segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Nelson Caruncha morreu!
Foto: Olivia de Cássia - arquivo
Autor do poema: Jailton Alves Ferreira
(enviado por e-mail)
Homenagem ao grande vaqueiro palmarino Nelson Luiz da Silva
Neste setembro chuvoso
Fato estranho aconteceu
Em um mês que é de sol
A chuva apareceu
Trazendo com ela a notícia,
Nelson Caruncha morreu!
Um vaqueiro afamado
Parece que adormeceu
Perdeu para o coração
Pra gado nunca perdeu
Hoje os bichos estão mudos,
Nelson Caruncha morreu!
O vaqueiro que era forte
Logo, logo emagreceu
A doença consumia
A vida que Deus lhe deu
Mas vai ficar na saudade,
Nelson Caruncha morreu!
Os aboios afinados
Que “seu” Nelson sempre deu
Na memória eles ficam
Iguais aos versos meus
Hoje, só soluços tristes,
Nelson Caruncha Morreu!
O gado ficou na serra
Pra o baixio não desceu
Apesar de está verde
Um capimzinho não comeu
Parece que já sabia,
Nelson Caruncha morreu!
Os amigos já estão saudosos
Do vaqueiro amigo seus
Os passarinhos cantaram
Vaqueirama emudeceu
Os cavalos relincharam.
Nelson Caruncha morreu!
Vaquejada (cavalo e boi)
Formava o esporte seu
Aboios e toadas francas
Música nos ouvidos seus
Só na eternidade agora,
Nelson Caruncha morreu!
As festas de vaquejadas
Ele sempre defendeu
No esporte foi valente
E vários troféus, colheu
Na sua casa são lembranças,
Nelson Caruncha morreu!
A família enlutada
Triste com o que se deu
Lembrando-se dos últimos dias
Que o vaqueiro sofreu
Agora com a certeza
Nelson Caruncha morreu!
Lamentando a partida
Do jeito que ocorreu
Mesmo assim inconformados
Entregava tudo a Deus
Não entendendo por que,
Nelson Caruncha morreu!
Mas o nosso sentimento
Bem na hora do adeus
Fica todo embaraçado
Foi a vida que encolheu
E todos ficam repetindo
Nelson Caruncha morreu!
Ainda temos um alento
Pois a vida que viveu
Fazia o que mais gostava
“Vaquejava” o tempo seu
Parece não ser verdade que,
Nelson Caruncha morreu!
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