quarta-feira, 29 de junho de 2011

Comissão convoca imprensa para divulgar balanço das atividades

Fonte: Ascom/ALE

Os deputados que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da TIM convidam a imprensa alagoana para uma coletiva a ser realizada nesta quinta-feira, 30, às 10 horas, na Sala das Comissões da Assembleia Legislativa.

A coletiva tem como objetivo divulgar o balanço acerca das investigações realizadas pela CPI, bem como o calendário de atividades, e apresentar o caminho pelo qual a sociedade pode participar e contribuir com o sucesso da Comissão.

A CPI da TIM, presidida pelo deputado Ricardo Nezinho (PT do B), foi criada pela Assembleia Legislativa para investigar falhas nos serviços oferecidos pela operadora TIM.

“Estamos convocando a imprensa para essa coletiva, a fim de prestarmos conta dos andamentos da primeira etapa da CPI”, disse Nezinho, destacando a importância da presença de toda a imprensa alagoana e também dos parlamentares.

A comissão é composta ainda pelos deputados Sergio Toledo (relator - PDT), Gilvan Barros (PSDB), Dudu Holanda (PMN) e Ronaldo Medeiros (PT).

Canção das mulheres

Autora: Lya Luft

Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.

Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.

Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.

Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.

Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.

Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.

Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.

Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo ''Olha que estou tendo muita paciência com você!''

Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.

Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.

Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.

Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher".

terça-feira, 28 de junho de 2011

Deputados aprovam LDO para 2012

O Projeto de Lei, de autoria do Poder Executivo, foi aprovado em primeira e segunda votações após um curto intervalo de tempo para “entendimento de lideranças”

Vanessa Alencar - Alagoas24Horas - Texto e foto


O que era esperado somente para a próxima quinta-feira, 30, aconteceu na tarde desta terça-feira, 28, na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE), quando os 22, dos 23 deputados presentes à sessão aprovaram a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2012. Com a aprovação da LDO, os parlamentares já podem entrar em recesso a partir do dia 30 deste mês.


O Projeto de Lei, de autoria do Poder Executivo, foi aprovado por unanimidade em primeira e segunda votações após um curto intervalo de tempo para “entendimento de lideranças”, solicitado no começo da sessão pelo deputado Dudu Holanda ( PMN).


Antes da primeira votação, o deputado Maurício Tavares (PTB) frisou que estava satisfeito por garantir, na matéria, o Plano de Cargos e Carreiras (PCC) dos servidores do Poder Legislativo.


Já durante a segunda votação, o deputado Antônio Albuquerque, criticou a tramitação da LDO, que recebeu 11 emendas parlamentares, na Casa de Tavares Bastos.


"Desconheço o alcance das emendas apresentadas ao projeto. Faço questão de colocar isso no plenário. É uma das matérias mais importantes para o Estado, pois representa uma maneira de ajuste nas contas públicas, mas infelizmente não tive a oportunidade de discuti-la no seu nascedouro", afirmou Albuquerque.


O parlamentar acrescentou que pensou em pedir o adiamento da matéria, mas não o fez para não parecer se tratar de uma posição pessoal sua, em detrimento da unanimidade do plenário.


A LDO, que projeta o Orçamento do Estado para 2012, foi discutida em audiência pública realizada na quarta-feira passada, na ALE. Encaminhada ao Poder Legislativo no dia 15 de maio, o projeto de lei tramitou durante dez sessões ordinárias para recebimento de emendas.


A Câmara Municipal de Maceió também deve votar, na próxima quinta-feira, durante a segunda edição do Parlamento na Praça, a LDO municipal.
Fonte: Com Sessão Pública

O que será melhor?

Olívia de Cássia – jornalista

Quando a gente envelhece volta a ser criança em algumas situações da vida e as pessoas passam a nos ver como se fôssemos dementes (e às vezes ficamos mesmo.

Existem problemas nessa faixa etária que deixam o idoso vulnerável, mas não é todo mundo que perde a capacidade do raciocínio lógico tão rápido. É verdade que ficamos mais lentos no pensar e no agir, devido às limitações do corpo e da alma, é o curso normal de todos nós.

Outro dia eu comentava com amigos que o mercado de consumo lançou o rótulo ‘melhor idade’ para a velhice, para gente que já viveu tantos e tantos anos. Na faixa dos 60 em diante, algumas pessoas estão sozinhas, aposentadas e é um nicho onde o mercado de consumo investe com oferecimento de produtos onde enxerga um longo consumo. Ainda não cheguei lá, mas falta pouco.

Quem tem condições financeiras de viajar, de conhecer pessoas e lugares diversos, é uma grande oportunidade para investir nisso. O que não dá para absorver é esse rótulo de que essa é a ‘melhor idade’ para se viver, não precisa ‘tapar o sol com a peneira’.

A gente pode dizer, sim, sem sombra de dúvida, que a melhor idade para se viver é o presente, mas o bom mesmo é quando a gente tem saúde, juventude, disposição e alegria para levar a vida e isso acontece na adolescência e na juventude, quando a gente está cheio de sonhos, de vontade de transformar e mudar o mundo.

Ainda tenho muitos sonhos e essa vontade de mudar o mundo, tal qual aquela menina nascida em União dos Palmares e vista com estranheza por algumas pessoas mais velhas, só que de forma diferente de antes.

O ângulo e o foco de agora mudaram. Quando a gente é jovem não se importa com opiniões e consequências. Nada interessa muito nessa fase da gente. Quando vem a maturidade, a gente vai ponderando e vendo tudo com outros olhos: “Ou não”, como diria Caetano.

Comigo aconteceu assim: descobri depois de anos passados, que o bom humor é fundamental para que a gente encare os problemas da vida. Já fui muito zangada, mal humorada e com a autoestima lá em baixo.

Hoje em dia eu já amenizei muita coisa, apesar de ainda precisar aprender muitas lições da vida. Encarar as situações com mais suavidade e disposição é a melhor maneira de se viver, avalio eu, agora, mesmo que o universo conspire contra nós.

Observando tudo dessa forma, parece até que já estou seguindo essa orientação de vida. Não é isso. Minhas constatações são das experiências vividas, das vivências do cotidiano. Tento não ser tão cruel comigo.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Sindicato realiza forró dos jornalistas

Olívia de Cássia – jornalista
(Foto: Olívia de Cássia)


A categoria arrastou o pé no sábado, 25, na casa de festas Chez Marrie, no Sítio São Jorge. Apesar de ter dado um probleminha no som, a festa foi animada, com muita descontração e comidas típicas.

Na oportunidade, a nova diretoria do Sindjornal, captaneada pela jornalista Valdice Gomes, tomou posse, sem cerimônia burocrática. Também a Comissão de Ética da categoria romou posse no evento, que varou a madrugada do sábado.

ANIVERSÁRIO

No próximo dia 10 de julho, a Tribuna Independente, principal produto da Jorgraf –Cooperativa de Jornalistas e Gráficos de Alagoas, completa quatro anos de circulação.

A data será comemorada: no dia 4, com um café da manhã para os parceiros e convidados, no pátio da empresa e no dia 10, c9om um churrasco para os cooperados e convidados.

domingo, 26 de junho de 2011

Crônica junina


Olívia de Cássia – jornalista


No dia de São João, a única coisa que lembrou que era festa junina foi a programação da televisão, que depois da novela das nove exibiu o programa Globo Repórter sobre esse tema, que por sinal foi excelente. Afora isso, tudo era silêncio na rua onde moro.

Foi muito pior do que na véspera de São João. Os moradores se recolheram logo cedinho em suas casas. Certamente no interior foi diferente. Ouvi um barulho à meia noite, era o vigilante que gritava para uma vizinha abrir a porta para o gatinho.

Liguei o rádio na Rádio Educativa FM, como faço todos os dias e ouço gostosas músicas regionais. Pelo menos os bons forrós me levaram à Praça Basiliano Sarmento e em pensamentos vou lá, revejo os queridos amigos se divertindo, batendo gostosos papos e saboreando guloseimas diversas.

E vou mais longe nos forrós do Santa Maria Madalena, às nossas quadrilhas estilizadas, as fogueiras na Barriguda, Rua da Ponte, o forró da Palmarina e volto para a Praça Basiliano Sarmento.

Alceu Valença me remete mais uma vez ao meu amigo que já se foi e que tanto apreciava suas músicas. Fosse em Campina Grande onde estudava, fosse em União, nas farras e brincadeiras que fazia.

Quanta beleza tem a nossa música nordestina, nossa região. Da agricultura, à culinária e às manifestações culturais é uma riqueza só.

O Globo Repórter mostra a fartura da agricultura nessa época do ano, no Sertão. Muito milho, feijão de corda, carne de bode e outros produtos mais. Vendo essa linda matéria a gente fica pensando que poderia ser assim o ano todo, com muita fartura para o povo da roça.

Assim, não existiria o êxodo rural para as grandes cidades e talvez a miséria e a violência no País não fossem tão acentuadas.

A reportagem também contou a história de uma família da Paraíba, cujo o pai migrou para São Paulo e há 20 anos não voltava à terra natal. Os filhos do moço não conheciam nada da terra do pai. E viajaram para conhecer e rever familiares no Nordeste.

Esta é uma história que remete à vida de muitos nordestinos que, em busca de uma vida melhor para si e a família, embarcaram para São Paulo, Rio, Paraná e outros estados do País; uma história de vida que nem sempre dá certo, mas que faz parte do roteiro de muitas vidas no Brasil.

Tenho exemplos na minha família de muitos parentes que fizeram isso. Felizmente, a maioria conseguiu dar um rumo à vida, diferente de muita gente que se aventurou e não deu certo.

Eu sempre tive o temperamento de criar raízes à terra, nunca tive vontade de me aventurar nessas jornadas para tentar a vida lá fora. Apenas uma vez aos 20 anos, quando fui ao Rio de Janeiro.

Fiquei lá por quatro meses, depois de uma reprovação no vestibular, em busca de novas perspectivas de vida, mas precisei voltar por motivo de saúde de uma prima e lá não voltei mais.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

É São João!

Olívia de Cássia – jornalista

Nem parecia que era véspera de São João, ontem. Tudo mudou. Em Maceió, há anos atrás, as ruas do Centro, Prado, Ponta Grossa se enfeitavam para comemorar o São João nos arraiás erguidos pelos moradores. Hoje em dia não tem nada que lembre a data na região. Poucas ruas se enfeitaram para as festas juninas no Centro.

O São João da capital alagoana se resume a Jaraguá e ao Benedito Bentes, onde a prefeitura organizou ótima programação. Mas nos dois casos a juventude é quem vai tirar proveito disso, porque para os mais velhos, fica difícil ir numa festa dessas, é muito tumulto.

Toda aquela alegria e movimento do passado em quase todas as ruas ficaram apenas na minha doce lembrança, principalmente as da minha infância e juventude em União dos Palmares.

