domingo, 26 de agosto de 2012

A política é um jogo

Olívia de Cássia – jornalista

O Brasil vive o clima das eleições municipais que acontecem no próximo dia 7 de outubro. Candidatos botam o ‘bloco na rua’ para mostrar propostas, tentar ganhar o voto do eleitorado e disputar seus espaços. A briga é de titãs.

Nem sempre o jogo da política é um jogo limpo. Na maioria das vezes a disputa se transforma em briga pessoal e as propostas vão ficando de lado, confundindo o eleitorado. É o jogo pelo poder e muitas vezes pelo dinheiro mesmo.

Na década de 70, em União dos Palmares, já tinha briga política dos dois lados. Partidários de Mano e de Afânio Vergetti se engalfinhavam nas ruas, brigavam de maneira atabalhoada, famílias se desuniram, amigos brigaram, pessoas morreram, tudo em nome da política.

Desde menina acompanho essas contendas e hoje sei que não valem a pena. Meu pai era um homem apaixonado por eleição e fã número um do seu primo-político Afrânio Vergetti de Siqueira. Herdei do meu pai esse lado também.

Fui crescendo e quando cheguei à faculdade me integrei logo às pessoas de pensamento mais à esquerda, simpatizei logo com eles e entendi naquela época que eu não era tão errada assim por pensar tão diferente da maioria dos meus amigos.

No Diretório Acadêmico e nos Centros Acadêmicos a disputa não era diferente dessa que a gente ver por aí. Depois de presenciar tanta coisa hilária na política, alianças sem princípios e coisas estranhas àquilo que pregávamos quando lutávamos na rua em passeatas por uma sociedade melhor e mais justa, fui me afastando das brigas e contendas e hoje prefiro ficar mais na observação e análise de caso.

As forças de esquerda lutaram para chegar ao poder, mas parece que muitas pessoas quando chegam lá não sabem lidar com isso e metem os pés pelas mãos. Os fatos estão aí na mídia para comprovar. Falo com a experiência que os 24 anos de profissão me deram.

O Movimento de Combate á Corrupção Eleitoral tem feito várias denúncias que nos deixam arrepiados de tão absurdos que são os casos. Devemos procurar votar naquele candidato que apresente melhor programa de governo e melhores propostas, para que depois possamos cobrar as promessas de campanha.

Aprendi com meu pai que o voto da gente é uma arma e é sagrado e que ninguém tem o direito de compra-lo. Votar é um exercício de cidadania e não devemos transformar o nosso voto em mercadoria barata. Fiquem com Deus.

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