sábado, 13 de outubro de 2012

Não haverá festas no dia da Emancipação em União dos Palmares


Olívia de Cássia - jornalista


Diferente do que já é tradição todos os anos no município, não haverá festa de comemoração dos 181 anos de Emancipação Política de União dos Palmares, neste dia 13 de outubro, lamentavelmente. Por coincidência ou não, não sabe se o adiamento do desfile das bandas de fanfarra das escolas, shows e outras comemorações foram suspensos por conta da derrota nas urnas do candidato da situação, Manoel Gomes de Barros (PSDB).


Ano passado a cidade viveu um momento importante com uma programação variada de inaugurações, atividades festivas, cultos ecumênicos e shows, que começou no dia 7 e foi até o dia 13. Entre as comemorações do ano passado, a entrega do Museu Casa de Maria Mariá, que passou por uma polêmica e total reforma, porque teve parte do seu acervo danificado. Esse ano a Prefeitura anunciou que não haverá festas. 

Uma pena isso. Quando eu era menina essa data era uma das mais aguardadas pela população. Até os ensaios das bandas eram uma festa para a adolescência e juventude, que não tinham opções de lazer e acompanhava todo o percurso que as bandas faziam pela cidade nos ensaios, que aconteciam à noite. 

União dos Palmares precisa ser valorizada pela sua importância histórica. É necessário que o prefeito eleito Beto Baía (PSD), que assumirá no próximo mês de janeiro, faça um resgate cultural da Terra de Zumbi, juntando todas as forças do município.

A eleição já passou os palanques precisam ser desarmados. Beto vai governar para todos os palmarinos e não só para quem o apoiou. O celeiro da liberdade tem talentos e valores que precisam ser valorizados e apoiados, todos, independente de partidarismos e questões políticas. São talentos que ainda não foram revelados e reconhecidos, porque não tiveram oportunidade.

HISTÓRIA

Segundo os historiadores, os primeiros indícios de presença humana em União dos Palmares datam de finais do século XVI, quando os negros fugitivos dos engenhos de açúcar dos atuais estados de Alagoas e Pernambuco chegaram à Serra da Barriga, onde instalaram a sede do Quilombo dos Palmares, o maior símbolo de liberdade do país.

O Quilombo dos Palmares foi a primeira tentativa de vida livre promovida pelos trabalhadores africanos nas Américas, surgindo por volta de 1580, durando até 1695, ano em que foi morto Zumbi, seu principal líder, pelas forças comandadas pelo bandeirante Domingos Jorge Velho.

Por volta de 1730, o português Domingos de Pino chegou à região, onde construiu uma capela dedicada a Santa Maria Madalena. Daí, o primeiro nome oficial do lugar: Maria Madalena.Já no Império, quando da visita da imperatriz Leopoldina, mudou-se o nome para Vila Nova da Imperatriz, em 1831, quando a vila ganha autonomia administrativa, após desmembrar-se do município de Atalaia. Assim chamou-se até meados do século XIX.

Em 1889, recebe por meio de Decreto de Lei a condição de cidade e passa a chamar-se União pelo decreto de 25 de setembro de 1890. Essa mudança de nome se deve à união ferroviária entre Alagoas e Pernambuco.

Mas o nome definitivo da cidade só veio a ser dado em 1944, quando houve o acréscimo de Palmares ao nome da cidade, em homenagem ao Quilombo dos Palmares. (Com informações da Wikipédia, a enciclopédia livre) (Fonte: http://www.jmarcelofotos.com/)

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