terça-feira, 31 de dezembro de 2013

O Ano-Novo vai chegando...

Olívia de Cássia - jornalista

Natal e Ano-Novo para mim sempre foram datas que me deixavam introspectiva, chorosa e pensativa, saudosa de pessoas queridas e de coisas que eu nem avaliava que me fizessem tão densa, tão introspectiva. Os anos passaram e continuo sentindo as mesmas sensações, agora mais acentuadas com o peso da idade e com as perdas dos anos vividos.

Agora, o ano-velho vai se despedindo aos  poucos, nesta tarde saudosa, que cai, é quase noite, dando lugar aos novos ares de um novo tempo, do ano-novo que se  aproxima. A tarde está quente e faz lembrar nossas tardes de verão de muitos anos que já se passaram, de muitas vivências e de muito aprendizado.

Nessa época do ano lá em casa, em União dos Palmares, costumávamos receber muitas visitas, de parentes que moravam fora e dos primos que iam passar as festas em União. Era uma festa aquelas novidades: eu passava a noite toda de conversa e muita folia nas camas, fazendo guerras de travesseiros, fazendo confidências e ouvindo as das minhas primas.

Lá em casa não tinha luxo, mas não faltava o pão nosso de cada dia, pois meu pai sempre foi um homem provedor e trabalhador, baseado na fé que ele tinha e na sua perseverança. Era um tempo de muitas alegrias lá em casa, de muitas brincadeiras e muitas aventuras com os amigos, pelas ruas de União.

Não tínhamos shopping center, o Cine Imperatriz foi fechado, mas não faltava criatividade para que a gente fosse feliz. Quantas aventuras saborosas nós vivemos na terrinha amada! Na véspera de Natal a família ia para missa; no Ano-Novo isso se repetia, isso quando éramos crianças.

Quando adolescentes, ficávamos loucos para a missa terminar para irmos encontrar e confraternizar com os amigos ou ir para as boates nos divertir a noite toda. Lá em casa tinham muitas regras, que eu quase sempre quebrava e terminava apanhando muito por isso, literalmente.

A orientação dos meus pais era para dez horas estarmos todos em casa. Meus irmãos sempre chegavam primeiro e eu, para variar e confirmar minha rebeldia, sempre chegava à meia noite ou depois, cheirando a bebida e o resultado não era dos mais promissores.

Às vezes os amigos ou algum paquera me deixavam na frente de casa, batiam na porta e corriam, porque minha mãe era muito brava e não admitia que eu chegasse em casa com meninos, namorados ou amigos.

Se dependesse dela tinha me isolado numa bolha para que eu não tivesse tido contato com eles, do medo que ela tinha que eu sofresse por causa das minhas paixões, receio que ela não pôde impedir resultando em muitas brigas de nós duas.

Depois do tempo passado eu sinto falta até dessas rusgas que tínhamos; saudade dos conselhos que eu protestava e achava ultrapassados, como toda adolescente rebelde, saudade dos ensinamentos, da religiosidade do meu pai, da sua cumplicidade comigo e dos nossos encontros e bate-papos que me ensinaram tanto.

Hoje para mim, assim como no Natal, não será um dia de grandes comemorações, pois ainda está muito recente o falecimento do meu irmão Petrônio; no entanto eu tenho certeza de que ele está bem, de que está ao lado dos nossos pais e entes queridos que já se foram também.

Para finalizar, eu quero aproveitar o espaço do blog para desejar a todos os meus leitores um Ano-Novo de esperança, renovação da nossa fé, paz interior, saúde e harmonia, que o resto a gente corre atrás. FELIZ 2014!

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Feliz Natal!

Olívia de Cássia - jornalista

Algumas horas precedem a ceia de Natal; este ano teremos, em nossa rua, um personagem a menos em nosso convívio, em nossa ceia tradicional, meu amado irmão que se foi nos deixando muita saudade. A vida é assim: cheia de perdas e de ganhos; às vezes temos mais perdas do que vitórias, mas elas também fazem parte do processo de amadurecimento.

Chegou o Natal: é tempo de confraternização, de solidariedade e tempo de nós pensarmos que podemos ser melhores se a gente se dedicar a um projeto de paz, de doação, solidariedade e de amor. Tempo de se fazer reflexões que possam nos levar para melhores caminhos, eu acredito nisso.

A humanidade passa atualmente por um processo que aponta a humildade e a gentileza como vias a serem seguidas. Não há crescimento interior se as pessoas não investirem em si mesmo; se voltarem para o outro e chegarem à conclusão de que é preciso mudar, antes de perseguirem qualquer projeto de mudança na sociedade.

Os anos passaram muito rapidamente e parece até que tudo começou ontem, como num passe de mágica; foram muitos os desencontros, as crises existenciais, as humilhações e o aprendizado, baseado naquilo que serviu para nos tornar  mais fortes e mais segura.

Tenho tentado ser  essa fortaleza, à medida do possível, à medida do que possa parecer suportável. O ano vai terminando rapidamente e com aquela sensação de que não percebemos a sua passagem e de que não fizemos quase nada do que havíamos planejado.

De repente chega a época natalina e tudo se transforma: aumenta a correria das pessoas às compras, os preparos de seus lares para a grande festa do grande aniversariante do mês: Jesus Cristo, embora muita gente esqueça disso.

Os lares cristãos se preparam para o momento da ceia em família, com amigos; mas a gente não pode esquecer que em milhares de lares a maioria não terá o que festejar, pois falta tudo: falta o alimento, falta paz e tranquilidade às comunidades.

Eu queria viver um momento em que pudéssemos comemorar de verdade um mundo com mais justiça social, compartilhamento, com políticas justas para os menos favorecidos e sem a violência que estamos presenciando no nosso dia a dia.

E não quero colocar aqui a culpa em A ou B; todos devem ter a sua responsabilidade. Ano que vem é um ano eleitoral; viveremos tempos difíceis de falsas promessas e ilusões, mas não devemos esmorecer.

Quero aqui desejar a todos um Feliz Natal e que o verdadeiro espírito de fraternidade esteja presente em cada um de nós, doando um pouco do que a gente costuma jogar fora, para quem necessita mais.

Que seja o ano que se aproxima de mais aproveitamento, do não desperdício e que saibamos colocar um pouco de perseverança e tolerância em cada um dos nossos atos e ações. Fiquem com Deus.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Retrospectiva 2013

Olívia de Cássia – Jornalista

Lá vai 2013 terminando e no balanço de pros e contra, posso dizer que este ano foi denso de situações pesadas e desconfortáveis, mas que conseguimos superá-las, ou pelo menos tentamos, no dia a dia.

