domingo, 26 de dezembro de 2010

Do otimismo e da confiança na vida

Olívia de Cássia – Jornalista

Na véspera do Natal amanheci com um sentimento pesado de contrariedade, acordei com vontade chorar, de mal dizer e reclamar por conta de tanta coisa de contrário que acontece em minha vida ou que me falta para que eu tenha mais comodidade, conforto e segurança.

Mas ao me olhar no espelho lembrei do que venho prometendo para mim mesmo e praticando já a algum tempo, porque não adiantaram tantos anos de pessimismo ao longo dos meus anos vividos. Me arrependi do que ia começar a fazer e comecei a agradecer a Deus por tudo o que ele tem me proporcionado.

Não vou dizer que é fácil a gente ser sempre compreensivo e otimista diante das tantas adversidades e até seria muito chato isso, se a gente não esperneasse de vez enquando, ninguém é contemplado com uma áurea de anjo que possa ser sempre correto em suas atitudes. Não tenho tanta sensibilidade para isso.

Vi na televisão que agora estão querendo até que a felicidade seja garantida na Constituição do país, mas a felicidade independe de questões políticas, todos sabem. A felicidade não vem por decreto e não se estabelece pela lei dos homens. Não é um discurso político, mas é um meta que todo mundo quer alcançar.

É por isso que estou procurando adotar, lembrando um pouco daquelas mensagens de otimismo que a gente tanto lia na adolescência. O certo é que não devemos ser tão exigentes conosco. Que cada um reconheça os seus limites de ser humano, que é passível de cometer erros. Os erros existem para ser reparados, perdoados e esquecidos. Sejamos menos arrogantes.

A arrogância empobrece o espírito. Vamos procurar levar a vida com mais suavidade, descontração e humor nesse ano que se aproxima. Vamos brincar, cantar comemorar, viajar, se há condições para isso, defrutar e respeitar a natureza e todos os seres vivos que nela vivem. Cada um tem seu espaço aqui na terra, o mundo é de todos. Sejamos mais humildes, mais cordatos e menos agressivos, sem atitudes petulantes.

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