Olívia de Cássia – jornalista
O Brasil vive o clima das eleições municipais que acontecem no próximo dia 7 de outubro. Candidatos botam o ‘bloco na rua’ para mostrar propostas, tentar ganhar o voto do eleitorado e disputar seus espaços. A briga é de titãs.
Nem sempre o jogo da política é um jogo limpo. Na maioria das vezes a disputa se transforma em briga pessoal e as propostas vão ficando de lado, confundindo o eleitorado. É o jogo pelo poder e muitas vezes pelo dinheiro mesmo.
Na década de 70, em União dos Palmares, já tinha briga política dos dois lados. Partidários de Mano e de Afânio Vergetti se engalfinhavam nas ruas, brigavam de maneira atabalhoada, famílias se desuniram, amigos brigaram, pessoas morreram, tudo em nome da política.
Desde menina acompanho essas contendas e hoje sei que não valem a pena. Meu pai era um homem apaixonado por eleição e fã número um do seu primo-político Afrânio Vergetti de Siqueira. Herdei do meu pai esse lado também.
Fui crescendo e quando cheguei à faculdade me integrei logo às pessoas de pensamento mais à esquerda, simpatizei logo com eles e entendi naquela época que eu não era tão errada assim por pensar tão diferente da maioria dos meus amigos.
No Diretório Acadêmico e nos Centros Acadêmicos a disputa não era diferente dessa que a gente ver por aí. Depois de presenciar tanta coisa hilária na política, alianças sem princípios e coisas estranhas àquilo que pregávamos quando lutávamos na rua em passeatas por uma sociedade melhor e mais justa, fui me afastando das brigas e contendas e hoje prefiro ficar mais na observação e análise de caso.
As forças de esquerda lutaram para chegar ao poder, mas parece que muitas pessoas quando chegam lá não sabem lidar com isso e metem os pés pelas mãos. Os fatos estão aí na mídia para comprovar. Falo com a experiência que os 24 anos de profissão me deram.
O Movimento de Combate á Corrupção Eleitoral tem feito várias denúncias que nos deixam arrepiados de tão absurdos que são os casos. Devemos procurar votar naquele candidato que apresente melhor programa de governo e melhores propostas, para que depois possamos cobrar as promessas de campanha.
Aprendi com meu pai que o voto da gente é uma arma e é sagrado e que ninguém tem o direito de compra-lo. Votar é um exercício de cidadania e não devemos transformar o nosso voto em mercadoria barata. Fiquem com Deus.
domingo, 26 de agosto de 2012
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Aqui dentro tudo é igual
Olívia de Cássia Cerqueira Aqui dentro está tudo igual. Lá fora os bem-te-vis e outros pássaros que não sei identificar, fazem a fes...
-
Foto Inteligência artificial Olívia de Cássia Cerqueira (29-09-2024) Quando meus pais morreram, vi meu mundo cair: papai três antes que ...
-
Olívia de Cássia Correia de Cerqueira Jornalista aposenta Revisitando minhas leituras, relendo alguns textos antigos e tentando me con...
-
Olívia de Cássia Cerqueira – Jornalista aposentada (foto Inteligência artificial) Este texto eu escrevi em 1º de setembro de 2009 ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário