quarta-feira, 14 de março de 2012

Segunda sessão da semana na ALE foi curta

Fotos de Olívia de Cássia
Por Olívia de Cássia – Com Sessão Pública e Assessoria

Nos meses que antecedem as eleições municipais deste ano, as sessões da Assembleia Legislativa têm sido, nesses primeiros dias, curtas e com poucos projetos em pauta. Parece que os deputados estão empenhados em ajudar seus correligionários às eleições municipais e a tarde foi apenas de debates.

Na sessão desta quarta-feira, 14, dezenove deputados compareceram à sessão da Casa de Tavares Bastos, um número razoável, que pode deliberar votações de projetos, mas apenas uma matéria foi lida na Ordem do Dia para ser apreciada pelos parlamentares alagoanos.

A matéria foi uma indicação do deputado Joãozinho Pereira (PSDB), para que o governo do Estado faça a recuperação da Ponte Gunga, sobre o Rio São Miguel, no Litoral Sul.

O deputado Fernando Toledo (PSDB), presidente da Casa, após a abertura da sessão, como a leitura da ata da reunião plenária anterior e a verificação de quórum, pediu aos parlamentares inscritos para fazerem uso da tribuna da Casa, para que o fizesse no Expediente Final, por ele ter a necessidade de acompanhar o sepultamento de um parente.

Medeiros reclama de caos na saúde



O primeiro parlamentar a fazer uso da fala foi o deputado Ronaldo Medeiros (PT) que discorreu sobre a situação caótica da saúde no Estado. Medeiros criticou a saúde pública em Alagoas e disse que os alagoanos não aguentam mais sofrer com seus parentes agonizando nas filas à espera de um atendimento.

O petista fez um apelo ao Governo do Estado e ao prefeito de Maceió, Cícero Almeida (PP), para resolver, em caráter de urgência, a situação da saúde pública. “Hoje, mais de 100 anestesistas pararam as atividades e os hospitais que realizam cirurgias por meio de convênios com o SUS estão preocupados com as consequências dessa paralisação”, ressaltou o deputado.

Ele pontuou o seu discurso dizendo que os alagoanos estão passando momentos difíceis e destacou a paralisação dos médicos anestesistas do Estado.

“Vivemos momentos difíceis com a saúde em Alagoas, e, para agravar ainda mais a situação, vemos os anestesistas suspendendo o atendimento pelo SUS, hoje, no HGE.

Existe uma carência de 35 profissionais desta área; são vagas abertas e ninguém para preenchê-las, isso porque, os profissionais estão deixando de trabalhar em Alagoas, e procurando emprego em outros estados, pois aqui se paga R$ 45 para um anestesista realizar um parto, enquanto que em outros estados do Nordeste esse valor chega a R$ 380”, observou Medeiros.

O deputado do Partido dos Trabalhadores lamentou ainda o fato de que os profissionais que hoje paralisaram as atividades estão tentando uma negociação a contento desde setembro do ano passado e até o momento nada foi realizado.

“Gostaria de pedir encarecidamente, que pelo menos fosse resolvida em parte essa situação. Os médicos passam em média oito anos estudando para conseguir um emprego e depois disso para receber um salário digno têm que trabalhar em até sete lugares distintos, recebendo até R$ 3,80 por consulta, um absurdo!”, reclamou o petista.

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