Foto: Ascom/ALE
Fonte: Milena Andrade e Josenildo Törres - Tudo na Hora
Em segunda votação e por unanimidade, a Assembleia Legislativa do Estado (ALE) aprovou na tarde desta quarta-feira (22) o reajuste salarial de 7% para os servidores públicos estaduais. O aumento, retroativo ao mês de maio, será pago em uma folha suplementar, após a lei ser sancionada pelo governador Teotonio Vilela Filho (PSDB).
O reajuste será aplicado integralmente, conforme prevê o acordo firmado entre o Governo do Estado e os sindicatos. A aprovação põe fim a uma briga que se arrastou por quase dois meses e foi marcada por protestos violentos. A discussão começou em abril, quando o governador anunciou a implantação de uma política salarial para o funcionalismo.
Política que teria como base a reposição das perdas salariais, tendo como referência o IPCA. O aumento seria aplicado em duas vezes, sendo a metade no mês de maio e a outra em novembro. A partir daí seguiram uma série de manifestações dos movimentos sindicais, alguns marcados por atos de vandalismo, como o episódio da tentativa de invasão do prédio da ALE, a depredação do Palácio República dos Palmares e o atentado contra o Quartel da Polícia Militar.
Segundo a Secretaria de Gestão Pública (Segesp), o impacto na folha de pagamento do funcionalismo será de cerca de R$ 10 milhões por mês. A folha suplementar retroativa aos meses de maio e junho será paga em julho, mas a data ainda será anunciada pelos técnicos da Segesp.
Conquista dos servidores
Para a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal), Célia Capistrano, a aprovação do reajuste de 7% para todos os servidores públicos foi uma “conquista”. No entanto, a sindicalista vê com “estranheza” o fato de o projeto de Lei não contemplar “a Política Salarial de 2012”, como teria se comprometido o Governo do Estado.
“Queremos saber do governador o que houve, pois o texto do projeto não traz nenhuma alusão à política salarial para o próximo ano e essa item da pauta reivindicatória ficou acordo”, frisou Célia Capistrano. O Tudo na Hora contactou o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Isac Jackson e o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindipol), Carlos Jorge, mas eles não atenderam os seus telefones celulares.
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