Olívia de Cássia Correia de Cerqueira
Era uma vez uma história de amor interrompida pelo tempo e pelas intempéries da vida. Muitos anos se passaram desde a última vez em que ficamos juntos.
De lá para cá muita coisa mudou, a vida seguiu seu rumo, mas ainda me pego pensando nos momentos vividos...
Não entendo o motivo de eu ser assim, tola, ingênua e encantadoramente sensível, eu não sei. Esquecer é preciso, é o que me dizem.
Os outros não entendem isso. Afirmam os céticos que a gente não deve falar de passado, que o que passou já foi. Mas eles também não me ensinaram a fórmula do esquecimento.
O que a gente faz para esquecer um grande amor? Quando a gente não tem mais o que viver de sentimentos, se vive apenas das lembranças boas do que viveu.
O sonho que sonhei agora tinha sabor de encontro, cumplicidade, serenidade e saudade.
Éramos duas metades incompletas que se redescobriam e se reiventavam.
Os sonhos têm seus encantos; independem da nossa vontade, dizem que está no nosso subconsciente. Eu não sei.
Eu te via de longe e você se aproximava. A partir daquele instante nunca mais a gente se separava. Lutamos contra o mundo e contra todos.
No sonho de agora, nós nos reencontrávamos e retomávamos para sempre a nossa vida, do ponto que tínhamos interrompido, como num filme imaginário de Godard.
Mas no mundo real que a gente vive, para sempre é um lugar que não existe. Acordei chorando de saudade.
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
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