quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Viçosa e Ufal realizam mapeamento do patrimônio arquitetônico da cidade

Por Soraya Leite
Foto: André Misael

Vinte e cinco alunos do 4º ano do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Alagoas, orientados pela professora-doutora Josemary Ferrare, estão realizando o inventário do patrimônio arquitetônico do município de Viçosa.

A iniciativa faz parte do projeto “Conheça seu patrimônio, valorize sua história”, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, em parceria com a Ufal, como forma de incentivar a preservação dos prédios históricos existentes na cidade.

“O inventário reveste-se de grande significado, pois é preciso que a população conheça a importância de todo esse acervo, e aprenda a valorizá-lo. Os imóveis, tantos os públicos quanto os particulares, retratam a formação socioeconômica do nosso município, são testemunhas da grandiosidade da história de Viçosa, que se mistura à própria história de Alagoas”, disse a secretária municipal de Cultura, Karina Padilha.

Segundo a secretária, Viçosa possui um acervo arquitetônico riquíssimo, e grande parte em excelentes condições de preservação, a exemplo dos prédios que abrigam órgãos públicos. “Essa sensibilidade dos gestores em adquirir os imóveis e garantir sua preservação foi muito importante para manter todo o patrimônio intacto”, disse, referindo a prédios como a Casa da Cultura, que a abriga a sede da secretaria e que está em processo de tombamento pelo Estado.

Ao término do trabalho será criada uma cartilha com as fotos e a história de cada imóvel para ser distribuída nas escolas. Também serão confeccionados cartões postais, marcadores de livros, jogos educativos.

A professora Josemary Ferrare, que coordena os trabalhos dos alunos de Arquitetura, explica que o inventário do patrimônio arquitetônico faz parte do conteúdo programático da disciplina Prática do Restauro, e é um instrumento eficaz para o conhecimento, valorização e preservação das obras de grande relevância para uma cidade, muitas vezes esquecidas e degradadas.

“A identificação desse acervo permite estimular campanhas de conscientização da comunidade sobre a importância de sua preservação e definir diretrizes de programas de educação patrimonial”, disse.

“Os alunos identificam as características arquitetônicas dos prédios e o período correspondente, fotografam e passam todas as informações para uma ficha, que, inclusive, é a mesma que é encaminhada ao Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em todos os pedidos de tombamento”, explicou a professora.

Ao todo, estão sendo catalogados 115 imóveis, entre térreos e sobrados, com características arquitetônicas que remontam às décadas de 30 a 60, nos estilos neoclássico, eclético e modernista.

Toda segunda-feira, a equipe está na cidade fotografando e catalogando os prédios históricos. O trabalho de mapeamento já foi iniciado e deve durar, em média, seis semanas. Duas estagiárias docentes, alunas do Mestrado em Dinâmicas do Espaço Edificado da Ufal, participam das atividades.

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