sexta-feira, 17 de junho de 2011

Sessão especial debate alternativas para o desenvolvimento da região sertaneja

Fonte: Ascom/ALE
(Texto e foto)

As ações desenvolvidas pelo Instituto Xingó, através do programa de mesmo nome, foram apresentadas na manhã desta sexta-feira, 17, no plenário da Assembleia Legislativa. A sessão especial, proposta pelo deputado Inácio Loiola (PSDB), deixou o plenário lotado. O Programa Xingó abrange a região da bacia hidrográfica do rio São Francisco, na confluência dos estados de Alagoas, Bahia, Pernambuco e Sergipe, que abriga 600 mil habitantes e tem como ponto de referência o complexo de oito usinas hidrelétricas entre Itaparica (PE) e Xingó (AL/SE).

O Instituto foi criado a partir de uma proposta da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), parceira da entidade, para a implantação de programas de desenvolvimento sustentável, com vistas a apoiar as potencialidades da região. “Além da Chesf, o Instituto tem vários parceiros, a exemplo do próprio Estado de Alagoas, o CNPq, o Ministério da Ciência e Tecnologia e os reitores das quatro universidades do entorno da região, ou seja, as federais de Alagoas (Ufal), Pernambuco (UFPE), Sergipe (UFS) e Bahia (UFBA)”, esclarece Inácio Loiola.

O sertão alagoano, acredita Inácio Loiola, reúne todas as condições climáticas e agricultáveis para tornar-se um pólo de fruticultura, a exemplo de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), além de poder consolidar-se como pólo de turismo cultural e do turismo de aventura, a partir do resgate e da valorização da história e do artesenato das comunidades locais.

“A região do alto sertão alagoano pode representar para Alagoas, em termos de desenvolvimento econômico e social, o mesmo que a árida região da Califórnia representa para os Estados Unidos. Basta maior empenho e vontade da classe política, em consonância com a iniciativa privada, as instituições de pesquisas e a sociedade em geral”, disse, entusiasmado, o deputado Inácio Loiola.

O vice-presidente do Conselho Gestor do Instituto Xingó e reitor eleito da Ufal, Eurico Lôbo, enalteceu o trabalho desenvolvido pela entidade. ”O Instituto é importante para alavancar o desenvolvimento da região e as universidades são fundamentais no processo de formação”, afirma Lôbo.

O diretor-geral do Instituto, Reinaldo Falcão, ex-prefeito do município de Água Branca, acrescentou que o trabalho desenvolvido pelo órgão está voltado ao trabalho científico, visando as necessidades da região. “Nosso maior desafio, atualmente, está no trabalho de preservação do pitu, que estava ameaçado de extinção. Hoje, a espécie está preservada em laboratório”, afirma Falcão. Ele lembra que o Instituto amplia seu leque de atuação em diversas áreas da piscicultura.

Na relação desse trabalho relacionado à piscicultura, Reinaldo Falcão lista o incentivo à criação de tilápias, com o beneficiamento do couro do peixe e a introdução do seu filé na merenda escolar, reprodução do pitu, além da criação de ovinos e caprinos, cultivo do caju, preservação do meio ambiente, apicultura, os tradicionais engenhos de açúcar, a cultura, o artesanato, novos conhecimentos tecnológicos e, sobretudo, o desenvolvimento autossustentável da região do semiárido.

O presidente da Assembleia, deputado Fernando Toledo (PSDB), afirmou que a Casa abre suas portas para fortalecer as ações do projeto. “Nosso objetivo, com isso, é mais a capilarização para ampliar o conhecimento das ações do Instituto Xingó, bem como levar o apelo cultural e histórico para a população”, encerrou Toledo.

A sessão contou com a presença dos deputados Antonio Albuquerque (PTdoB), Dudu Holanda (PMN), Edval Gaia (PSDB), João Henrique Caldas (PTN), Joãozinho Pereira (PSDB), Judson Cabral (PT), Sergio Toledo (PDT) e Severino Pessoa (PPS).

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