Logo no começo do ano perdi dois amigos queridos: Silvio Sarmento,  no dia 7 de março e Cleria Lilian (Kelly) dia 28 do mesmo mês. Silvio nos foi levado por um infarto fulminante e Kelly brutalmente assassinada por um monstro sem coração. 

Agora em dezembro, dia 6, perdi meu irmão, uma pessoa querida e que sempre esteve presente em minha vida. Eu tenho consciência que as perdas fazem parte da vida e que devemos continuar nossa  rotina, lutando por dias melhores e mais justos, mas todas elas nos trouxeram sofrimentos.

No campo profissional posso dizer que foi um ano melhor, de conquistas e algumas realizações e espero que em 2014 eu possa galgar alguns degraus a mais de aprendizado profissional. Por mais que tenhamos chão de batente, sempre temos algo a aprender.

De pronto aqui eu quero agradecer a todos os amigos e familiares que estiveram presentes nos momentos mais difíceis e que me apoiaram nessas situações; espero sempre tê-los por perto e os que não estiveram, quenos aproximemos mais.

Quero agradecer a Deus por ter me dado um pouco de saúde e fortaleza para aguentar todas as dificuldades que foram surgindo e ter me dado a força da superação para cada uma delas.

No mais quero desejar a todos os amigos, colegas de trabalho, vizinhos e familiares um Natal cheio de esperanças, de crescimento pessoal, de amadurecimento, saúde, paz e tranquilidade.

Que em 2014 possamos renovar nossos laços de amizade e fortalece-los a cada dia do ano. Que Deus esteja sempre presente em nossas vidas. Bom dia!

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Seis salões de beleza em Maceió foram fiscalizados ontem pelo Procon

Foto: Sandro Lima
Olívia de Cássia-Repórter

Dando prosseguimento à Operação Natal Seguro, o Procon\AL fiscalizou na tarde de ontem seis salões de beleza de Maceió, em bairros como a Pajuçara e a Ponta Verde, para verificar se as normas de qualidade e segurança de consumo estão sendo seguidas nos estabelecimentos comerciais, como a quantidade de formol nos produtos. A fiscalização nos salões continua nesta quinta-feira (19).

Segundo o fiscal Renato Vasquez, o objetivo da fiscalização nos salões é observar os produtos que podem oferecer risco à saúde do consumidor, “como a composição química excessiva de formol, mas não encontramos nenhuma irregularidade”, destaca.

Segundo ele, a continuidade da Operação Natal Mais Seguro, em Maceió, vai depender das demandas que o Procon encontrar. “O prazo pode ser estendido porque tudo o que se refere ao consumo nesta época do ano será fiscalizado, como prevenção à saúde do consumidor. O que houver demanda nos diversos segmentos de consumo será fiscalizado”, observa.

Renato Vasquez ressalta que os produtos com defeito ou com falta de informação sobre o risco que oferecem, que estejam fora dos padrões de consumo, ou com alguma irregularidade, serão recolhidos. 

A Operação já fiscalizou supermercados, bares, restaurantes e afins e detectou alguns problemas como produtos com a data de validade vencida, embalagens violadas, latas amassadas.

Nas cozinhas de alguns restaurantes fiscalizados, o Procon\AL encontrou produtos sem especificação como o número do lote e sem o prazo de validade,  além de alimentos impróprios para o consumo humano. Nesse caso, segundo o fiscal Renato Vasquez, foi feito o descarte dos produtos, com a presença de um representante do estabelecimento e de um fiscal do Procon.

Os fiscais do Procon  informam que, no caso da empresa autuada, é expedido um auto de infração e pode gerar uma multa ao estabelecimento autuado de R$ 600 até seis milhões de reais, dependendo da gravidade da infração e do porte da empresa.

Temos tempo...

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

Temos tempo ainda,
de viver o que nos resta:
Tempo de semear
o que temos de melhor,
De fazer amizades, de
Viver o encantamento
De um nascer do dia,
O pôr do sol, de acreditar
Que podemos ser melhores
A cada dia, a cada instante.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Começam as análises

 Olívia de Cássia – jornalista

Em tempos de pré-eleição, é bom a gente ficar de olho para não cair na esparrela de alguns analistas políticos de plantão, que surgem de tempos em tempos, fazendo picuinhas, detratando pessoas e procurando desqualificar a índole de alguns personagens públicos. É bem verdade que muitos dos nossos ilustres políticos estão desacreditados na sociedade e se não mostrarem propostas concretas e trabalho terão dificuldade para se eleger.

Fui convidada por esses dias em uma rede social para participar de um ato contra um amigo meu que é gestor num município do interior do Estado:  respondi à pessoa que me fez o convite que não uso aquela ferramenta para detratar político nenhum, muito menos um amigo de infância e que uso o local para divulgar meu trabalho, fazer amigos, interagir com eles e me divertir: e só.

Creio que minha resposta não deve ter agradado, mas a essa altura da minha vida, já passei da idade de esbravejar contra quem quer que seja e prefiro analisar os fatos com mais comedimento. Em época das tecnologias avançadas, essa prática de enxovalhar pessoas se proliferou nas redes sociais.

Não acredito mais  em contos de fadas e isso faz um tempão bem longe. Toda essa animação e rebeldia repentina, na minha avaliação, guardadas as devidas proporções, é puro interesse político de alguém inconformado com a derrota nas urnas e que ainda não se conformou com isso, manipulando pessoas que se deixam levar pelo cato da sereia.

Por outro lado eu entendo a insatisfação de quem quer ver os problemas da cidade resolvidos imediatamente e avalia que tudo se resolve de um dia para a noite; também por culpa, é fato, de promessas de campanha que os políticos fazem, sem nem saber se eles vão poder cumprir por conta da burocracia, do aporte financeiro e de outros fatores tão importantes quanto.

A gente tem que ser cético diante dos fatos, para não se deixar enganar, como eu aprendi com meus pais, mas procurar respeitar a opinião do outro e não querer ser o dono da verdade. Não existe verdade absoluta em sociedade e em política; sempre há um interesse por trás de cada passo dado e isso é um fato, ninguém é tão infantil para acreditar no contrário disso.

Numa época em que as redes sociais são o termômetro para muita coisa na sociedade, é bom ficar de olho a respeito das notícias que são espalhadas e compartilhadas, indiscriminadamente, sem controle e sem apuração dos fatos, muitas vezes, com respeito à índole das pessoas: confundem opinião política com opinião pessoal.