Há quem diga que viver muito de memórias é um perigo, mas eu, ultimamente, vivo mais dos bons e velhos momentos passados, do que das atribulações do presente, que são enormes. Mas, voltando às comemorações das festas juninas, tudo ficou para trás, mesmo.

Até na Vieira Perdigão, rua onde tenho residência em Maceió, o povo não se animou. A única coisa feita foi a decoração da rua. Antes, a gente fazia churrasquinho e se reunia para bater papo, tomar uma cervejinha.

Ontem, apenas uma fogueira foi feita, de fato, e pequena, na rua. Os mais novos, em sua maioria, foram para Jaraguá, local onde se concentraram as festas na parte baixa da cidade.

Desde o Carnaval que algo aconteceu comigo. Uma tristeza imensa, desânimo me impedem a alegria e disposição que eu tinha para festas e brincadeiras, acho que por conta dessas dificuldades vividas agora.

Minha distração, além do trabalho, tem sido a leitura, meus cães e meus gatos, já que em casa estou no movimento dos sem-nada: sem tecnologia e sem um monte de coisa.

Meus filhotes ‘entendem’, em silêncio, minhas preocupações. É como se o tempo todo quisessem me dizer: “Não se preocupe, estamos aqui lhe apoiando”. Nada me anima, a não ser a leitura e a companhia deles.

Dá uma angustia danada a gente perceber que, com 22 anos de profissão, hoje me encontro nessa decadência material toda. Tanta gente que começou um dia desses na profissão e já está em outra situação, diferente da minha. E me ponho a perguntar: Por que para mim tudo é sempre mais emperrado?

Mas eu não tenho do que reclamar, eu sei que a culpa disso é minha mesmo, fruto das minhas escolhas, que nem sempre foram as mais acertadas. Mas a essa altura da minha vida, não tem mais jeito não. A solução é eu ir me acostumando com isso, mesmo que me cause tanta atribulação.

No mais, é desejar que todos tenham um bom São João e que as festas de São Pedro sejam divertidas e em harmonia. Fiquem com Deus.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Assembleia aprova aumento de 7% para servidor estadual

Foto: Ascom/ALE
Fonte: Milena Andrade e Josenildo Törres - Tudo na Hora

Em segunda votação e por unanimidade, a Assembleia Legislativa do Estado (ALE) aprovou na tarde desta quarta-feira (22) o reajuste salarial de 7% para os servidores públicos estaduais. O aumento, retroativo ao mês de maio, será pago em uma folha suplementar, após a lei ser sancionada pelo governador Teotonio Vilela Filho (PSDB).

O reajuste será aplicado integralmente, conforme prevê o acordo firmado entre o Governo do Estado e os sindicatos. A aprovação põe fim a uma briga que se arrastou por quase dois meses e foi marcada por protestos violentos. A discussão começou em abril, quando o governador anunciou a implantação de uma política salarial para o funcionalismo.

Política que teria como base a reposição das perdas salariais, tendo como referência o IPCA. O aumento seria aplicado em duas vezes, sendo a metade no mês de maio e a outra em novembro. A partir daí seguiram uma série de manifestações dos movimentos sindicais, alguns marcados por atos de vandalismo, como o episódio da tentativa de invasão do prédio da ALE, a depredação do Palácio República dos Palmares e o atentado contra o Quartel da Polícia Militar.

Segundo a Secretaria de Gestão Pública (Segesp), o impacto na folha de pagamento do funcionalismo será de cerca de R$ 10 milhões por mês. A folha suplementar retroativa aos meses de maio e junho será paga em julho, mas a data ainda será anunciada pelos técnicos da Segesp.

Conquista dos servidores


Para a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal), Célia Capistrano, a aprovação do reajuste de 7% para todos os servidores públicos foi uma “conquista”. No entanto, a sindicalista vê com “estranheza” o fato de o projeto de Lei não contemplar “a Política Salarial de 2012”, como teria se comprometido o Governo do Estado.

“Queremos saber do governador o que houve, pois o texto do projeto não traz nenhuma alusão à política salarial para o próximo ano e essa item da pauta reivindicatória ficou acordo”, frisou Célia Capistrano. O Tudo na Hora contactou o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Isac Jackson e o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindipol), Carlos Jorge, mas eles não atenderam os seus telefones celulares.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Projeto de lei sobre reajuste de servidores chega à Assembleia

(Foto: Assessoria)
Matéria foi lida em sessão plenária e agora seguirá rito regimental, submetida à avaliação pelas comissões da Casa; LDO será debatida nesta quarta


Gazetaweb - com Bruno Soriano



O projeto de lei de autoria do Governo do Estado e que versa sobre o reajuste salarial de 7% para o funcionalismo público, em somente uma parcela e retroativo ao mês de maio, já está na Assembleia Legislativa de Alagoas, onde deverá ser aprovado nos próximos dias, após apreciação das matérias pelas comissões permanentes da Casa de Tavares Bastos, seguindo o que prevê o regimento interno. Com isso, a previsão é a de que o projeto chegue ao plenário, para votação pelos deputados, somente na próxima semana.

Quando aprovado, o projeto será reencaminhado ao Executivo, para que o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) possa então sancioná-lo.

Também na sessão desta terça-feira (21) - que contou com a presença de 17 deputados -, o presidente da Comissão de Orçamento da Casa, deputado Gilvan Barros (PSDB), utilizou a tribuna para lembrar que a Assembleia debaterá, em sessão pública a partir das 13h30 desta quarta-feira (22), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) - que estabelece as diretrizes à elaboração do Orçamento para o exercício financeiro de 2012.

A data e horário da sessão que também deverá contar com a participação da sociedade civil organizada foi motivo de polêmica, por se tratar de uma véspera de feriado religioso (Corpus Christi) - o que poderá fazer com que muitos se ausentem, em virtude do ponto facultativo, no funcionalismo público (municipal e estadual), nesta sexta-feira (24).

Impasse

Isso porque o horário - antes do início da sessão ordinária desta quarta - teria sido uma sugestão do secretário de Estado do Planejamento e Desenvolvimento Econômico, Luiz Otávio Gomes, em virtude de sua atribulada agenda. Contudo, a adequação da Assembleia à disponibilidade do secretário foi alvo de críticas pela oposição.

O deputado Judson Cabral (PT), por exemplo, afirmou temer pela escassez do tempo. "Espero que este encontro não fique condicionado à agenda dos secretários", alfinetou Cabral, defendendo uma intensa participação popular. Em aparte ao discurso do petista, o líder do Governo na Assembleia, deputado Edival Gaia Filho (PSDB), garantiu que o horário não foi uma 'exigência' do secretário. "O motivo foi a ocupação do plenário no período da manhã desta quarta-feira", justificou.

Da tribuna, ainda com a palavra, Judson Cabral reconheceu que o projeto dos 7% representa um avanço, destacando, contudo, a necessidade de o Governo cumprir outros acordos que fizeram com que as categorias aceitassem o reajuste. "Isso vai corrigir uma série de problemas que têm ocorrido. Esta Casa não será óbice. Não tenho dúvida de que ainda amanhã, com a contribuição das comissões, possamos colocar este projeto em votação", comentou o deputado.

Judson se reportou às reivindicações das categorias, afirmando esperar que o Executivo disponibilize uma mesa permanente de negociação. "Afinal, o acerto não se limita ao reajuste. É preciso se verificar a progressão das tabelas, principalmente no que diz respeito à Educação. Mediante este compromisso foi que os setores aceitaram acabar com o movimento grevista", recordou.

Braskem

Também nesta terça, o deputado Dudu Hollanda (PMN) pediu a palavra para informar que a Comissão de Fiscalização e Controle estará se reunindo, a partir das 10 horas desta quarta-feira, em sessão especial, com representantes de órgãos ligados ao meio ambiente em Alagoas, com o intuito de se debater questões relacionadas aos acidentes recentemente registrados na cloroquímica Braskem em Maceió.

De acordo com o deputado, estarão presentes a superintendente do Ibama em Alagoas, Sandra Menezes, o superintendente do Instituto do Meio Ambiente (IMA), Adriano Augusto, além do secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Ivã Vilela.

Por fim, na mesma sessão, os deputados aprovaram projeto de lei de autoria do deputado Jeferson Morais (DEM) e que busca garantir à pessoa portadora de necessidade especial o direito de se matricular em escola próxima ao local de sua residência.

Iniciada reforma no Hospital de União (ex-HGU); será reaberto em 40 dias

Por João Paulo Farias - O Relâmpago

Uma cerimônia ocorrida na manhã desta terça-feira (21), no pátio do antigo Hospital Geral de União (HGU), marcou o início das obras do novo Hospital União que irá funcionar inicialmente como um centro de oftalmologia sob a direção do Instituto Oftalmológico de Alagoas (IOFAL).

Estiveram presentes ao evento, o presidente do IOFAL, Dr. Luciano Melo, o diretor de desenvolvimento do IOFAL, senhor Tibério Rocha e o diretor médico do Hospital União, César Lira, o prefeito Areski Freitas, o Presidente da Câmara, vereador Bruno Praxedes, o ex-governador Manoel Gomes de Barros e secretários municipais.

O diretor de desenvolvimento do IOFAL, Tibério Rocha, falou que o Hospital União disponibilizará dentro de 40 dias, que é o tempo estimado para reforma do prédio, o atendimento oftalmológico como consultas, exames, cirurgias e tratamento do glaucoma e catarata. “Posteriormente estaremos disponibilizando atendimento médico em diversas áreas neste hospital”, disse Tibério Rocha. O Prefeito Areski Freitas falou da importância deste empreendimento e disse que o apoio do governo municipal e breve estadual é fundamental nessa nova fase deste hospital.

O momento que marcou o início das obras do hospital foi a derrubada de um muro que foi construído há cerca de dez meses, quando o então HGU foi fechado. Quando o muro foi ao chão, as autoridades presentes vistoriaram todo o complexo hospitalar que inaugurará um novo tempo na saúde de União dos Palmares e da Região da Mata Alagoana

A corrupção e suas máscaras

Olívia de Cássia – jornalista

A corrupção está enraizada na sociedade. Infelizmente, quem devia dar os melhores exemplos é quem mais está envolvido em irregularidades, causando decepção, descrédito e muitas vezes influenciando quem já não tem predisposição para ser honesto a fazer o que não devia.

E a gente fica se perguntando: por que a corrupção acontece de forma tão constante em nosso País? Etimologicamente, a palavra significa: deterioração, quebra de um estado funcional e organizado.

Está provado que muita coisa errada acontece pela falta de punição, pelo descrédito em nossas autoridades e outros aspectos mais. Isso já foi dito várias vezes pelos especialistas no assunto.

Em nosso País, a corrupção política corre à solta. Leia-se como corrupção política, “o suborno, extorsão, fisiologismo, nepotismo, clientelismo, corrupção e peculato. Embora a corrupção possa facilitar negócios criminosos como o tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e tráfico de seres humanos, ela não se restringe a essas atividades”.

