segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A verdade de cada um

Olívia de Cássia -jornalista

Desde o começo do mundo, nos primeiros relatos bíblicos que o ser humano se depara com o questionamento do conceito a respeito do que seja a verdade. Ela é muito relativa e subjetiva também e os filósofos se debruçaram sobre esse tema para se aprofundarem mais em seus livros e levar a discussão à sociedade.

Comecei a pensar sobre essa questão da verdade desde que li o professor e escritor Pedro Demo, da Universidade de Brasília, na disciplina Metodologia Científica, que avaliava a questão da verdade como subjetiva.

O fato é que a busca pela realidade e pelo verdadeiro é algo que perpassa o essencial de todas as religiões. Alguém que desconfie da existência da verdade não pode jamais compreender plenamente o sentido do exercício filosófico, e nem tampouco realizá-lo, já que não havendo uma verdade, todo questionamento tornar-se-ia infrutífero, dizem os estudiosos.

Não sou especialista em filosofia, mas ultimamente venho pensando muito sobre essa questão. O conceito de verdade é muito amplo e, na minha avaliação, parte do princípio de que cada ser humano, cada pessoa em sua individualidade tem a sua verdade e acredita que ela seja absoluta.

Isso mostra que eu tenho a minha verdade, baseada na educação que eu tive, na minha formação, nos conhecimentos adquiridos e naquilo que aprendi com os meus pais. No acúmulo desse aprendizado e na minha formação profissional fui formando a minha verdade, baseada em meus princípios.

Certamente que a minha verdade ela pode desagradar a alguém que tenha uma visão diferenciada a respeito do que penso e do que defendo. É a verdade do outro, baseada nos conceitos que absorveu.

Para se viver em uma sociedade justa e democrática é necessário que essa opinião do outro seja respeitada e não achar que somos absolutos e únicos donos da verdade, por que isso seria tirania e falta de discernimento do que seja harmonia.

Eu não sou muito fã das pessoas que se acham donos da verdade, nunca gostei muito de imposições, sempre fui muito rebelde com relação a isso.

E mesmo que eu tenha simpatia por tal assunto, se ele me for imposto de uma forma que não me caiba avaliação e questionamento, eu já passo a vê-lo com menos simpatia.

Sou assim, avalio que numa sociedade democrática e plural existe lugar para todas as correntes de pensamento, todo um pensar diferenciado e é importante e salutar que essa vontade e opinião do outro sejam respeitadas.

(Texto publicado no meu blog anterior, em 30/11/2009 , no link http://oliviadecassiajornalista.zip.net/arch2009-11-01_2009-11-30.html - republicado aqui pela atualidade do tema).

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