Postei no meu Facebook a opinião da blogueira carioca Fê Miceli, e acredito nisso, que ficar esperando que só o governo faça a sua parte é muito fácil, criticar é muito bom. Jogar pedra na vitrine do outro também.
É bom a gente olhar para nossos próprios erros e procurar acertar de alguma forma primeiro. Eu avalio que para cada erro deve ter uma explicação plausível e se não tiver, a gente muda na hora do nosso voto, na urna, sem precisar detratar ninguém.

E como disse Fê Miceli,: "Todo mundo tem suas opiniões muito bem fundamentadas em ideologias mil. O debate rola solto nas mídias sociais, ninguém manipula ninguém, mais. Mas, contudo que vem acontecendo nos últimos tempos, fica só uma certeza pra mim, no governo e na sociedade: ninguém faz nada sozinho".

E ela vai mais fundo em seu pensamento: "O governo pode cuidar da burocracia, leis, normas. Mas relativo à conduta da sociedade, somos nós que temos que fiscalizar e nos policiar. E cuidar para que não acabemos nos tornando o mesmo que aqueles que criticamos". Bom dia  e fiquem com Deus.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Socorram o Rio Mundaú

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

Meu amado Rio Mundaú,
o rio da minha infância,
Pede socorro.
Clemência 
para quem pode socorrê-lo:
Da poluição, dos maus tratos
e da indiferença do ser humano,
Da falta de consciência
política e de sensibilidade.
Percorri vários trechos
do meu amado rio de tantos banhos
na infância e ele agoniza.
Era como se pedisse socorro! 
Eu ouvi seus gritos.
Socorram
o Rio Mundaú!

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Fiscais do Procon fazem apreensão em supermercados de Maceió

Operação Natal Seguro começou na segunda-feira e hoje continua em restaurantes e similares

Olívia de Cássia – Repórter


A Operação Natal Seguro, realizada pelo Procon\AL, já fiscalizou mais de 40 supermercados de Maceió e tem como objetivo, verificar se os alimentos estão próprios para o consumo, de acordo com as normas estabelecidas pela legislação. Durante a operação, os fiscais do Procon encontraram várias irregularidades, entre elas, produtos com a validade vencida, embalagens violadas, latas amassadas, iogurtes vencidos, carnes e peixes estragados. 

A operação terá continuidade nesta quinta-feira, em restaurantes e similares e se estenderá até o dia 20 deste mês, em vários estabelecimentos comerciais da capital alagoana. Segundo Denis Malta, diretor de fiscalização e coordenador da equipe, a operação percorreu bairros de toda a parte baixa de Maceió, como a Ponta Verde, Levada, Trapiche, Poço, Mangabeiras, Jatiúca e também a Serraria e o Tabuleiro. “Terminou nos supermercados e começa amanhã (hoje) nos restaurantes e similares”, observa.

Denis Malta destaca que dos supermercados visitados pela fiscalização, na grande maioria,  foram encontradas irregularidades. “Se um enlatado tiver com a embalagem amassada está impróprio para o consumo, porque a lata tem um verniz e quando é amassado, o produto trinca e contamina o alimento”, explica.

O diretor de Fiscalização ressalta que os alimentos que foram apreendidos na operação Natal Seguro serão descartados, “coloca-se detergente e é inviabilizado para consumo”. Segundo Denis Malta, é expedido um auto de infração e pode gerar uma multa ao estabelecimento autuado de R$ 600 até seis milhões de reais, dependendo da gravidade da infração e do porte da empresa.

A reportagem da Tribuna Independente acompanhou os quatro fiscais do Procon em um dos supermercados de Maceió. Durante a operação foram verificados que vários itens não estavam de acordo com as regras de consumo humano, como queijo com a embalagem violada, iogurte com a validade vencida, entre outros produtos.

 “Para descartar os alimentos que estão impróprios para o consumo tem que ter a presença  de um representante do estabelecimento autuado e de um fiscal do Procon”, explica.  Ainda segundo os fiscais, outros estabelecimentos como salões de beleza também serão fiscalizados, já que nessa época do ano aumenta a procura do consumidor.

Os fiscais estão nas ruas de Maceió das 9 às 18h e dependendo da demanda, segundo Denis Malta, o horário é ultrapassado. Ricardo  Santos é chefe de sessão num supermercado onde a fiscalização foi realizada e disse que o trabalho da equipe é importante e positiva e deveria acontecer com mais frequência em todos os estabelecimentos comerciais de Maceió.

O nutricionista Albrey Santos estava fazendo compras acompanhando de sua mãe, dona Silvania Martins; disse que  a operação do Procon é interessante e necessária. “Às vezes o produto está vencido e não há controle de qualidade. Os consumidores, em sua maioria, são desatentos ao prazo de validade e termina levando para casa o produto vencido. Merecia ser há muito tempo, gera controle de qualidade”, avalia.

Roberto Rodrigues é outro consumidor que aprovou a Operação Natal Seguro e disse que tem outro supermercado onde os alimentos se estragam e não há controle de qualidade. “É interessante a operação e deve ficar o ano todo”, pontua

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Eu tenho em mim...

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

Eu tenho em mim
uma mulher que pensa,
rir e não tem medo de chorar.
Eu tenho em mim uma criança
que ainda acredita na vida,
apesar de tudo.
que se encanta
com a simplicidade,
com o pôr do sol, o mar,
o nascimento da lua.
Eu tenho em mim um ser errante
Que busca em si a harmonia
para viver em paz.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Alexsandro Silva é condenado a 21 anos em regime fechado

Com informações do Tribuna União

Alexsandro da Silva Ferreira, culpado pelo assassinato de Cleria Lilian Vilas Boas, a Kelly, 34 anos, foi condenado a 21 anos de prisão em regime fechado mais os encargos processuais. O júri popular aconteceu durante a manhã e a tarde desta segunda-feira, 9.

Segundo o site Tribuna União, do jornalista Antônio Aragão, o juiz Antonio Rafael Ferreira, da 3ª Vara de Justiça de União dos Palmares, pronunciou a menos de 20 minutos a sentença de condenação de Alexsandro da Silva Ferreira conhecido como ‘Sandro’ ou ‘Alex’, que no dia 28 de março deste ano matou, por esganamento, a assessora da Defesa Civil de União, Cléria Lilian Vilas Boas conhecida como ‘Kelly.

O assassinato ocorreu no interior da residência de uma tia da vitima, na Rua Edgar Sarmento,  conhecida como ‘Rua Nova’ no centro de União dos Palmares.

O julgamento teve como patrono de defesa do réu o advogado José Nildo Soares; o acusado teve em seu desfavor as sanções do art. 121, parágrafo II, incisos II e II do Código Penal, e o segundo julgamento realizado e concluído nesta segunda feira (9) foi adiado pelo fato do advogado da defesa alegar suspeição de conversas entre os jurados na sessão anterior durante a refeição.

