quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Denúncia mal apurada de coligação rival constrange famílias em União dos Palmares

Por João Paulo Farias – O Relâmpago - Texto e Fotos

O clima de “paz e amor” das eleições em União dos Palmares começou a desmoronar desde o último sábado, 25, onde uma série de ataques a banners de propaganda eleitoral e a até mesmo veículos da coligação “Um Novo União Para Todos”, que tem como candidato a prefeito de União, o médico Beto Baía (PSD).

O fato novo da campanha majoritária foi uma denúncia de crime eleitoral, feita por volta das 12 horas desta quinta-feira, 30, pela Coligação “Para União Continuar Crescendo”, que tem como candidato a prefeito do município, o ex-governador, Manoel Gomes de Barros (PSDB).

Segundo a denúncia, um microônibus adesivado que presta serviços à campanha de Beto Baía estaria cheio de cestas básicas que seriam entregues a algumas famílias do município. O ônibus estava com dez pessoas, que vinham de Maceió, onde foram fazer compras.

Os ocupantes do veículo juntamente com o motorista, Luís Araújo, 62, foram levados à Delegacia Regional de União dos Palmares; o motorista foi ouvido pelo escrivão da delegacia e os moradores que estavam no ônibus apresentaram as notas fiscais das respectivas compras.

Segundo o coordenador da campanha de Beto Baía, Edemir Morais, o ônibus é locado à campanha das 15 às 20 horas, onde leva as pessoas que trabalham na campanha. Fora deste horário, o motorista fica à vontade para fazer seu trabalho.

“O ônibus, todos sabem aqui na cidade, transporta pessoas que fazem compras grandes no Hipermercado Atacadão, em Maceió, como também faz viagens a Caruaru. Esse serviço é feito há mais de 20 anos”, disse Edemir.

Após averiguação por parte da Policia Civil das notas fiscais individuais de cada passageiro, foi comprovado perante o chefe de expediente da delegacia e do chefe do cartório eleitoral, que não houve crime eleitoral. “As mercadorias eram lícitas”, ressaltou Edemir.

O coordenador acrescentou que membros da coligação denunciante mesmo perante as provas de que não houve crime eleitoral, pediram para que fosse feito um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).

CONSTRANGIMENTO

O clima era de revolta por parte dos ocupantes do veículo interceptado. Os moradores residem no Bairro Sagrada Família, periferia da cidade e se deslocam mensalmente a Maceió para fazer suas compras. Segundo eles, é mais barato os alimentos na capital.

Uma senhora muito revoltada fez questão de apresentar as notas fiscais de sua feira: “Olhem aqui, meu suor e meu dinheiro”, disse.

Por volta das 16 horas todos foram liberados para suas residências.

Baixaria nas campanhas eleitorais

Olívia de Cássia – jornalista

Hoje eu vou falar de um tema que está na pauta do dia do brasileiro: as baixarias na campanha eleitoral. Todo ano de eleição é isso, à medida que o pleito vai se aproximando, os ânimos vão se exacerbando, as paixões ficando mais ardentes e começam as agressões, os xingamentos mútuos e a desqualificação do adversário.

Mas quem pensa que isso só acontece em terras tupiniquins está enganado. Nos Estados Unidos, candidatos do mesmo partido lançam acusações contra seu correligionário, para atrair os votos necessários para se qualificar como o candidato oficial do partido para vencer as eleições que lá tem sistema diferente do nosso.

Lá e cá cada candidato quer mostrar as fraquezas do outro, mostrar os pontos fracos e crescer diante disso. As denúncias e os boatos se avolumam na Justiça Eleitoral, que muitas vezes não dá conta de tanta coisa.

No Brasil, Por ser eleição municipal, os candidatos a prefeito e vereador recebem apoios de deputados, senadores, governadores, empresários e outros setores da sociedade, que vão ao guia eleitoral pedir votos para os seus correligionários.

O guia eleitoral poderia servir como uma vitrine para colocação de propostas e argumentos propositivos, sinal de amadurecimento político, mas se torna hilário com as palhaçadas que são apresentadas. Candidatos sem conteúdo, aproveitadores de plantão que sempre aparecem quando tem eleição.

Em Alagoas, tanto na capital quanto no interior do Estado, a campanha agora começa a tomar outros rumos, com a aproximação do dia 7 de outubro. A campanha se intensifica nas ruas, com xingamentos, palavrões e agressões, que já se tornaram comuns nessa época. Não deveria ser assim.

Em Maceió, nas primeiras caminhadas que fez, o candidato do (PDT) Ronaldo Lessa chamou o governador de ‘cara de buraco’ e outros ‘elogios mais’. Tenta desqualificar seus adversários com criancices e arroubos próprios da sua personalidade.

Na semana passada, o senador Fernando Collor (PTB) esteve em União dos Palmares, xingou o atual prefeito, chamou-o de frouxo e outros palavrórios mais e disse que ia expulsá-lo do seu partido. Pura lavagem de roupa suja. O gesto de Collor dividiu a população. Há quem aplauda a baixaria, isso é lamentável, deveria ser civilizado.

Outro fato que chamou a atenção da população palmarina essa semana foi o ato de desrespeito. Dois carros de coordenadores da campanha de Beto Baía (PSD) em União dos Palmares, foram alvo de vandalismo.

Em um dos carros foi jogado solvente e um baner do candidato foi cortado com estilete. Uma prova da imaturidade de quem coordena essas campanhas, que não fiscalizam tais atos. Em época eleitoral gastam-se fortunas nas campanhas em todo o mundo, dinheiro que poderia ser usado para ações de políticas públicas aos mais necessitados.

Justiça de Alagoas registra primeiro casamento entre mulheres em União

Foto de Antônio Aragão
Fonte: Alagoas 24 Horas - Com Atônio Aragão e Cláudia Galvão

Depois de registrar a primeira união homoafetiva, em março desse ano, envolvendo o mecânico Cristiano Costa de Amorim, 43, e o cozinheiro Josenildo Soares da Rocha, 33, União dos Palmares registrou nessa quinta-feira, 30, mais um casamento homoafetivo, desta vez das jovens Franklyne da Silva Oliveira e Luana Ferreira Barros. A união foi oficializada no Fórum Juiz Franklin Gama de Lima, pelo juiz Ygor Vieira de Figueiredo.

A união chamou a atenção dos demais casais presentes ao fórum na manhã de hoje. O juiz, no entanto, fez questão de ressaltar a igualdade da união. “O que importa é a família estar unida e feliz. Esta união só não é mais comum porque poucas pessoas se expõem para mostrar que são iguais no amor”, defendeu.

Durante a cerimônia, o juiz ainda defendeu o direito da família e se disse feliz pela presença das noivas. Questionada sobre como se sentia sobre a união, Franklyne disse que não tinha palavras para descrevê-la e que aquele era o momento mais feliz da sua vida. O casal ainda ‘convidou’ outros casais homossexuais a oficializarem as suas uniões.

O primeiro casamento entre pessoas do mesmo sexo foi celebrado pela juíza Lorena Carla Sotto Maior, também em União dos Palmares.

Professores, técnicos e alunos da Uneal saem às ruas de União dos Palmares para cobrar melhorias

Por João Paulo Farias – O Relâmpago - Texto e Fotos

Dezenas de alunos, professores e técnicos administrativos do Campus Universitário Zumbi dos Palmares saíram em protesto pelas ruas do centro da cidade. Com cadeiras nas mãos, faixas e cartazes, os universitários cobraram do Governo do Estado, melhorias na Universidade.

Com palavras de ordem, os estudantes bloquearam as principais vias de tráfego do centro e com cadeiras sentavam no meio da rua e explicavam às pessoas que observavam o ato, como pedestres e motoristas, o caos em que se encontra a Uneal, que atende nos seis campi espalhados no interior do Estado, mais da metade dos municípios alagoanos.

“Téo cara de pau, respeite a Uneal”, “Teosunami”, era o grito de guerra daqueles alunos e professores revoltados com o descaso na educação, provocado pelo governador de Alagoas, Teotonio Vilela.

Na extensa pauta de reivindicações, vem o concurso para repor os professores do quadro efetivo, já que a instituição tem uma carência de mais de 280 professores. “Estamos em estado de greve e se tudo indica que até o dia 4 de setembro vamos entrar em greve”, disse o diretor do Campus V, professor Reinaldo Sousa.

Reinaldo Sousa, diretor do Campus V

Reinaldo lembra que o descaso do governo Teotonio Vilela com a Uneal é de muito tempo. “Não temos autonomia financeira, o valor destinado aos seis campi da Uneal é de 205 mil reais mensais, menos que as despesas de cafezinho da Assembleia Legislativa”, denuncia o diretor.

“O governador se recusa a ouvir o nosso reitor Jairo Campos, que tem poder de chefe de Estado”, disse Reinaldo, pontuando que até a realização do vestibular da Uneal está comprometido.

Segundo Reinaldo, é necessária uma reposição salarial de 17,38% dos docentes, “como também a liberação de quase dois milhões de reais que já estão na conta do Banco Nacional de Desenvolvimento, para construção da sede do Campus de União dos Palmares, como também reformas nos demais campus da Uneal”, concluiu.

A coordenadora do DCE da Uneal e vice presidente do Centro Acadêmico de Letras do Campus V, Cynthia Rosalik, denuncia que no sétimo período do curso de Letras só há dois professores. “Estou sendo prejudicada por esse governo que não quer que o filho do pobre, do trabalhador tenha uma educação de qualidade”, observou a estudante.

Rosalik lamenta que o Campus de União dos Palmares não tem sede própria, que está funcionando numa escola municipal, que não tem as mínimas condições para estes alunos estudarem. “Eu tenho 26 anos e estou sentada numa cadeira do ensino infantil”, denuncia.

Ela lembra ainda que em novembro de 2011, o governador trouxe para a negociação 11 pontos de pauta, dizendo que o concurso público para professores efetivos da Uneal seria em 1° de junho deste ano. Agora a argumentação é a de que não haverá concurso.

“Estamos sufocados como estudantes, porque não temos professores suficientes, dessa forma não tem condições de a gente concluir o nosso curso”, finaliza.

No dia 19 de setembro haverá uma grande assembleia, na Assembleia Legislativa Estadual (ALE), com alunos, professores e técnicos da Universidade.

Welton Roberto promove debate sobre anteprojeto do Código Penal

Advogado Welton Roberto

Por assessoria

Com o tema “Café com Direito: um olhar humano sobre o novo anteprojeto do Código Penal Brasileiro”, o conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Welton Roberto, promove - no próximo dia 10 de setembro - um amplo debate sobre as possibilidades de mudança na legislação penal, em um workshop que tem como público alvo jornalistas.

