Passada a euforia e o resultado das eleições municipais,
pelo menos por aqui que não haverá segundo turno, o Estado volta à normalidade.
É hora de seguir o curso normal da vida. Quem se elegeu que faça um bom
trabalho e que honre os compromissos assumidos.
Em União dos Palmares a vitória de Beto Baía teve uma
conotação de quebra de oligarquia e do conservadorismo. Muita gente não
declarava seu voto por medo; a maior parte tem emprego na prefeitura, não
queria se expor.
Senti um clima de equilíbrio no processo eleitoral, na
última vez que estive em União e já ouvia comentários de um favoritismo para
Beto. Muita gente não acreditou quando
eu disse isso.
Na minha humilde avaliação, a divulgação daquela gravação
com falas do ex-governador e do prefeito Kil, seguida da explosão da rádio
Farol, de propriedade do deputado João Caldas,
foi o estopim que abriu os olhos de muita gente e desencadeou esse
processo.
União dos Palmares precisa ser reconhecida pela sua
importância histórica e não por situações de violência. Tem talentos e valores
que ainda não foram revelados e reconhecidos, porque não tiveram oportunidade.
É preciso que haja investimento em cultura, trazer empresas
e indústrias para a cidade, investir no turismo e em uma delegacia
especializada para atender casos de maus-tratos contra as mulheres.
Também é necessário que o novo prefeito invista em políticas
públicas para a população de baixa renda. Passado todo esse processo, espera-se
que os amigos não virem desafetos e que a paz seja restabelecida no município,
que de janeiro até agora já contabilizou 34 mortes.
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