segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Inscrições para o Prêmio Maria Mariá já começaram

Com assessoria

Já estão abertas as inscrições para o Prêmio Imprensa Maria Mariá, de União dos Palmares, que vai premiar: rádios, sites e blogs e meios de comunicação da Terra da Liberdade. O evento foi idealizado por Clezivaldo Mizael e objetiva premiar a imprensa natural da cidade.

Esta é a segunda edição do prêmio, que é estritamente local, mas segundo Clezivaldo Mizael, ganhou ares de grande premiação regional. A entrega da premiação será em dezembro em data e local a serem anunciados em breve pela organização.

“O Troféu Imprensa Maria Mariá, é o reconhecimento do trabalho daqueles que exercem com dedicação e qualidade o papel de um comunicador, seja por meio das ondas do rádio, das páginas impressas ou por meio da internet, os que buscam a verdade e com respeito apresentam a realidade de um povo, sua origem, sua história e seu presente, será recompensado pelo público com este prêmio”, explica Mizael.

Com a presença de diversas autoridades políticas, comerciais, e do jornalismo palmarino e das cidades vizinhas, a primeira edição do evento aconteceu na  AABB de União, em setembro do ano passado, e foi transmitida ao vivo pela TV Oxente, via internet.

Os veículos de comunicação inscritos foram os mais diversos, desde blogs e sites, até programas de rádio e jornais. Estes foram encaixados em suas respectivas categorias e passaram por duas fases paralelas de votação, a do voto popular e a análise de jurados especializados em comunicação em diversos segmentos.

MARIA MARIÁ

Maria Mariá  nasceu com o gosto pela leitura, pela escrita e pela história popular de seu povo e de sua cidade. Solitária depois da morte da mãe, isolou-se em uma casa de dois andares, numa das principais ruas de União dos Palmares, para cultivar um passatempo que virou um acervo do patrimônio cultural do município.

Do quarto de cima, enquanto escrevia, lia e catalogava objetos, Mariá deliciava-se com a vista para a Serra da Barriga. Nos fins de tarde, costuma jogar gamão, cartas e dominós com alguém não menos controvertido. O próprio "diabo".

É o sobrinho Sílvio quem conta. "Achamos, entre seus pertences, os papéis onde mostravam os jogos, com o nome dela e o de alguém que ela identificava como diabo", lembra. "Minha tia era diferente, honesta, inteligente e extremamente sozinha na sua busca pelo aperfeiçoamento cultural", acrescenta.

Apesar de extravasar seu repúdio às convenções sociais, Mariá decidiu, até por insistência dos políticos locais na época, entrar na política em 72. Candidatou-se a uma cadeira na Câmara Municipal de Vereadores e foi derrotada.

Mas no palanque eleitoral, pôde exercitar seu direito de cidadã política e regozijou-se com o fato de uma mulher palmarina estar defendendo publicamente projetos políticos partidários. Com a desaprovação nas urnas, afastou-se definitivamente da disputa eleitoral e entregou-se de novo à cultura.

E assim, viveu Mariá. Uma Mariá que em 1952, ao lado do irmão Paulo, vestiu-se de Maria Bonita e ele de Lampião, para viverem o carnaval da época. Uma Mariá que adorava viajar de trem, conhecer gente nova, lugares novos, que soube ser leitora e escritora, atriz, museóloga, historiadora, além de ser jornalista, professora e revolucionária.

Há quem aposte que ela militou no Partido Comunista, mas nas suas referências Mariá não cita isso. Deixa, tão-somente, o que acumulou culturalmente para União dos Palmares e a história do povo alagoano da Zona da Mata. E assim, foi Mariá.

Natural da terra de Zumbi e Jorge de Lima, a educadora, folclorista, historiadora, jornalista, colecionadora e ativista cultural Maria Mariá de Castro Sarmento nasceu em União dos Palmares, num povoado onde se localiza a Usina Laginha, no dia 16 de junho de 1917. Faleceu no dia 28 de fevereiro de 1993, vítima de um infarto agudo do miocárdio, aos 76 anos de idade.

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