor é possível, desde que o povo brasileiro se proponha a conhecer os seus direitos e não fique somente no ter conhecimento, mas que exerça a cidadania, o que pressupõe o pleno acesso a todas as políticas ofertadas pelo Estado.

As nossas crianças e adolescentes, independentemente de sua cor, religião e, principalmente de sua condição social, merecem melhores governantes, mais sensíveis e preocupados com o futuro de cada menino e menina brasileiro(a), preocupados de fato e ao ponto de não tolerar nenhuma criança fora da escola ou sem que haja o exercício da primazia no acesso aos serviços de saúde, assistência social e outros.

O legislador, motivado pelo povo brasileiro, fez a sua parte quando votou e aprovou o ECA, falta, contudo, conhecermos melhor essa que é uma das nossas melhores leis, por seu conteúdo cidadão. Por tudo isso eu digo: O ESTATUTO ESTÁ AÍ, SÓ FALTA CUMPRIR.

EDITAL DE CONVOCAÇÃO N.º 02/2012

ASSEMBLEIA GERAL EXTRAODINÁRIA

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Alagoas convoca todos os jornalistas da sua base territorial para uma ASSEMBLEIA GERAL que será realizada no dia 23 de abril de 2012, segunda-feira, na sede da entidade, situada à Rua Sargento Jaime Pantaleão, 370, Prado, Maceió-Alagoas, para deliberar sobre a seguinte pauta:

Eleição do delegado/representante do Sindicato dos Jornalistas para o Congresso Estadual da CUT
Outros assuntos de interesse da categoria.
A assembléia será realizada às 19h30, em primeira convocação, ou às 20h00, em segunda convocação, obedecido o quorum previsto nos artigos 612 e 859 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e no artigo 16, parágrafos 1º e 2º do Estatuto Social do Sindicato dos Jornalistas.

Maceió, 16 de abril de 2012.

VALDICE GOMES DA SILVA
Presidente

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Aos pés de Zumbi

Fotos de JMarcelo e João Paulo Farias
Olívia de Cássia – jornalista

Sento aos pés do monumento do príncipe guerreiro Zumbi, depois de fotografar vários cantos do Parque Memorial Quilombo dos Palmares, que já fiz leitura fotográfica em outras oportunidades. Domingo foi um dia especial para dezenas de crianças carentes da comunidade da Várzea Grande, em União dos Palmares, que foram levadas ao local pela enfermeira-chefe do local, Carla Tereza Borba Leite.

As crianças, além de participar de brincadeiras, aprenderam in loco um pouco da nossa história de resistência. Aprenderam que foi lá, na Serra da Barriga, que Zumbi resolveu se refugiar, fugindo da opressão e da escravidão e formou um exército de mais de 30 mil homens, que lutaram incansavelmente pelo seu povo, para livrá-los daquela situação de subordinação.

Os músicos que iriam se apresentar no local foram chegando, grupos culturais como o hip hop foram se aproximando timidamente. A alegria e algazarra das crianças quebram o silêncio da Serra da Barriga, neste domingo, 15, acompanhados do canto de galos e galinhas dos moradores.

Fotos de Olívia de Cássia - 15-4-2012
Um cão vira-latas se aproxima com seu olhar penetrante, meio que para verificar o que estou fazendo, sentada aos pés de Zumbi e rascunhando esse texto. Na terra encantada onde se deu o primeiro grito de liberdade do Brasil, já não sinto o aperto no peito que senti no sábado, nem também aquela angústia incontida que não sabia de onde vinha.

A Serra da Barriga me renova as energias. Eu precisava ir lá novamente para receber aquelas forças sagradas, para me revigorar, pois estava precisando desse banho de bênçãos. A gente não sabe de onde vêm os sentimentos, mas os sentimentos vêm da alma da gente, do coração e da mente. O corpo responde aos estímulos que a gente dá. Na Serra da Barriga vou ao encontro das minhas raízes.

As crianças levadas por Carla saracoteiam no local, felizes como nunca e absorvendo, sem saber, a aula de história que tiveram ao vivo. Disseram para o blog que além do local gostaram muito da comida da Mãe Neide. Mãe Neide tem trabalho social e é reconhecida em todo o Estado e daqui parabenizo seu desempenho em tirar tantas crianças das drogas e de situações de risco.

A gente olha pros lados na Serra da Barriga e imagina como foi o Quilombo dos Palmares há quase 400 anos. Imagino Zumbi, orientando seus comandados, mulheres e homens, negros, brancos e índios. Imagino as mulheres do quilombo, circulando pelo local com suas saias rodadas, turbantes nas cabeças e preparando gostosos quitutes para os seus homens guerreiros, ou observando a linda paisagem de cima dos mirantes.

