segunda-feira, 13 de junho de 2011

Estado registra 335 casos de pedofilia

Olívia de Cássia – Repórter

A pedofilia é um dos piores crimes praticados contra crianças e adolescentes. Em Alagoas, já foram registrados durante este ano 335 casos. Para cada dez casos, nove são de abuso sexual.

A informação é do presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, em Alagoas (OAB/AL), Gilberto Irineu, em entrevista ao jornalista Fernando Palmeira, na Rádio Gazeta, no sábado, dia 11.

Segundo ele, a pedofilia está presente em todo o Estado de Alagoas. “Lamentavelmente, isso acontece. É a mais cruel forma de tortura contra a criança”, disse o advogado, observando que as pessoas que estão nos presídios, por terem praticado o crime de pedofilia, não têm intervenção psicossocial para tratá-las.

O advogado disse que a legislação ainda é pobre, para tratar dessas questões. “O Brasil é o quarto país a comercializar vídeos e fotos pornográficos. Estatisticamente, dentro da própria família é que é praticada a pedofilia, por padrastos e outros familiares”, conta.

Irineu exemplifica que no bairro do Bom Parto, em Maceió, um padrasto de 28 anos molestou uma criança de sete anos. A mãe, segundo ele, depois foi pedir para que a denúncia fosse retirada.


ATENÇÃO


Em Penedo, o Conselho Tutelar denunciou autoridades da cidade envolvidas com essa questão e a conselheira que efetuou a denúncia teve que sair da cidade para não morrer. Presidente da CDH da OAB, Irineu disse que as famílias precisam ficar atentas quando a mãe sai de casa.

“É sempre nessa hora que o pedófilo resolve agir”. Ele orienta que as famílias de crianças e adolescentes alertem aos conselhos tutelares da região e que não deixem de denunciar pelo disque 100.

“A pedofilia é o mais silencioso dos crimes; o mais grave é que muitas dessas crianças param de estudar”, disse. O advogado destaca que é preciso que a sociedade reúna forças para conter a pedofilia, que é um desvio de comportamento.

“O objetivo é alertar a sociedade, porque os pedófilos buscam crianças – é uma questão de saúde pública, é uma linha desigual do adulto contra a criança e uma transgressão do direito, o direito da criança”, finaliza.

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