Um dos poucos prédios que ainda temos preservado em União dos Palmares...
Olívia de Cássia – jornalista
Voltando de União dos Palmares, depois de uma ida rápida à cidade querida. Percorri algumas ruas para matar a saudade, como faço de vez em quando, para fazer fotografias. Estava acompanhada do amigo João Paulo Farias e conversamos muito sobre a dilapidação do patrimônio histórico da cidade.
Já fiz em outra oportunidade, comentário sobre esse tema e não falo aqui dessa ou daquela gestão, mas das muitas, desde muito tempo, que comandaram os destinos do município.
A cidade já perdeu quase todo o seu patrimônio arquitetônico e ao longo de décadas e décadas foram demolidos a antiga Igreja Matriz de Santa Maria Madalena, armazéns, casarões antigos, ruas de calçamento levam banho de asfalto e outras transformações mais.
Está tudo diferente, em nome da modernidade. O patrimônio histórico do município hoje se resume à Serra da Barriga (nosso principal cartão postal), a Casa do Poeta Jorge de Lima, o prédio modificado da Secretaria Municipal de Educação.
Alem desses prédios, a Casa de Maria Mariá recém-reformada, o prédio onde está funcionando a biblioteca, em frente à casa de seu Antônio Amaro e o Rocha Cavalcante, no Centro.
Os armazéns da Sambra, local onde era armazenado o açúcar que chegava à estação, ficava em frente onde hoje é a quadra municipal de esportes, demoliram o casarão de Basiliano Sarmento, que era lindo e se tivesse sido preservado poderia ser um centro de cultura.
Além desses prédios demoliram a casa da professora Salomé, a Vila Magdala e outros prédios particulares, que poderiam ter sido tombados pelo patrimônio histórico.
Quem tem a oportunidade de ir até Marechal Deodoro, Viçosa, Capela, Pilar e Piranhas, só para citar algumas cidades, sente orgulho de ser alagoano, pela preservação e valorização da cultura.
Uma cidade que tem o legado histórico como a nossa se ressente disso e espero que as próximas gestões que se sucederão daqui pra frente sejam mais atentas e continue cuidando pelo menos desse pouco que resta, sob pena de as próximas gerações não terem mais nada para ver. Fica a sugestão.
domingo, 19 de agosto de 2012
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