O músico Gustavo entoa a música Canto do Colibri, lá no espaço para apresentações. A música arrepia porque fala da luta de Zumbi na Serra da Barriga, uma poesia contagiante, que dá vontade de chorar de emoção e alegria ao mesmo tempo, tudo misturado. Genisete está de parabéns. Salve nosso grande guerreiro, salve nossos antepassados quilombolas. Zumbi vive!

Passeio no Parque leva grupos culturais à Serra da Barriga

Olívia de Cássia – Repórter
(texto e fotos)

No domingo, 15, a representação da Fundação Palmares, em Alagoas, levou grupos culturais à Serra da Barriga, na terceira edição da atividade Passeio no Parque, que teve apresentação do grupo de hip hop Quilombrothers e recebeu uma caravana formada por crianças e adolescentes do Povoado Várzea Grande, na periferia de União dos Palmares.

As atrações culturais que estavam previstas para essa edição no Parque Memorial tiveram dificuldade de se apresentar por um problema causado no som. Mesmo assim, o grupo União Quilombrother se apresentou e tirou aplausos do público.

As crianças da Várzea Grande, coordenadas pela enfermeira Carla Tereza, tiveram uma programação diferente, voltada para o desenvolvimento cultural, conhecendo um pouco da história do líder negro Zumbi.

Além desses grupos a atividade contou com a presença do músico Gustavo Gomes e do compositor Petrúcio Baêtto, autor da música Canto do Colibri, que fala da luta de Zumbi pela libertação de seu povo.

A ialorixá Mãe Neide Oyá d´Oxum, do Grupo União Espírita Santa Bárbara (Guesb), fez uma fala antes de servir o almoço aos presentes e lembrou as dificuldades que todos têm em manter a Serra da Barriga. Mãe Neide é a coordenadora do restaurante Kùuku_Wànna (Banquete Familiar).

O Passeio no Parque é realizado pela representação da Fundação Cultural Palmares no Estado e vem ao longo das edições agradando quem vai prestigiar o evento, que objetiva uma maior aproximação e conhecimento da população, sobre o que foi o Quilombo dos Palmares.

Segundo Genisete Lucena, à frente do escritório da Fundação Palmares em Alagoas, o terceiro Passeio no Parque, foi um evento positivo, pois reuniu um público diferenciado, formado em sua maioria por jovens, que puderam conhecer um pouco mais da história de um lugar que foi o maior símbolo da luta por liberdade no Brasil.

Genisete destaca que essa edição do Passeio no Parque encerra a temporada do projeto, que volta em outubro, por conta do período chuvoso e também as obras de reformas no Parque Memorial, que iniciam em breve.

“Todas as edições da primeira temporada do Passeio no Parque foram muito importantes e serviram para divulgar e disseminar a nossa cultura, o trabalho continua”, disse Genisete.

O estudante Josivaldo Melo, 15, disse que gostou do evento e destacou a iniciativa do projeto. Já as irmãs Jéssica Silva, 11, e Marcilene Silva, 13, disseram que o Parque Memorial é muito bonito e que pretendem voltar ao local. Os jovens destacaram também o almoço, servido no evento, que na opinião deles, estava muito bom.

O grupo de hip-hop União Quilombrother, que existe desde o ano de 2008, se apresentou no espaço Batucajé atraindo inúmeros espectadores. Os integrantes do grupo, formado em sua maioria por estudantes da faixa etária dos 14 aos 30 anos, falaram sobre a dança e dos locais em que se apresentam.

Segundo Jessé Batista, o hip-hop, entrou em sua vida em 2005. Ele assistia apresentações na escola e ficou contagiado com a proposta. Os integrantes do grupo também falaram do preconceito que ainda existe com relação ao hip hop e disseram que escolheram essa modalidade de manifestação cultural porque se identificam com ela.

Jessé reclama da falta de incentivo para a cultura na cidade e disse que se os jovens fossem mais estimulados não haveria tempo para se envolverem com coisas erradas. “O hip hop não é uma cultura só, não tem um estilo de roupa certo, nos vestimos da maneira como nos sentimos melhor”, destaca Jessé.

sábado, 14 de abril de 2012

Está faltando poesia

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

Está faltando na vida um pouco de poesia. Parece que a juventude atual não sonha mais, como em outros tempos sonhávamos. Sonhávamos em transformar o mundo com nosso modo de ser, nosso estilo de vida e nossos ideais.

