Frustrados mais uma vez com o atraso do salário, profissionais exigem respeito de João Lyra
Fonte: Sindjornal
Após sete meses recebendo salários atrasados e parcelados, os jornalistas de O Jornal, que estão em férias coletivas após a suspensão do matutino, preparam uma manifestação para segunda-feira em frente ao grupo JL, quando cobrarão do empresário e deputado João Lyra o pagamento dos salários de outubro e novembro.
A decisão, tirada ontem no Sindicato dos Jornalistas, se deu em função da empresa descumprir os próprios prazos para quitar os salários de outubro.
“Ninguém confia mais nas promessas da direção e do dono da empresa. O salário de outubro já foi prometido quatro vezes”, disse Carlos Roberto Pereira, diretor do Sindicato dos Jornalistas. Segundo ele, o não cumprimento do prazo levou os profissionais a decretarem greve no dia 16, após vários meses sofrendo com os atrasos.
A maioria dos jornalistas e demais funcionários do Sistema O Jornal de Comunicação, que engloba ainda a Rádio Jornal e o portal de notícias Mais.al, enfrentam sérias dificuldades financeiras. Alguns chegam a enfrentar dramas familiares e sequer podem utilizar o plano de saúde porque a empresa não pagou as operadoras.
Antes da manifestação em frente ao Grupo JL, os jornalistas de O Jornal farão na sexta-feira uma nova assembleia no Sindicato dos Jornalistas. A reunião, marcada para 14 horas, será para organizar o protesto de segunda-feira, além de avaliar o que acontecerá com os trabalhadores e a empresa a partir de dezembro.
“Soubemos que o deputado quer transformar o matutino O Jornal em um semanário. Já existe até convite a jornalistas para formar uma equipe. Mas alertamos que nada pode ser feito enquanto não for definida a situação dos atuais profissionais, que precisam receber os salários de outubro, novembro, dezembro e o 13º, além de férias, FGTS e outras verbas rescisórias”, observa a direção do Sindicato.
A entidade orienta os jornalistas alagoanos a não assumirem compromissos com o grupo de comunicação sem que haja garantias salariais e de cumprimento dos direitos trabalhistas. O Sindicato também lembra que os atuais profissionais de O Jornal continuam em greve e que qualquer retorno individual ao trabalho ou substituição do pessoal será um desrespeito ao movimento paredista.
“Os jornalistas têm um compromisso ético com os colegas e não podem se deixar levar pelo canto da sereia”, alerta Carlos Roberto.
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