Segundo pesquisas divulgadas na internet, em todo o mundo, calcula-se que a corrupção envolva mais de um trilhão de dólares por ano. Um estado de corrupção política desenfreada é conhecido como uma cleptocracia, o que literalmente significa "governado por ladrões".

Sabemos que há raríssimas exceções, não são todos os políticos que se classificam nessa escala, mas hoje em dia são raros.

Por aqui, os cargos públicos são sempre ocupados, na maioria das vezes, não por competência técnica, mas por indicação política, para agradar e favorecer os ‘aliados’, sejam eles do mesmo partido político ou aqueles que participaram do vale-tudo das campanhas eleitorais.

E nesse caso, essas pessoas não têm autonomia para se indisporem e se negarem a cometer algum deslize, no caso de serem escalados para isso. E a gente se põe a pensar por que muitas vezes pessoas de boa índole, bom caráter, se deixam levar por esse canto da sereia que é a política.

A corrução nasce daqueles que querem vencer a qualquer custo, por meio de facilidades, sem limites de suas ações. A corrução está em todas as camadas e setores da sociedade, mas é na política que ela tem se sobressaído.

Foi lá no passado, que Maquiavel, um dos pensadores clássicos mais importantes, escreveu sua principal obra, “O principe”, que é um dos tratados fundamentais para quem acompanha o assunto.

‘O Príncipe’ sugere a famosa expressão ‘os fins justificam os meios’, significando que não importa o que o governante faça em seus domínios, desde que seja para manter-se como autoridade, entretanto a expressão não se encontra no texto, mas tornou-se uma interpretação tradicional do pensamento maquiavélico.

Tem gente que se encanta demais com o poder, com o status quo e se deixa levar pelas vantagens que ele proporciona. Seja para ganhar mais dinheiro, seja para se sentir mais poderoso e importante.

Nesse caso, se deixam levar e cometem todo o tipo de besteira, apostando na impunidade para cometer essas irregularidades, das miúdas às mais gritantes e diante do poder do cargo que ocupam começam a cometer pequenos deslizes e daí para frente não param mais, não têm limites.

Platão, em seu livro ‘A República’, um dos maiores clássicos da literatura mundial, descreve em diálogo entre Sócrates e Polemarco que “a justiça se resume em ser útil aos amigos e prejudicial as inimigos”. Na prática é o que a gente observa por aí: ‘aos inimigos os rigores da lei’.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Sessão debate modalidades de contrato trabalhista feito pelo setor sucroalcooleiro

Fonte: Ascom/ALE

A Assembleia Legislativa realizou nesta segunda-feira, 20, uma audiência pública a pedido do deputado Joãozinho Pereira (PSDB) com a finalidade de debater a situação dos trabalhadores do setor sucroalcooleiro em Alagoas. Representantes de várias entidades participaram da audiência pública no plenário do Legislativo, que foi presidida pelo deputado Fernando Toledo (PSDB) e teve ainda a presença dos deputados Judson Cabral (PT), Ronaldo Medeiros (PT), Inácio Loiola (PSDB), João Henrique Caldas (PTN) e Gilvan Barros (PSDB).

Uma das propostas do deputado Joãozinho Pereira em benefício dos trabalhadores é a implantação pelo governo de Alagoas do programa chamado “Trabalhador Amigo”. A proposta, segundo o deputado, tem como base os programas “Mão Amiga”, de Sergipe e o “Chapéu de Palha”, de Pernambuco, e iria garantir uma ajuda financeira aos trabalhadores que atuam no corte da cana durante o período da entressafra, quando cerca de cinco mil canavieiros ficam desempregados. O programa teria ainda ações nas áreas de geração de renda, saúde, moradia, entre outros.

O custo do programa ao governo, segundo Joãozinho, seria de R$ 7 milhões por ano, garantindo ao trabalhador uma ajuda mensal de R$ 350,00 no período em que não estiver cortando cana. Enquanto o programa não é implantado, o deputado sugere ainda que as usinas alagoanas, no momento da admissão do trabalhador, opte pelo contrato padrão (por tempo indeterminado), que traz garantias trabalhistas no caso de demissão, como aviso prévio e seguro desemprego.

Joãozinho esclarece ainda que os recursos para execução do projeto podem sair do Fecoep, o Fundo Estadual de Combate à Pobreza. “O desemprego em massa gerado pela entressafra atinge o trabalhador que firma contrato safrista, ou por tempo determinado”, afirma ele. Outra preocupação do setor, de acordo com o deputado, é com o processo de mecanização, que tem causado o fechamento de postos de trabalho em Alagoas. Entre 2010 e o início da safra de 2011 foram fechados 50 mil postos de trabalho em todo o Estado.

Durante a audiência, os trabalhadores presentes assinaram uma carta que será encaminhada ao governo do Estado que propõe implementar políticas públicas no sentido de capacitar e treinar o grande contingente de trabalhadores cortadores de cana, instituindo o programa “Amigo Trabalhador”, garantindo uma renda mínima e a capacitação profissional para a categoria. A proposta envolverá ainda a bancada federal na viabilização de recursos junto ao governo federal garantindo a implantação do programa nos moldes de Sergipe e Pernambuco.

Participaram da sessão os presidentes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Alagoas (Fetag), Genivaldo Oliveira; do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Açúcar em Alagoas, Jackson Lima Neto; o secretário-adjunto de Estado da Agricultura, José Marinho; os secretários de Estado do Trabalho, Herbert Motta e de Assistência e Desenvolvimento Social, Marcelo Palmeira; industriário e conselheiro do Sindaçúcar, Givago Tenório, o professor de Planejamento Tributário da Ufal, Daniel Salgueiro, o delegado do Trabalho em Alagoas, Heth César.

E ainda a procuradora-chefe do Ministério do Trabalho em Alagoas, Rosimeire Lobo; o presidente da CUT, Isac Jackson; o presidente da Colônia Pindorama, Klécio José dos Santos e representantes de sindicatos de vários municípios alagoanos.

Deputados instalam CPI dos Combustíveis

Fonte: Mirella Costa - Assessoria

Os deputados estaduais, membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que tem como objetivo investigar a qualidade e preço dos combustíveis vendidos em Alagoas, se reuniram nesta segunda-feira (20), para a sessão de instalação da comissão. Esta CPI foi proposta pelo deputado Antonio Albuquerque (PTdoB).

Estiveram presentes na reunião os deputados, Antonio Albuquerque, Nelito Gomes de Barros, Luiz Dantas e Jeferson Morais. Na ocasião, os deputados elegeram Albuquerque para presidir e Dantas para ser o relator da comissão.

Os deputados solicitaram a assessoria técnica, responsável pelas comissões na Assembleia Legislativa (ALE), a documentação já adquirida durante a CPI anterior que também investigou os combustíveis. “Queremos analisar a documentação já existente na casa para agregar aos trabalhos”, explicou Albuquerque.

A CPI foi instalada dentro do prazo regimental, porém, com a proximidade do recesso, os deputados vão analisar o funcionamento da Casa para definir a agenda da comissão. “O objetivo desta comissão é produzir um resultado efetivo, com seriedade e sempre focando na qualidade e preço dos combustíveis. Vamos apresentar à sociedade, resultados positivos através da fiscalização dos postos e distribuidores de combustível”, concluiu Albuquerque.

Deputado JHC critica Programa da Reconstrução em Alagoas

Por João Paulo Farias - O Relâmpago

Em rápida entrevista ao Programa Mesa Z da Rádio Zumbi de União dos Palmares neste sábado (18), o deputado estadual João Henrique Caldas teceu diversas críticas ao Programa da Reconstrução nos municípios atingidos pelas enchentes de 2010.

Segundo JHC, que junto a mais quatro deputados estaduais compõem a Comissão Especial da Reconstrução na Assembléia Legislativa de Alagoas, o governo do estado ignora esta comissão e não dá satisfação alguma sobre o andamento das obras.

“O Programa da Reconstrução é uma bagunça”, disse o deputado.

O deputado João Henrique Caldas que junto a uma equipe de blogueiros de Maceió (capital), estiveram neste sábado 18 de junho onde se completa um ano depois da tragédia das águas, visitando algumas cidades alagoanas que ainda abrigam em barracas as vítimas das enchentes, e poderam constatar a situação destes desabrigados.

“O mínimo que o Governo de Alagoas tem que fazer é tomar medidas enérgicas em relação a políticas de apoio à esses desabrigados”. Concluiu JHC.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Sessão especial debate alternativas para o desenvolvimento da região sertaneja

Fonte: Ascom/ALE
(Texto e foto)

As ações desenvolvidas pelo Instituto Xingó, através do programa de mesmo nome, foram apresentadas na manhã desta sexta-feira, 17, no plenário da Assembleia Legislativa. A sessão especial, proposta pelo deputado Inácio Loiola (PSDB), deixou o plenário lotado. O Programa Xingó abrange a região da bacia hidrográfica do rio São Francisco, na confluência dos estados de Alagoas, Bahia, Pernambuco e Sergipe, que abriga 600 mil habitantes e tem como ponto de referência o complexo de oito usinas hidrelétricas entre Itaparica (PE) e Xingó (AL/SE).

O Instituto foi criado a partir de uma proposta da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), parceira da entidade, para a implantação de programas de desenvolvimento sustentável, com vistas a apoiar as potencialidades da região. “Além da Chesf, o Instituto tem vários parceiros, a exemplo do próprio Estado de Alagoas, o CNPq, o Ministério da Ciência e Tecnologia e os reitores das quatro universidades do entorno da região, ou seja, as federais de Alagoas (Ufal), Pernambuco (UFPE), Sergipe (UFS) e Bahia (UFBA)”, esclarece Inácio Loiola.

O sertão alagoano, acredita Inácio Loiola, reúne todas as condições climáticas e agricultáveis para tornar-se um pólo de fruticultura, a exemplo de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), além de poder consolidar-se como pólo de turismo cultural e do turismo de aventura, a partir do resgate e da valorização da história e do artesenato das comunidades locais.

“A região do alto sertão alagoano pode representar para Alagoas, em termos de desenvolvimento econômico e social, o mesmo que a árida região da Califórnia representa para os Estados Unidos. Basta maior empenho e vontade da classe política, em consonância com a iniciativa privada, as instituições de pesquisas e a sociedade em geral”, disse, entusiasmado, o deputado Inácio Loiola.

O vice-presidente do Conselho Gestor do Instituto Xingó e reitor eleito da Ufal, Eurico Lôbo, enalteceu o trabalho desenvolvido pela entidade. ”O Instituto é importante para alavancar o desenvolvimento da região e as universidades são fundamentais no processo de formação”, afirma Lôbo.

O diretor-geral do Instituto, Reinaldo Falcão, ex-prefeito do município de Água Branca, acrescentou que o trabalho desenvolvido pelo órgão está voltado ao trabalho científico, visando as necessidades da região. “Nosso maior desafio, atualmente, está no trabalho de preservação do pitu, que estava ameaçado de extinção. Hoje, a espécie está preservada em laboratório”, afirma Falcão. Ele lembra que o Instituto amplia seu leque de atuação em diversas áreas da piscicultura.