A poesia é essencial à vida. Todo mundo precisa um pouco de prosa e de poesia, para fugir da rotina dura da vida, para fugir de tanto problema. Acho que algumas pessoas são tão agressivas e cruéis pela falta dessa sensibilidade que a poesia e os versos nos dão.

Pessoas que vivem de mal com a vida, transformam qualquer ambiente em lugar de energias pesadas. Hoje eu acordei com vontade de falar de poesia. Acordei com aquele nó na garganta, aquele apertinho no peito que só os poetas sabem decifrar o que é que é.

Caí na rotina e só mais tarde percebi que o apertinho no peito e o nó na garganta continuavam e eu precisava compartilhar com algum amigo, desabafar. Procurei nos quatro cantos da mente, mas, enfim, a gente que é só se vira como pode...E cá estou eu...

E cá estou eu, desabafando minhas doces fantasias, que parecem adolescentes, meus sentimentos incontidos e mal curados. Às vezes me sinto só, sinto-me como se fosse um ET, pensando em sentimentos profundos, em amores impossíveis.

Sinto falta de poesia, de vida latente. Sei que já não posso sonhar como nos sonhos juvenis. Apesar de os pensamentos voarem longe às vezes, preciso colocar os pés no chão e pensar como mulher adulta que sou; mas isso não quer dizer que eu tenha que ser dura e cruel, embora muitas vezes a vida nos leve a isso.

Mas está faltando poesia. Na televisão a gente só vê crueldade nas novelas, violência nos noticiários e nos desenhos infantis. Nossos heróis continuam os mesmos e precisamos deles para dar algum sentido na vida. Vida que grita, que sacode, que agita: está faltando poesia na vida.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Gazetas promovem demissões arbitrárias de jornalistas

NOTA DE REPÚDIO


O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Alagoas (Sindjornal) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudiam, de forma veemente, a atitude arbitrária e antissindical das empresas Gazetaweb e Gazeta de Alagoas - ambas da Organização Arnon de Mello (OAM), pertencente ao senador Fernando Collor - pela demissão injustificada de cinco jornalistas, inclusive um dirigente sindical, em plena fase de negociação salarial.

Desde o dia 4 de abril, véspera do feriado de Páscoa e data em que aconteceu a primeira rodada de negociação do acordo coletivo 2012/2013, na Superintendência Regional do Trabalho (SRT), os jornalistas e demais trabalhadores da OAM vivem uma verdadeira onda de terrorismo com as demissões promovidas na empresa. Logo na manhã do dia 4, o dirigente do Sindjornal, Pinehas Furtado, repórter da Gazetaweb foi informado sobre o seu desligamento da empresa.

Na mesma data, ao final do expediente, foi a vez do jornal Gazeta de Alagoas demitir os jornalistas Abides de Oliveira Júnior, Lilian Tourinho e Ábia Marpin, além da funcionária e dirigente do Sindicato dos Gráficos, Viviane Lopes. Não bastasse o presente de Judas da Organização Arnon de Mello para os profissionais que cuidam da produção jornalística nas empresas, na segunda-feira (09), a Gazeta demitiu a jornalista Niviane Rodrigues, que retornava ao trabalho após uma licença de seis meses concedida pelo INSS para tratamento de depressão, provocada pelas graves ameaças que lhe foram feitas pelos deputados Cícero Ferro, João Beltrão e Temóteo Correia, durante discursos na tribuna da Assembleia Legislativa, por não concordar com matéria produzida pela repórter.

No entendimento do Sindjornal e da Fenaj, a atitude das empresas da OAM, além de atentar contra a legislação trabalhista, que concede imunidade aos trabalhadores 30 dias antes da data-base (período de negociação salarial), revela ainda uma tentativa de intimidar os jornalistas em seu processo legítimo de mobilização em defesa de melhores salários e condições dignas de trabalho, saúde e segurança.

As entidades sustentam que irão até as últimas conseqüências na defesa dos trabalhadores, visando assegurar, nas esferas jurídica e administrativa, todos os seus direitos.

SINDICATO DOS JORNALISTAS PROFISSIONAIS DO ESTADO DE ALAGOAS - SINDJORNAL

FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS - FENAJ

Assembleia discute educação em direitos humanos

Foto de Olívia de Cássia-13-3-2012
Fonte: Assessoria Gabinete do deputado Judson Cabral

Após três anos em funcionamento, o Projeto REDH Brasil, que capacita educadores em direitos humanos para a rede básica de ensino, vai avaliar o seu trabalho em Alagoas numa sessão especial da Assembleia. A reunião acontece às 9 horas desta sexta-feira (13).