A sessão foi presidida pelo dr. Antonio Rafael Wanderley e na acusação o promotor de Justiça Antonio Vilas Boas, que tem como assistente de acusação o bacharel Paulo Roberto Alves Cavalcante. Três mulheres e quatro homens compuseram os jurados.

Durante a acusação, o promotor de Justiça Dr. Antonio Vilas Boas desqualificou: o Laudo Cadavérico expedido pelo IML que considerou como ‘papeluche’, devido ao documento não apontar a causa-mortis de Kelly. Mesmo assim, por unanimidade, os jurados votaram pela condenação de Sandro.

Colaborou João Paulo Farias

Como dói essa dor...

Olívia de Cássia – jornalista

Essa dor que eu e minha família estamos sentindo, pela perda do meu irmão Petrônio José, na última sexta-feira, 6, é uma dor já sentida várias vezes, pela perda de outros entes queridos,  igual ou da mesma intensidade à dor de quando perdi meus pais.

Tenho a consciência de que a gente não entende os desígnios de Deus; só ele sabe o que é melhor para todos nós, mediante a dor e ao destino de cada um. Mas perder um irmão que era sempre presente em minha vida me causa um vazio enorme.

Dentro de mim existe um turbilhão de sentimentos: de saudade, de vazio, de me sentir tão pequena e impossibilitada de mudar o destino, que às vezes sou capaz de me sentir invisível. Nós não somos nada diante da vida e não levaremos nada dela, apenas as boas ações, como diria o poeta.

De que adianta ter orgulho, ser egoísta, valorizar bens materiais se quando chega aquela hora fatal todos nós somos igualados? Ver meu irmão sofrendo daquele jeito também me causava um desespero, sem poder fazer nada diante de tudo aquilo; fazia a gente se sentir incompetente, impotente, um nada.

Nesta terça-feira, 10, vai fazer 12 anos que também perdi minha mãe Antônia e minha vida ficou mais vazia, posto que já tinha perdido meu amado pai. Daquele dia em diante passei a me sentir mais sozinha, mas pelo menos eu avaliava que teria o conforto dos meus irmãos e o apoio moral que eu precisava, já que estava num período de transição da  minha depressão.

Mas me conforta saber ou pensar que Petrônio foi se juntar  a minha mãe dona Antônia e ao meu pai que tanto o amavam. Sei que vai passar muito tempo para que essa dor tão forte passe dentro da gente.

Depois ficarão apenas as boas lembranças, o sorriso dele, as histórias que teremos para contar das suas aventuras boemias quando tinha saúde, o ceticismo diante de fatos da vida e a conformidade diante da sua condição de cadeirante nos últimos anos.

Todos que conheceram o meu irmão sabem do bom coração dele, da boa vontade com os amigos e familiares, sempre solidário e disposto a ajudar de alguma forma, na medida do que pudesse fazer.

O legado que o meu irmão deixou foi de ensinamento de uma pessoa de coração puro, inconformado com as injustiças. Que Deus, na sua infinita bondade, reserve para ele um lugar de paz e de luz. Te amo, meu irmão.


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Médicos cubanos chegam a União dos Palmares

Por João Paulo Farias – Texto e Fotos
O município de União dos Palmares recebeu na tarde desta quinta-feira, 5, três dos quatro médicos do Programa Mais Médicos lançado pelo Governo Federal em julho deste ano. Os profissionais foram recebidos na prefeitura do município durante cerimônia que reuniu centenas de pessoas, entre autoridades e funcionários.

Apesar de falar pouco português, os médicos cubanos conseguiam entender bem as pessoas. O guia de turismo, Carlos Santos, fez uma tradução simultânea dando boas vindas aos médicos em espanhol.

A secretária de saúde, Carla Theresa, falou da importância de trazer os médicos estrangeiros para reforçar o quadro de profissionais no município. “O empenho do prefeito Beto Baía, que é médico, foi de extrema importância para a vinda deles, que irão reforçar a saúde de União”, disse.

Carla ressalta que é preciso que a população apoie os médicos. “os nossos profissionais da saúde e nossos médicos que trabalham aqui irão ajudá-los nesse novo desafio”, destacou a secretária.
O prefeito Beto Baía pediu também o apoio da população aos novos médicos. “Vamos dar um tratamento especial e trabalhar em parceria com os médicos locais; vou colaborar para o sucesso dos seus atendimentos e na melhoria da nossa saúde pública”, destaca.


Dr. Edwin de Cuba fala com os palmarinos.

O Dr. Edwin, 29, é formado em medicina há 05 anos e disse estar muito feliz nesse novo desafio, “Conto com o apoio e colaboração de todos vocês”, disse. Já para a Dr. Mileydy, esse é o segundo país que ela trabalha. “Já trabalhei por três anos na Venezuela e quero aprender muito com vocês”, disse.

Emocionado o Dr. Diosdelvi, que também trabalhou por três anos na Venezuela, agradeceu a recepção da população brasileira e ao Programa Mais Médicos.

Na cerimônia estiveram presentes três dos quatro médicos que irão trabalhar nas Unidades de Saúde do Povoado Laginha, Conjunto Newton Pereira e bairro da Vaquejada. O quatro profissional não pôde comparecer ao evento devido ter sofrido um assalto na capital do Estado, Maceió.









































 

Djavan traz o show 'Rua dos Amores' para o aniversário dos 198 anos de Maceió

Djavan concedeu entrevista coletiva
 na noite desta terça-feira (3)
Foto: Jorge Barboza

Dizendo-se mais próximo de Alagoas, cantor afirma que quer ajudar e que deseja que as visitas  à capital sejam mais frequentes


Jorge Barboza


Aniversário de Maceió, todo mundo celebrando nesta quinta-feira (5), no estacionamento do Jaraguá (região central da cidade), onde será realizada a comemoração que está sendo preparada pela prefeitura. Mas o bom mesmo – além, claro, das performances de artistas como o ator Ronaldo de Andrade e músicos como Carlos Moura, Eliezer Setton e Geraldo Cardoso – será o show do grande Hermeto Pascoal, logo seguido por Djavan.

Djavan deu entrevista coletiva nesta terça-feira (3), no hotel Radisson, na Pajuçara, e afirmou ao Alagoas Boreal que, sim, ele está disponível para vir a Alagoas sempre que for chamado, desde que a agenda de compromissos permita. “Eu quero influir nas coisas aqui em Alagoas, quero ajudar, se é que eu posso fazer alguma coisa”, disse o cantor e compositor que é, afinal, o maior nome da música alagoana.

