sábado, 22 de outubro de 2011

V Bienal Internacional do Livro foi aberta ontem e deve receber 200 mil pessoas

Evento tem como patrono o jornalista alagoano Audálio

Por Olívia de Cássia - jornalista

Evento tem como patrono o jornalista alagoano Audálio Dantas, radicado em São Paulo
A V Bienal Internacional do Livro de Alagoas foi aberta ontem à noite, no Centro de Convenções de Maceió, no bairro de Jaraguá e tem como patrono este ano o jornalista alagoano Audálio Dantas, que reside em São Paulo.

A organização do evento espera um público de 200 mil leitores durante sua programação que prossegue de hoje até o dia 30 de outubro, oferecendo 22 mil títulos ao público visitante. A solenidade de abertura foi realizada ontem, com a presença de escritores e intelectuais que aprovam a iniciativa da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), por meio da Edufal.

O evento é uma oportunidade para divulgar a produção cultural e literária do Estado e para incentivar o alagoano ao hábito da leitura. Muitos estandes com novidades diversas como o do menor livro do mundo, livros de pano para crianças, contadores de histórias, oficinas e muita diversão para quem costuma viajar nesse universo maravilhoso da leitura.

A abertura da V Bienal contou com a presença, entre outros personagens ilustres, do patrono do evento, o jornalista Audálio Dantas, alagoano que reside em São Paulo. Audálio é natural de Tanque d'Arca, e foi premiado pela ONU por sua série de reportagens sobre o Nordeste brasileiro publicadas na extinta revista Realidade.

Audálio também foi presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo à época do assassinato pela ditadura militar do jornalista Vladimir Herzog, foi o primeiro presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e deputado federal.

Em 1954, ele iniciou a carreira como repórter da Folha da Manhã — hoje Folha de S. Paulo —, passando em seguida pelas redações das revistas O Cruzeiro, onde foi redator e chefe de reportagem da revista Quatro Rodas, nas funções de editor de turismo e redator-chefe. Também trabalhou na revista Realidade, como redator e editor; Manchete, como chefe de redação; e Nova, como editor.

Entre os trabalhos mais importantes que realizou como jornalista e escritor, está "Quarto de despejo", da favelada Carolina Maria de Jesus — Audálio compilou do diário que ela escreveu e em 1960 o lançou como livro, que já foi traduzido em 13 idiomas. Convidar o jornalista Audálio Dantas para ser o patrono da V Bienal é uma homenagem mais que merecida.

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