O deputado Judson Cabral (PT), autor do requerimento para a sessão, explica que o Projeto REDH Brasil tem importância fundamental para Alagoas. “Vivemos um momento de muita violência, o que provoca cobranças e reações da sociedade. A formação destes educadores vai ajudar a criar uma cultura de direitos humanos, levando o cidadão a compreender as raízes da violência”, esclareceu Judson Cabral.

A capacitação está voltada para a rede básica de ensino e atua junto a educadores, técnicos, gestores e lideranças comunitárias. Em Alagoas, as ações começaram em abril de 2009, depois de uma sessão especial da Assembleia, que instalou o Comitê de Educação em Direitos Humanos, e que contou com a participação da OAB, Ministério Público Federal e Estadual, Polícia Federal, universidades, sindicatos e instituições ligadas aos direitos humanos.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Benzedor conta sua história de vida e diz que apenas reza

Foto de José Marcelo
Olívia de Cássia, com José Marcelo Pereira

Rosalvo Floriano dos Santos, 64 anos e 34 de casado, é natural da cidade de Jaboatão, em Sergipe mas saiu do seu Estado para morar em Viçosa, Alagoas, aos sete anos, junto com sua família. Ele conta que na cidade viveu sua infância e aprendeu com uma curandeira as orações que o tornaram bastante procurado em União dos Palmares.

A curandeira D. Preta, segundo ele relata, de preta só tem o nome. “Na verdade era de cor branca” e lhe ensinou as rezas, segundo conta, por ser uma criança obediente que ia três vezes ao dia para ficar no pé do altar aprendendo as rezas.
Quando Dona Preta morreu, seu Rosalvo estava com 13 anos e apartir daí começou a visitar o Juazeiro do Norte, terra de Padre Cícero Romão Batista, viagem que ele faz até hoje.

Seu Rosalvo Floriano concedeu entrevista ao blog do José Marcelo Pereira e disse que só começou a atender as pessoas quanto tinha 18 anos. Diz que mesmo assim ficava com vergonha do dom que Deus lhe deu, mas aos poucos a fama de curandeiro cada vez mais atraia pacientes e hoje já está há 44 anos benzendo as pessoas.

Seu Rosalvo observa que atende “em torno de 40 pessoas por dia com ficha. O horário de atendimento é a partir das 6h da manhã”, diz ele. Antes de fazer uma corrente de fé com as pessoas, o curandeiro faz suas orações pessoais para se preparar para receber cada pessoa. ‘O público vem de União, das cidades vizinhas e até de outros estados’.

Na entrevista ao blog do José Marcelo, o benzedor Rosalvo Floriano disse que muitos que chegam em sua casa têm algum problema de saúde, financeiro e de ‘mau olhado’, outros vêm com uma carga de energia muito forte, onde tem gente que vem amarrada se debatendo, segundo ele conta, mas outros o procuram para conversar, pedir conselhos ou uma palavra de conforto.

Seu Rosalvo é católico e não trabalha com magia negra, feitiçaria ou truques. Ele não estipula preços para as preces que faz com a população e diz que cada um dá o valor que quiser. O benzedor diz que teve uma passagem pelo espiritismo onde trabalhava na Mesa Branca, registrado pela Federação Espírita.

No local ele diz que recebia as pessoas com algum tipo de problema e muitas vezes tinha que acordar de madrugada para atender as pessoas aqui em União ou fora da cidade, “foi então que resolveu pedir baixa e deixar o centro e se dedicar as pessoas na sua casa”.

Rosalvo diz que, às vezes, é alvo de preconceitos de algumas pessoas que passam em frente a sua casa e dizem bobagens para ofendê-lo por não acreditarem no seu trabalho, mas ele destaca que não fica triste, já que sabe que só faz o bem as pessoas. Ele explica que seu lazer é assistir a TV Canção Nova e a Rede Vida, “ para assistir as missas e ouvir as palavras de Deus”.

Embora diabético, seu Rosalvo Floriano tem uma aparência forte de um homem lutador e vai i levando sua rotina de orações e rezas, junto com a mulher e quatro filhos.
Fonte: http://www.jmarcelofotos.com/2012/04/quem-cura-e-deus-eu-so-apenas-rezo-eu.html

Mesmo assim

  Olivia de Cássia Cerqueira   Do alto da varanda da minha casa, observo as construções lá na frente. Não fossem elas, dava pra ver o ma...