Domingo de muito sol, um calor imenso em Maceió. Resolvo me
arrumar para ir à praia, mas de repente percebo que estou só. Antes, há algum
tempo, isso não me fazia a maior diferença: pegava minha bolsa, um livro e ia para
o ponto das vans que fazem a rota para o Francês.
Ficava na praia numa barraquinha, tomando meu sol, lendo e
de vez em quando pedia para alguém da sombrinha ao lado olhar minhas coisas
enquanto eu tomava banho de mar. Como era bom ficar ali tomando minha
cervejinha, me bronzeando e curtindo aquele sol.
O tempo passa, as limitações vão surgindo; parece que foi
ontem. Adoro o mar, mas com o tempo a gente vai ficando covarde para sair
sozinha. Acho que é o peso da idade e do corpo mesmo.
Chamei minha sobrinha; apesar
de ela ter dito que ia à praia comigo,
reconheço que na idade dela tem outros programas a fazer.
Vida de cinquentona solitária é assim: a gente tem que
procurar as nossas próprias agendas. Se bem que me divirto muito quando saio
com a juventude. Procuro me atualizar e estar sempre por dentro do que estão
vendo e discutindo. Não quero ficar uma velha ranzinza e caduca antes do
entardecer.
Vou dar uma saída e ver se arrumo companhia para ir à praia.
Bom domingo para todos. Fiquem com Deus.
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