A semana começa ensolarada e quente em Maceió. O fim de
semana foi de reclusão, não vi o mundo lá fora e por falta de incentivo
financeiro, o jeito foi ficar em casa, conectada em tempo integral. Nem a minha
leitura eu adiantei. O tempo foi de muita preguiça e impaciência.
O ano vai terminando com muitas pendências que não foram
possíveis dar conta. O jeito é empurrar para o ano seguinte e aguardar a
situação melhorar e tomar outro rumo. Daqui a pouco é Natal e lá vai todo mundo pras
lojas consumir, se esquecendo do principal aniversariante.
Para muita gente Natal é sinônimo de casa cheia de
familiares e de pessoas queridas. Durante a época de festas de fim de ano, é
comum fazer novos planos, alimentar novos sonhos para o próximo ano e fazer um
balanço dos meses que ficaram pra trás.
É tempo de as famílias se reunirem para decorar as casas e
para as compras. Nessa época do ano eu sempre fico angustiada, uma tristeza
profunda me abate, porque sempre me lembro dos meus entes queridos que já se
foram: lembro de amigos, familiares e dos meus pais.
A gente começa a fazer um balanço de tudo o que já viveu,
desde a infância e lamentar o que não conseguiu realizar: projetos pessoais,
metas de trabalho, amores que não foram possíveis de conseguir e outros
assuntos diversos ficam remoendo na mente da gente.
Lá em casa a gente não tinha Natal como se vê na televisão
ou reuniões com ceia natalina. Íamos para a missa do galo e a gente achava uma
cerimônia longa e cansativa e pedíamos a Deus que acabasse logo.
Quando terminava, cumprimentávamos os amigos e vizinhos que
estivessem por perto e voltávamos para
casa para dormir. Mas no dia seguinte, minha mãe sempre preparava um almoço
especial para a família.
Sinto falta disso em minha vida. O tempo passa e a gente
fica só na lembrança das coisas boas que viveu. Depois que vim morar em Maceió,
a gente começou a fazer ceias coletivas e todo ano a gente se reúne em família
e com os vizinhos para comemorar o Natal.
Mas as nossas ceias natalinas da Vieira Perdigão também
estão ficando rotineiras e perdendo a graça: muita gente casou, se dispersou e
estamos ficando só os velhos.
O jeito é tentar incrementar e inventar coisas novas para que a gente viva com mais harmonia e tranquilidade esse tempo que bate à nossa porta. Bom dia!
O jeito é tentar incrementar e inventar coisas novas para que a gente viva com mais harmonia e tranquilidade esse tempo que bate à nossa porta. Bom dia!
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