sábado, 24 de setembro de 2011

Bairro de Jaraguá está abandonado

Olívia de Cássia – jornalista
(Texto e foto)

O bairro de Jaraguá, em Maceió, já viveu tempos áureos em sua história. Segundo os historiadores, a capital alagoana deve seu desenvolvimento ao Porto de Jaraguá, que possuía um localização privilegiada na primeiramente capitania, logo após, província de Alagoas.

Graças ao porto, a cidade alcançou um crescimento tal que motivou a mudança da capital da província para Maceió. O local passou a ter um grande fluxo de comércio, contando com muitas lojas e armazéns.

“Na segunda metade do século XX veio a decadência do bairro, sendo aos poucos abandonado, tanto pelo comércio quanto pelos moradores. Na década de 1990, a prefeitura iniciou um projeto de revitalização, restaurando ruas e casarões.

Boates e casas de shows foram abertas, assim como uma faculdade privada, a Faculdade de Alagoas (FAL), outra de pós-graduação, a Unifal, e mais agências bancárias. Mas nos últimos anos, o bairro novamente sofreu desvalorização, a despeito dos constantes investimentos dos governos locais.

O bairro é sede da Prefeitura, do Museu da Imagem e do Som, da sede da Polícia Federal, da Associação Comercial de Maceió e do Centro de Convenções, construído recentemente para receber eventos de grande porte na cidade, além de outros estabelecimentos.

Hoje o local está relegado à própria sorte, abandonado, com ruas esburacadas e às escuras, muitos prédios em ruinas. É difícil a gente passar no local depois das 17h. Se alguém se arriscar a passar à noite, certamente será assaltado.

Não há no local sequer um guarda municipal ou policiamento que garanta a integridade física da população. É bom lembrar que em Jaraguá ainda funciona faculdades, restaurantes, agências bancárias e residências, que precisam de policiamento e cuidados do poder público.

É de dar pena a situação em que se encontra o Jaraguá hoje. No passado foi poit dos boêmios, bairro de prostituição.

Depois, em governos e administrações passadas, resolveram revitalizá-lo, passou um tempo sendo a menina dos olhos de intelectuais e da boemia, novamente, com bares funcionando e muita movimentação, mas agora o desprezo tomou conta de vez do local. É preciso que a Prefeitura e o poder público olhe com mais carinho para o bairro.

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