Vereadora Heloísa Helena (PSOL). Foto: Sandro Lima |
Repórter
Em Alagoas existem três projetos tramitando na Assembleia
Legislativa Estadual (ALE) que têm por objetivo prevenir ou divulgar o
desaparecimento de crianças.
Segundo a assessoria de comunicação da Casa, o primeiro
deles é do deputado Antonio Albuquerque (PTdoB), que objetiva criar uma
pulseirinha antissequestro, para ser colocada em bebês recém-nascidos ainda na
maternidade. O projeto já foi aprovado por unanimidade pelos deputados, mas a
assessoria não informou se já foi sancionado pelo governador Teotonio Vilela
(PSDB).
Outra iniciativa é do deputado Joãozinho Pereira (PSDB), que
obriga os hotéis e estabelecimentos afins a exigirem o registro de bebês e
crianças no ato da hospedagem. Segundo a assessoria, esse já foi sancionado e
agora é lei.
Também de autoria do deputado Antonio Albuquerque, outro
projeto obriga a afixação de cartazes de pessoas desaparecidas em locais
públicos de grande movimentação, a exemplo de rodoviárias, aeroportos,
shoppings e grandes centros comerciais e também em ônibus urbanos e
intermunicipais no âmbito do Estado.
Esta ação é semelhante à protocolada pela vereadora Heloísa
Helena (PSOL), no dia quatro de julho, que está tramitando na Câmara de
Vereadores de Maceió desde o dia seis de agosto. Segundo Heloísa Helena, o
Projeto de Lei 67/2013 foi elaborado depois do trágico desfecho do
desaparecimento do menino Felipe Vicente da Silva, dois anos - encontrado morto
13 dias depois de ser sequestrado, em junho - e propõe que as fotos de crianças
desaparecidas na capital alagoana sejam exibidas na rodoviária, aeroportos,
cinemas, teatros, praças esportivas, clubes recreativos e eventos que aconteçam
em Maceió.
“Apresentei o projeto por conta do crescimento do número de
desaparecimentos e para diminuir esses dados. É necessário um esforço conjunto
dos governos e da sociedade para resolver a questão”.
Heloísa chama a atenção para o projeto e pede que o Poder
Executivo Municipal assine um convênio com o Governo Estadual, “estabelecendo
Protocolo de Atuação em Caso de Desaparecimento de Crianças e Adolescentes,
definindo o prazo máximo de 12 horas, após o comunicado oficial da ocorrência,
para a requisição de todas as fitas das câmeras de vigilância em ruas,
residências, casas comerciais, transporte coletivo no raio de dois quilômetros
do local do desaparecimento e também promover fiscalização em todos os terrenos
baldios da localidade no raio de três quilômetros do evento”, reforça.
Ainda de autoria da vereadora do PSOL outro projeto, que foi
subscrito pelos vereadores Kelmann Vieira (PMDB), Dudu Ronalsa (PSDB) e Wilson
Júnior (PDT), cria o Dia Municipal da Criança e do Adolescente Desaparecido, na
data 16 de junho, exatamente quando desapareceu o menor Felipe Vicente da
Silva.
A intenção ao criar a data, segundo a vereadora, é para que
as crianças e adolescentes desaparecidos não sejam esquecidos. “Além de
assegurar a realização de debates, palestras e campanhas com a divulgação de
números e contatos das instituições de segurança pública, conselhos tutelares,
Disque 100 e demais órgãos responsáveis por contribuir com a elucidação do
desaparecimento das crianças”.
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