O evento pretende aprofundar o tema com os profissionais da imprensa que lidam - em seu cotidiano - com notícias e informações envolvendo o Código Penal. Como é sabido de todos, a matéria passa por uma detalhada discussão em todo o país em função das alterações que estão sendo propostas, proporcionando emendas ao novo anteprojeto deste mesmo Código.

De acordo com Welton Roberto, o objetivo é debater com os participantes estas alterações, além de expor conceitos do Direito Penal, eventuais aprovações e alterações de medidas punitivas. “serve como caminho para aproximar a sociedade do direito mais violento que o Estado possui, que é o Direito Penal, geralmente algoz da classe mais pobre da sociedade”, salienta o conselheiro.

Welton Roberto - que é especialista na área e foi nomeado para a comissão especial de juristas que analisam o anteprojeto - ressalta: “estou tentando democratizar a minha participação com a sociedade formadora de opinião, estudantes, profissionais e outros interessados, assim como fiz com a minha ação junto ao Conselho Federal da OAB. Quero levar - na apresentação do anteprojeto, no dia 19 - uma posição da sociedade alagoana sobre o que vem sendo discutido”.

O conselheiro federal chama atenção para a importância do debate, pois - em sua visão - “afasta alguns fantasmas e dogmas que alguns jornalistas e a sociedade de uma forma geral possuem sobre o Direito Penal; como quando se fala das brechas da lei, de que as penas são brandas, enfim. Quando na verdade sequer se conhece a dogmática penal, seus anseios e conceitos”.

Assim, o advogado sustenta a democratização de seu trabalho no Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil atentando para a necessidade vital de “não levar apenas para a discussão os conceitos do jurista, mas de todo o contexto social que precisa participar ativamente do processo que definirá o novo Código Penal do país”.


Evento

Workshop Café com Direito: Café com Direito: um olhar humano sobre o novo anteprojeto do Código Penal Brasileiro

Data e Horário: Dia 10 de setembro; às 8h00

Local: Hotel Radisson

Inscrições pelo email: weltonroberto@gmail.com

Número de vagas limitadas em 40 participantes. Os inscritos devem informar o veículo de comunicação para o qual trabalham

Os anos passaram...

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

Era uma vez uma história de amor interrompida pelo tempo e pelas intempéries da vida. Muitos anos se passaram desde a última vez em que ficamos juntos.

De lá para cá muita coisa mudou, a vida seguiu seu rumo, mas ainda me pego pensando nos momentos vividos...

Não entendo o motivo de eu ser assim, tola, ingênua e encantadoramente sensível, eu não sei. Esquecer é preciso, é o que me dizem.

Os outros não entendem isso. Afirmam os céticos que a gente não deve falar de passado, que o que passou já foi. Mas eles também não me ensinaram a fórmula do esquecimento.

O que a gente faz para esquecer um grande amor? Quando a gente não tem mais o que viver de sentimentos, se vive apenas das lembranças boas do que viveu.

O sonho que sonhei agora tinha sabor de encontro, cumplicidade, serenidade e saudade.
Éramos duas metades incompletas que se redescobriam e se reiventavam.

Os sonhos têm seus encantos; independem da nossa vontade, dizem que está no nosso subconsciente. Eu não sei.

Eu te via de longe e você se aproximava. A partir daquele instante nunca mais a gente se separava. Lutamos contra o mundo e contra todos.

No sonho de agora, nós nos reencontrávamos e retomávamos para sempre a nossa vida, do ponto que tínhamos interrompido, como num filme imaginário de Godard.

Mas no mundo real que a gente vive, para sempre é um lugar que não existe. Acordei chorando de saudade.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Minhas inquietações...

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

Ando desassossegada, inquieta e dispersa. Preciso encontrar um equilíbrio de vida...
Um ponto em comum que me faça aquietar os pensamentos, sossegar o juízo e ser feliz...

Sempre tive uma solidão interior e necessidade de me isolar do tempo e da vida e encontrava nos livros a resposta que eu procurava.

Estou procurando muitas respostas. Uma situação que me deixe serena, tranquila, sem ter medo de nada, sem ter medo da vida...

Ando inquieta e dispersa por esses dias. A ansiedade me faz ficar agitada... Inquietação é substantivo feminino. Não posso continuar assim...

Estou afogueada e nervosa sem saber o motivo, me consumindo em pensamentos diversos, profundos. Sinto saudade e não de quê. Inquietações do tempo que me consomem a alma...

A idade vai entrando pelo tempo e vai trazendo todas as marcas que acumulamos na nossa vida. Inquietações que eu tenho de viver...

De viver o que não foi vivido, proibido, escondido...Inquietações minhas...

Câmara de Vereadores de União discute crise da Uneal


Por João Paulo Farias – O Relâmpago - Texto e Foto

A sessão ordinária desta terça-feira, 28, da Câmara de Vereadores de União dos Palmares discutiu a situação da Universidade Estadual de Alagoas – Uneal, que atualmente passa por uma crise fiananceira.

O diretor do Campus Universitário Zumbi dos Palmares, professor-mestre Reinaldo Sousa, esteve na Câmara, para explanar vários assuntos referentes à instituição que está em estado de greve e pedir o apoio do Poder Legislativo municipal nas atividades e reivindicações da Uneal.

Segundo Reinaldo, o Governo do Estado não tem interesse com a educação, já que a Universidade atende nos seis campi, metade dos municípios alagoanos, mas com inúmeras carências, principalmente no quadro de professores.

“O governo fecha as portas da negociação conosco, o reitor (Jairo Campos), não tem sido recebido no gabinete do governador, a greve vem sendo construída há quatro anos”, disse o diretor.

Reinaldo que esteve na Câmara junto com o representante dos técnicos administrativos, José Minervino, e mostrou aos presentes os pontos da reivindicação da instituição que foram entregues ao governador Teotonio Vilela.

Na pauta de reivindicações da Uneal estão pontos como: concurso para repor professores do quadro efetivo, já que a instituição tem uma carência de 280 profissionais; Plano de Cargos e Carreiras, que já foi elaborado, enviado ao governador, porém falta ser enviado pelo Executivo à Assembleia Legislativa.

Professor-mestre Reinaldo Sousa

Além desse pontos, constam na pauta a construção da nova sede da Universidade no município de Arapiraca; a construção do Campus V da Uneal em União dos Palmares, cuja a verba está orçada em um milhão e 700 mil e já está em conta.

Segundo Reinaldo, por falta da assinatura do governador do Estado, as obras não foram iniciadas. Ele explica que há mais de três anos o terreno para construção do Campus, foi doado ao Estado pela prefeitura municipal.

“Hoje o terreno com quase um hectare está sendo ocupado por famílias sem-terra”, observou o professor, fazendo um convite aos parlamentares a comparecerem as duas atividades que serão promovidas nos próximos dias, em defesa da instituição.

“A primeira será uma panfletagem no centro da cidade, na próxima quinta-feira, 30, às 10 horas. A segunda atividade será uma grande assembléia, na Assembleia Legislativa de Alagoas, no dia 19 de setembro”, explicou.

APOIOS

O presidente da Casa de Hermano Plech, vereador Bruno Praxedes (PSDB), disse que uma monção de apoio será enviada ao Campus da Uneal, no município. Ele destacou que a Câmara de Vereadores nunca se furtou em apoiar a causa da universidade.

Já o vereador Edvan Correia (Bobo) (PTB), disse ficar triste com a situação da Uneal. Ele criticou o governador Teotônio Vilela que, segundo ele, se furta em abrir espaço para ouvir as reivindicações dos professores e demais profissionais.

“Alagoas é recorde em miséria, analfabetismo e violência, por isso repudio esse governador miserável”, disse Bobo.

O vereador aproveitou a oportunidade e junto com seu colega de partido, vereador Fabian Holanda, propôs a pedir, por meio de ofício ao senador Fernando Collor, alguma ajuda para essa situação.

Os sonhos que sonhávamos juntos se foram

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

O sono se foi nessa madrugada de poucos ventos, de poucos amores.

Ao longe ouço o barulho do mar. E todas as vezes que eu penso em você eu me lembro do mar.

O mar de ondas revoltas e espumas flutuantes se agita lá fora. É madrugada.
O mar inspira os amantes a fazerem poesia e versos.

Lembro-me de um tempo bem longínquo, quando fazíamos confidências à luz do luar e à beira do mar.

Os sonhos que sonhávamos juntos já se foram, embalados que eram pelas nossas músicas preferidas, que inspiravam as nossas confidências mais profundas...

Pela madrugada afora a gente ia confessando pecados, os mais íntimos segredos; segredos nossos, só nossos e de mais ninguém...

Longe de mim a fúria de Titãs. Não quero alimentar: rancores, angústias e nem sentimentos negativos dentro de mim.

Mas os sonhos que sonhávamos juntos já se foram ...Os sonhos...

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Assembleia aprova projeto que cria Comissão Permanente de Ciência e Tecnologia

Foto de Olívia de Cássia - arquivo
Por Charlene Araújo


Durante sessão realizada nesta terça-feira, 28, foi aprovado, em segunda discussão, o Projeto de Lei de autoria do deputado João Henrique Caldas (PTN), que cria a Comissão Permanente de Ciência e Tecnologia. A partir disto será possível fiscalizar mais de perto os assuntos relacionados à área de comunicação, informática, inovação, ciência e tecnologia.

Em funcionamento, a comissão poderá observar a prestação de serviço das empresas de telefonia móvel de forma mais incisiva, inclusive com ações contundentes em relação à má prestação destes serviços.

Segundo JHC, é uma ótima oportunidade para que temas que envolvam ciência, tecnologia, comunicação e informática comecem a ser discutidos de forma mais séria.

Agora o projeto seguirá para sanção do governador.

Deputados derrubam vetos do governo

Foto de Olívia de Cássia - arquivo
Olívia de Cássia – com informações de Nigel Santana e assessoria da ALE

Na primeira sessão da semana, realizada nesta terça-feira, 28, com a presença de 18 deputados, os parlamentares derrubaram três vetos do governador Teotonio Vilela (PSDB) a projetos que já tinham sido aprovados na Casa.

A votação dos vetos aconteceu depois de um entendimento de lideranças quando a sessão foi suspensa por 30 minutos, solicitada pelo deputado Ronaldo Medeiros (PT)
O primeiro veto derrubado foi o que diz respeito à contratação de bombeiro civil por empresas em Alagoas.