Na relação desse trabalho relacionado à piscicultura, Reinaldo Falcão lista o incentivo à criação de tilápias, com o beneficiamento do couro do peixe e a introdução do seu filé na merenda escolar, reprodução do pitu, além da criação de ovinos e caprinos, cultivo do caju, preservação do meio ambiente, apicultura, os tradicionais engenhos de açúcar, a cultura, o artesanato, novos conhecimentos tecnológicos e, sobretudo, o desenvolvimento autossustentável da região do semiárido.

O presidente da Assembleia, deputado Fernando Toledo (PSDB), afirmou que a Casa abre suas portas para fortalecer as ações do projeto. “Nosso objetivo, com isso, é mais a capilarização para ampliar o conhecimento das ações do Instituto Xingó, bem como levar o apelo cultural e histórico para a população”, encerrou Toledo.

A sessão contou com a presença dos deputados Antonio Albuquerque (PTdoB), Dudu Holanda (PMN), Edval Gaia (PSDB), João Henrique Caldas (PTN), Joãozinho Pereira (PSDB), Judson Cabral (PT), Sergio Toledo (PDT) e Severino Pessoa (PPS).

Governo quer mais dinheiro para a reconstrução; valor seria de R$ 120 mi para conclusão das obras

Foto de Olívia de Cássia
Um ano após a tragédia das enchentes que aconteceu em Alagoas e Pernambuco, completado neste sábado, 18, as famílias que ficaram desabrigadas ainda não receberam suas casa e sobrevivem precariamente nas barracas de lona, em Alagoas. A situação, para quem teve a oportunidade de fazer uma visita é de degradação, onde as famílias sobrevivem sem estrutura e sem dignidade.

Nesta sexta-feira, 17, o vice-governador de Alagoas, José Thomaz Nonô (DEM), e cinco secretários de Estado participaram de uma coletiva, no Palácio República dos Palmares, onde informaram que ainda serão necessários R$ 120 milhões para concluir a reconstrução.

De acordo com o vice-governador, “o projeto inicial para as obras em Alagoas foi calculado em mais de R$ 526 milhões de reais que estão sendo investidos nas áreas de infraestrutura (sem as casas), saúde e educação”. Nonô observou que esse valor não é suficiente e que por isso serão necessários mais R$ 120 milhões para a conclusão das obras.

O governo federal, por intermédio da Caixa Econômica, disponibilizou mais R$ 713 milhões de reais para a reconstrução exclusivamente das casas, dos quais 110 milhões já foram gastos para a reconstrução. Se forem somados os valores, as obras de reconstrução nas 19 cidades alagoanas destruídas pelas enchentes custarão aos cofres federais mais de R$ 1,3 bilhão de reais, segundo o vice-governador.

Segundo ele, o governo estadual concluiu 60% das obras no Estado e avaliou como positivo o andamento das obras, apesar de muitas estarem atrasadas como a conclusão da reconstrução das casas.

Nonô justificou a demora na reconstrução ao explicar “a burocracia envolvendo os processos de licitação para as obras, que envolve questões referentes, como por exemplo, aos terrenos e o tipo de reconstrução”.

Segundo ele, a meta é reconstruir mais de 17 mil moradias, mas por enquanto nenhuma obra foi concluída, a não ser uma escola no município de Rio Largo. A previsão é de reconstrução de 27 escolas em todo o Estado.

No município de Santana do Mundaú, segundo informações de lideranças do local, nenhuma casa foi sequer começada. A alegação é que o atraso de se deu por conta da topografia do local. Em Murici, Branquinha e União as obras tiveram um atraso, mas estão em andamento, sendo que no período de chuva há sempre uma parada.

Em União, segundo fotos tiradas pelo vereador Manoel Feliciano (PT) o terreno escolhido para a construção das casas é alagadiço, ficando complicado o erguimento das casas.

Segundo informações do vice-governador, o Departamento de Estradas e Rodagens (DER) recuperou 5.451 quilômetros de estradas estaduais e municipais e 126 mil m² de calçamento, além de pontes e muros de contenção, sendo alguns em Rio Largo.

Segundo disse na coletiva, Nonô se responsabilizou de acompanhar o andamento das obras e, defendendo a política de resultados, prometeu agilidade nos trabalhos e disse que o cronograma com os prazos de conclusão das obras ficará concluído em dez dias.

Segundo o secretário de estado da Infraestrutura (Seinfra), Marco Fireman, as primeiras casas serão entregues em julho. (Com informações da Gazetaweb - Lázaro Calheiros)

Padres se reúnem para preparar caminhada dia 19 de junho em Branquinha

Uma Comissão de Padres e Agentes de Pastoral reuniram-se neste mês de junho para tratar detalhes da Caminhada do dia 19 de junho, intitulada de “Memória das Enchentes”.

Após várias reflexões acerca do real objetivo da caminhada, os representantes saíram com a decisão de que em casa paróquia terá uma atividade no dia 18 de junho, exatamente 1 ano após a Enchente, de acordo com a realidade de cada local, como forma de preparar a comunidade para o ato do dia 19, que terá um caráter Arquidiocesano, articulando todos os municípios atingidos, que acontecerá na cidade de Branquinha, uma das mais devastadas pelas águas.

A ideia é fazer realmente uma “memória” de que aconteceu e, principalmente, alertar para o atraso nas obras da Reconstrução. Pretende-se reunir autoridades públicas municipais e estaduais a fim de alertar para o tempo transcorrido e as reais necessidades do povo que sofre com o calor e frio nas barracas.

Abaixo a programação decidida pela comissão:

14h 00 – Concentração – Entrada da Cidade
- Acolhida: Branquinha/ - animação: União dos Palmares
- Cada cidade/Paróquia identificar-se com faixas

14h30 – Início do Evento: Caminhada celebrativa com destaque para os testemunhos
dos padres das 3 cidades mais atingidas pelas cheias.

• 1º MOMENTO: Abertura e Início da Caminhada
- Palavra do Arcebispo
- Breve memória das cheias – Resp.: União dos Palmares
- Palavra de Autoridades Civis presentes (5 min. por pessoa)
- Testemunho/ Palavra do Padre de Santana do Mundaú
- Início da Caminhada - a qual deve servir de Ato Penitencial da Missa

• 2º MOMENTO: Parada
- Testemunho/Palavra do Padre de Jacuipe

• 3º MOMENTO: Chegando ao local onde acontecerá a Missa
- Testemunho/Palavra do Padre de Branquinha
- Continuação imediata com a Santa Missa

16h00 – Santa Missa
- Liturgia da Palavra: Rio Largo e Vale do Paraíba
- Animação: mesmo grupo da caminhada – União dos Palmares

• Ação de Graças: 3 testemunhos e 1 agradecimento
- Testemunho da Pastoral da Solidariedade – União dos Palmares
- Testemunho do Projeto Bem Vindo Bebê – Suely
- Testemunho de uma mãe assistida pelo Projeto – União dos Palmares
- Agradecimento do Padre Rogério – enfatizando as ajudas recebidas.

Sérgio Rogério Oliveira da Silva
(82) 8136-9595 / 8841-5027
www.acordauniao.blogspot.com

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Maria Mariá de Castro Sarmento

Fonte: Blog A Terra da Liberdade


(União dos Palmares (AL), 16 de junho de 1917 - União dos Palmares (AL), 28 de fevereiro de 1993)

Natural da terra de Zumbi e Jorge de Lima, a educadora, folclorista, historiadora, jornalista, colecionadora e ativista cultural Maria Mariá de Castro Sarmento nasceu nos arredores da cidade de União dos Palmares, num povoado onde se localiza a Usina Laginha, no dia 16 de junho de 1917.

Seu pai foi o tabelião da cidade, Sílvio de Mendonça Sarmento, e sua mãe, Dona Ernestina de Castro Sarmento. Dessa união nasceram - além de Mariá - Maria Luísa, Paulo, José Sílvio, Luís e Maria Sílvia. Orgulhosa de seu nome de família – de Castro Sarmento – herança que remonta do tio-bisavô Coronel Basiliano Olíbio de Mendonça Sarmento (grande latifundiário da região, viveu de 1846 a 1931) e do avô paterno, o coronel Salustiano Tavares de Mendonça Sarmento, preservava com zelo e respeito o legado que recebera, considerando necessário perpetuar esse nome como uma tradição local e uma forte herança política, social e cultural da cidade palmarina.

Fez os primeiros estudos em União dos Palmares, no tradicional Grupo Escolar Rocha Cavalcanti e, em seguida, foi para Maceió completar a sua formação, cursando a escola Normal. É fato que nos idos de 1930 a possibilidade de as mulheres estudarem ainda é muito pequena; de maneira que sair da cidade natal para freqüentar uma escola – o curso de formação de professora primária era o que condizia às mulheres – fora dos domínios paternos significava um grande avanço para os costumes locais, o que já distingue Mariá das suas contemporâneas.

Autodidata, amplia seus conhecimentos em vários sentidos, passando a colecionar e a ler avidamente tudo o que lhe chega às mãos como revistas, jornais, o periódico Seleções e, principalmente, lendo e relendo inúmeras vezes escritores como os russos Tolstoi e Dostoievski, os franceses De Saint Exupéry e Emile Zola, os portugueses Camões, Eça de Queirós e Florbela Espanca e os brasileiros Machado de Assis, Érico Veríssimo, Jorge Amado, José de Alencar e Monteiro Lobato, entre vários outros.

A partir de então, torna-se uma referência como professora e como detentora da cultura local. Era comum ser solicitada para redigir discursos, falar em público e resolver dúvidas de gramática. Com essa prática, recebeu na cidade a alcunha de “dicionário ambulante”, epíteto que a envaidecia a ponto de dizer que não trocava sua escola normal por nenhum curso superior. Muito mais tarde, em 1960, em vista do seu permanente desejo de ampliação de conhecimento, conclui o curso técnico de contabilidade.

A vida profissional de Maria Mariá se inicia em janeiro de 1943, quando é nomeada professora estadual das primeiras letras, indo exercer a função inicialmente como estagiária no povoado da Fazenda de Santo Antônio, nos arredores de União dos Palmares. Para sua alegria, em 1944, findo o estágio probatório, é transferida para o Grupo Escolar Rocha Cavalcanti, a velha escola onde recebera os primeiros ensinamentos.

Nessa escola, Mariá implanta várias modificações: primeiro aboliu o uso da palmatória, que identificava como "um instrumento de tortura"; e segundo, não achava necessário que os alunos, para irem ao banheiro, tivessem que apresentar uma pequena pedra que servia de controle para o professor só liberar a saída de um aluno com o retorno do outro. Mariá via essa prática como mais uma forma de repressão ao comportamento juvenil.