Ele estreou a turnê “Rua dos Amores” em Maceió, no ano passado, e este ano já se apresentou na cidade, na casa de show Musique, com o mesmo show. Dessa vez, fará uma apresentação para o grande público maceioense, nesta celebração musical que está sendo organizada pela prefeitura, para comemorar os 198 anos da cidade.

“Concordo que estou mais próximo de Maceió. Eu busquei isso”, afirmou Djavan, respondendo à pergunta do site. “Eu tenho estado disponível para as pessoas que me procuram buscando a minha colaboração”, disse o cantor, referindo-se à possibilidade de se envolver com a cultura e com a música que é feita em Alagoas.

Na tarde de ontem, Djavan esteve no Teatro Deodoro, gravando cenas para um novo videoclipe – tudo devidamente registrado na página do artista no Facebook, que chegou a 2 milhões de curtidas. 
“Fiquei muito tempo longe de Maceió, mas estou cada vez mais próximo. Foi uma coisa que sempre busquei e estou conseguindo cada vez mais. Espero que minha vinda a Maceió se torne mais frequente.”

Quanto à cena musical alagoana, ele diz que acompanha tudo que chega às mãos dele. “Procuro ver e ouvir tudo. Gravar com artistas daqui seria um prazer imenso. Sou compositor e meu trabalho é sempre autoral. Mas essa possibilidade existe, será uma alegria.”

Entre as surpresas reservadas para o aniversário de Maceió, ele diz que incluirá a canção “Alagoas” no repertório do show. “Faz uns 20 anos que não canto essa música. Além do repertório do álbum ‘Rua dos Amores’, cantarei algumas canções antigas com arranjos novos, que é para contemporizá-las. Quero interagir bastante com o público.”

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

À procura de mim...

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

Andei num vale encantado
de muitas flores 
e águas cristalinas...
Na floresta encantada
eu procurei a pureza perdida, 
A promessa que não foi cumprida,
uma mão estendida
Um abraço apertado,
um beijo perdido...
Perambulei por ruas íngremes
da minha solidão encantada...
E não achei o objeto
dos meus sonhos,
Onde havia florestas
e pássaros que cantavam
Alegremente naquele dia...

À primeira vista

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

Eu te amei 
desde a primeira vez 
que eu te vi. 
Foi encantamento 
adolescente o que senti.
Ninguém podia imaginar
a intensidade
Daquele sentimento
que nascia em mim
Pela primeira vez.
Meus olhos te seguiam
Em toda a parte
e quando você partiu,
Levou um pedaço de mim
e tudo se transformou
em minha vida;
Eu tive que
reaprender a viver
Sem a tua presença,
sem o teu carinho...
Meu mundo
Desmoronou
e eu tive
Que reaprender
a caminhar,
sozinha.

À flor da pele

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

Minhas emoções 
vão surgindo,
À medida 
que o tempo passa
E fico só.
Idealizo você,
invento
Penso em ti,
como se você
já existisse
há anos
Em minha vida
Penso no tudo,
no nada.
Não fomos nada,
Não nos descobrimos.
Sentimentos á flor da pele.

Eu te procurei...

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

Eu te procurei
em cada canto do olhar.
Procurei em cada rua,
em cada paisagem,
Inutilmente.
Parece que tudo conspira
Contra a minha vontade
Impulsiva de encontrar você;
É melhor assim,
bem sei, bem sabes.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Mostra Sururu leva cinema alagoano para a praia de Pajuçara

Em sua quarta edição, evento será realizado pela primeira vez na Praça Multieventos


A Mostra Sururu de Cinema Alagoano acontece especialmente em 2013 na Praça Multieventos, entre os dias 6 e 9 de dezembro. Realizada pela Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas de Alagoas (ABD&C/AL), a mostra tem como objetivo estimular a produção do audiovisual alagoano.

Este ano a Sururu traz uma mostra competitiva com 22 filmes realizados em Alagoas além de debates a cerca do tema. Os trabalhos que irão competir a 4ª edição da Mostra Sururu foram selecionados entre 49 filmes inscritos, um recorde.

A comissão de seleção foi composta pelos membros do Cineclube Projeção. As peliculas concorrem em 11 categorias a soma total de R$ 18 mil em prêmios. Além do troféu Algás de Melhor Ficção e Melhor Documentário, também serão eleitos o melhor diretor; roteiro; ator; atriz; direção de fotografia; montagem; desenho de som, trilha sonora e direção de arte.

Os vencedores serão anunciados em cerimônia realizada no encerramento da mostra, dia 9 de dezembro.
Debates:

Em 2013 o evento promove três debates: Cinema e pensamento: o papel da crítica, da autocrítica e da reflexão na construção de um cenário audiovisual, no domingo (8/12) às 14h; O circuito de festivais e as janelas alternativas para o curta-metragem brasileiro, na segunda-feira (9/12), às 9h; A ABD&C e a representatividade de Classe no Audiovisual, também segunda-feira (9/12), as 15h.

As mesas serão realizadas no Centro Arte Pajuçara. A 4ª Mostra Sururu de Cinema Alagoano é realizada pela Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas de Alagoas (ABD&C/AL), a competição tem patrocínio da prefeitura de Maceió, da Algás, e apoio do Sesc Alagoas, AgênciaUm Comunicação e Cineclube Projeção.

Confira a programação completa da mostra abaixo:

1ª dia

Sexta-feira (6/12)
- Futebol na Terra da Rasteira, de Thalles Gomes Camelo (16m50)
- Brêda, de Trinny Alarcon (8m20s)
- Sol Encarnado, de Pedro da Rocha (20m)
- Lixo, de Paulo Silver (9m40s)
- Os Ratos não Descansavam, de Michel Rios (7m14s)
- Diários, direção coletiva (7m40s)
- Missi, de Lays Lins Calisto (7m15s)
- Hoje Não, de Wagner Sampaio (15m)
- Menina, de Maysa Reis e Amanda Duarte (9m43s)

2º dia

Sábado (7/12)
- Rua das Árvores, de Alice Jardim (20m)
- Jorge Cooper, de Victor Guerra (20m)
- Bendita, de Antonio Castro  (4m45s)
- Flamor, de Leandro Alves (14m16s)
- Criatura, de Nivaldo Vasconcelos (6m32s)
- Miss, de Alice Jardim e Lis Paim (2m30s)
- Matador, de Wladymir Lima (13m)
- A Lapinha de Dudé, de Walcler Mendes Junior (30m)

3º dia

Domingo (8/12)
- Maré Viva, de Alice Jardim e Liz Paim (20m)
- Salão dos Artistas, direção coletiva (12m45s)
- Mwany, de Nivaldo Vasconcelos (18m40s)
- O Vulto, de Wladymir Lima (20m)
- Ontem à Noite, de Henrique Oliveira (20m)
Mesas de Debates:
Domingo (8/12), às 14h
Local: Centro Arte Pajuçara

Cinema e pensamento: o papel da crítica, da autocrítica e da reflexão na construção de um cenário audiovisual. Participantes da mesa: Cid Nader (Cinequanon), Ricardo Lessa e Ranieri Brandão (Filmologia), Nuno Balducci e Ismélia Tavares (Cineclube Projeção).

