Olívia de Cássia Correia de Cerqueira
Revisitando
minhas leituras, relendo alguns textos antigos e tentando me conectar com situações
que valham mais a pena, cheguei a uma fase da vida em que algum traço de vaidade
vai pras cucuias.
Nunca fui de
muitas vaidades e hoje em dia muito menos. Tenho buscado a essência. Procuro não
repetir os mesmos erros que cometi no passado, embora se os tenha cometido, foi
tentando ser eu mesma.
Aprendi com
a idade que não somos donos da verdade, mas também não aceito intromissões.
Toda vez que procuro organizar minha bagunça, lembro de Clarice.
Arrumo num
dia as gavetas, no outro já estão todas bagunçadas. E quando organizo minha
vida, ou não, vou lembrando dos conselhos sábios de mamãe, que a gente dizia: “praga
de mãe sempre pega”.
O engraçado
é retomar situações do passado e com elas aprender, porque como diz aquele
clichê: “é vivendo que se aprende. Não adianta eu ficar agora num estado de
negação, de que envelheci e não aceitar de todo.
Apesar de admitir
que ainda não cheguei numa fase de aceitação. Se dissesse isso estaria
mentindo. Não me reconheço quando me olho atentamente pro espelho do banheiro. Ainda
bem que tenho poucos por aqui. Bom dia.
Um comentário:
Desse jeito. Eu também não.
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