sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Nas infinitas noites...

Olívia de Cássia Correia de Cerqueira

Nas minhas infinitas noites de solidão, invoquei a memória do passado, para preencher o espaço vazio. Vida marcada. Quando a gente vai envelhecendo vai vivendo de lembranças, daqueles fatos que marcaram a nossa vida. É impossível evitá-los.

Rememoramos a infância, os amores juvenis, as aventuras da juventude e os dias são mais leves de a gente levar, quando a gente tem um amor para recordar, uma poesia para fazer, vivências da juventude e muita história para contar aos mais jovens.

Ouço o barulho do mar, o mar que guarda tantos segredos, segredos meus. Com a alma vazia de luz e procurando conforto, no fundo da memória vou revendo situações, atrapalhadas ou não, momentos de medo, de ansiedade, aflição e carinho, momentos de conforto e amparo..

Nas infinitas noites de solidão eu procurei do meu lado uma mão para afagar, um rosto para encarar e uma palavra para ser dita, mas eu encontrei o vazio, o vazio que vai tomando conta da gente, de repente, quando vamos perdendo a capacidade de viver a dois, nas noites infinitas...

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