domingo, 5 de dezembro de 2010

A volta


Petrúcio Manoel Correia de Cerqueira
(Bancário)

Em 1968, estava de volta para União depois de dois anos no Colégio Salesiano, um ano em Jaboatão dos Guararapes e um ano em Carpina (PE). Fui convidado a não mais retornar para aquela instituição, visto que havia sido reprovado em Francês. A minha média final foi de 6,5, e média para se passar no Colégio era de sete. Naquela época, o ensino médio era dividido em duas etapas: Ginásio, quatro anos; e Científico, três anos.

O ginásio Mario Gomes de Barros tinha iniciado as atividades em 1967, e como o prédio atual ainda não estava pronto, as aulas do referido ginásio eram lecionadas no Grupo Escolar Filomena Medeiros, em frente à AABB.

A minha mãe, sempre teimosa, ainda peregrinou comigo em Maceió e Garanhuns, para ver se ainda conseguia ver o filho Petrúcio, um dia, na Matriz de Santa Maria Madalena, celebrando a missa dominical. Queria de qualquer maneira que eu fosse padre. Foi grande a decepção dela, quando não fui mais aceito em nenhum colégio de padre.

Fui matriculado no recém-inaugurado Ginásio Mario Gomes. Como na 1ª série Ginasial do Mário não constava na grade curricular a matéria “Francês”, entrei tranquilamente na 2ª série, pois se tivesse, seria o problema.

O diretor do Ginásio Mario Gomes de Barros era o Sr. Rubens Holanda, pai do Fabian, que hoje é vereador em União dos Palmares. O Rubinho foi o grande idealizador da instalação desse ginásio em União dos Palmares, pois na época só existia o Santa Maria Madalena e que era pago.

O Mário, como é carinhosamente chamado, foi inaugurado com muita ansiedade pela população mais carente, pois via-se ali a possibilidade das pessoas mais carentes terem oportunidade pra se seguir adiante nos estudos.

O corpo docente do Mário Gomes não deixava nada a desejar do corpo docente do Santa. O Rubinho, diretor muito astuto, convidou a turma do Banco do Brasil para lecionar no Mário, e ainda por fora. Salomé (Francês e Inglês): Maria Mariá(Português); tenente Agnelo (História); professor Paulino (Desenho). As outras disciplinas eram lecionadas pelos funcionários do Banco do Brasil.

A minha turma foi a primeira de concluintes do Ginásio Mario Gomes de Barros. Passamos um bom tempo juntando dinheiro para que pudéssemos fazer uma grande festa. Alugávamos o cinema do Sr Armando, a AABB e a Palmarina para bailes, enfim, fazíamos de tudo para arrecadar dinheiro para que a festa fosse de “Arromba”, como se dizia na época.

Mas pense na decepção: não houve nada de festa, nem fotos para a posteridade nós não tiramos. O tesoureiro da turma fugiu com todo o dinheiro.

Um comentário:

Ladorvane Cabral. disse...

É Petrúcio.

Se não fosse trágico, seria cômico.
Lembro esse episódio decepcionante.
O bom de tudo, é que você venceu e está contando a história.

Um forte abraço.
Ladorvane Cabral.

Semana Santa

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