terça-feira, 21 de agosto de 2012

Doze anos depois, contas de Lessa são aprovadas na ALE

Divulgação
Olívia de Cássia, com informações de Nigel Santana

Os deputados estaduais patrocinaram um fato inusitado na tarde desta terça-feira, 21, no plenário da Assembleia Legislativa. Doze anos depois, aprovaram as contas do ex-governador Ronaldo Lessa, candidato sub judice a prefeito de Maceió.

O tema estava na Ordem do Dia e não chamou a atenção do deputado Judson Cabral (PT). Cabral disse que a Casa, de forma tardia, “aprova as contas de um mandato inteiro de governador dez ou doze anos depois que o governador Ronaldo Lessa não está mais à frente do Executivo”.

O parlamentar disse que desconhece o parecer técnico emitido pelo Tribunal de Contas do Estado sobre essa matéria. “Somente hoje [ontem] tomamos conhecimento que esta pauta iria entrar em votação. Seria importante que o relator do projeto, oriundo da Comissão de Orçamento e Finanças, desse mais explicações sobre o tema”, disse o petista.

O relator da matéria, deputado Jota Cavalcante (PDT) - do mesmo partido de Lessa -, tentou argumentar como a Comissão conseguiu aprovar todas as contas e encaminhá-las ao plenário. “Essa é uma matéria muito complexa. O deputado [Judson] pode pedir ao primeiro secretário da Mesa Diretora os balancetes das contas do governo que estamos aprovando aqui”, observou Jota Cavalcante.
Retomando a palavra, Judson Cabral cobrou que o parlamento fosse mais informatizado, enviando pareceres e documentos a exemplo das prestações de contas do Executivo, via e-mail.
Já o deputado Antônio Albuquerque (PTdoB), integrante da Comissão de Orçamento e Finanças, também criticou a demora da matéria em seu discurso. O parlamentar disse que há reuniões da Comissão que não deliberam nada.

“Mais de dez anos sem examinar essas contas é algo que não pode mais acontecer nesta Casa. É uma falha nossa. Soube que a Comissão aprovou em única sessão ordinária no mês de junho e eu não participei. Talvez por motivos familiares. São tantas sessões da Comissão, que em muitas delas, não temos o que deliberar”, revelou o deputado. Após o debate, os quatro anos de gestão fiscal de Lessa foram aprovados.

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