A matéria trata da obrigatoriedade da contratação de bombeiros civis, por parte das empresas organizadoras de grandes eventos populares, bem como de empreendimentos de grande porte que concentrem um alto fluxo de pessoas. Uma comissão de bombeiros civis, que acompanhava a sessão, comemorou a derrubada do veto.

Outro PL rejeitado pelo governo e derrubado pelos parlamentares foi o que reajusta os salários e cria cargos no Ministério Público Estadual.

CONTAS

As contas dos governos Ronaldo Lessa (PDT), entre 2005 e 2006, e do atual governador Teotonio Vilela (PSDB), nos anos 2007 e 2008, foram aprovadas pelos deputados estaduais.

Na semana passada, a ALE fez esse mesmo procedimento, ao atestar que o governo de Lessa teve sua gestão fiscal legitimada, como reforçou o parecer do Tribunal de Contas do Estado.

O petista Judson Cabral voltou a criticar a demora em apreciar as matérias em plenário. Em entendimento com o deputado Ronaldo Medeiros, Cabral conseguiu retirar de pauta dois pareceres que levariam à aprovação da gestão fiscal do governo Teotonio Vilela, entre 2009 e 2010. A previsão é que na próxima semana seja aprovado.

As descobertas interiores...

Olívia de Cássia - jornalista

Nossa vida é uma evolução constante, um processo de descobertas e aprendizado. Um dia você se descobre amadurecido, com os erros e defeitos, aptidões e desejos que muitas vezes não tinhas ainda descoberto ou percebido.

O crescimento interior exige muita sabedoria, muita dor e muita renúncia. Para a gente ser melhor, precisa passar pela dor da alma. A vida vai ensinando que, quando necessário, é preciso renunciar, reaprender a viver. É preciso perdoar e saber aprender a perder.

Essa certeza acontece dentro de nós quando estamos em um ‘estado especial de consciência’, quando há tranqüilidade interior, ausência de ansiedades ou desejos e muita paz, sem julgamentos ou emoções, um momento simples, silencioso, mas de reflexão.

Avalio que estou passando por mais um processo de aprendizado, ansiosa que estou por conhecimentos interiores. Nessa caso a adrenalina aumenta no organismo. Podemos crescer com as intempéries da vida, com as perdas que vamos tendo ao longo da vida e com os abandonos que sofremos.

É um processo que exige muito discernimento e também abstração. É preciso a gente deixar de lado e não supervalorizar muitas situações que aparecem à nossa frente. Dizem os estudiosos da psicologia, que para se criar condições para a realização da nossa ‘sincronicidade’, é necessário o autoconhecimento.

“O único caminho possível para controlar os elementos em nós e dominar os pensamentos, as emoções e as vontades”. Para que a gente cresça, além do autoconhecimento é preciso viajar em nós mesmos.

Segundo Antônio Houaiss, a viagem interior é o ato de partir de um lugar para outro. É o deslocamento relativamente distante e o resultado desse ato é o espaço percorrido ou a percorrer, um percurso, ou seja lá que conceito seja dado para isso.

O ser humano é transitório por natureza, mas é, ao mesmo tempo, co-responsável por seu destino individual e coletivo. Aprendi desde muito cedo com meu pai que devemos pautar nossa vida para as boas escolhas, agora, mais do que nunca tenho essa convicção.

A vida vai ensinando, com dor ou sem ela. Fica o tema para se refletir. Boa noite para os leitores do blog.

De volta à rotina

Olívia de Cássia – jornalista

Chego sôfrega ao trabalho, não aguento mais subir ladeira; a resistência física vai diminuindo com os anos e a vida sem atividade física. O sol nasceu, mas o dia ainda não esquentou.

A semana útil que começa nesta terça-feira, depois de um feriado municipal do Dia da Padroeira na capital, para alguns, promete ser movimentada também.

Hoje o guia eleitoral na televisão é da propaganda dos candidatos a vereador. Tem candidato miolo mole prometendo apresentar projeto para acabar com os tarados. Deve ter sido colocado ali como é feito todo ano de eleição, para fazer palhaçada mesmo e desmoralizar o processo eleitoral.

Cada ano que passa diminuem os candidatos mais propositivos e aparecem essas malas para avacalhar ainda mais as eleições. A Justiça Eleitoral deveria fiscalizar isso também. O eleitor passa a generalizar e difundir que todos são iguais e que não tem jeito.

Nas ruas de União dos Palmares ainda repercute o discurso ‘bateu levou’ do senador Fernando Collor, que teria chamado o atual prefeito, que é do mesmo partido dele, de frouxo. Tudo isso porque o prefeito está apoiando o candidato da situação, o ex-governador Mano, desafeto do ex-presidente.

Quem conhece Fernando Collor sabe do seu estilo. Quem ainda tem memória e acompanhou todo o processo do impeachment sabe disso. Mas como nenhum candidato recusa apoio, meu amigo Beto Baia foi ‘obrigado’ a aceitar apoio do senador acima citado.

Cada ano que passa as baixarias tomam conta das campanhas eleitorais, são ataques virulentos à individualidade e vida pessoal dos adversários e proposta que é bom, a gente enxerga muito pouco, principalmente no interior do Estado.

Política é uma atividade estranha por aqui. Os inimigos ou desafetos de ontem passam as ser os aliados de hoje e vice versa. Acompanho isso desde a década de 80, quando os movimentos sociais tinham atividade forte.

A maioria mudou de lado; não tenho nenhuma crise com quem muda de lado e de opinião, a mudança faz parte do processo de crescimento interior, mas se pelo menos a mudança fosse para construir uma sociedade mais justa e sólida, coisas positivas, eu ia aplaudir.

O pior é que a gente sabe que tudo fica por conta do ‘é dando que se recebe’ e da luta desenfreada pelo poder e pela ganância atrás do dinheiro.

Os partidos que ainda se dizem de esquerda precisam fazer uma reflexão, repensar a conjuntura e não ficar repetindo chavões tão conhecidos por aí. Precisamos nos reorganizar, reciclar, redefinir, reagir sob pena de nos tornarmos caducos.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Tive sonhos...

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

Ontem à noite eu tive um sonho bom.
Sonhei que tu eras uma realidade
E que eu era uma fada encantada
que realizava todos os teus desejos,
vontades e sonhos.
Ontem eu tive um sonho
e eu era uma menina
que te amava e tu
me amavas também.
Foi um sonho bom, apenas....

Toda alegria...

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

Toda alegria é fundamental na vida da gente.
A ordem geral é esquecer a tristeza,
apostar naquilo que te faz bem
e deixar de reclamar da sorte.
Acreditar que dias melhores
estão para chegar e quando vierem
que sejam bem-vindos e festejados.
Toda a alegria é fundamental...

domingo, 26 de agosto de 2012

Amanhã é outro dia....

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

Amanhã é outro dia. A esperança com certeza vai renascer, o sol vai brilhar intenso e vai iluminar os nossos caminhos. Vou ser outra pessoa a partir de amanhã, repito para mim, todos os dias a mesma história.

Vou ser alguém mais forte e mais firme, não deixarei me enganar por situações passageiras e inconstantes. Sinto tanta falta de você, estou tão sozinha, frágil e indefesa, que nessas horas eu não respondo por mim...

Sou parte de uma trama complicada que é a vida. Eu não soube conduzi-la como deveria. Afogo minhas mágoas na embriaguez de uma noite perdida, sem saber para onde vou nem o que farei no dia seguinte.

Não tenho medo de dizer que te amo e que queria te abraçar nesse instante. Um abraço apertado e cheio de significados que você poderia nem entender. Amanhã é outro dia, estou só sem você.

Onde anda você que não me escuta?

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

Choro a esperança perdida, choro a oportunidade desperdiçada, choro a tua ausência sentida. Tenho saudade de ti. Saudade da pessoa que pensei que tu eras. Tantos anos vividos. Duas vidas, duas metades incompletas.

Minha vida é curta, não posso deixar passar as oportunidades que surgem no meu caminho. Toca o celular, corro apressada pensando que é uma mensagem tua, mas o engano é constatado logo no primeiro instante.

Não é você. Você que já abstraiu os momentos que passamos juntos, momentos de uma vida inteira de tantos anos de sonhos... Nem parece que nos conhecemos desde a infância....

Somos dois desconhecidos pelas ruas da vida, perambulando por aí. Eu queria te encontrar algum dia pela vida, para dizer o que não foi dito, palavras incontidas. Tu vives por aí uma vida que não é tua, fingindo que és outra pessoa.

Eu não sei fingir ser quem eu não sou. Sou parte desse enredo complicado que é a vida. Duas metades incompletas e dispersas. Estou só e incompleta, sinto falta de você. Onde anda você que não vejo há tanto tempo?

Sou parte desse enredo louco que a vida tratou de dividir. Duas vidas incompletas, para sempre sem você. Sinto a tua ausência e não sei onde te procurar. Será que vale a pena viver assim, incompleta, dispersa, infinitamente sozinha?

Onde anda você que não vem me responder todas as perguntas que ardem e queimam dentro de mim....?

A política é um jogo

Olívia de Cássia – jornalista

O Brasil vive o clima das eleições municipais que acontecem no próximo dia 7 de outubro. Candidatos botam o ‘bloco na rua’ para mostrar propostas, tentar ganhar o voto do eleitorado e disputar seus espaços. A briga é de titãs.

Nem sempre o jogo da política é um jogo limpo. Na maioria das vezes a disputa se transforma em briga pessoal e as propostas vão ficando de lado, confundindo o eleitorado. É o jogo pelo poder e muitas vezes pelo dinheiro mesmo.

Na década de 70, em União dos Palmares, já tinha briga política dos dois lados. Partidários de Mano e de Afânio Vergetti se engalfinhavam nas ruas, brigavam de maneira atabalhoada, famílias se desuniram, amigos brigaram, pessoas morreram, tudo em nome da política.

Desde menina acompanho essas contendas e hoje sei que não valem a pena. Meu pai era um homem apaixonado por eleição e fã número um do seu primo-político Afrânio Vergetti de Siqueira. Herdei do meu pai esse lado também.

Fui crescendo e quando cheguei à faculdade me integrei logo às pessoas de pensamento mais à esquerda, simpatizei logo com eles e entendi naquela época que eu não era tão errada assim por pensar tão diferente da maioria dos meus amigos.