Em 1955, é nomeada diretora titular do Grupo Escolar Jorge de Lima e, no ano seguinte, também vai ministrar aulas de gramática no Ginásio Santa Maria Madalena, instituição pertencente à rede particular da Campanha de Escolas da Comunidade - CNEC.

Além dessas atividades docentes, em 26 de fevereiro de 1963 é designada para exercer a função gratificada de inspetora regional da 7ª inspetoria. Essa experiência faz com que tenha uma visão mais ampla do problema da educação no Estado de Alagoas. Mesmo exercendo uma função gratificada, Mariá se revolta com o descaso com que o ensino era tratado, com prédios sucateados, carência de professores, material de ensino inexistente e, principalmente, a falta de compromisso das autoridades com a escola pública.


Felizmente, medo era um sentimento que Mariá parecia desconhecer. Assim, mesmo sabendo que o seu cargo de Inspetora de Ensino era uma função de confiança, torna pública sua insatisfação redigindo, de forma contundente, uma carta aberta ao então Diretor da Educação do Estado, que sai publicada no jornal Gazeta de Alagoas, em 28/04/63, sem se preocupar com represálias, tais como perda da função ou qualquer outra perseguição política.

Um outro artigo publicado na Gazeta de Alagoas, em maio de 1957, merece destaque. Dessa vez, o alvo é uma parcela da comunidade palmarina que ela considera inculta, preguiçosa e iletrada e que, por não ter o devido alcance do fato, reclama da criação de uma Escola Técnica de Comércio na cidade. Resolve, então, Mariá "puxar a orelha" desses "respeitáveis senhores espíritos de porco", escrevendo umas "Palavras de agradecimento" aos idealizadores do projeto, como padre Teófanes e o vigário padre Clóvis Duarte de Barros, entre outros.

Vários outros artigos, cartas, comentários sobre assuntos diversos de interesse da região e, especialmente, de União dos Palmares aparecem na imprensa local. Graças a essa escrita assídua e permanente, Mariá recebe em 17 de dezembro de 1965, o credenciamento como jornalista, pela Associação Alagoana de Imprensa, com o registro de número 218.

Algumas atitudes de Maria Mariá transformaram-na em uma lenda em União dos Palmares. Foi a primeira mulher na cidade a usar calça comprida (“vestia-se como um homem”, expressão de seus contemporâneos), a disputar jogo de sinuca, dominó, baralhos e gamão com os homens da cidade, “esportes” considerados pela comunidade local como de exclusividade masculina.

Mesmo não possuindo um companheiro, a sua solteirice (nos anos 50/60, ser solteira significava uma exclusão que relegava a mulher a permanecer em casa, cuidando dos pais e dos sobrinhos) não a impedia de vivenciar o mundo boêmio da sua alma inquieta e festeira. Pairando acima dessas questões, que considerava preconceituosas e pedantes, Mariá fumava em público, tocava violão, bebia nos bares e botecos, promovia vaquejada, incentivava a criação de blocos carnavalescos e, inclusive, com seu irmão Paulo, participava de um deles - "O Bando de Lampião" - fantasiada de Maria Bonita.

O mais curioso é o respeito que a sua figura humana impunha: fosse nos botecos ou nas grandes festas sociais da cidade, era tratada como uma mulher de coragem e cultura e, especialmente, como uma mulher que sintetizava a garra da terra de Zumbi dos Palmares.

Dessa forma, Mariá não somente participou, mas, principalmente, organizou vários eventos culturais em União dos Palmares como: a 1ª Festa da Mocidade, o Grupo Dramático de Atores Amadores, festas de formatura, organização de bingos beneficentes, a fundação da Biblioteca Pública Municipal Jorge de Lima, sendo a primeira bibliotecária do município, participou da organização dos festejos de inauguração da iluminação pública da cidade, lutou bravamente pelo tombamento da Serra da Barriga (presidiu a comissão) e pela criação de um Parque Histórico de preservação da memória heróica da Nação Zumbi.

Foi ainda grande incentivadora das manifestações folclóricas da região da Mata e, principalmente, apaixonada pelo texto de cordel, que lia avidamente e sabia recitar muitos deles de memória.

Todas essas atividades, acrescidas de algumas irreverências, marcaram época na comunidade local. Uma delas conta que, em 1956, Mariá veste um maiô e, às margens do rio Mundaú, se deixa fotografar. Como se isso não bastasse – aparecer de maiô nos meados do século XX em uma cidade de fortes raízes oligárquicas, patriarcais e conservadoras -, a professora mostra as fotos para as alunas do Grupo Escolar Jorge de Lima, que ficaram deslumbradas com a modernidade da professora. O acontecimento desagradou a direção da escola que exigiu das autoridades da educação um castigo para a “devassa”.

Punida com o exílio, foi transferida para a cidade de Murici, lecionando no Grupo Escolar Professor Loureiro, permanecendo nessa instituição por seis meses. O que as autoridades não contavam era com a repercussão que o fato passou a ter: ela havia “feito escola” e suas seguidoras não deixaram o caso cair no esquecimento. Por isso, a transferência de União dos Palmares para outra cidade causou um profundo descontentamento nas suas alunas e se transformou em um caso político. As alunas resolvem acampar na porta do palácio do governo, em Maceió, exigindo do então governador do Estado, Muniz Falcão, que cancelasse a punição imposta à mestra.

O acontecimento ganha manchete nos jornais e, diante da pressão dos jovens acampados na praça, o governador recebe a comitiva em audiência e decide pelo retorno de Mariá. (No dia seguinte, 19 de abril de 1956, o Jornal de Alagoas apresenta a seguinte manchete: Ginasianas de União dos Palmares estiveram com o governador a propósito do caso da prof. Mariá).

Qual uma filha pródiga, Mariá é recebida na cidade natal com respeito e carinho, motivo maior de satisfação da filha que retorna ao lar, de onde nunca devia ter saído, já que poucas pessoas foram tão ligadas a sua terra e a sua gente como Maria Mariá.

Esse seu amor à terra estava acima do bem e do mal. E, por isso mesmo, Mariá entra em confronto direto com vários interesses políticos, econômicos e religiosos para defender o que ela considerava “patrimônio da terra”. Uma das passagens mais significativas desse seu apego à cultura local se deu quando a Igreja Matriz vai ser demolida para ser “substituída por uma construção quadrada, sem estilo definido, parecendo um armazém, uma casa comercial, um salão de dança, tudo menos um local para preces e meditações” (Gazeta de Alagoas, 13/03/77).

Mariá se dizia atéia e era comum viver discutindo com o pároco por duas grandes razões: dogmas que ela não acreditava e por ele ser estrangeiro e não conhecer os valores e os interesses da comunidade. Mas, mesmo não freqüentando a Igreja para orações, fica indignada quando sabe que a velha Matriz será demolida.

Organiza passeata, faz discurso inflamado cobrando um plebiscito para que o povo se colocasse contra ou a favor e publica um artigo na Gazeta (já citado) dizendo: “um ato criminoso, para o qual não há desculpa convincente, foi abaixo aquilo que tínhamos de mais antigo e tradicional, e para os fervorosos de mais sagrado – a nossa velha matriz. A praça Basiliano Sarmento como que ficou mutilada sem essa parte comum da sua paisagem, tão familiar e querida a nossos olhos”.

Continuando a sua indignação, Mariá ataca frontalmente o vigário e alguns conterrâneos, asseverando que: “o povo dessa cidade, como seria justo e direito, não foi ouvido através de um plebiscito, na ocasião em que os supostos donos da terra tomaram tão desastrada decisão, como se aqui fosse, por sua falta de respeito à lei, o velho oeste americano de que tomamos conhecimento através de famosos filmes da Metro Goldwyn Mayer”.

Finaliza sua denúncia lançando farpas irônicas em várias direções enfatizando que se o plebiscito fosse feito o povo “teria dito um Não veemente a estes depredadores disfarçados de amigos do progresso, quando visam apenas subir no conceito de meia dúzia de apaniguados, com que intenção... nem o Diabo sabe”.


Sempre preocupada com a preservação da cultura de Alagoas e, em especial, de União dos Palmares, desde muito cedo Maria Mariá adquiriu o hábito de guardar e colecionar todo e qualquer objeto que considerava de valor histórico. Morando sozinha, transformou a sua residência (casa que pertencera à família do poeta Jorge de Lima e de onde do primeiro andar avistava a Serra da Barriga), situada na Rua Correia de Oliveira, 65, em um museu e lá, em meio a belos móveis que remontam ao século XIX, reuniu um enorme acervo, tudo devidamente catalogado, segundo o seu critério: selos, dinheiro de várias épocas, placas com nomes de rua, revistas “Manchete”, “Fato e Fotos” e “Seleções”, livros (uma média de 240 volumes), folhetos de cordel, artigos de jornais da época, as pedrinhas que os alunos usavam para irem ao banheiro, telhas e pedaços de portas e janelas da igreja demolida e de casas antigas, ricas peças de louças, porcelanas raras, cerâmica, máquinas de datilografia, relógios, instrumentos musicais, fotografias e objetos curiosos como "uma xícara de bigode", usada no começo do século XX por homem que tinha bigode.

Além desse rico acervo, de valor histórico incalculável, uma das maiores curiosidades, do que até recentemente foi o Museu Maria Mariá, são as “pastas colecionadoras”. Nelas deixa a marca da sua capacidade de ver além do tempo, nos títulos com que denomina cada uma dessas pastas (mais de 20), numa consciência prévia do que estava deixando à posteridade. Por isso, as pastas/arquivos recebem alguns nomes reveladores, como por exemplo: uma pasta é intitulada com a expressão: “artigos publicados”; outra com “curiosidades”; outra tem o título “o que disse dos outros”, uma outra pasta aparece com o título “o que disseram de mim” e, assim, sucessivamente.

No dia 28 de fevereiro de 1993, às 10h20min de um dia ensolarado de domingo, vítima de um infarto agudo do miocárdio, aos 76 anos de idade, morre Maria Mariá. Solitária, desiludida e desencantada, a guerreira, afinal, despe as armas de combate. E, assim como viveu, desnudando-se diante da vida, assim também morreu. Ao ser encontrada morta, debruçada sobre o penteador, Mariá estava totalmente despida. A simbologia desse último gesto parece representar o esforço derradeiro dessa guerreira que lutou até o fim para vencer preconceitos e tabus.

A partir de então, União dos Palmares não mais se inscreve apenas como a cidade de Jorge de Lima e de Zumbi, mas também como a terra de Maria Mariá.

Curiosidade: Em 2004, recebeu a “Comenda do Mérito Educativo Alagoano”, concedido pelo Conselho Estadual de Educação.


Fotos: Arquivo fotográfico pertencente ao acervo de Maria Mariá.

Fonte de pesquisa: BOMFIM, Edilma Acioli. Mulheres Alagoanas: Memória Feminina de Alagoas. Jornal Gazeta de Alagoas. Maceió, 03 de agosto de 2001.

