Péssimas condições de escola de União foi tema de reportagem no Fique Alerta

Foto de João Paulo Farias
Por - Olívia de Cássia - jornalista

As péssimas condições da Escola Estadual Rocha Cavalcante, de União dos Palmares, e o fato de estarem dividindo salas com alunos da Escola Monsenhor Clóvis foi tema de reportagem do Fique Alerta, da TV Pajuçara, no começo da tarde desta quinta-feira, 6. O problema na escola já foi tema de reportagem em jornais da capital, em várias matérias no blog e nos sites do Estado e do município.

Depois das primeiras denúncias o governo enviou representante ao local para verificar as condições da escola, mas até agora nada foi feito. A Secretaria de Educação alega que o processo está em licitação.
Na matéria do Fique Alerta foi destacado, mais uma vez, que há três meses que a escola está interditada por problemas em sua estrutura, por conta de rachaduras, infiltrações e problemas com a energia.

Os alunos e professores da unidade de ensino, uma das mais tradicionais do município e que completou 83 anos este ano, foram transferidos para o prédio do Monsenhor Clóvis e reclamam da falta de condições no aprendizado, por conta do barulho e da forma como estão instalados.

Os mais de 600 alunos do Rocha Cavalcanti foram transferidos para a escola Monsenhor Clóvis, também em União, ocupando o auditório, a sala dos professores, o grêmio estudantil e o laboratório de informática, no auditório a situação torna-se crítica, pois o espaço é dividido para duas turmas de séries diferentes com cem alunos, o que atrapalha o aprendizado.

Segundo o professor da disciplina de Química, Nivaldo Marinho, em matéria no site O Relâmpago, é difícil dar aula nestas turmas que estão no auditório, pois enquanto um professor aplica aula de Matemática numa turma, o outro aplica Língua Portuguesa na turma ao lado. “O barulho é intenso, quando os dois professores falam ao mesmo tempo, ninguém entende nada”, lamentou Nivaldo que teme que o rendimento destes alunos seja negativo.

O governo do Estado decretou situação de emergência na educação do Estado, no sentido de que os problemas emergenciais sejam resolvidos, mas até agora, no que diz respeito a União dos Palmares e à Escola Rocha Cavalcante, a situação continua a mesma, como reclamam professores e alunos.

O diretor do Rocha Cavacanti, professor George Sena, diz que “as reformas ocorridas nos anos de 2006, 2007 e 2010, não resolveram totalmente os problemas da escola”. Ele mostra que desde março foram solicitados três pedidos de reformas. Segundo George, os processos das reformas estão adiantados, mas ressalta que nem os pedidos das divisórias para o auditório foram atendidos, muito menos o início das reformas nesta unidade.

O diretor se queixa da falta de condição em permanecer no Monsenhor Clóvis que, segundo ele, os acolheu muito bem, mais que não foi suficiente para que seus alunos conseguissem ter acesso a ambientes adequados para se desenvolver o trabalho pedagógico.

Espera-se que agora, depois que o problema foi veiculado na TV e ficou mais evidente a necessidade de uma providência mais urgente e eficaz, os olhos do poder público se volte para a escola e os alunos possam manter o seu aprendizado. (Com informações do site O Relâmpago)