No Diretório Acadêmico e nos Centros Acadêmicos a disputa não era diferente dessa que a gente ver por aí. Depois de presenciar tanta coisa hilária na política, alianças sem princípios e coisas estranhas àquilo que pregávamos quando lutávamos na rua em passeatas por uma sociedade melhor e mais justa, fui me afastando das brigas e contendas e hoje prefiro ficar mais na observação e análise de caso.

As forças de esquerda lutaram para chegar ao poder, mas parece que muitas pessoas quando chegam lá não sabem lidar com isso e metem os pés pelas mãos. Os fatos estão aí na mídia para comprovar. Falo com a experiência que os 24 anos de profissão me deram.

O Movimento de Combate á Corrupção Eleitoral tem feito várias denúncias que nos deixam arrepiados de tão absurdos que são os casos. Devemos procurar votar naquele candidato que apresente melhor programa de governo e melhores propostas, para que depois possamos cobrar as promessas de campanha.

Aprendi com meu pai que o voto da gente é uma arma e é sagrado e que ninguém tem o direito de compra-lo. Votar é um exercício de cidadania e não devemos transformar o nosso voto em mercadoria barata. Fiquem com Deus.

Tento me refazer...

Olívia de Cassia Correia de Cerqueira

Tento me refazer do susto. O sol já vai alto, aquecendo campos, mares e florestas. Meu coração acelera. De medo, dor, aflição e esperança. Sinto vontade de chorar. Tudo misturado. Meu sangue corre forte nas minhas veias...

Os sentimentos se confundem, se fundem. Já não sei se sinto dor, amor, paixão ou sofreguidão. Não sei mais avaliar minhas necessidades. Vontades...

Preciso de tua mão amiga para me guiar e fortalecer, do teu corpo ainda latente para me abraçar e me fazer sentir segura.

Sou mulher de corpo e alma, mais alma do que corpo, mais emoção que medo. Tenho medo do medo. Não quero sentir medo, o medo aprisiona os corações.

Há muitas pedras em meu caminho...

Olívia de Cássia - jornalista

Há muitas pedras no meu caminho. Há impedimentos diversos para quem tem problema neurológico. A gente às vezes finge que não se importa com as limitações, mas quando elas se fazem presentes mostrando e gritando nossos impedimentos, a gente recua.

Há dores e flores no meu caminho, mas não quero fazer com que essas dores me impeçam de vez de tentar ser feliz, de apreciar as flores do campo. Quero ainda poder pensar, ver o mar, escrever, ler, fazer minhas tarefas corriqueiras durante muito tempo, fazer amigos e me divertir.

Luto cotidianamente e peço a Deus todos os dias para me permitir mais alguns anos de vida útil, minha cabeça pensante, meu cérebro ativo e meu caminhar ainda que cambaleante. Não quero pensar nessas limitações que poderão vir com o tempo e que já batem à minha porta, me indicando o que terei pela frente.

Quero ser feliz, quero poder expressar minhas opiniões e vontades, sem depender de outras pessoas para isso. Quero ter a capacidade de decidir para onde e como vou, sem que tenha o impedimento de terceiros.

A Ataxia espinocerebelar é uma alteração em um cromossomo que é passado para os descendentes como “herança” genética. Minha família é portadora desse problema e não se sabe ainda porquê, alguns herdam e outros não.

As ataxias têm várias ramificações, podem ser conhecidas como: Doença de Hungthinton, Doneça de Kennedy, Ataxia de Frieidreich entre outras denominações. Essa doença não tem tratamento específico, não tem cura e a gente vai morrendo aos poucos.

Todos nós sabemos que começamos a morrer quando nascemos, mas a Ataxia é cruel. As pessoas que têm lesões do cerebelo têm dificuldade de equilibrar-se ao caminhar, incapacidade de correr, alteração na movimentação das mãos, mudança na sua forma de falar, tremor nos movimentos, entre outros sintomas.

Estes sintomas progridem ao longo de meses ou, mais comumente, de anos. Meu pai foi portador, vários membros da minha família têm ou tiveram e eu fui contemplada com isso também.

Já me desequilibro há alguns anos, tenho engasgos que me tiram o fôlego, como hoje, levo quedas, mas quero continuar lutando até quando Deus permitir. Quero continuar escrevendo, fazendo minhas poesias, pensando, sentindo, amando a vida, apesar de tudo. Que Deus me permita essa interação. Até mais.

sábado, 25 de agosto de 2012

Ponto do Colibri Letra: Petrúcio Baêtto Música: Gustavo Gomes

Crescer dói...

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

Crescer dói, viver dói, porque a gente só cresce com as próprias experiências, sejam elas doloridas ou de alegria. Crescer como ser humano é dor que dói sem doer’ no corpo, mas dói na alma.

Se você não souber entender os caminhos que são traçados para você percorrer, entender o mundo é um exercício de paciência, de estudo profundo, de sabedoria, de observação.

Às vezes eu tenho medo do novo, do inusitado; quando acontece de repente é um choque, mas depois a gente vai se acostumando e já não é mais novidade e já é preciso renovar.

Mudar é preciso, sempre que necessário, mas ás vezes ainda me assusta. Crescer dói, mas para isso a gente tem que viver; se não vai passar pela vida sem nenhum aprendizado profundo.

Não quero ficar na superficialidade dessa existência, tenho pouco tempo de vida útil. Quero aprender a viver da melhor forma que for para mim. Não quero ser um estorvo na vida de ninguém.

Os anos passam e a gente vai envelhecendo, as marcas da velhice estão por toda a parte indicando a nossa limitação e nos tornando mais sensíveis aos acontecimentos e situações. Crescer dói no corpo e na alma.

Não quero perder minhas referências...

Olívia de Cássia – jornalista

A gente nasce no seio familiar e vai aprendendo com nossos pais os valores que formam a nossa personalidade. Aqueles que a gente leva para o resto da vida: a religiosidade, a personalidade, o caráter e nossa formação cidadã, pessoal e ‘educacional’.

Tem fase da juventude que nos rebelamos contra alguns desses ensinamentos que nos foram passados, aqueles carregados de preconceitos e de rancores.

A gente quer fazer uma ‘revolução’, lutar contra isso, mas quando a gente evolui e se torna adulto percebe o quanto foram importantes todos os ensinamentos passados pelos nossos pais e familiares, mesmo aqueles que tenham sido com ranços e rancores, pois eles nos fazem refletir sobre a vida.

Até aquele aprendizado do que é bom e do que ruim para nós que não concordamos é importante para a nossa formação. Existem muitas verdades na vida. Nem sempre a verdade que nos ensinaram é aquela cheia de princípios.

No meu caso, eu tive a felicidade de ter tido na terra dois seres que passaram para os filhos o melhor de si. Com sacrifício e determinação, seu João Jonas e dona Antonia (a Toinha), transmitiram o melhor de si para os filhos. Seja no campo religioso ou seus conceitos sobre a ética e a vida no geral.

Tem pai e mãe que não têm exemplo bom para passar para suas crias e mesmo assim, quando eles erram não se conformam. Eu não tive filhos, mas avalio que a gente quando decide colocar alguém no mundo tem que ter responsabilidades; saber que a partir dali sua vida será outra pois a missão de criar e educar um filho é sublime.

Nos dias de hoje a sociedade está perdendo os laços familiares; a gente já não vê famílias ao redor da mesa fazendo as refeições e os pais contando suas histórias e experiências de vida para os filhos. Meus pais nos contavam muitas vivências e foram elas que nos deram o aprendizado que tenho hoje.

Meu pai narrava os fatos de forma engraçada, falava da sua vida como uma aventura, dizia versos embolados, feito literatura de cordel que nos faziam rir de tão engraçadas que eram aquelas histórias. Mesmo inválido meu pai não reclamava da vida.

Minha mãe era mais cética e contava reclamando as aventuras amorosas do meu pai, que mesmo depois de casado levava namoradas para casa para, segundo ele, ‘brincar no paiol do milho, ou nas sacas de algodão do armazém.

Hoje amanheci com uma saudade danada dos meus pais, de todos os ensinamentos que eles me passaram; das brigas que tive com mamãe por conta da minha rebeldia sem causa e de tudo aquilo que eles significaram e significam para mim.

Quando a gente perde pai e mãe e está carente e frágil, sente falta de um colo, de um abraço apertado, de uma palavra de conforto e ensinamento, de um exemplo de vida. Sente falta da comidinha feita na hora e de todo aquele amparo que tivemos.

Há muitas verdades na vida e cada um de nós tem a sua. Cabe a cada um saber distinguir qual a melhor verdade, qual aquela que te fará um ser mais consciente, melhor e mais justo. Não quero perder minhas referências.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Assembleia homenageia Dia do Soldado, por solicitação de Medeiros

Fotos de Olívia de Cássia
Olívia de Cássia – Ascom

A Assembleia Legislativa Estadual (ALE) realizou na manhã desta sexta-feira, 24, uma sessão especial para homenagear o Dia do Soldado, comemorado em todo o país neste sábado, 25. A sessão foi presidida pelo deputado Ronaldo Medeiros (PT) proponente da sessão.

Antes de a audiência pública começar, no hall de entrada da Casa de Tavares Bastos, a banda de música do 59º Batalhão de Infantaria Motorizada fez uma exibição apresentando várias músicas com um repertório eclético do cancioneiro popular brasileiro e internacional.

No plenário da Assembleia, o deputado Ronaldo Medeiros (PT), propositor da sessão, disse que apresentou o requerimento pela importância do soldado para a população e para o país. Em seu discurso na tribuna da Casa, Medeiros destacou a importância do Exército brasileiro e de seus soldados.

“Tive a oportunidade de procurar saber o significado da palavra soldado; nem todos vocês trabalham apenas pelo dinheiro, mas com amor. Temos que valorizar esse trabalho. A gente só sente a importância do soldado quando necessita dele”, ressaltou o petista.

O comandante do 59º Batalhão de Infantaria Motorizada, coronel Frederico Pinto Sampaio, disse que o ano de nascimento de Tavares Bastos marca o ano da criação da corporação. “A realização desta sessão mostra a integração entre os Poderes constituídos. O Exército divide a homenagem com as demais forças e os órgãos de segurança pública”, disse Pinto Sampaio.

Participaram da mesa o representante da Agência Brasileira de Inteligência (ABI) Lino Sampaio, Frederico Pinto Sampaio, comandante do 59º Batalhão de Infantaria Motorizada e homenageado na ocasião; Alberto Cabus, da Federação das Indústrias, o tenente-coronel Aldamim, a representante da Capitania dos Portos em Alagoas, tenente Estia Karina Sales Noblat e os petistas Judson Cabral e Ronaldo Medeiros.

