Assessoria
Mirella Costa - Assessoria
Membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o preço e a qualidade dos combustíveis fornecidos em Alagoas se reuniram nesta segunda-feira (5), no plenário da Assembleia Legislativa (ALE), para realizar as primeiras oitivas da comissão.
O presidente da comissão, deputado Antonio Albuquerque (PTdoB), destacou que o aumento do preço dos combustíveis fornecidos foi exorbitante. “Vamos trabalhar dentro das prerrogativas inerentes ao exercício da nossa atividade. Não mediremos esforços para dar uma resposta à sociedade. Queremos que o preço do combustível chegue a um patamar justo”, disse.
O vereador e presidente da Comissão Especial de Investigação (CEI), Theo Fortes respondeu a todos os questionamentos feitos pelos deputados. Ele disse que com o trabalho realizado pela Câmara de Maceió, o valor da gasolina chegou a baixar consideravelmente e acredita que com a investigação partindo da Assembleia Legislativa, a tendência é diminuir mais.
“Gostaria de destacar que a gasolina tipo A não sofreu alteração no preço. A gasolina que consumimos é tipo C, ou seja, a que é misturada com o álcool anidro. As usinas deveriam ter estoque regulador deste álcool para que no período de entre safra o preço da gasolina não varie tanto”, disse.
O vereador falou ainda, que foi elaborado um relatório e registro fotográfico de todos os postos de Maceió, para identificar o valor médio da comercialização deste produto. “Estamos entregando hoje aos deputados estaduais uma cópia dos depoimentos que realizamos, um gráfico da variação do preço elaborado a partir da fiscalização realizada e cópia da documentação enviada pela CEI”, explicou.
Na mesma sessão, também foi ouvido pelos parlamentares, o proprietário do posto Jacinto, Josael Jacinto. O deputado Jeferson Morais justificou a convocação alegando que o empresário manteve em seu estabelecimento um preço condizente com a realidade. Josael Jacinto justificou o preço diferenciado por não trabalhar com cartões de crédito ou cheque. Ele disse ainda, que o estabelecimento é pequeno e que possui poucos funcionários.
“Meu posto funciona em um local de difícil acesso, então tenho que trabalhar um atrativo para os clientes. Meu estabelecimento é bandeira branca, o que me possibilita comprar o combustível em qualquer distribuidora. Sempre compro à Petrobras ou Texaco e pago antecipado o que me permite um preço melhor”, explicou Josael Jacinto.
Na ocasião, o relator da CPI, deputado Luiz Dantas solicitou que os próximos ouvidos fossem o presidente do sindicado dos combustíveis, Carlos Toledo e uma parcela de usineiros, com o objetivo de prestar esclarecimentos acerca do que já foi apurado e apresentado na Ale pelo vereador Theo Fortes.
Os membros da CPI que estavam presentes aprovaram o encaminhamento do ofício ao sindicato dos combustíveis. Novos depoimentos deverão ser agendados nos próximos dias.
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