terça-feira, 6 de novembro de 2012

Deputados estranham veto do governador a reajuste de salário


Olívia de Cássia – Repórter

Os deputados estaduais criticaram na tarde desta terça-feira, 6, o veto do Governo do Estado ao reajuste de salário aprovado na Casa de Tavares Bastos. Segundo os deputados, foi o próprio governo quem pediu urgência na votação do projeto de lei.  

Segundo os parlamentares, o projeto incidiria também no reajuste para os auditores fiscais e delegados da Polícia Civil. Os parlamentares presentes à sessão, em sua maioria, fizeram declaração contrária ao veto do governador e prometeram derrubá-lo quando a mensagem for encaminhada à ALE.

O petista Ronaldo Medeiros (PT) informou que “estranhamente” o governador Teotonio Vilela (PSDB) vetou o projeto sem nenhuma justificativa. “Existia um acordo que não foi cumprido e não entendemos o motivo. O governador vetou o reajuste que não convence. Por lei, as duas categorias (auditores e delegados) têm aumento quando aumenta o salário do governador”, disse Medeiros.

Segundo ele, a reposição já foi incorporada aos salários de todas as categorias com exceção dos delegados e auditores fiscais. “Quando encaminharem o veto, vamos colocar em pauta e derrubar”, informou o deputado.

O deputado Antonio Albuquerque (PTdoB), que presidiu mais uma vez a sessão por conta da licença do presidente Fernando Toledo (PSDB), disse que ficou abismado com o veto do governador ao projeto aprovado na Casa.

A mensagem com o veto foi publicada na edição desta terça-feira (6) do Diário Oficial do Estado e é de autoria da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Alagoas. Já o deputado Judson Cabral (PT) disse que o governo não consegue achar uma solução mais  simples para os problemas do Estado e cobrou o detalhamento do QDD (Quadro de Despesas).

ESQUECIMENTO

Em outra fala o deputado Ronaldo Medeiros também disse que o Poder Legislativo está sendo esquecido e propôs que os deputados vetem o percentual de remanejamento do orçamento do Estado, já que as emendas que são aprovadas na Casa não são respeitadas pelo governador.

 “A Casa tem que tomar uma posição, se não vai ser uma Assembleia de faz de conta, quero deixar aqui meu repúdio”, disse Medeiros.


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