Nas infinitas noites...

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

Nas minhas infinitas noites de solidão, invoquei a memória do passado, para preencher o espaço vazio. Vida marcada. Quando a gente vai envelhecendo vai vivendo de lembranças, daqueles fatos que marcaram a nossa vida. É impossível evitá-los.

Rememoramos a infância, os amores juvenis, as aventuras da juventude e os dias são mais leves de a gente levar, quando a gente tem um amor para recordar, uma poesia para fazer, vivências da juventude e muita história para contar aos mais jovens.

Ouço o barulho do mar, o mar que guarda tantos segredos, segredos meus. Com a alma vazia de luz e procurando conforto, no fundo da memória vou revendo situações, atrapalhadas ou não, momentos de medo, de ansiedade, aflição e carinho, momentos de conforto e amparo..

Nas infinitas noites de solidão eu procurei do meu lado uma mão para afagar, um rosto para encarar e uma palavra para ser dita, mas eu encontrei o vazio, o vazio que vai tomando conta da gente, de repente, quando vamos perdendo a capacidade de viver a dois, nas noites infinitas...

Preciso de um abraço...

Olívia de Cássia Correia de Cequeira

Preciso de um abraço, daqueles bem apertados e sinceros que só as pessoas amigas sabem dar...
Um abraço sem falsidade, cheio de significados, sem palavras vãs para atrapalhar.
Não há nada melhor que a terapia do abraço para nos dar aquele conforto necessário, quando a gente está frágil.
O abraço nos fortalece e nos dar a certeza de que não estamos sós. Quero um abraço.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Propaganda eleitoral gratuita não empolga

Olívia de Cássia – jornalista

A propaganda eleitoral gratuita que teve início em todo o País, essa semana, não empolgou o eleitorado. Hoje tive a oportunidade de ver os candidatos a vereador de Maceió e chega a ser hilário o que vi. Tem cada presepada que dá dó.

Ilustres desconhecidos não sabem falar, têm pobreza nos conteúdos explanados e a gente nota que estão lendo o texto muito mal no telepronter. Poucos candidatos têm qualidade para assumir uma vaga na Câmara de Vereadores de Maceió e quando entram no horário e apresentam suas propostas a gente fica esperando mais.

De Cicinho Anão’, que ninguém sabe quem é, ao representante dos mototaxistas, outro desconhecido, a maioria ninguém conhece. Outros são lideranças tarimbadas no movimento social e sindical, que tentam a todo custo assumir uma vaga na Casa de Mário Guimarães. Quase todos os vereadores são candidatos à reeleição.

No meu entendimento, para que a pessoa se escale nessa aventura que é a política tem que ter liderança, carisma e preparação. E leveza de condução da personalidade, se não está indo para lá fazer oba-oba ou para se locupletar, como a maioria faz.

O discurso não tem criatividade nenhuma e eles nem têm empolgação para ler o que está escrito no script: “Vou trabalhar pela saúde, pela educação...”, uma coisa só.

Será que a maioria tem consciência do verdadeiro papel de um vereador? Cabe ao vereador, mostrar os problemas da comunidade e buscar providências junto aos órgãos competentes. Mas não é só isso. Cabe-lhe também a função de fiscalizar as contas do Poder Executivo Municipal e do próprio Legislativo.

Está na cartilha que instrui sobre o papel do vereador: “Um dos pré-requisitos básicos da democracia é a existência de um Poder Legislativo forte e realmente independente. Sem isso, a democracia é deficiente, capenga.

No Brasil, apesar das leis falarem claramente em ‘poderes independentes e harmônicos entre si’, um chavão muito usado pelos políticos, ainda falta muito para que isso vire realidade.

Lamentavelmente, as contradições começam com a falta de independência dos parlamentares, em sua maioria, subserviente e fiéis aos interesses políticos e econômicos do Executivo. Como é que uma pessoa assim vai fiscalizar?

É vergonhosa a subserviência, em todas as Câmaras de Vereadores do País e o ‘toma lá dá cá’ para aprovação dos projetos que são do interesse do Executivo. Não é só nas cidades pequenas.

Os prefeitos têm a maioria dos vereadores nas mãos, pois os mantém com cargos para a esposa, familiares e amigos. E assim o vereador, a maioria, fica cada vez mais distante do seu verdadeiro papel, passando a ser apenas mais um encabrestado, boneco de marionete.

SEM SALÁRIO

Existe uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC- 35/2012) que está sendo divulgada nas redes, que pode se tornar uma realidade. Ela acaba com a remuneração dos vereadores nas cidades de até R$ 50 mil, o que representa 89,41% dos municípios brasileiros.

A proposta é de autoria do senador Cyro Miranda (PSDB-GO), e sugere ainda reduzir o repasse das prefeituras para a manutenção das câmaras destes municípios para 3,5% (que é de 7% da receita).

Hoje a remuneração dos vereadores das cidades com até 50 mil habitantes, corresponde a 15% do teto do salário dos deputados estaduais (só o salário) que é de R$ 20 mil.

A proposta está em tramitação, conta com o apoio de 30 parlamentares e começa a ganhar força também nas redes sociais. O senador Cyro Miranda argumenta que até 1975 somente recebiam salários os vereadores das cidades com mais de 200 mil habitantes.

Hoje é um absurdo, cidades pequenas pagando um salário fora da realidade aos vereadores para eles reunirem-se uma vez por semana.

Na próxima semana deve ser escolhido o relator da PEC na Comissão de Constituição e Justiça, para depois ser votada (e quem sabe aprovada) no plenário do Senado e em seguida seguir para a Câmara dos Deputados.

As entidades ligadas aos vereadores já começaram a se manifestar. Consideram a proposta “demagógica”, e “sem fundamento legal”. A Associação Brasileira das Câmaras Municipais (Abracam) já mobiliza seus associados contra a aprovação. Fica a reflexão.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

‘Camaleoa’

Olívia de Cássia - jornalista

Os camaleões distinguem-se de outros lagartos pela habilidade de algumas espécies em trocar de cor. Eu não sou como a fêmea do camaleão, não uso disfarces, um para cada situação, mas bem que em determinadas horas seria melhor agir assim, para o nosso bem e ‘de toda a santa igreja’.

A vida é cheia de labirintos e às vezes é preciso ser dissimulada para não revelar sentimentos e emoções, mas infelizmente a vida não me instruiu para isso também. Não aprendi a viver de falsete, de enganações. Falo de mim, dispo-me de preconceitos e revelo todos os meus segredos, aqueles mais difíceis de serem falados.

Não é fácil ser assim, sincera, afirmativa e sem disfarces e preconceitos. Já tive muitas perdas na vida, elas me deram muito aprendizado e maturidade,mas ainda é preciso muito mais.

Não quero aqui falar de sofrimento, para não me entristecer. O sofrimento e as intempéries da vida nos fortalecem e nos torna pessoas melhores, menos arrogantes.

Não sou infeliz, já passei dessa fase de viver reclamando da vida e achar que tudo conspira contra. Hoje eu procuro ser feliz com o pouco que tenho, que já é uma imensidão diante de tanta miséria no mundo.

Fernando Pessoa disse que “o poeta é um fingidor, finge tão completamente, que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente”. No caso, a palavra conforta e reconforta, pelo menos temos esse dom de expressar a dor e torná-la mais amena.

Segundo Pessoa, "ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história".

E é isso que tenho tentado fazer, a partir das perdas que tive. Tomar o leme desse barco é preciso, ser timoneira nessa estrada nem sempre reta e nem sempre tortuosa e fazer dos sentimentos impossíveis e das adversidades uma bandeira de luta.

Tem coisas na vida que a gente não pode mudar: sentimentos, emoções, realidade. Esses a gente aceita e se conforta, sem conformismos, mas com maturidade e discernimento do que é melhor para nós e para a nossa saúde e equilíbrio.

Há outras que a gente vai à luta, conquista e não pode se conformar como as questões sociais e políticas. Foi isso que aprendi da vida; com muita luta as mulheres conquistaram seus espaços na vida e essa não podemos abdicar. Salve o Dia do Folclore!

O sol raiou bonito

Olívia de Cássia

O sol nasceu quente e disposto para a vida cheia de promessas... Cantam os pássaros lá fora, felizes com o dia bonito, sorrindo e ensolarado... A rotina das pessoas lá fora começou. Dia que promete ser...

Há muitos mistérios na vida. As pessoas escondem de si os sentimentos. A vida segue seu rumo. Para os mais fortes é tempo de esperança. De acreditar num futuro melhor e mais justo. A vida segue em frente.

Não me venha apontar meus erros. Já me basta a minha própria consciência falando mais alto e indicando minhas falhas.

Sei dos meus pontos fracos, das armadilhas do tempo que quase me destruíram, mas eu sou mais forte do que eu pensava e resisti à tempestade. Levei um susto da vida e me magoei bastante. Eu me refiz para a vida.

Tantas vezes me consumi em desejos e aflições inconfessáveis, que só eu conheço. Sentimentos que ainda preciso domar, para que não hajam arrependimentos depois. O passado ainda me oprime e ronda. Preciso me libertar de todas as amarras para ser feliz.

Um dia...

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

Um dia me iludi
com promessas vãs.
Deixei me envolver
por sensações
e sentimentos impossíveis...
Impossíveis de se realizarem.
E nesse impulso de vida,
quase caí nas armadilhas do tempo...

Peço licença...

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

Peço licença à vida para falar de coisas que hoje em dia não se fala mais. Peço licença para sentir, para vibrar de emoção, por uma simples cena diária, uma alegria boba. Peço licença para ser eu mesma, para não fingir que está tudo bem, só para agradar os outros.

Permita-me a vida que eu ainda possa ter sentimentos e sonhos que me façam acreditar que ainda posso sonhar e bem dizer da vida. Dou e recebo um bom dia animado, cheio de esperança, de expectativa. Acredito nos sonhos, acredito na vida. Peço licença por isso.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Medeiros propõe criação de comissão para fiscalizar programa

Foto de Olívia de Cássia-arquivo
Olívia de Cássia com Camila Ferraz e Nigel Santana

Na sessão ordinária da tarde desta terça-feira, 21, o deputado Ronaldo Medeiros (PT) apresentou requerimento solicitando a criação de uma comissão de parlamentares para acompanhar o Plano Nacional de Combate à criminalidade (Brasil Mais Seguro em Alagoas).

O deputado explicou que esteve em Brasília, antes da implantação do plano em Alagoas, para propor e contribuir com o programa, mas destacou que hoje, após quase dois meses em funcionamento, não há o que comemorar.

