Olívia de Cássia - jornalista
Março é um dos meses mais compridos do nosso calendário e de muitas comemorações. No dia 14 comemora-se o Dia Nacional da Poesia; 15 comemora-se o Dia da Escola; 21 o Dia da Floresta, o Dia do Circo – 27 de março; Dia do Meteorologista – 23 de março, entre outras comemorações importantes como o Dia Mundial da Água, do Teatro, Dia Nacional do Turismo, e por aí vai.
Mas a comemoração mais importante do mês é o dia 8, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher, quando se homenageia as operárias têxteis da fábrica Cotton, em Nova Iorque. Ao longo da história da humanidade, as mulheres estiveram sempre subjugadas às vontades dos homens, a trabalhar como serviçais, sem receber nada pelo seu trabalho ou então ganhavam um salário injusto, que não dava para sustentar sua família.
Por conta dessa discriminação, elas se uniram para reivindicar respeito e para lutarem pelos seus direitos, por inserção no mercado de trabalho e a cuidarem de suas próprias vidas. No Brasil só conseguiram o direito de votar na década de 30 do século passado, mas não esmoreceram diante dos obstáculos. Sempre foram à luta, ‘sem pedir licença’.
O preconceito e a discriminação contra a mulher eram muitos e muitos sérios. Tanto que chegou-se ao ponto de operárias da fábrica têxtil Cotton, em Nova Iorque, serem queimadas vivas, presas na fábrica, após uma manifestação onde reivindicavam melhores condições de trabalho, diminuição da carga horária de 16 para dez horas diárias, salários iguais aos dos homens – que chegavam a ganhar três vezes mais no exercício da mesma função.
No Brasil e no mundo, a luta dessas mulheres batalhadoras não foi em vão e hoje nós ocupamos cargos os mais altos e elegemos uma mulher presidente do País, fruto do amadurecimento e da persistência do movimento feminino internacional, apesar de o preconceito contra nós ainda não ter acabado. Ainda somos minoria na política e em alguns cargos de chefia, apesar dos avanços conseguidos e da crescente participação da mulher na vida administrativa da Nação.
A decisão de decretar o 8 de março como o Dia Internacional da Mulher aconteceu em um conferência internacional feminista e foi uma proposta da feminista Clara Josephine Zetkin, uma professora, jornalista e política marxista alemã.
Tivemos muitos avanços ao longo dos séculos e com a promulgação da Constituição Cidadã de 1988 do século XX. Recentemente, no governo do presidente Lula, foi aprovada a Lei Maria da Penha, como resultado da luta pelos direitos da mulher, contra a violência dentro do lar e fora dele, para que as mulheres espancadas e maltratadas por seus companheiros ou que sirvam como escravas sexuais deles denunciem seus opressores.
No entanto, apesar de tantos avanços das mulheres no mundo principalmente no mercado trabalho, em particular na América Latina, com um crescimento notável entre 1990 e 2008 nas zonas urbanas, muita coisa ainda precisa avançar.
Segundo a revista Carta Capital, mais de um terço das mulheres urbanas maiores de 15 anos não têm ou não recebem nenhuma renda e a maioria não tem acesso a recursos monetários porque sua principal atividade são os afazeres domésticos e as tarefas de cuidado em seus domicílios, ainda. É um tema para se refletir.
sábado, 3 de março de 2012
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