quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Boa sorte!


Olívia de Cássia - jornalista

Hoje eu queria falar sobre uma constatação que tive nas minhas pesquisas interiores, de poeta: sobre os teus sentimentos, moço bonito. Mas acredite que não é por sofrimento meu, é por necessidade de expressar um momento que vai na minha alma, nesse instante em que descrevo esse pensamento.

Às vezes eu crio um texto e alguns leitores podem avaliar que eu esteja em sofrimento.  Pode ser que haja coincidências, mas há momentos que isso se dá por pura constatação de um sentimento mesmo, sem sofrimentos terceiros.

Eu queria te confessar, moço bonito, inspiração das minhas poesias diversas, que a tua felicidade me deixa contente, não me incomoda, não me faz mal. Sinto uma pontinha de ciúmes, lá no fundo do coração, mas é coisa tola, sem maldade: é apenas vontade de também ser feliz.  Eu te amei, confesso aqui, um amor sem muitas esperanças e sem futuro; hoje eu sei.  

No mundo de hoje, felicidade é artigo raro e amor é sentimento em extinção. Eu te quis por um instante, por alguns dias, por meses, ou mais dias, mas isso já passou. Fico contente em saber que estás de bem com a vida, centrado e focado em perseguir dias melhores, com maturidade.

Eu sou um ser que às vezes foge da compreensão de algumas pessoas: familiares e amigos. Não sei guardar rancores, raivas ou mágoas por muito tempo e acabo sempre amolecida por um ou outro motivo. Acabo até sendo amiga de algumas supostas ‘rivais’. E eu lá quero ter inimigos!

Já passei da fase do encantamento e do sofrimento; sigo meu caminho em busca da felicidade. Procuro viver todos os dias me dedicando ao que gosto de fazer no meu trabalho: escrever, fotografar, fazer amizades, minhas leituras, viver e ser feliz, seja lá de que maneira atrapalhada isso possa acontecer.

Nós podemos ser amigos, sim, selarmos um pacto de convivência pacífica, sem rancores; reconheço que não nasci para ter parceiros, companheiros, amores seguros ou inseguros. Tem gente que já nasce com um destino; o meu é esse: ser independente e sozinha; não importa o que tenha nos acontecido lá atrás, é passado.

A vida da gente é cheia de mistérios mesmo. Às vezes eu confesso que sinto saudade de um tempo vivido e do que não foi vivido também. Mas sei que também que o que sinto falta, muitas vezes, é de um sonho que criei, uma utopia para alimentar a minha solidão de mulher madura e solteira.  

Tem gente, assim como eu: sonhadora, que às vezes inventa dentro de si uma situação para se sentir mais feliz. Mas isso não quer dizer que eu saia mentindo por aí contando histórias que não existem e que nunca existiram.

Essas invencionices ficam apenas na minha cabeça mesmo, para que eu possa criar e escrever com mais liberdade minhas poesias e escritos diversos. Segue teu caminho, em paz. Eu seguirei o meu: alimentando o bom humor no meu dia-a-dia, buscando alegria nas pequenas coisas, nos amigos, amando a natureza e tentando ser feliz. Boa sorte!

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