“É necessário que essa Casa acompanhe, contribua e fiscalize esse plano, que está aqui há quase dois meses e até agora não vemos impactos, o que vemos são os homicídios que continuam em um número elevado, os inquéritos, não temos conhecimento da situação, as prisões, se de fato estão sendo executadas, as perícias, como estão acontecendo. Com essa comissão, essa Casa vai se fazer presente e tornar o parlamento participante no plano”, disse ele.

Medeiros complementou que firmou esse compromisso, de acompanhar e fiscalizar o andamento do plano com o Ministro da Justiça, Eduardo Cardoso e com a Secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki. O requerimento foi aprovado por unanimidade pelos parlamentares.

JHC

O deputado João Henrique Caldas (PTN) em seu pronunciamento de hoje falou sobre a indicação do Ministério Público de Contas (MPC) para assumir a vaga de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado.

O deputado disse que desde o dia 1º de agosto que a Assembleia Legislativa deveria ter marcado uma data para que a sabatina com o procurador Gustavo Santos ocorresse, o que de fato ainda não aconteceu.

“Cabe à presidência convocar a sessão para a sabatina do procurador Gustavo Santos. O indicado do Ministério Público de Contas recebeu o aval do Tribunal de Justiça de Alagoas para exercer o cargo. Quando não faz a sua parte, a ALE está descumprindo uma decisão judicial”, declarou JHC.

O presidente da Casa, Fernando Toledo (PSDB), não respondeu em plenário, mas o deputado Sérgio Toledo (PDT) foi seu interlocutor: “Deputado JHC, a Assembleia recorreu desta decisão no Supremo Tribunal Federal. Não se pode convocar uma sessão para a sabatina se o processo está em trâmite em instância superior”, respondeu.

No total, oito mensagens foram apreciadas e votadas na Ordem do Dia. Na próxima sexta-feira haverá sessão especial na Casa, por solicitação do deputado Ronaldo Medeiros, em Homenagem ao Dia do Soldado e para entrega do título de cidadão honorário ao coronel Pinto Sampaio.

Doze anos depois, contas de Lessa são aprovadas na ALE

Divulgação
Olívia de Cássia, com informações de Nigel Santana

Os deputados estaduais patrocinaram um fato inusitado na tarde desta terça-feira, 21, no plenário da Assembleia Legislativa. Doze anos depois, aprovaram as contas do ex-governador Ronaldo Lessa, candidato sub judice a prefeito de Maceió.

O tema estava na Ordem do Dia e não chamou a atenção do deputado Judson Cabral (PT). Cabral disse que a Casa, de forma tardia, “aprova as contas de um mandato inteiro de governador dez ou doze anos depois que o governador Ronaldo Lessa não está mais à frente do Executivo”.

O parlamentar disse que desconhece o parecer técnico emitido pelo Tribunal de Contas do Estado sobre essa matéria. “Somente hoje [ontem] tomamos conhecimento que esta pauta iria entrar em votação. Seria importante que o relator do projeto, oriundo da Comissão de Orçamento e Finanças, desse mais explicações sobre o tema”, disse o petista.

O relator da matéria, deputado Jota Cavalcante (PDT) - do mesmo partido de Lessa -, tentou argumentar como a Comissão conseguiu aprovar todas as contas e encaminhá-las ao plenário. “Essa é uma matéria muito complexa. O deputado [Judson] pode pedir ao primeiro secretário da Mesa Diretora os balancetes das contas do governo que estamos aprovando aqui”, observou Jota Cavalcante.
Retomando a palavra, Judson Cabral cobrou que o parlamento fosse mais informatizado, enviando pareceres e documentos a exemplo das prestações de contas do Executivo, via e-mail.
Já o deputado Antônio Albuquerque (PTdoB), integrante da Comissão de Orçamento e Finanças, também criticou a demora da matéria em seu discurso. O parlamentar disse que há reuniões da Comissão que não deliberam nada.

“Mais de dez anos sem examinar essas contas é algo que não pode mais acontecer nesta Casa. É uma falha nossa. Soube que a Comissão aprovou em única sessão ordinária no mês de junho e eu não participei. Talvez por motivos familiares. São tantas sessões da Comissão, que em muitas delas, não temos o que deliberar”, revelou o deputado. Após o debate, os quatro anos de gestão fiscal de Lessa foram aprovados.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Boa semana!

Olívia de Cássia – jornalista

O dia amanheceu ensolarado e com temperatura agradável; me arrumo para ir ao trabalho e na rua tem greve do sistema de transporte da Polícia Rodoviária Federal, outras são anunciadas.

No site vejo a notícia: 21 moradores de rua foram assassinados somente este ano em Maceió. Uma estatística absurda. A violência no Estado continua.

Hoje o dia promete. O sino da catedral badala anunciando morte de alguém importante e conhecido, eu acho. Nesse horário o sino só toca quando isso acontece.

Esse costume vem de longe. A gente via isso no interior, antigamente, quando algum membro da igreja, fiel ou da sociedade ia para outro plano.

Os pássaros entoam uma canção ainda por aqui. La fora o barulho dos carros já no engarrafamento loco cedo, por causa da greve dos ônibus.

É greve dos empresários, reclamando a determinação da Justiça de voltar a cobrar 2,10 na passagem. É o poder econômico do setor se rebelando e esperneando por conta de uma decisão judicial.

Nossa passagem é uma das mais caras do País e o serviço oferecido não é dos melhores. Ônbus mal conservados, que demoram para passar e quem sofre com isso é o usuário.

Pelo visto a semana que se inicia será de muita agitação na capital. Nas ruas as campanhas dos candidatos ainda estão mornas.

Essa semana começa o horário eleitoral, o melhor programa de humor da TV nessa época. Só espero que a baixaria seja controlada e reprimida pela Justiça Eleitoral. Uma boa semana para todos e fiquem com Deus.

domingo, 19 de agosto de 2012

Patrimônio desfalcado

Um dos poucos prédios que ainda temos preservado em União dos Palmares...


Olívia de Cássia – jornalista

Voltando de União dos Palmares, depois de uma ida rápida à cidade querida. Percorri algumas ruas para matar a saudade, como faço de vez em quando, para fazer fotografias. Estava acompanhada do amigo João Paulo Farias e conversamos muito sobre a dilapidação do patrimônio histórico da cidade.

Já fiz em outra oportunidade, comentário sobre esse tema e não falo aqui dessa ou daquela gestão, mas das muitas, desde muito tempo, que comandaram os destinos do município.

A cidade já perdeu quase todo o seu patrimônio arquitetônico e ao longo de décadas e décadas foram demolidos a antiga Igreja Matriz de Santa Maria Madalena, armazéns, casarões antigos, ruas de calçamento levam banho de asfalto e outras transformações mais.

Está tudo diferente, em nome da modernidade. O patrimônio histórico do município hoje se resume à Serra da Barriga (nosso principal cartão postal), a Casa do Poeta Jorge de Lima, o prédio modificado da Secretaria Municipal de Educação.

Alem desses prédios, a Casa de Maria Mariá recém-reformada, o prédio onde está funcionando a biblioteca, em frente à casa de seu Antônio Amaro e o Rocha Cavalcante, no Centro.

Os armazéns da Sambra, local onde era armazenado o açúcar que chegava à estação, ficava em frente onde hoje é a quadra municipal de esportes, demoliram o casarão de Basiliano Sarmento, que era lindo e se tivesse sido preservado poderia ser um centro de cultura.

Além desses prédios demoliram a casa da professora Salomé, a Vila Magdala e outros prédios particulares, que poderiam ter sido tombados pelo patrimônio histórico.
Quem tem a oportunidade de ir até Marechal Deodoro, Viçosa, Capela, Pilar e Piranhas, só para citar algumas cidades, sente orgulho de ser alagoano, pela preservação e valorização da cultura.

Uma cidade que tem o legado histórico como a nossa se ressente disso e espero que as próximas gestões que se sucederão daqui pra frente sejam mais atentas e continue cuidando pelo menos desse pouco que resta, sob pena de as próximas gerações não terem mais nada para ver. Fica a sugestão.

sábado, 18 de agosto de 2012

Sou atrapalhada mesmo, não me julguem mal

Olívia de cássia - jornalista

Não sei como me portar diante de algumas situações práticas da vida. Sou atrapalhada, desastrada e não tomo jeito mesmo. Vivo tomando lições do cotidiano, mas nem as grandes bordoadas do tempo conseguem me ensinar.

Não nasci para administrar um lar, para tomar providências e nem para ser tão autossuficiente como eu imaginava na adolescência, quando eu achava que era a dona da razão. Agora eu sei. Passei minha vida inteira lutando para ser independente, proclamando a minha liberdade, querendo morar sozinha desde cedo.

Sai do convívio dos meus pais para estudar na capital quando tinha 16 anos. Aprendi a me virar sozinha, a ‘cuidar’ de mim, atrapalhada e cheia de responsabilidades. Achava-me a dona do mundo porque, na década de 70, uma menina sair do interior para morar na capital era o começo da nossa libertação.

Enfrentei preconceitos, falações, mas não desisti. Minha meta era estudar, ‘ser alguém’, aprender a ser madura e a resolver as minhas necessidades sem a ajuda e a intervenção da minha mãe. Como eu sinto a falta dela agora!

O tempo passou, consegui ter uma profissão, tive relacionamento sério, vieram as dificuldades, as experiências, o sofrimento e a vida foi seguindo seu rumo. Hoje, sozinha e na maturidade, refletindo bem com meus botões, chegamos à conclusão que valeu a pena o tudo vivido, mas o tudo que vivi foi muito pouco.

Não aprendi ainda a dizer muitos nãos, agora já o digo, pelo menos, mas não com a frequência que eu gostaria e que é necessário dizer. Dizer não para si e para os outros às vezes se faz necessário, para que depois não haja arrependimentos.

Vivo só, mas não me sinto sozinha. Tenho pensamentos e palavras suficientes, livros e lembranças que me fazem companhia. Agora, com a modernidade, também tenho os amigos virtuais que me acrescentam e me distraem.

Às vezes os pensamentos insistem em voltar, o coração bate mais forte e aceleradamente por conta de algumas situações, mas até isso me faz bem, é uma prova de que ainda estou viva e pulsante e que ainda posso ter vivências espirituais que podem ou não valer a pena.

Só o tempo dirá se errei a minha vida inteira, se acertei. O sofrimento faz parte do aprendizado da gente. Ter contato com pessoas jovens de boa cabeça me rejuvenesce e me recicla para que eu não me torne uma velha enferrujada e caquética.