Camara de União faz homenagem a Marlon Rossi


Fonte: Blog A Terra da Liberdade

Durante Sessão Ordinária realizada nesta terça-feira (14), a Câmara Municipal de União dos Palmares aprovou o Projeto de Decreto Legislativo, de autoria do vereador Benedito José dos Santos (Biu Crente), que concede o título de Cidadania Palmarina ao cantor e humorista, Marlon Rossy.

Marlon Rossy, 40 anos, é natural de Alataia, mas nasceu artisticamente em União dos Palmares, onde começou sua carreira em 1988, como tecladista em bandas de baile e acompanhando alguns cantores. Recentemente, o cantor venceu o quadro "O Maior Imitador do Brasil", do programa Tudo é Possível, da Rede Record.

Lá se vai o ano

Olívia de Cássia - Jornalista

O mês já está caminhando para o fim, estamos no meio do ano e todos os projetos idealizados no começo de 2011 estão parados. Infelizmente, tudo depende de verbas e sem elas, nada de concreto eu posso fazer na minha vida.

Às vezes a gente idealiza um projeto, tem ele completo na cabeça, mas esbarra no principal que é a ausência do capital para dar encaminhamento à proposta. E vem aquela sensação de frustração e o jeito mesmo é a gente ir se adaptando à realidade que muitas vezes não é tão justa.

Nessas horas a gente precisa de humor para enfrentar a vida real; ele nos ajuda a aliviar as tensões e a encarar a vida com mais leveza e suavidade.

Vamos completar quarto anos, no próximo dia 10 de julho, de fundação da Tribuna Independente e de Jorgraf, a Cooperativa dos Jornalistas e Gráficos de Alagoas.

Até hoje não recebemos um vintém furado dos nossos direitos trabalhistas, das nossas indenizações, do extinto jornal Tribuna de Alagoas.

Foi um dos maiores golpes sofridos pelos trabalhadores da área de comunicação de Alagoas e até agora o processo está parado.

Passamos dificuldades as mais diversas, enquanto aqueles que nos deram o calote estão aí impunes na sociedade alagoana, desfrutando do bom e do melhor.

O primeiro se candidata todo ano a algum cargo eletivo, tem vários processos na Justiça, mas não dá em nada.

Passou a maior parte de seu patrimônio para ‘laranjas’ e a única punição que a Justiça prescreve é que ele preste serviços comunitários e distribua cestas básicas, coisa que nunca acontece e tudo fica por isso mesmo.

O outro, um grande empresário do Estado, de revenda de veículos importados, conseguiu retirar o seu nome do processo e da mesma forma que o primeiro está impune até hoje.

Há quatro anos, nós trabalhadores enganados do jornal falido, formamos uma cooperativa, para dela – cooperativa, que tem como principal produto a Tribuna Independente - tirar o nosso sustento.

A gente observa muita injustiça na sociedade brasileira e na alagoana isso é gritante, tudo é mais difícil para os trabalhadores. Às vezes dá um desengano, uma decepção com tanta coisa irregular e pouca ou nenhuma punição para quem comete esses crimes.

Nessas horas eu fico me perguntando como vai ficar nossas vidas e a pergunta que todos querem saber é: quem é que vai pagar por isso?

A memória fala por si

Olívia de Cássia – jornalista

A nossa memória é uma coisa fantástica, um mecanismo perfeito. Às vezes basta um cheiro, de comida ou perfume, uma cor, uma música, para que a gente rememore passagens da nossa vida que aconteceram há muito tempo.

Às vezes, a gente se esforça para lembrar algo mais recente e a lembrança não vem, mas basta uma palavra ou uma situação para que tudo se faça presente. Há dias de grandes interrogações, dúvidas e confusão de pensamentos.

Tem horas que não sei o que pensar de mim, o que pensar da vida, apesar de ter consciência da situação. Mas nessas horas, muitas vezes, a mente fica embotada como se fosse uma defesa do próprio organismo, do cérebro, para evitar mais sofrimentos.

Tem dias que me sinto uma ilha, cercada de dificuldades por todos os lados, à espera de um milagre, de um socorro amigo. São impedimentos tolos que vão chegando, tomando uma dimensão tão grande, tão imensa, que a gente pensa, em alguns momentos, que não vai ter capacidade de superar aquilo.

Mas eu não quero supervalorizar isso, tenho anjos velando por mim. Há dias de muita paz e harmonia interior também .

Começo a fazer e refazer todo um processo na minha cabeça, de readaptações que terei que fazer na minha vida prática. Não quero me acomodar diante da vida, mesmo diante desses limites.

São muitas as perguntas que tenho feito: como será a minha vida daqui a alguns anos? Terei vida ainda? Não quero ser um estorvo na vida dos outros, não quero atrapalhar. Tenho meus estranhamentos, manias e maneira de vida. Sou abusada, chata e não quero causar incômodos.

Quero que Deus me dê forças para continuar resistindo e lutando, querendo o melhor de mim. São detalhes e sentimentos que me perseguem todos os dias...

Prêmio Imprensa Maria Mariá

O blog está concorrendo ao Prêmio Maria Mariá de Imprensa.

Os interessados em participar da votação, que tem diversas categorias, podem acessar o link http://premioimprensamariamaria.blogspot.com

Maceió sedia I Encontro Luso-Brasileiro sobre Trabalho Docente

De 2 a 5 de novembro acontece em Maceió o I Encontro Luso-Brasileiro sobre Trabalho Docente e o VI Encontro Brasileiro de Rede Estrato , que terá como tema: “Políticas Educacionais e Mudanças no Contexto Escolar”.

As inscrições acontecem: com apresentação de trabalho até o dia 15 de julho e sem apresentação de trabalho até o dia 2 de novembro.

As instituições patrocinadoras são a Universidade Federal de Alagoas – Ufal, Faculdade de Psico9logia e de Ciências da Educação - Universidade do Porto – Portugal e Red Estrado.

O local do evento não foi divulgado. Mais informações com a professora-doutora Auxiliadora. Contato: 9905-8205 e 8837-1587

Judocas alagoanos ganham medalha de ouro na Argentina

Os judocas juvenis alagoanos Emily Lorrane, Keven Rodrigues e Ricardo Jorge participaram no último dia 4 de junho do Capeonato de Judô Tierra Del Sol, em Formosa na Argentina. Emily e Ricardo conquistaram medalha de ouro e Kevin medalha de prata.

Os atletas foram representando o Brasil e o Estado de Alagoas e tiveram o patrocínio do Sesi, com apoio do Grupo Coringa e da Assembleia Legislativa Estadual (ALE). Os atletas compareceram na Casa de Tavares Bastos na terça-feira, para agradecer o apoio.

NOTA DE ESCLARECIMENTO

O Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores – PT em Maceió vem a público afirmar que, assim como toda a sociedade alagoana, espera ansiosamente pela resolução e aplicação das penalidades legais aos envolvidos em fraudes no INSS em nosso Estado.

O INSS tem um papel primordial na garantia de direitos básicos a cidadãos e cidadãs, devendo ser fortalecido estruturalmente e politicamente na execução de suas políticas.

O PT não compactua com qualquer tipo de esquema de danos ao sistema previdenciário brasileiro e ao erário como um todo.

Quanto ao fato de ter filiados ao Partido dos Trabalhadores supostamente envolvidos em esquemas de fraude no INSS, afirmamos que acompanharemos todos os passos da investigação e à medida que forem sendo comprovadas a participação de filiados/as ao Partido o Diretório Municipal, dentro de suas atribuições legais perante nosso Estatuto, tomará todas a providências cabíveis.


Atenciosamente,


Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores em Maceió

Contato: RíDinA MoTta
Secretária de Comunicação do PT Maceió
(82) 9900-4413 - 81134475

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Ato em Brasília marca 2 anos da decisão do STF e pede aprovação de PECs do Diploma

A Fenaj e os Sindicatos de Jornalistas realizam nesta quarta-feira (15/6) ato político em Brasília de protesto após dois anos da decisão do Supremo Tribunal Federal que extinguiu com a exigência do diploma de Jornalismo para o exercício da profissão. O movimento reivindicará a tramitação e aprovação da PEC 33/09 no Senado e da PEC 386/09 na Câmara dos Deputados.

No dia 17 de junho de 2009 o STF extinguiu com um dos pilares da regulamentação profissional dos jornalistas a pedido dos empresários da comunicação. Como não há sessão no Congresso Nacional no dia 17, a mobilização que marca dois anos desta desastrosa decisão foi antecipada para o dia 15.

O ato busca fazer pressão para que o presidente do Senado, José Sarney, coloque a PEC 33/09 imediatamente em votação, visto que já está na mesa diretora do Senado há um mês um requerimento assinado por líderes de diversos partidos pedindo a tramitação da matéria em regime especial.

Delegações de Alagoas, Acre, Amapá, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul, Pará, Município do Rio de Janeiro, São Paulo, Tocantins e do Distrito Federal já confirmaram presença no evento. Manifestações nos estados também estão sendo programadas. Estão confirmados um ato público pela retomada do diploma para as 12h do dia 17 de junho, na Praça da Imprensa, em Fortaleza (CE), e outro ato público na Esquina Democrática, Centro de Porto Alegre (RS), com concentração a partir das 10h e passeata a partir do meio-dia.

Já em Vitória (ES), a partir das 19h do dia 15, no Centro de Convenções, o movimento marcará presença com panfletagem e contato com lideranças no Fórum Nacional da Reforma Eleitoral, que tem prevista a presença do vice-presidente da República, Michel Temer, e de deputados e senadores.

Valci Zuculoto, diretora da FENAJ e do Grupo de Trabalho da campanha em defesa do diploma conta que a avaliação das lideranças do movimento é de que já há amadurecimento suficiente também para o avanço da tramitação da PEC 386/09 na Câmara dos Deputados. “Por isso estamos buscando uma audiência com o presidente da Câmara, deputado Marco Maia, e com o autor da PEC, deputado Paulo Pimenta”, diz, informando que já está agendada uma reunião com a Frente Parlamentar em Defesa do Diploma para as 14h do dia 15.

Após a reunião, a mobilização com manifestantes uniformizados com novas camisetas e adesivos da campanha em defesa do diploma se concentrará nas galerias do Senado. Além de dirigentes sindicais o movimento contará, também, com a participação de professores e estudantes da UnB e do Ceub.

Outra orientação da coordenação do movimento é para que se amplie nos estados os esforços de adesão ao abaixo assinado dos cidadãos, ao Manifesto das Entidades e de sensibilização dos senadores para que a PEC 33/09 tramite em regime especial.

Fonte: Fenaj

Deputados aprovam projeto de aumento de servidores

Foto - Ascom/ALE
Olívia de Cássia – Repórter

Os deputados estaduais votaram por unanimidade na tarde de hoje, 15, na Assembleia Legislativa, o projeto de lei que reajusta salários de servidores de várias categorias no Estado. O projeto é de origem governamental e antes da votação, os líderes partidários concordam com votação em bloco dos PLs.

