Olívia de Cássia – jornalista
Hoje eu vou falar de um tema que está na pauta do dia do brasileiro: as baixarias na campanha eleitoral. Todo ano de eleição é isso, à medida que o pleito vai se aproximando, os ânimos vão se exacerbando, as paixões ficando mais ardentes e começam as agressões, os xingamentos mútuos e a desqualificação do adversário.
Mas quem pensa que isso só acontece em terras tupiniquins está enganado. Nos Estados Unidos, candidatos do mesmo partido lançam acusações contra seu correligionário, para atrair os votos necessários para se qualificar como o candidato oficial do partido para vencer as eleições que lá tem sistema diferente do nosso.
Lá e cá cada candidato quer mostrar as fraquezas do outro, mostrar os pontos fracos e crescer diante disso. As denúncias e os boatos se avolumam na Justiça Eleitoral, que muitas vezes não dá conta de tanta coisa.
No Brasil, Por ser eleição municipal, os candidatos a prefeito e vereador recebem apoios de deputados, senadores, governadores, empresários e outros setores da sociedade, que vão ao guia eleitoral pedir votos para os seus correligionários.
O guia eleitoral poderia servir como uma vitrine para colocação de propostas e argumentos propositivos, sinal de amadurecimento político, mas se torna hilário com as palhaçadas que são apresentadas. Candidatos sem conteúdo, aproveitadores de plantão que sempre aparecem quando tem eleição.
Em Alagoas, tanto na capital quanto no interior do Estado, a campanha agora começa a tomar outros rumos, com a aproximação do dia 7 de outubro. A campanha se intensifica nas ruas, com xingamentos, palavrões e agressões, que já se tornaram comuns nessa época. Não deveria ser assim.
Em Maceió, nas primeiras caminhadas que fez, o candidato do (PDT) Ronaldo Lessa chamou o governador de ‘cara de buraco’ e outros ‘elogios mais’. Tenta desqualificar seus adversários com criancices e arroubos próprios da sua personalidade.
Na semana passada, o senador Fernando Collor (PTB) esteve em União dos Palmares, xingou o atual prefeito, chamou-o de frouxo e outros palavrórios mais e disse que ia expulsá-lo do seu partido. Pura lavagem de roupa suja. O gesto de Collor dividiu a população. Há quem aplauda a baixaria, isso é lamentável, deveria ser civilizado.
Outro fato que chamou a atenção da população palmarina essa semana foi o ato de desrespeito. Dois carros de coordenadores da campanha de Beto Baía (PSD) em União dos Palmares, foram alvo de vandalismo.
Em um dos carros foi jogado solvente e um baner do candidato foi cortado com estilete. Uma prova da imaturidade de quem coordena essas campanhas, que não fiscalizam tais atos. Em época eleitoral gastam-se fortunas nas campanhas em todo o mundo, dinheiro que poderia ser usado para ações de políticas públicas aos mais necessitados.
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