quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Primeiro dia de sessão da ALE foi de debates e polêmicas

Olívia de Cássia - Repórter
(Texto e fotos)

Com um número de 15 deputados na hora da verificação de quorum, a Assembleia Legislativa viveu uma tarde de muitos debates nesta terça-feira, 30, e chegou a contar com 19 deputados no plenário.
O deputado Judson Cabral (PT) foi o primeiro a se pronunciar, na hora das explicações pessoais e reclamou que os deputados não foram avisados da sessão especial acontecida durante a manhã desta terça, para tratar da questão das drogas.
Uma sessão requerida pela Câmara Federal, por intermédio do deputado federal Antônio Chamariz (PTB), que segundo presidente da Casa, Fernando Toledo (PSDB), pediu apenas o espaço para que a sessão fosse realizada e por isso os deputados não foram avisados.
Segundo a própria assessoria da ALE, que também não foi avisada da sessão sobre a questão das drogas, o evento não obteve público; apenas contou com a participação de duas pessoas no plenário, que vieram de fora.
O deputado Judson Cabral (PT) observou que o combate ao crack no Estado ainda é tímido e que gostaria de ter participado da sessão. “Eu me preocupo como dever de oficio”, disse o petista.
APARTE
O deputado Antonio Albuquerque (PTdoB) fez um aparte ao deputado do PT e disse que também não foi convidado para a sessão. “Conversei antes da sessão com a deputada Flávia (Cavalcante-PMDB) e ela também disse que não foi convidada. É preocupante o assunto e me uno ao deputado Judson, em número e grau sobre sua preocupação”, observou Albuquerque.
Na tarde dessa terça-feira, a sessão teve início no horário regimental e o deputado Sérgio Toledo (PDT), que voltou da licença para tratamento de saúde, fez a chamada inicial. O deputado Alberto Sextafeira (PSB) fez a leitura de duas atas das sessões anteriores, que foram aprovadas por unanimidade.
Com essa sessão fica faltando apenas três para que a Lei Orçamentária Anual (LOA) seja votada. O deputado Sérgio Toledo (PDT) fez a leitura do expediente onde constou apenas uma mensagem que cria a Delegacia do turismo, de autoria do deputado Edval Gaia (PDT).
VIOLÊNCIA
Ainda na hora das explicações pessoais o deputado Jeferson Morais (DEM) usou a palavra para falar sobre a violência e a ação da polícia e das Forças Armadas nos morros do Rio de Janeiro.
O deputado do DEM disse que tomou conhecimento no noticiário eletrônico de que o governo de Pernambuco fechou as fronteiras do Estado, preocupado com a possível vinda de bandidos do Rio para Pernambuco e se mostrou preocupado com relação a Alagoas, no sentido de que esses bandidos também possam vir para o nosso Estado.
Segundo Morais, no aeroporto internacional do Recife foram colocadas fotos dos bandidos fugitivos das favelas do Rio e todos os acessos foram bloqueados. “Espero que o de Alagoas também o faça”, disse ele.
Para contribuir com o debate fomentado por Jeferson Morais (DEM), o deputado Edval Gaia (PSDB) observou que em Palmeira dos índios um mototaxista reclamou que para chegar até o bairro Alto do Cruzeiro, na periferia da cidade, a pessoa que desejar entrar no local tem que pagar pedágio. “Me preocupo que em Palmeira dos Índios, uma cidade pequena esteja assim, imagina em Maceió. Temos que nos unir para que Alagoas melhore; o governador tem que mudar o foco para que Alagoas não fique igual ao Rio”, destaca.
O deputado Antônio Albuquerque (PTdoB) pediu novamente a palavra e disse que o que chama a atenção é que a questão das drogas é uma coisa quase corriqueira nas pequenas cidades. “Parece que há um certo receio, um certo temor das polícias fazerem o enfrentamento. A gente tem observado o drama com tristeza, de familiares que são atingidos pelo tráfico”, disse.
O deputado também observou que “é preciso que a população tenha a certeza de que as instituições não falharam. Que seja uma coisa verdadeira, a exemplo do Rio. Imaginava-se que todas as pessoas dos morros eram ligadas ao tráfico e o que fica claro é que a população é refém”, destaca Abuquerque.

O líder do governo na Assembleia, deputado Alberto Sextafeora (PSB) pediu um aparte para dar sua contribuição ao debate e sugeriu que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da qual o deputado Antonio Albuquerque está fazendo parte (por conta da licença médica do deputado Temotéo Correia-DEM), convide em nome da Casa de Tavares Bastos, o secretário de Defesa Social (Paulo Rubim) e o coronel Dario Cesar, do Comando da Polícia Militar, para que se comprometam em agilizar e adotar a mesma providência em Alagoas.
PAULÃO
O deputado Paulo Fernando dos Santos (Paulão-PT) observou a importância da ação da polícia do Rio, mas fez uma ponderação: “Faço uma ponderação importante porque vi o noticiário das TVs transmitindo o assunto e numa delas me preocupou uma fala do comandante da PM do Rio de que vão entrar nas casas de qualquer jeito, mesmo sem mandato de segurança, como na época da ditadura. É preciso discutir o papel das Forças Armadas. A responsabilidade do armamento é das Forças Armadas e da Polícia Federal”, destacou Paulão.

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