Peço paciência àqueles que fazem parte do meu grupo seleto de amigos para que não me condenem e nem me julguem. Meu tempo útil por aqui será pouco e ainda tenho muito que viver, antes que as impossibilidades não me deixem fazer o que gosto.

Eu gosto de me divertir, de festas, de juventude de leituras, de cultura e de vida. Eu só quero ser feliz e nada mais nada. Boa noite e bom dia, já. Até breve.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Irmão e primos de Orlando Herculano pedem desculpas ao deputado Ronaldo Medeiros

Foto de Olívia de Cássia
Olívia de Cássia – Ascom

O deputado Ronaldo Medeiros (PT) recebeu na manhã desta sexta-feira, 17, dois primos e um irmão de Orlando Herculano, responsável pelo atentado sofrido pelo parlamentar, na semana passada, entre os municípios de Porto Real do Colégio e Igreja Nova. Arnaldo Herculano (primo), Vitor Herculano (irmão) e Roberto Herculano (primo) pediram desculpas ao deputado e disseram que Orlando Herculano (conhecido como Orlandinho) não deveria ter feito o que fez.

“Viemos pedir perdão ao deputado pelo acontecido, pelo fato de Orlandinho ter perdido o controle e ter agido da forma que agiu. Ele não deveria ter feito isso. Todo mundo na cidade diz que ele deu sorte por ter acontecido com o deputado Ronaldo Medeiros, que todos dizem ser um homem pacato e de bem”, disse Arnaldo Herculano.

Arnaldo disse que Orlandinho também errou em ter feito pressão junto a alguns parlamentares e prefeitos amigos dele para que o deputado retirasse a queixa e colocou-se à disposição para reparar os danos materiais do automóvel Pajero do petista, que teve avarias por conta das batidas que levou da Hilux de Orlandinho.

Ainda abatido, o deputado Ronaldo Medeiros disse que graças a Deus não está justificando mortes. “Estou numa situação danada, sem dormir direito depois disso. Sou um homem pacato, tenho uma rotina regular, não ando em shows e festas de grandes aglomerados e sou um homem de bem, nunca fui violento, espero que o que aconteceu sirva de lição para esse rapaz", observou o deputado.

O petista ressaltou que a família de Orlando Herculano vindo pedir desculpas pelo atentado, “está comprovado que não foi um acidente de trânsito, como disse a Polícia Civil ao divulgar a conclusão do inquérito na imprensa”. De acordo com os familiares de Orlando, o motorista da saveiro, de nome Adriano é parente do responsável pelo atentado e presenciou tudo. Segundo o deputado, ele pode testemunhar a ocorrência.

Sufoquei o meu desejo...

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

Sufoquei o meu desejo de querer o inatingível. Precisei de muita força para continuar lutando contra um sentimento impossível.

Amor que já não se traduz, objeto abstrato. Matei alguns sonhos impossíveis dentro de mim. Não adianta tentar, eu sei. O que foi não volta mais.

Eu já não quero sonhar com o impossível. Cansei de sofrer. Para esquecer o sofrimento, abafei minhas dores e minha vontade, de te querer novamente.

O que a vida já não é capaz de me dar. Meu coração pulsa, carente de afeto. Às vezes quero o inatingível.

Sou uma incógnita nesta vida, tenho mil interrogações que não foram respondidas...
Vida que segue...

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A gente não para de aprender

Olívia de Cássia - jornalista

A vida é um aprendizado constante. A gente não para de aprender e quanto mais decepções a gente tem, mais lições dessas experiências podemos tirar. É um jogo que leva vantagem quem tem mais cartucho na agulha para suportar os trancos que surgem pela frente.

É sabido que nem todo mundo é capaz de maturar o significado que as situações proporcionam na vida. Às vezes não queremos ser indelicados, não queremos nos indispor com o outro para não gerar situações vexatórias; aí deixamos de mostrar nossa opinião e perdemos a oportunidade de crescer.

Já passei por isso várias vezes. Tenho esse defeito e não há jeito de reparar essa falha minha. A vida vive me ensinando, mas eu não aprendo. Sempre Fico com receio de magoar os outros e me mutilo interiormente, porque depois que passa a ocasião eu me ponho a refletir que deveria ter agido diferente.

É por isso que não devemos deixar passar as oportunidades que a vida nos dá. Ela está sempre nos mostrando o caminho, seja por meio de parábolas ou de realidades concretas que às vezes a gente não quer ver ou finge que não entende.

Não devemos deixar de viver por causa das restrições e por causa da opinião dos outros, dos preconceitos sociais. Já passei por isso várias vezes; na minha adolescência inteira e juventude vivi brigando com minha mãe por conta dos preconceitos que ela nutria dentro de si e não eram poucos.

Eram tão fortes esses sentimentos dela que chegavam a doer na alma da gente. Minha mãe tinha um caráter forte, dominador, queria mandar em tudo e impedir que a gente sofresse. Mas na vida só aprendemos com o sofrimento e isso ela não queria para os filhos.

Era como se quisesse assumir o comando de nossas vidas e eu me colocava contra essa postura dela, por isso nossos desentendimentos, que foram muitos e hoje eu penso que poderíamos ter sido mais amigas, mais flexíveis: tanto eu quanto ela.

Muita coisa na minha vida eu deixei de viver por conta do medo que eu sentia, de passar por situações vexatórias, aquelas que a minha mãe tentava mostrar todos os dias, mas terminava vivendo isso com mais sofrimento ainda.

O medo nos aprisiona e hoje eu sei que vivi muito pouco, apesar da idade. Vivi a maior parte da minha vida com medo, medo do que os outros pudessem achar de mim. Às vezes avalio que me libertei disso, outras me ponho a pensar que ainda falta muito para essa liberdade sonhada.

Ainda não aprendi a resolver todos os meus problemas, e apesar da maturidade, às vezes me pego feito uma adolescente, carente e insegura. Não nego meus sentimentos, também tenho esse defeito.

Não sei esconder o que se passa comigo e muita gente não entende isso, me interpretam segundo os seus conceitos e preconceitos; para mim isso não mais importa, o que importa é que quero ser feliz.

JHC lamenta índice de Alagoas no MEC e afirma ter cobrado informações à Secretaria de Educação

Foto de Olívia de Cássia
Charlene Araújo - Assessoria


Ofício foi enviado em março deste ano, mas nenhuma resposta foi encaminhada ao parlamentar
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O deputado estadual João Henrique Caldas (PTN) lamentou os dados divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) a respeito do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que aponta Alagoas com o pior índice no país.

A meta estabelecida pelo MEC era de 4.5 e o estado atingiu somente 3.8 para a educação básica. Na educação fundamental, onde o índice é 4.9, Alagoas chegou a 2.9 e, no ensino médio atingiu 2.9, dos 4.9 exigidos.

Em março deste ano, o parlamentar enviou ofício à Secretaria de Estado de Educação, cobrando informações a respeito das obras que deveriam ser realizadas nos municípios atingidos pelas enchentes de 2010, bem como os cronogramas de execução de cada contrato.

Mais de cinco meses se passaram e, até o presente momento, não houve resposta para o documento enviado, que foi protocolado na Secretaria em 14 de março do corrente ano. “Mesmo sendo deputado, não obtive estas respostas”, afirmou JHC, complementando que o governo deveria ter aproveitado as reformas para melhorar as estruturas das escolas.

Segundo a Constituição Estadual, a Assembleia Legislativa pode solicitar do Governo, Secretários de Estado ou titulares de órgãos da administração informações a título de fiscalização, importando crime de responsabilidade o não atendimento no prazo de 30 dias.

Preciso aprender...

Foto de Nathalya Cerqueira
Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

Preciso aprender a viver. Parece que foi ontem que te conheci e já faz tanto tempo que o tempo levou a saudade, tempo que não te vejo mais, amor. Sozinha em silêncio nessa noite fria fico a imaginar em que parte da vida eu te perdi...

Eu te perdi para a vida, para outros quereres; eu te perdi para a vida. Minha mente diz não, meu corpo diz é preciso. Meu corpo envelheceu, ele tem muitas marcas do tempo, mas o tempo passou e não me deu a chance de te reencontrar novamente...

Em pensamentos ainda me pego agindo como adolescente, te amando e te querendo, nessa noite fria. Não, eu não te quero mais, queria poder dizer. O tempo que tenho agora já não é suficiente para um desejo...

Os anos e a maturidade me trouxeram experiências, verdades incontestes e frias, mas o tempo não me ensinou como a gente faz para deletar essa lembrança que eu tenho de mim, essa lembrança de você. Sinto-me adolescente, inconsequente, inquieta...

Uma metade de mim é saudade. Outra parte de mim solidão. Tem coisa que não foi feita para mim. Ainda preciso aprender a ser... Solidão...

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

O despertar

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

O coração da gente palpita, insistentemente, quando temos alguém para dividir simpatias, adversidades e alegrias.

O coração palpita quando a gente ama indistintamente, acreditando ser correspondido. O coração lateja de dor, ardente, freneticamente, quando acreditamos ser verdadeiro um sentimento.

Mas a mente treinada e cética adverte que demos ficar atentos e que não nos enganemos.

E de volta à razão eu vi meu mundo desmoronar, quando percebi o abismo, o abismo que tinha sido preparado para mim, o precipício que eu estava às vésperas de me atirar.

Ufa! Acordei do triste pesadelo.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

O desafio das mulheres

Olívia de Cássia - jornalista

São muitos e tantos os desafios que as mulheres têm pela frente, desde que assumiu ir á luta e viver independente, sem amarras, sem donos, sem imposições, a não ser as suas próprias limitações. Desde o início do movimento feminino, o grande desafio foi conquistar o mercado de trabalho, a independência e a igualdade de gênero.

O mercado de trabalho as mulheres conquistaram, hoje são a maioria, fazem movimentar a economia do País, mas no que se refere aos salários nos postos de trabalho que ocupam, muitas vezes eles não fazem jus à sua capacidade e competência.

As mulheres ultrapassaram barreiras a muito custo, nada nos foi dado de graça na sociedade. As conquistas e os espaços foram conseguidos com reivindicações, passeatas, queimas de sutiãs, com enfrentamentos, assédio moral no trabalho, machismo, falta de solidariedade e muito destemor.

Mas as mulheres ainda enfrentam um desafio maior que é se libertarem dos sentimentalismos exagerados porque com eles não conseguem denunciar seus agressores, pelo motivo de não terem se despojado de um amor sem tamanho, de um apego sem limites e vivem submissas e amarradas a seus companheiros como se eles fossem a única tábua de salvação do mundo.