Antes da votação, o deputado Antonio Albuquerque (PTdoB) propôs a votação em bloco. Para o líder do governo, deputado Edival Gaia (PSDB), o Executivo é sensível aos casos de servidores cujos vencimentos ficam abaixo do salário mínimo.

A votação de hoje estava prevista para acontecer na próxima semana, mas encontrava dificuldade devido ao recesso dos festejos juninos. Alguns informativos eletrônicos chegaram a dizer que o projeto só chegaria na Casa de Tavares Bastos na sexta-feira.

Ainda na sessão de hoje foi instalada na Casa de Tavares Bastos, a CPI da Eletrobras, que tem o deputado Ronaldo Medeiros (PT) como presidente, Inácio Loiola (PSDB), vice e João Henrique Caldas (PTN), relator.

Na hora do expediente foi lido projeto um projeto do deputado Arnon Amélio (PRTB) obriga o Estado a reservar 5% das vagas de emprego para mulheres na construção de obras públicas de Alagoas.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Dudu volta a criticar Braskem e fala de reunião com diretoria

Olívia de Cássia – jornalista

O deputado Eduardo Holanda (PMN) usou a tribuna da Casa, na tarde esta terça-feira, 14, para criticar a empresa Braskem e fazer um relato da reunião que os deputados integrantes da Comissão de Fiscalização e Controle da Assembleia tiveram com os diretores da indústria.

Os representantes da empresa vieram ao Parlamento, hoje, para explicar as causas dos acidentes ocorridos no mês passado e as ações tomadas para conter novos vazamentos, segundo o deputado Dudu Holanda.

Ele disse que os integrantes da Comissão não ficaram convencidos com as explicações e resolveram realizar uma audiência pública, convidando os representantes das instituições ambientais do Estado para que se pronunciem sobre o assunto.

Sessão na ALE foi rápida e de poucos discursos, apesar de muitos deputados em plenário

Fotos de Olívia de Cássia - arquivo
Olivia de Cássia – Repórter

A tarde desta terça-feira, 14, na Assembleia Legislativa foi marcada por poucos discursos e poucas matérias para serem apreciadas em plenário. Faltaram apenas os deputados Jota Cavalcante (PDT), Nelito Gomes de Barros (PSDB) e Thaise Guedes (PSC) que está de licença-médica por ter dado à luz.

Na pauta da Ordem do Dia, nove mensagens foram apreciadas pelos deputados, sendo que duas matérias estão na pauta para recebimento de emendas.

A primeira matéria trata-se do Projeto de Lei número 62/2011 – Mensagem 08/2011, de origem governamental, que estabelece as diretrizes orçamentárias do Estado para o exercício financeiro de 2012.

A mensagem é a LDO, que tramita Casa de Tavares Bastos já em sete sessões e precisa de mais três para que seja realizada uma audiência pública com a sociedade civil para depois ir à votação em plenário.

A outra matéria em pauta é o Projeto de Resolução número 2/2011, de autoria do deputado João José Pereira Filho (PSDB), que dispõe sobre a alteração do artigo 86, inciso II do Regimento Interno da Casa e institui a sessão ordinária no município de Arapiraca.

As outras sete foram indicações e requerimentos, aprovados por unanimidade no plenário, também sem questionamentos. O deputado Ronaldo Medeiros (PT), líder da bancada na Casa, apresentou proposta de projeto de lei que institui o dia 7 de abril como o Dia de Combate ao bullyng nas escolas públicas estaduais de Alagoas.

Judson destaca importância de audiências públicas

Foto de Olívia de Cássia


O deputado Judson Cabral (PT) usou a tribuna da Casa, na hora do expediente, para falar sobre a importância das sessões públicas realizadas na ALE a semana passada, inclusive a que debateu a agricultura familiar. Outro tema abordado por Judson Cabral foi o fim da greve dos servidores públicos do Estado.

Segundo ele, o governo resolveu ceder um pouco diante da intransigência e deve encaminhar matéria à Casa de Tavares Bastos sobre o reajuste. “Mesmo tendo o avanço, espero que o governo não arrefeça no combate às drogas e à violência, para contratar não só os policias dos quadros de reserva técnica da PM, mas fazer concurso, para ter mais contratação”, disse ele.

Judson disse ainda que é "Importante o movimento por um reajuste mais digno, demonstrando que os profissionais estavam lutando por um direito, e não atuando no campo das contradições".

O petista também explicou que protocolou na ALE um projeto que cria fomento para a economia solidária, para gerar renda às famílias e cobrou da Mesa Diretora da Casa o relatório do detalhamento das despesas para os deputados.

Já o líder do governo na Casa, deputado Edval Gaia (PSDB) parabenizou os servidores que acabaram a greve e disse que o governo não deixou de negociar. Ele ressaltou que o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) sempre manteve o canal de negociação aberto. E em relação à segurança pública disse que “é lógico que precisa melhorar, mas que o governo tem investido muito por meio de viaturas e equipamentos.

CPI DOS COMBUSTÍVEIS

Na próxima segunda-feira (20), a partir das 10h, os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que tem como objetivo investigar as causas dos constantes reajustes nos preços dos combustíveis em Alagoas, vão se reunir pela primeira vez para marcar a instalação desta comissão na Assembleia Legislativa.

O anúncio foi feito na sessão de ontem pelo presidente da comissão, Antonio Albuquerque (PTdoB). Durante a reunião de instalação será designado o relator e traçado os principais objetivos da comissão. "Vamos analisar não só o preço, como também a qualidade dos combustíveis vendidos em Alagoas", explicou Albuquerque.

Desabrigados não possuem documentos exigidos para receber casas em União

Gazetaweb

Desabrigados do município de União dos Palmares, vítimas da enchente do ano passado, estão sendo recadastrados para receber casas que ainda estão em construção. Mas parte deles não possui todos os documentos exigidos.

Há meses, José Antônio, que mora em um acampamento para desabrigados em União dos Palmares, tenta conseguir a certidão de nascimento da filha Ana Clara, de três anos. A menina nasceu na Bahia, antes da família se mudar para Zona da Mata de Alagoas. Eles estão cadastrados para receber uma casa do programa de reconstrução, mas sem documentos não podem ser beneficiados.

Estou de volta

Olívia de Cássia – jornalista

O rádio anuncia as horas: são cinco da matina, não vou voltar a dormir agora, eu sei, talvez mais tarde, depois do almoço, eu possa fazer uma sesta antes de dar um pulinho lá na Assembleia, para saber das últimas novidades do parlamento alagoano.
Não posso deixar de ir lá semanalmente.

É onde tudo se decide em matéria de aprovação de projetos de lei. A gente fica sabendo das últimas novidades da política alagoana.

Herdei do meu pai esse lado de curiosidade sobre política. Ele gostava de ficar informado nessa área, vibrava querendo saber dos últimos acontecimentos, quando recebia alguma visita lá em casa e eu lhe levava os jornais quando ia nos fins de semana.

Mas não admitia que alguém chegasse lá e falasse mal do nosso primo Afrânio Vergetti, que ele colocava para correr imediatamente. Era coisa de fanatismo mesmo. A política palmarina estava sempre no repertório do meu pai.

Depois de um dia de trabalho estafante na mercearia e no armazém da Rua da Ponte, quando ele tinha saúde, depois da janta ia lá para o viaduto perto da praça Antenor Uchôa, conversar com os conhecidos.

E era no mesmo local que também ficava sabendo das fofocas da sociedade palmarina e chegava em casa comentando com minha mãe a respeito; e se fosse alguma coisa dos filhos, ele passava a tarefa para minha mãe resolver logo e ela não deixava nada para depois.

Minha mãe tinha o pulso forte e tratava logo de resolver a situação. Dona Antônia não levava desaforos para casa. Tinha sempre um argumento e um recado para quem quer que fosse. E ai daquele que pisasse em seus calos, porque ia ter retorno.

Não herdei dela esse lado forte, sempre me portei de forma acanhada, mas agora, depois de velha, de veZ em quando baixa uma dona Antônia dentro de mim e me ponho a responder na hora, mas depois me arrependo do que fiz.

O medo da morte

Olívia de Cássia – jornalista

Não sei se tenho medo da morte, mas ultimamente tenho pensado muito nela, não nego. Se vai doer quando ela chegar, só o tempo vai dizer. Eu tenho medo de ter medo. Medo de um dia não poder mais responder por mim. O que será de mim?

Tenho medo de não poder mais ver o mundo. Tenho medo da dependência física de terceiros para as coisas mínimas. Quero ser forte se esse dia chegar, mas não quero pena de ninguém. Será o que tiver que ser.

Quero força para continuar lutando por uma vida melhor, por dignidade e qualidade de vida. A vida é cheia de contrastes, de desigualdades e preciso estar forte, consciente e preparada para enfrentar o que vier por aí.

Acordei no meio da madrugada com crise respiratória e um pouco febril. Vai ser difícil retomar o sono agora. Levanto, esquento água para fazer um chá e misturo três saquinhos com sabores diversos, entre eles um de hortelã.

Não sei se vou melhorar. Às vezes o conhecimento empírico ajuda um pouco quando a gente tem que se virar sozinha. Agora também foi a lâmpada do quarto que queimou. Se tudo fosse mais fácil e as finanças permitissem eu ia era contratar uma empresa para fazer uma reforma geral na casa. Tem tanta coisa para fazer aqui!

Lá vou eu de novo entrando nos sonhos delirantes. A febre agora baixou um pouco. A cabeça dói e os espirros voltaram. Vou gripar. O galo canta lá na estação, parece que estou em União, quando de manhã os galos cantavam nos quintais das casas.

Sinto o cheiro da minha terra no ar. Seria tão bom se o tempo pudesse voltar, nem que fosse por alguns minutos e eu pudesse reviver tudo aquilo: minha mãe à beira da minha cama com um remédio para me dar, ou na cozinha, preparando alguma coisa para a gente comer.

Meu pai ali, relembrando sua dura vida de criança, mas dando boas gargalhadas da situação vivida e a gente rindo das histórias dele. Nossa casa cheia de familiares para o almoço, recebendo visita dos parentes do Rio de Janeiro. Tudo uma alegria só; era tão bom...

Lá vou eu de novo, nesse turbilhão de lembranças do passado, aquelas que realmente valeram a pena e marcaram a vida. Acho que estou realmente no fim. É quando a gente começa a remoer o passado, fazer contabilidade do que viveu, balanço do que valeu a pena e o que não valeu, a gente acumulou experiências.

Revejo as manchetes dos jornais, notícias de ontem. Não tem nada bom: “Economistas preveem fim da miséria em Alagoas só em 2036”; CUT rejeita Lei da Ficha Limpa para Sindicalistas”; “Fiscalização não impede trabalho infantil”; Violência em Alagoas vira notícia no mundo”; Menores vivem em unidade degradante”; Centro de Maceió está uma bagunça”.

