Olívia de Cássia – jornalista
(Texto e fotos)
A semana de trabalhos legislativos no plenário da Assembleia, a Casa de Tavares Bastos, começa nesta terça-feira, 30, último dia de novembro, faltando um mês para encerrar a atual legislatura. Durante esse período, os parlamentares alagoanos precisam cumprir, ainda, mais quatro sessões regimentais e também participar de uma audiência pública em que a sociedade civil pode e deve apresentar emendas ao Orçamento 2011, que tem até o final de dezembro para ser aprovado.
Na peça orçamentária que tramita na ALE, os recursos destinados à Assembleia Legislativa de Alagoas, cujo duodécimo o governo afirma ter congelado em R$ 119.977.200, chama a atenção. O deputado Paulo Fernando (Paulão-PT) destacou na semana passada alguns números do Orçamento para 2011, o que causou a irritação do secretário de Planejamento, Sérgio Moreira.
Agora há uma corrida contra o tempo, observando-se que os nossos deputados não têm comparecido como deveriam ao plenário Tarcísio de Jesus para cumprirem com o dever de casa. Há uma falta de vontade aparente da maioria e os que vão ficam no local apenas para cumprir tabela, conversando com seus pares, nem se importando com o que está sendo lido e aprovado ali, de costas para o plenário. Parece descaso. Eles nem fazem valer os votos que recebem de seus eleitores e só estão ali, bem sabemos, por conta dos gordos salários e das vantagens que recebem no cargo, com as negociações e acertos.
Na semana passada, aconteceram apenas duas sessões. Uma foi na terça, 23, que quase não acontecia, mas durante a chamada os deputados chegaram e completaram o quorum de 14 para votação do projeto de lei que beneficia a Medcoop (Cooperativa dos Serviços Médicos e Hospitalares de Alagoas), que foi aprovado por 12 x 2 (os dois votos contrários dos deputados Judson e Paulão, do PT).
DISCURSOS
Na quarta-feira, 24, foi uma tarde marcada por fortes discursos na tribuna da Casa, mas antes, quando se iniciou a sessão, às 15h30, nem parecia que ia dar quorum suficiente para que houvesse expediente.
Com apenas oito deputados no plenário, o deputado Jota Cavalcante (PDT), ocupando a primeira secretaria, iniciou a chamada, pausada e calmamente, para que desse tempo de os deputados chegarem e pudessem dar início aos trabalhos legislativos. Enquanto isso, o presidente da Casa, Fernando Toledo (PSDB) recebia recados e ligações do seu celular.
SALVO PELO GONGO
O deputado Ricardo Nezinho (PTdoB) salvou o quorum da sessão, logo que Jota Cavalcante ia chamar o último nome da lista que é o do deputado Temóteo Correia, licenciado por problemas de saúde. Nessa sessão de quarta-feira, foram lidos e aprovados cerca de 12 pareceres das comissões da Casa, sem restrição.
Na hora das explicações pessoais os deputados Isnaldo Bulhões Júnior (PDT) e Alberto Sextafeira (PSB) fizeram uso da tribuna da Casa. Isnaldinho para pedir providências da polícia no assassinato do seu amigo, o empresário Jair Gomes Oliveira, morto em Palmeira dos Índios com três tiros.
O líder do governo na Casa, Sextafeira, pediu a palavra para mandar um recado para o pastor-vereador João Luiz e o deputado Paulo Fernando, Paulão, do PT, para contestar os números do Orçamento enviados pelo governo no Projeto da na Lei Orçamentária Anual que está tramitando na Casa.
O discurso do deputado Paulão não agradou ao secretário de Planejamento, Sérgio Moreira, que respondeu ao deputado no jornal Gazeta de Alagoas. Moreira disse que o deputado do PT está equivocado em seu discurso. No dia seguinte, o deputado Paulão reafirmou o que disse à reportagem da Gazeta; apenas fez uma correção sobre os valores que tinha dado a respeito do Iteral.
Ele reclamou dos cortes que o Governo do Estado fez a áreas importantes como a Polícia Militar, a Secretaria de Agricultura, à Secretaria de Meio Ambiente, Amparo à criança e ao adolescente, dentre outros de mesma importância. Ainda no jornal Gazeta de domingo, o petista disse que há uma precariedade do orçamento do Estado para o exercício de 2011.
Pelo visto essa semana que começa será de correria contra o tempo e de debates fortes na Casa de Tavares Bastos.
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