Muitas mulheres, mesmo aquelas alfabetizadas e educadas em boas escolas, ainda carregam dentro de si o ranço de uma formação machista, autoritária e retrógrada e submissa e que só faz com que elas se sintam mais diminuídas e não evoluam em seus potenciais.

É preciso reaprender a viver, reeducar os sentimentos, para que mais na frente, quando for necessário, se liberte das amarras que consomem a alma e a vida. A mulher já provou que pode, deve e tem condições de se manter sem precisar de um provedor, como antigamente, quando eram obrigadas a casar para sair de casa e diminuir as despesas.

Outro desafio das mulheres é vencer e se livrar da violência que a acomete no dia-a-dia. Nosso Estado é o segundo ou terceiro mais violento do país e é preciso fazer valer a Lei Maria da Penha e enquadrar esses agressores covardes nos rigores dela.

Um homem que bate em sua companheira, seja ela namorada ou mulher, irmã, amante ou filha, não merece respeito e muito menos piedade. É preciso que os casos de violência, tortura, maus-tratos e espancamentos sejam denunciados. Não podemos mais ficar caladas. Pense nisso!

Medeiros critica segurança do Estado na ALE, depois de atentado

Foto de Camila Ferraz
Olívia de Cássia – jornalista, com informações de agências e Camila Ferraz

No primeiro discurso que fez na Assembleia Legislativa, depois do atentando sofrido na semana passada, da tribuna da Casa de Tavares Bastos o deputado Ronaldo Medeiros (PT) criticou na sessão desta terça-feira, 14, a segurança pública do Estado.

O parlamentar falou da perseguição sofrida por ele e seus assessores na quinta-feira passada, em um trecho da BR-101, quando teve seu veículo perseguido e abalroado pelo condutor de uma Hilux preta, .quando saia do município de Porto Real do Colégio, após participar de uma reunião com moradores da cidade e se dirigia à Igreja Nova.

Medeiros disse que foi perseguido durante quase 30 minutos, “por esse tal de Orlandinho, que agiu como um marginal, como um vândalo, que a todo o momento tentava me matar e matar a todos que estavam no carro; ele só parou de bater no carro quando chegamos na entrada da cidade de Igreja Nova, praticamente na porta da delegacia”, relatou o deputado.

Depois de relatar toda a perseguição sofrida, o deputado criticou a segurança no Estado e sugeriu que o governador do Estado, reveja o projeto de segurança de Alagoas. O petista afirmou que quem o fez, deve estar no mínimo, querendo acabar com o seu mandato no Governo de Alagoas.

“Eu ando nesse Estado e raramente vejo uma blitz, como poderemos combater a violência assim? Vi uma blitz no sábado em Satuba, mas com apenas quatro policiais”, destacou Medeiros.

Medeiros informou que vai se reunir com a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki e solicitar uma audiência com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para narrar a situação de insegurança vivida pelos alagoanos.

“O que aconteceu comigo foi um absurdo. Quase 30 minutos sendo atacado em uma rodovia. Se tivesse viatura na delegacia, esse marginal que agiu como covarde teria sido preso”, observou.

O parlamentar afirmou que, a partir de agora, irá visitar todas as delegacias do Estado, com o objetivo de saber para onde estão indo as armas e viaturas com as quais o governo afirma estar equipando a segurança pública: “Agora, vou defender mais uma bandeira nessa Casa: cada cidade tem que ter um delegado, pelo menos duas viaturas equipadas e um lugar decente para trabalhar”.

Ronaldo Medeiros contou que recebeu diversas ligações de familiares do acusado pelo atentado – identificado até o momento apenas como “Orlandinho” e de vários políticos. “Um desses familiares me disse que ele não sabia que era um deputado. Ou seja, se fosse outra pessoa ele poderia fazer o que fez”, desabafou.

Em apartes, vários deputados se solidarizaram ao petista, entre eles Judson Cabral, Antônio Albuquerque, Gilvan Barros, Inácio Loiola, Jota Cavalcante, Sérgio Toledo e João Beltrão, cujo discurso foi enfático: “Isso é um covarde. Bandido merece ir para cadeia. Não podemos ficar calados diante de um ato desses. Não interessa se ele sabia que era um deputado ou não, embora em Alagoas ninguém respeita mais policial, nem deputado. Talvez jornalista tenha hoje mais respeito que deputado”, finalizou.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

As diferenças que entravam o cotidiano

Olívia de Cássia – jornalista

Conviver em sociedade não é fácil em se tratando de seres humanos. Cada um tem uma forma de pensar e agir, um método de trabalho diferente e experiência de vida idem. A gente vive, leva cacetada e vai aprendendo assim, na universidade da vida, com as decepções e amarguras.

No campo profissional nunca conhecemos realmente as pessoas. Lidar com o ser humano é a coisa mais difícil da vida. Melhor lidar com os de quatro patinhas mesmo e isso eu aprendo todos os dias com meus bichanos e cães. Eles nos dão mais alegria.

Como disse um internauta quando lhes foi feito a pergunta: por que é tão difícil lidar com o ser humano, “talvez a resposta mais compatível, sem clichês e falso moralismo, seria dizer que cada cabeça é um mundo diferente”.

É sabido que cada ser humano tem pensamentos e reações que mudam de pessoa para pessoa. “Por esse motivo, não conseguimos agradar e nem compreender a todos, tornando o relacionamento e a convivência um grande desafio nas sociedades”.

Mas como disse o internauta Matheus, nós somos diferente porque pensamos diferente, mas não deveríamos ser intolerantes ao ponto de achar que o outro está agindo para lhe incomodar. A intolerância para com o ser humano cresce todo segundo.

Homens espancando suas mulheres, políticos roubando os impostos que pagamos, colegas querendo dar rasteiras nos outros e outras coisas mais perversas. Esse é um momento que estou vivenciando, estranhamente, depois de 24 anos de exercício da profissão.

Mas como a gente tem que passar por muitas fogueiras para preservar um lugar no ‘céu’ ou no ‘inferno’, muitas vezes temos que engolir sapos cururus e no jornalismo isso é muito comum.
Isso não quer dizer que devemos deixar que essas intempéries nos diminua como pessoa ou profissional ou nos torne menos qualificado.

No jornalismo muita gente estranha quando chega ao mercado de trabalho. Um mundo competitivo, uma guerra de nervos onde muitos, para preservarem seu lugar ao sol, acham que só é possível dando rasteiras nos outros.

Também tem muita gente que não assume seus erros e está sempre procurando um bode expiatório para descarregar todas as suas frustrações e mal desempenho na vida.

Aprendi com meu pai, humildemente, que nunca deveria competir com outras pessoas para o bem ou para o mal e nem querer ser melhor do que ninguém para mostrar produtividade. Isso eu nunca farei.

sábado, 11 de agosto de 2012

Dia dos Pais

Olívia de Cássia – jornalista

Neste domingo, 12 de agosto, comemora-se o Dia dos Pais. Para quem ainda tem o privilégio de tê-lo ao lado, ainda que bem velhinho, é uma sorte, uma dádiva divina. Quem me dera que eu pudesse ainda tê-lo presente, lá na nossa antiga casa de União dos Palmares, na Rua Tavares Bastos, para visita-lo, abraçá-lo e contar-lhe todos os meus segredos e aflições.

Há 14 anos o meu querido velho se foi deixando uma lacuna na minha vida, uma saudade incontida e uma dor enorme no peito. A lembrança do meu pai ainda é muito presente e para mim essas datas comemorativas têm sabor de saudade.

Meu pai foi para os filhos um exemplo de homem: generoso, religioso, temente a Deus e que deixou para os seus muitos ensinamentos. Ele era solidário quando alguém, algum amigo passava dificuldade, procurava sempre ajudar, indistintamente, fosse pobre, rico ou necessitado.

Sem formação escolar quase nenhuma, meu pai sabia apenas escrever o seu nome, mas lia muito, gostava de ficar informado; fazia contas de cabeça, melhor que eu e meus irmãos estudantes e foi formado na universidade da vida.

Nascido e criado na roça, órfão de pai e mãe muito cedo, meu pai teve que dar muito duro na vida para cuidar de todos nós. Quando saiu da Baixa Seca, vendeu as terras para morar em União, montou um pequeno hotel que não deu certo, depois comprou a mercearia da Rua da Ponte e o armazém de compra e venda de cereais e deles tirou o nosso sustento.

Quando eu e meus irmãos saímos de União para estudar em Maceió para cursar o antigo científico (hoje ensino médio) ele e minha mãe tinham duas despesas. A educação dos filhos era mais importante. Só deixou que eu começasse a procurar emprego quando terminei o segundo grau e já estava com 18 anos.

Namorador quando moço, a gente sabe muito pouco dessa época da vida do meu pai, a não ser que era muito festivo (isso eu também herdei dele) e que chegou a noivar com outra moça antes de casar com minha mãe.

Algumas das aventuras amorosas do meu pai ficávamos sabendo por que quem contava era minha mãe. Mas papai era apaixonado por dona Antônia e na primeira oportunidade, deixou a moça que estava noivo e finalmente casou com a mulher amada.

Meu pai era um homem de fé, apaixonado por eleições, jogar nos bingos da festa da padroeira, dos bingos do Trapichão e jogar na loteria; era diversão do meu pai, além da festa de Santa Maria Madalena.

Eu tinha uma afinidade enorme com seu João Jonas, ficávamos conversando longamente, principalmente quando a gente enveredava pelo lado da política e herdei dele o gosto de votar.

Mas se meu pai estivesse por aqui ainda hoje, certamente estaria decepcionado com o que estamos vendo nas disputas eleitorais: xingamentos, traições, deslealdades e falta de propostas reais dos candidatos.

Quando estou assim, fragilizada, necessitando de um colo de pai e mãe, de conselhos, sinto infinitamente a falta dele para me dar firmeza e da fortaleza da minha mãe para me orientar. Ela era quem comandava tudo, inclusive queria reger a vida da gente.

Tive a felicidade de tê-los até depois dos 70 anos, mas quando a gente perde vê o quanto era feliz e como Deus foi tão bom em tê-los destinado a cuidar de nós aqui na terra. Onde estiverem mamãe e papai, que estejam num lugar sossegado, de paz e de luz. Fiquem com Deus.

Mesmo assim

  Olivia de Cássia Cerqueira   Do alto da varanda da minha casa, observo as construções lá na frente. Não fossem elas, dava pra ver o ma...