Segunda-feira (9/12), às 9h
Local: Centro Arte Pajuçara

O circuito de festivais e as janelas alternativas para o curta-metragem brasileiro
Participantes da mesa: William Hinestrosa (Festival Internacional de Curtas-metragens de São Paulo, William Biagioli (Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba), Sérgio Onofre (Festival de Cinema Universitário de Alagoas) e Rafhael Barbosa (Semana do Audiovisual de Arapiraca - Seda)

Segunda-feira (9/12), as 15h
Local: Centro Arte Pajuçara
A ABD&C e representatividade de Classe no Audiovisual

Participantes da mesa: André Leão (atual presidente da ABD nacional), Hermano Figueiredo e Pedro da Rocha (ex-presidentes da ABD&C/AL), Henrique Oliveira (atual presidente da ABD&C/AL)

sábado, 30 de novembro de 2013

Colunista da Tribuna Independente, Barolomeu Dresch receberá Medalha Denis Agra, hoje


(Foto: Divulgação)

Olívia de Cássia – Repórter

O jornalista Bartolomeu Dresch, colunista político da Tribuna Independente, será homenageado neste sábado, 30, com a Medalha Denis Agra, na entrega do Prêmio Braskem de Jornalismo, que acontece na casa de eventos Pierre Chalita.

 A solenidade, terá início às 21 horas e vai reunir cerca de 700 convidados, entre profissionais da imprensa, estudantes de jornalismo, empresários da comunicação e autoridades.

A homenagem ao jornalista da Tribuna é um reconhecimento da categoria à vida profissional, à retidão de caráter e ao esforço pessoal dedicado por ele à luta e à organização da categoria.

Com 35 anos de jornalismo no Estado e tendo participado de pelo menos quatro diretorias do Sindicato dos Jornalistas (Sindjornal), o jornalista gaúcho radicado na Terra dos Marechais conta que é uma honra receber a homenagem.

“Para mim é uma honra receber esta homenagem; tive a oportunidade de trabalhar com Denis Agra, de participar da diretoria da entidade na sua gestão, e de ver a luta dele pelo jornalismo ético e democrático”, observa.

Com tantos anos de batente e tendo na bagagem matérias que foram destaque e que repercutiram muito no Estado, Dresch avalia que é um privilegiado. Entre os trabalhos mais relevantes ele aponta duas séries de textos de sua autoria, sobre a questão do petróleo, que foram publicadas na imprensa alagoana: uma na década de 70, no Jornal de Alagoas e outra série, na década de 80, na antiga Tribuna de Alagoas.

“Sou um privilegiado; tive a oportunidade de trabalhar quando o jornalismo ainda era a chumbo e linotipo e hoje, onde a tecnologia está avançada: essa mudança é uma coisa que vai ficar marcada na minha geração”, pontua.

O jornalista avalia que a categoria teve, durante esses anos, ganhos significativos: “Vivi  uma fase de censura, numa ditadura, onde lutávamos por mais liberdade e melhores salários. Hoje temos isso, mas não significa que não tem nada mais para fazer: os meios de comunicação estão nas mãos de políticos, que ganham concessão; temos um sindicato forte, uma categoria unida, e temos muito o que fazer”, ressalta.

Mesmo não estando mais na diretoria do Sindicato, Dresch é membro da Comissão de Ética e explica que nunca deixou de participar das lutas dos jornalistas alagoanos, nem de frequentar a Casa da Comunicação: “Isso me coloca numa posição de participação”, conta o gaúcho.

Prêmio teve 228 trabalhos inscritos

Mais de 80 jornalistas de Alagoas aguardam com ansiedade o resultado do Prêmio Braskem de Jornalismo, neste sábado. Realizado pelo Sindicato dos Jornalistas e a Braskem, o prêmio voltou a contar este ano com uma comissão julgadora de renomados profissionais, de Alagoas e de outros estados.

Esta é a 24ª edição do Prêmio Braskem de Jornalismo. Criado em 1989, com o patrocínio da Salgema Indústrias Químicas – atual Braskem, ele é considerado o “Oscar” do jornalismo alagoano. Na edição deste ano participam mais de 80 jornalistas, ligados a 15 veículos de comunicação e a algumas instituições que possuem assessoria de imprensa. Ao todo foram inscritos 228 trabalhos.

O Prêmio Braskem de Jornalismo 2013 premiará os autores das melhores reportagens produzidas em Alagoas entre outubro de 2012 e novembro de 2013, além de trabalhos estudantis e de assessoria de imprensa.

Participam repórteres, editores, produtores, diagramadores e outros profissionais da área do jornalismo. Eles atuam na TV Gazeta, Tribuna Independente, TV Pajuçara e Gazeta de Alagoas, entre outros veículos. A empresa com mais trabalhos inscritos será agraciada com um troféu.

Os jornalistas concorrem em onze categorias: Reportagem de TV, Reportagem Impressa, Fotografia, Diagramação, Webjornalismo, Informação Esportiva, Informação Econômica/Política, Informação Cultural/Turística, Radiojornalismo, Reportagem Cinematográfica e Assessoria de Imprensa. Estudantes de jornalismo concorrem na categoria especial Prêmio Freitas Neto.


O vencedor de cada categoria receberá troféu e uma premiação em dinheiro. Serão distribuídos R$ 39.500 com os ganhadores, incluindo o vencedor da categoria principal, que é o Grande Prêmio Braskem de Jornalismo.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Falta de interesse e questão financeira podem gerar desinteresse por seguro residencial