Apesar disso tudo, creio que ainda há esperança. Será? Vou deitar novamente para ver se retomo meu sono, senão eu vou recomeçar a remoer minhas memórias do passado, novamente.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

ALE realiza sessão especial sobre agricultura familiar e habitação rural

Foto: Ascom/ALE
Olívia de Cássia – jornalista

A Assembleia Legislativa (ALE) realizou sessão especial na tarde desta segunda-feira, 13 de junho, para discutir agricultura familiar e habitação rural.

O deputado Ronaldo Medeiros (PT) foi o autor do requerimento propondo a sessão, que teve a participação de representantes das várias associações do segmento ruralista do Estado, além de agricultores familiares e diversas autoridades ligadas ao setor.

A sessão especial foi presidida pelo presidente da Casa, deputado Fernando Toledo (PSDB). O deputado Ronaldo Medeiros salientou a importância do tema do encontro: “Esperamos nesse dia estreitar os laços entre os atores envolvidos e criar um documento com propostas para facilitar o entendimento entre as partes e o acesso à moradia”.

Segundo o deputado, o tema da agricultura familiar “é algo que o Governo Federal vem investindo muito, mas em Alagoas não deslanchou ainda por conta da burocracia que é colocada à frente dos agricultores”.

O petista disse que o agricultor do Sul do país tem características bem diferentes dos alagoanos, “pois já estão mais inteirados dos seus direitos e deveres e tem um acesso maior a essas explicações”.

Ronaldo observou que a documentação exigida para regulamentar um trabalhador rural também está dificultando este acesso. “Pretendo com essa sessão formar propostas, já que também estão presentes representantes da Caixa Econômica, para que facilitem o acesso do agricultor à moradia”, ressaltou o deputado.

EMATER

O deputado Joãozinho Pereira (PSDB) defendeu o retorno da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). Pereira considera inadmissível Alagoas não contar mais com a empresa, lembrando as dificuldades que quem está no campo enfrenta diariamente, principalmente quando a burocracia impede o avanço dos investimentos.

"É lamentável e indesejável essa burocracia, que tanto tem nos afetado e acabando com os sonhos dos agricultores de Alagoas, principalmente os pequenos". O parlamentar falou ainda do programas do Ministério do Desenvolvimento Agrário, a exemplo do Pronaf A e o Pronaf B.

O presidente da Fetag, Genivaldo Oliveira, solicitou que os deputados deem mais atenção aos trabalhadores rurais que estão vivendo indignamente e relatou algumas situações que demonstram essa realidade. Já a gerente Regional da Construção Civil, Maria Aparecida Machado, fez uma apresentação sobre o “Minha casa, Minha Vida”, do Governo Federal e quais as exigências para implantar o programa na área rural.

Já o superintendente da Caixa Econômica em Alagoas, Paulo Correia da Fonseca, ressaltou a importância das Federações de Trabalhadores Rurais, dos representantes desses trabalhadores estarem em parceria com a Caixa para facilitar o acesso à moradia.

Estiveram presentes na sessão os deputados: Fernando Toledo (PSDB), Judson Cabral (PT), Inácio Loiola (PSDB), Joãozinho Pereira (PSDB), Dudu Holanda (PMN), Gilvan Barros (PSDB) e Sérgio Toledo (PDT).

(Com informações da Assessoria do gabinete do deputado Ronaldo Medeiros)

Julgamento de capitão acusado de matar estudante é adiado novamente

Josenildo Törres - Tudo na Hora

O julgamento do capitão Eduardo Alex da Silva, acusado de matar o estudante de Geografia, Johnny Wilter Pino, foi adiado novamente. Desta vez, segundo o advogado Raimundo Palmeira, o adiamento ocorreu porque a assistente de acusação do Ministério Público de Alagoas (MP/AL) não pôde comparecer ao Fórum de Maceió.

Na semana passada o julgamento também adiado, em razão de problemas no sistema de ar-condicionado do órgão. O julgamento deveria ser presidido pelo juiz Maurício Brêda, que não informou a nova data para que o acusado sente no banco dos réus.

Relembre o caso

O homicídio ocorreu no dia 25 de maio de 2008, quando Johnny Wilter seguia de motocicleta pela BR 104 e foi ferido por dois tiros. Os disparos teriam sido deflagrados pelo capitão Eduardo Alex da Silva, que prestou socorro ao estudante.

Segundo apurou o delegado Valdor Coimbra Lou, a vítima teria sido ferida quando passava por uma barreira policial, no bairro Tabuleiro do Martins. Por não estar habilitado, o condutor da motocicleta, identificado como Marcos Brandão, acabou furando a blitz, e Johnny Wilter recebeu dois tiros.

Em depoimento, o capitão da PM, que foi acusado de atirar contra o estudante, afirmou que os tiros foram deflagrados para revidar os disparos de Johnny Wilter Pino. No entanto, segundo o delegado Valdor Coimbra Lou, o exame residuográfico mostrou que Johnny Pino e Marcos Brandão não usaram armas de fogo.

Já o exame de balística, realizado pela Perícia Oficial de Alagoas, comprovou que o estudante de Geografia foi morto por tiros disparados de sub-metralhadora de nove milímetros. A arma, ainda de acordo com Valdor Coimbra Lou, seria do capitão Eduardo Alex da Silva, que foi indiciado no dia 1º de agosto de 2008.

De acordo com a mãe do estudante de Geografia, Maria Cicera da Silva Pino, afirma que parte dela foi sepultada com o filho. Mesmo com a certeza que punir o provável culpado não trará o filho de volta, ela acredita que a condenação do acusado servirá de exemplo para que outros policiais ajam com cautela, antes de empunhar uma arma de fogo para atirar.

“Quantos sonhos foram interrompidos pelo despreparo de um militar? Mas o que mais me doe é saber que querem transformar meu filho em um bandido, que querem atribuir a ele a culpa de sua própria morte. Será que não basta a dor da perda? Será que ainda tenho que assistir meu filho ser condenado enquanto seu assassino está livre por aí?”, questionou.

Vem aí o Forró dos Jornalistas

Evento será dia 25, com posse festiva da diretoria do Sindjornal

O Forró dos Jornalistas está de volta este ano prometendo bastante energia, alegria e descontração. Animado por Dolla do Acordeon e o DJ Jonh, o evento terá início às 21 horas do dia 25 (sábado), na casa de festas Chez Marie, localizada no Barro Duro (entrada para o Sítio São Jorge).

Além de uma grande confraternização junina, a festa irá comemorar a posse da nova diretoria do Sindicato. Não faltará espaço para dançar, cantar e bater papo, ao som do forró pé-de-serra e de outros ritmos, regados a bebidas e comidas típicas.

Para ter acesso ao Chez Marie, o associado deve apresentar na entrada a carteira de jornalista. Também será cobrado um quilo de alimento não perecível por pessoa, para ser doado a uma instituição filantrópica.

Não fique de fora dessa festa. O forró vai rolar até a madrugada.

Fonte: SINDJORNAL

Denúncia

MPF aciona Justiça para defender áreas
de preservação ambiental no litoral norte


Obra irregular de ampliação do Hotel Ventaclub Village Pratagy é o alvo da ação civil ambiental

Uma ação civil pública ambiental, com pedido de liminar, foi proposta pelo Ministério Público Federal em Alagoas, para impedir a execução de obra irregular de ampliação do hotel Ventaclub Village Pratagy, no litoral norte de Maceió. Segundo a procuradora da República Niedja Kaspary, a obra afronta a legislação ambiental e ameaça áreas de preservação permanente, sobretudo os manguezais e a Área de Proteção Ambiental Federal Costa dos Corais, cujos limites se encontram nas proximidades do empreendimento hoteleiro.

São réus na ação, o Estado de Alagoas, o Instituto do Meio Ambiente (IMA), a empresa Ativa Empreendimentos Ltda, responsável pela construção das obras de ampliação; e a empresa de Hotéis do Nordeste Ltda, responsável pelo arrendamento do hotel à Ventaglio do Brasil.

“A notícia da degradação ambiental da área em questão, situada na proximidades do povoado de Pescaria, chegou ao MPF/AL por meio de denúncia on-line. Antes de adotar a medida judicial, expedimos três recomendações às empresas no sentido de impedir a continuidade dos danos. No entanto, os trabalhos continuaram, com o agravante de não haver licença ambiental válida para isso”, ressaltou Niedja Kaspary.

Durante o procedimento administrativo e o inquérito civil público instaurados pela procuradora da República, o MPF/AL obteve a confirmação (via relatório do Ibama) de que a ampliação do hotel já estava promovendo a degradação ambiental da mata ciliar, atingindo gravemente o ecossistema de manguezal – além dos próprios corpos d'água, que também são poluídos pelo lixo jogado no local. Segundo o órgão ambiental federal, vários prédios erguidos na área de ampliação não respeitam os limites legais mínimos exigidos para construção de edificações às margens de corpos d'água.

“Foram verificadas graves irregularidades no que diz respeito à construção de bangalôs em área de manguezal na margem do riacho Cabocó em flagrante ofensa às restrições estabelecidas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente ( art. 3º da Resolução CONAMA nº 303/02)”, MPF/AL.

Outro fato que chamou a atenção do MPF/AL foi a informação prestada pela Secretaria Municipal de Controle do Convívio Urbano (SMCCU) de que as obras de ampliação do Hotel Ventaclub Village Pratagy estavam sendo realizadas sem o devido alvará, razão pela qual inclusive já haviam sido embargadas pelo referido órgão municipal. Além disso, o empreendimento teve seu “Habite-se” - documento essencial para atestar que a construção do imóvel seguiu exigências legais) - suspenso em março de 2007.

Pedidos – Liminarmente, o MPF/AL pede que a Justiça Federal determine que o IMA e o Cepram suspendam imediatamente o processo de licenciamento das obras de ampliação do Hotel Ventaclub Village Pratagy, suspendendo/cancelando qualquer licença porventura emitida/expedida; que as empresas Ativa Empreendimentos Ltda e Empresa de Hotéis do Nordeste Ltda suspendam, de imediato, ou providenciem a demolição de qualquer construção/ampliação das obras de ampliação do hotel realizada em área de preservação permanente e sem o devido licenciamento ambiental.

Se condenados, o: IMA e CEPRAM serão impedidos de licenciar as obras de ampliação do hotel. Já as empresas Ativa Empreendimentos Ltda. e Hotéis do Nordeste Ltda. não poderão realizar a obras dentro dos limites da APA Costa dos Corais e terão que recuperar/recompor integralmente a área danificada, devolvendo-a à situação ambiental anterior, inclusive, com projetos de engenharia florestal e solução ambientalmente adequada aprovada pelo Ministério Público Federal e pela Justiça; sem prejuízo de multa.

(ACP/Ambiental nº 0002955-98.2011.4.05.8000/4ª Vara da Justiça Federal em Alagoas)

Fonte: MPF/AL

Mesmo assim

  Olivia de Cássia Cerqueira   Do alto da varanda da minha casa, observo as construções lá na frente. Não fossem elas, dava pra ver o ma...