quarta-feira, 7 de março de 2012

Governo emite nota oficial de apoio ao Gecoc

Por Olívia de Cássia

O Governo de Alagoas manifestou no final da noite de ontem, por meio de nota oficial, total apoio ao Gecoc (Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas) do Ministério Público Estadual, pela realização da Operação Espectro, desencadeada nesta terça-feira (6), com apoio das Polícias Civil e Militar, Polícia Federal, da Força Nacional e da Secretaria Estadual da Fazenda.

A Operação Espectro, desencadeada pelo Gecoc, Sefaz, Polícia Civil, PM e Força Nacional estiveram em Maceió e Marechal Deodoro desarticulando uma quadrilha que fraudava licitações em Alagoas.

De acordo com o MP-AL o desvio pode chegar a R$ 300 milhões e a investigação começou com a Controladoria Geral do Estado e o setor de inteligência da Secretaria da Fazenda do Estado. No total foram 17 mandados de prisão; 34 mandados de busca e apreensão; todos expedidos pela 17ª Vara. Os presos foram levados para Central de Polícia.

Segundo o que foi investigado pelas instituições, algumas das licitações eram realizadas em sua maioria pela Secretaria de Defesa Social do Estado, mas algumas licitações na Secretaria de Estado da Saúde e na Prefeitura de Marechal Deodoro. A imprensa acompanhou o caso durante todo o dia e à tarde na Assembleia, o deputado Temóteo Correia (DEM) fez menção à Operação.

As investigações sobre irregularidades na compra de alimentação para o sistema prisional alagoano foram detectadas em 2008 pela Secretaria de Estado da Defesa Social (Seds) e pela Controladoria Geral do Estado.

À época, a Seds abriu inquérito para apurar possíveis irregularidades, que foi encaminhado à Secretaria de Estado da Fazenda, que constatou fortes indícios de crime tributário e formação de quadrilha.

Segundo informações da polícia, foi instaurado procedimento administrativo na Corregedoria Geral da Seds e em seguida, a Direção-Geral da Polícia Civil instaurou inquérito policial, por meio da Delegacia de Crimes Contra a Administração Pública e Tributária.

Em 2011, segundo a nota da assessoria do Governo do Estado, o inquérito foi remetido pelo Governo do Estado ao Ministério Público, quando o Gecoc entrou no caso diante da constatação do envolvimento de organização criminosa no desvio de recursos públicos. O desfecho da investigação se deu agora, quando o MPE solicitou à 17ª Vara Criminal os mandados de prisão e de busca e apreensão.

Segundo informações da imprensa nos jornais que circulam hoje, os presos foram: José Carlos Roberto, Antônio Luiz Gonzaga Filho (que se apresentou como advogado e exigiu a presença da OAB),Tania Lucia Feijó e Irani de Omena Brito, contadores e Luzinete Arakaki,Emerson Toshi Arakaki, Delio Xavier Tavares, empresários.

Um comentário:

Tom Torres disse...

O que fico impressionado é que se roubam mais de trezentos milhões de uma secretaria de segurança e não tem nenhum mangangão envolvido. Trezentos milhões de reais não é trezentos reais. É muito dinheiro. Acho que, finalmente, inventaram o crime perfeito.

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