Foto: Adailson Calheiros 
Olívia de Cássia – Repórter

Por falta de interesse, não ter o hábito ou por questão financeira, muitos alagoanos ainda não têm o seguro residencial e deixa de usufruir as vantagens de sua cobertura. Segundo Adalmo  de Medeiros Júnior, proprietário da corretora de Seguros Discreta, em Alagoas pouca gente procura o seguro residencial, porque, segundo ele, em Maceió não tem esse hábito.  “Apenas nos condomínios fechados isso acontece com alguma frequência. Em dois anos o aumento foi de 15%, não cresceu mais do que isso”, informa.
Adalmo de Medeiros destaca que tem 28 anos de mercado nesse ramo e durante esse tempo no Estado, se ele fez 100 clientes foi muito. “Não teve sinistros de roubos em residência de algum segurado cliente meu: não temos estatísticas, porque não é todo mundo que tem o hábito de seguro residencial em Alagoas, diferente do Sul”, ressalta.
O corretor disse à reportagem que o que aumentou no Estado foi a procura pelo seguro de automóveis, por conta dos altos índices de roubos e arrombamentos e também o seguro empresarial, que é obrigatório.  “Em Maceió rouba-se cerca de 350 carros por mês, o maior índice do Nordeste”, avalia.
Ele destaca que a Rua Gonçalves Dias, no Farol, onde fica sua empresa, todos os prédios já foram arrombados. “Muita gente não sabe, mas um seguro residencial cobre problema de encanamento na residência, danos causados por incêndios, queda de raios e explosão causada por gás empregado no uso doméstico e suas consequências, tais como desmoronamento, impossibilidade de proteção ou remoção de salvados, despesas com combate ao fogo, salvamento e desentulho do local”, explica.
O empresário observa ainda que no seguro residencial pode haver outras coberturas, como, por exemplo, “as que indenizam danos decorrentes de incêndios provocados por explosão de aparelhos ou de substâncias de qualquer natureza ou decorrentes de outras causas como terremoto, queimadas em zona rural, vendaval, impacto de veículos, queda de aeronave, danos elétricos”, dentre outros itens.
O corretor  pontua que para o seguro cobrir qualquer problema apresentado, o segurado tem que provar, por meio de um Boletim de Ocorrência e levantamento de todos os objetos que possui, por meio de notas fiscais. “Se alguém entra na minha empresa e leva um computador ou outro objeto, tem que ter a nota fiscal para o seguro cobrir; da mesma forma é em uma residência”, descreve.
Sindesg pensa diferente e diz que seguro residencial tem crescido em Maceió
O presidente do Sindicato das Seguradoras de Alagoas (Sindesg), Armando Carvalho, quando entrevistado pela reportagem mostrou que tem outra visão sobre o assunto: disse  que a  procura pelo seguro residencial tem crescido em Maceió e que os alagoanos estão se precavendo mais.
Esse crescimento, segundo ele, no último ano, foi de cerca de 60%. “O fator custo torna mais evidente as vantagens em se contratar um seguro residencial, pois podemos considerar que seu custo varia de cinco a nove vezes menor em relação ao seguro de automóvel, proporcional ao bem segurado”, observa.
Segundo Armando Carvalho, esse resultado se dá: primeiro pela maior informação por parte das seguradoras e corretoras aos seus clientes e a natural comparação de custo-beneficio feita por eles. “Comparando com o que se paga por um seguro de veiculo, o risco nesse segmento é  muito menor”, destaca.
O presidente do Sindesg ressalta que o seguro residencial é essencial,  “principalmente, pelo alto número no crescimento de assaltos a residências e por conta da insegurança que assola a nossa sociedade”.  Segundo ele, as coberturas principais contratadas são: a básica Incêndio;  explosão e fumaça;  danos elétricos;  impacto de veículos; quebra de vidros; subtração de bens, vendaval, queda de granizo, responsabilidade civil familiar, perda de aluguel e desmoronamento.
“Muita gente não sabe, mas as seguradoras também oferecem assistência 24h à residência segurada: para chaveiro, encanador, eletricista, concerto de fogão, geladeira, microondas, e tem até consulta a Pet Shop para os cães”, pontua.
Segundo a Superintendência de Seguros Privados, vinculada ao Ministério da Fazenda, houve um aumento do seguro residencial de 57%, de janeiro de 2012 a agosto de 2013. “Em Alagoas foi pago em seguro residencial, em janeiro de 2012, R$ 416,051 e em agosto de 2013, R$ 645.835”, diz a superintendência.
Roubos e arrombamentos de residências de classe média aumentaram no Estado
A reportagem conversou com o delegado Alcides Andrade, da Delegacia de Roubos e Furtos e ele disse que apesar de a polícia ter intensificado as operações e prendido muitos arrombadores de residências, ainda há muitos soltos no Estado. “Estamos numa guerra urbana, prendemos nesses quinze dias diversas quadrilhas, houve uma diminuição nessa modalidade, mas ainda tem muitos bandidos soltos. Eles procuram nas residências objetos de valor como joias; dinheiro e atuam mais em bairros de classe média como a Gruta, Pinheiro e Sanatório”, conta o delegado.
Alcides Andrade avalia que a maioria dos alagoanos não tem o seguro residencial porque não conhece os benefícios que ele proporciona.  “Os ladrões têm a cultura de que a casa é o lugar mais adequado para encontrar o objeto que estão procurando e é por isso que as pessoas devem ficar mais atentas quando forem sair de casa e na volta: ficar observando se a rua é pouco movimentada, não guardar objetos de valor em casa, como joias e grande quantia em dinheiro e, se a pessoa tiver condições financeiras, colocar câmeras de filmagens”, ressalta o delegado.
SDS
A reportagem tentou por duas semanas obter a estatística da Secretaria de Defesa Social do Estado (SDS) sobre os números de roubos e arrombamentos a residências em Maceió e no Estado, mas, por telefone, a assessoria informou que “os dados não estão consolidados de roubos e furtos a residências, porque o setor de estatística da instituição está sendo reestruturado” e que “não tem  números que possa divulgar”.

Pragas urbanas afetam a saúde e causam prejuízos à população

Olívia de Cássia – Repórter

As pragas urbanas afetam a saúde das populações e podem causar muitos prejuízos financeiros. Ultimamente algumas cidades estão sendo invadidas por algumas delas  e  segundo alguns especialistas procurados pela reportagem do blog, o fato se dá pelo desequilíbrio ambiental.
Luis Cláudio e Cícero da Silva são sócios em uma empresa de dedetização em Maceió e observam que as pragas mais comuns no verão nas cidades pela ordem, são: cupins, baratas, formigas, pombos (em qualquer época do ano), pixilingas, carrapatos, escorpião, pulga e morcegos.
Para fazer o tratamento para matar os cupins, por exemplo, que se proliferam muito mais no verão, eles contam que fazem uma barreira química e que cada praga é um procedimento específico.  Eles observam que os cupins não causam mal à saúde, mas causam transtornos sérios.  “O desequilíbrio do meio ambiente é o que causa o aumento das pragas. No caso do cupim, o habitat dele é o solo e eles criam uma subcolônia (em árvores) e fazem o intercâmbio para se reproduzirem. Uma fêmea coloca de sete mil a 25 mil ovos por dia”, explica.
 “Além das formas jovens de cupins, existem duas categorias de indivíduos adultos: a primeira constituída por reprodutores alados (machos e fêmeas), conhecidos como siriris ou aleluias, que voam para se acasalar (principalmente na primavera, clima quente e úmido) e são responsáveis pela formação dos cupinzeiros. A segunda categoria compreende as formas ápteras (sem asas), de ambos os sexos, porém estéreis (operários e soldados)”, destaca Luís Cláudio.
Segundo o técnico, a alimentação dos cupins consiste basicamente de celulose, encontrada em papéis e madeiras e para obtê-la eles atravessam materiais como: borracha, alvenaria, concreto, fios elétricos e telefônicos, plástico, gesso, causando incêndios e danos em geral, que muitas vezes poderiam ser  evitados quando  detectados a tempo e utilizando-se uma profilaxia específica.
 Ratos são ameaças e perigo ao ser humano

