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Olívia de Cássia - Repórter
Os servidores da Assembleia Legislativa realizaram uma assembleia na manhã desta quinta-feira, 20, para discutir o que eles chamam de falta de cumprimento da Mesa Diretora no que diz respeito ao Plano de Cargos e Carreira (PCC) dos funcionários. Segundo Eranandi Malta, presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo, esse é o segundo mês sem o cumprimento da decisão do plenário.
“Temos sete dias para fazer uma convocação, para determinar a greve. Temos que trabalhar em cima da lei. Publicaremos (o Edital) no Diário Oficial”, observa.
Malta disse que a próxima assembleia será também no hall da Casa, onde os servidores poderão decidir.
“E vai cumprir os trâmites para poder definir a greve ou não. Mas quem vai determinar são os servidores, a maioria e tenho que paralisar todos os setores da Casa: taquigrafia, plenário, Sala das Comissões”, destaca.
O presidente do Sindicato reforça que a categoria espera que a Mesa chame os Poderes para uma conversa “e se isso não acontecer, na próxima semana vamos paralisar os trabalhos”, disse Ernandi.
Representantes do Sindicato e da Associação dos Servidores reclamaram que tem servidor com problema de saúde, em consequência da má qualidade de vida, “por falta de recebimento do que têm direito”.
Enquanto as lideranças discursavam, uma servidora colhia assinatura dos presentes, mas reclamou que alguns servidores não queriam colocar o número da matrícula no documento. Segundo as lideranças do movimento, muitas conversas estavam sendo espalhadas entre a categoria.
“Ventilaram a possibilidade de os funcionários não aderirem à greve, porque poderiam ser prejudicados sem receberem o décimo-terceiro e os salários dos meses do fim do ano”, disse uma servidora.
Outra informação foi a de que o presidente Fernando Toledo (PSDB) teria dito em uma mesa de bar que o Plano de Cargos e Carreira não seria pago em janeiro do próximo ano. O servidor João Miranda ficou com a tarefa de convocar a imprensa, para contar o que está se passando com os servidores da Casa.
“Precisamos mostrar aos deputados que o povo e os funcionários são os donos da Casa e que o mês de dezembro já está vendido. O presidente deu uma declaração na imprensa, no jornal Primeira Edição, dizendo que o PCC está sendo pago e não é verdade”, disse o servidor.
Outra argumentação que circula entre os funcionários é a de que o presidente vai chamar os 800 servidores da ativa para trabalhar. Atualmente a ALE tem em seus quadros 1.300 servidores, somando os aposentados.
“Pode chamar, que chamem também os que moram no Rio de Janeiro, nos Estados Unidos, os filhos dos deputados e esposas. É preciso dar um basta. Os deputados estão preocupados com os seus apenas”, disse uma liderança, em tom de indignação.
O presidente Ernandi Malta disse que conversas não adiantam. “O que adianta é algo concreto; se a Mesa não cumprir o compromisso assumido, vamos parar essa casa”.
Malta observou que espera que dessa vez não aconteça como da outra vez parada, que entrou servidor no carro da polícia.
“Não é justo que algum servidor faça isso. Vamos seguir os trâmites legais, publicar o edital no Diário Oficial, convocação, para que todos tomem ciência do que está acontecendo. Ou eles (os deputados) cumprem (com o acordo) ou a gente fecha de vez a casa”, finaliza Eranandi Malta.
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