terça-feira, 8 de novembro de 2011

O que vem por aí...

Olívia de Cássia - jornalista

Logo mais à tarde terá sessão ordinária na Assembleia Legislativa e depois sessão pública da CPI da Eletrobras. Os deputados devem começar a semana com vontade de trabalhar. Alguns projetos foram protocolados na Casa e devem ser lidos hoje, na hora do expediente.

Um ou outro deputado deverá falar da Lei Orçamentária que já tem data marcada para ser discutida com a sociedade, numa sessão pública que acontece no próximo dia 23. A matéria tramita na Casa e está aberta para receber emendas. O deputado Judson Cabral apresentou duas: uma aditiva e outra modificativa.

Outros parlamentares devem fazer o mesmo. O recesso de fim de ano só começa quando o orçamento tiver sido votado. E aí alguns parlamentares que têm residência no interior vão para seus redutos eleitorais fazer articulações.

Ano que vem teremos eleições municipais e muitos deles vão apoiar candidatos a prefeito e vereador. Agora que muitas câmaras aumentaram as vagas, na maioria das cidades, a correria da disputa sera maior.

Qual o candidato que não quer ganhar molinho o salário de vereador, principalmente nos grandes municípios, além das vantagens que lhes são proporcionadas? Coneço candidato na minha terra que nem saber escrever o próprio nome sabia e mesmo assim se elegeu vereador, com um salário que não ganhava como vendedor ou outra profissão por lá.

O papel de um parlamentar é importante: fiscalizar os atos do gestor, administrar e legislar. Muitos confundem essa missão, ignoram e transformam essa atividade num campo de negociações e num meio de vida. Não deveria ser assim.

O eleitor, por sua vez, também é culpado; está cheio de vícios maléficos e vende sua consciência e a própria alma em troca de pequenos favores. Sou partidária do voto facultativo, mas aqui é difícil implantar, até porque para mim não mudaria nada. Eu continuarei a votar, independente de qualquer coisa e continuarei exercendo esse ato de cidadania até quando Deus quiser.

Sempre gostei desse movimento, herdei isso de papai, esse entusiamo por eleições e essa tendência a me envolover em política de alguma forma. A gente não entende certas situações, como a de um deputado, seja ele estadual ou federal, se interessar a disputar um pleito de prefeito ou de vereador no interior do Estado.

Nesse aspecto muita coisa está em jogo: visibilidade, medição de popularidade e prestígio, vantagens políticas e ou pessoais, entre outras coisas. Na Assembleia Legislativa, são 27 deputados, a grande maioria com forte influência no interior do Estado; devem se empenhar para fazerem essa avaliação ano que vem.

Será um ano movimentado, de negociações, acordos e também de intrigas. Só espero que o jogo seja jogado de maneira mais suave, sem consequências maiores, mas isso é idealisamo, a realidade mostra que sera mesmo é uma guerra.

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