Os ratos, apesar de se manifestarem em qualquer época do ano devido ao acúmulo de alimentos e de sujeira, no inverno se proliferam mais. Segundo os técnicos entrevistados pela reportagem, a utilização de produtos com efeitos letais imediatos, além de ser letal trazendo riscos para o ser humano, “não propicia a diminuição de roedores em uma área, e sim, inverte o efeito desejado aumentando a população existente, visto que uma colônia de ratos procura sempre manter um número limite de indivíduos”.
Segundo Luis Cláudio, os ratos possuem neofobia (fobia ao novo) e enviam os indivíduos doentes mais idosos ou mais novos para testar um alimento novo introduzido em seu ambiente. “A morte instantânea de um deles avisa aos demais do perigo daquele alimento, fazendo com que os outros o evitem e com que as fêmeas gerem novas crias para restabelecer o equilíbrio do número de indivíduos na colônia”, ensina.
 As novas crias, segundo o técnico, em número maior ao de indivíduos permitidos, disputam o lugar vago, onde os perdedores que conseguem escapar da morte, fogem daquele território e vão habitar as áreas vizinhas, estabelecendo novas colônias.
“Por isso uma intervenção humana em áreas infestadas por roedores, tem necessariamente que ser decisiva e completa. Uma intervenção errônea pode ter efeitos desastrosos, assim o combate aos roedores deve ser feito de forma racional, técnica e completa, pois uma falha nesse trabalho pode conduzir a situações futuras de solução difícil e onerosa”, reforça.  
MANIPULAÇÃO E USO
Luís Cláudio conta que para fazer o trabalho de controle de pragas eles usam produtos sem cheiro e antialérgicos: todos liberados pela Vigilância Sanitária e pelo Ministério da Saúde, para não causar nenhum transtorno.
 “A manipulação de produtos químicos são de alta importância para nossos serviços, com registro no Conselho Regional de Química obtemos equipe especializada no combate a pragas urbanas com resultados no controle de baratas, cupins, brocas, formigas, escorpião, carrapatos, moscas, pulgas e ratos”, descreve.
Para o controle da praga de morcegos, Luís Cláudio observa que é proibido colocar produto para matá-los, senão serão processados. Segundo ele, esses animais procuram sempre os locais mais escuros da casa, entre a laje o telhado. “A gente não pode matar os morcegos, orientamos os proprietários dos imóveis que os locais onde eles costumam frequentar sejam iluminados, para espantá-los”, conta.
 Os técnicos consultados pela reportagem destacam que em todos os bairros de Maceió há problemas de pragas urbanas. “Locais com resto de construção são propícios para juntar escorpiões, que podem causar a morte de uma criança de zero a três anos de idade, porque possui pouca massa cefálica e têm menos imunidade”, observa José Cícero.
O serviço de um técnico de dedetização para controle de pragas, em residências, custa de 160 a 180 reais. Nas empresas esse custo é maior. “A gente faz o orçamento sem compromisso no local, depende do tamanho, que tipo de serviço vamos fazer e dependendo do problema detectado nós damos o preço”, conta

Pombos são considerados  ratos de asas
Foto: Olívia de Cássia
 Dorival Filho faz treinamentos com gaviões
para captura de pombos e pardais
Os sócios e técnicos da empresa de dedetização entrevistados pela reportagem contam que são chamados também para fazerem a limpeza em caixas de ar-condicionado de apartamentos, devido à sujeira deixada pelos  pombos, que ficam alojados nesses locais e transmitem doenças pelas fezes e pelas pulgas (as chamadas pixilingas).
“Os pombos são considerados pelo Ministério da Saúde como ratos de asas e podem transmitir várias doenças às populações urbanas”, explica Luís Cláudio. Para combater a população de pombos no Estado, tem  aumentado a procura de algumas empresas pela falcoaria, que é o treinamento de gaviões, para capturar essas aves.
A falcoaria ou cetraria é a arte de criar, treinar e cuidar de falcões e outras aves de rapina para a caça. Em outra oportunidade, conversamos com Dorival Filho, treinador e proprietário de uma empresa em Maceió que faz treinamentos dessas aves para captura de pombos e pardais.
Na empresa de Dorival Filho, os gaviões são treinados para o controle de fauna nociva (pombos) no Porto de Maceió, na Santa Casa de Misericórdia e no Moinho Motrisa. Segundo o treinador, os gaviões capturam pombos e pardais e qualquer outro animal que sejam treinados para caçar.
 “Cada animal que o gavião caça é resgatado pelo treinador, que dá uma recompensa ao animal (comida). “Os animais capturados pelos gaviões são entregues ao Ibama (Instituto Brasileiro do meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) para que dê o destino final.
Segundo a coordenadora da Vigilância Epidemiológica no Estado, a instituição não trabalha com pragas de verão. Cleide Moreira observa que “são consideradas pragas urbanas também as mariposas, grilos, pulgas, mas nós não trabalhamos com esse tipo de vetor”, observa.
 Praga de grilos incomodou várias cidades do Sertão
No mês de setembro, em vários municípios do Estado, principalmente no Sertão, os grilos invadiram as cidades. Em Arapiraca, segundo o gerente de vendas de caminhões  Jaime Calheiros, eles infernizaram a vida da população, por vários dias.
Jaime conta que os grilos incomodavam tanto nos banheiros das casas, nas paredes da fachada das casas e a única saída para os moradores era fechar as portas. O morador  informou que até o novo shopping de Arapiraca foi infestado pelos grilos, mas observou que no seu caso não procurou o setor de vigilância sanitária para resolver o problema.
Segundo os técnicos consultados pela reportagem, nesse período a demanda pelos serviços de dedetização na capital aumentam.  

Vai melhorar

Olívia de Cássia Cerqueira   Todos os dias, procuro repetir esse mantra. “Vai melhorar, tem que ter fé”. Sei que pode ser clichê para mu...