Olívia de Cássia - jornalista
As dores da alma são mais densas que as do corpo e causam as piores consequências. Mais do que uma simples tristeza, a pessoa que sofre desse tipo de problema apresenta uma série de sintomas que resultam em uma total perda de discernimento das coisas.
Já tive esse tipo de incômodo e não desejaria para o meu pior inimigo, se eu tivesse desafetos. Quan
do a gente está assim, triste e depressiva, só pensa no pior, parece que nada ajuda e se a gente não tiver uma força interior muito maior, a ajuda de amigos e muita fé em Deus, é capaz de cometer muita besteira.
Felizmente eu superei essa fase dolorida na minha vida. Naquela época eu só pensava em coisas negativas, telefonava para os amigos altas horas da madrugada, perturbava o sossego de muita gente, mas eu procurei ajuda.
Naquela situação eu pensava que meu mundo tinha desabado, que nada mais importava, que eu nunca ia superar aquela fase e chorava o tempo todo. Foi uma época difícil, perdi peso acima do normal, que foi a única coisa boa que me aconteceu. Mas depois ganhei os quilinhos em dobro.
Nesse tempo eu recebi a orientação de uma amiga e fui fazer terapia com um psiquiatra, todo mundo pensava que eu estava ficando louca, até a médica, porque eu só falava besteira e chorava o tempo inteiro, eu não tinha autoestima e tinha perdido o meu foco.
A médica tentava me hipnotizar, receitava remédios que eram ministrados para pessoas com problemas psiquiátricos, mas meu estado de torpor era tão intenso que eu não conseguia melhora.
A coitada fazia exercício de relaxamento, colocava aquelas músicas com sons de pássaros, mandava que eu colocasse no papel o que estava sentindo, mas naquele tempo não saia nada que se aproveitasse, pois eu era uma pessoa negativa.
Passados quatro meses de terapia eu acordei para a vida e tomei a decisão de abandonar aquele tratamento caro e que eu achava não estava fazendo muitos progressos. Resolvi, por minha conta, deixar de tomar aqueles remédios pesados e disse a mim mesma que iria fazer a minha terapia individual.
Foi quando eu decidi escrever meu livro de memórias. Não foi fácil relembrar tudo aquilo. Cada linha que eu escrevia eu chorava feito bezerra desmamada, mas em dois dias eu tinha produzido dez laudas.
Foi uma dor intensa aquela, uma das piores que eu já tinha sentido até então, mas eu consegui: em dois meses eu tinha acabado de escrever meu livro.
De lá para cá, cada vez que releio aqueles meus escritos, porque ainda não consegui dinheiro para publicação, eu faço revisões e modifico alguma linha. Mas isso faz alguns anos já.
Felizmente, eu me sinto outra pessoa hoje em dia: agora eu vejo a vida com mais lucidez, com positividade e continuo trilhando o caminho da fé. Não sei se me curei.
A médica me falou que eu ia abandonar o tratamento mas que não tinha sido curada da depressão. Volta e meia eu tenho umas recaídas, mas ficar como eu fiquei naquele tempo nunca mais, graças a Deus.
Hoje eu tenho mais altoestima e amor próprio, apesar de ainda ter minhas fragilidades. É preciso ter muita fé, acreditar em Deus, ter amigos, ter foco e determinação para ser uma pessoa melhor e é o que tenho me esforçado para ser.
Não sou perfeita, sei que tenho um milhão de defeitos, mas tento trilhar o meu caminho hoje procurando me envolver com situações que me façam me sentir feliz. Fiquem com Deus.
Felizmente eu superei essa fase dolorida na minha vida. Naquela época eu só pensava em coisas negativas, telefonava para os amigos altas horas da madrugada, perturbava o sossego de muita gente, mas eu procurei ajuda.
Naquela situação eu pensava que meu mundo tinha desabado, que nada mais importava, que eu nunca ia superar aquela fase e chorava o tempo todo. Foi uma época difícil, perdi peso acima do normal, que foi a única coisa boa que me aconteceu. Mas depois ganhei os quilinhos em dobro.
Nesse tempo eu recebi a orientação de uma amiga e fui fazer terapia com um psiquiatra, todo mundo pensava que eu estava ficando louca, até a médica, porque eu só falava besteira e chorava o tempo inteiro, eu não tinha autoestima e tinha perdido o meu foco.
A médica tentava me hipnotizar, receitava remédios que eram ministrados para pessoas com problemas psiquiátricos, mas meu estado de torpor era tão intenso que eu não conseguia melhora.
A coitada fazia exercício de relaxamento, colocava aquelas músicas com sons de pássaros, mandava que eu colocasse no papel o que estava sentindo, mas naquele tempo não saia nada que se aproveitasse, pois eu era uma pessoa negativa.
Passados quatro meses de terapia eu acordei para a vida e tomei a decisão de abandonar aquele tratamento caro e que eu achava não estava fazendo muitos progressos. Resolvi, por minha conta, deixar de tomar aqueles remédios pesados e disse a mim mesma que iria fazer a minha terapia individual.
Foi quando eu decidi escrever meu livro de memórias. Não foi fácil relembrar tudo aquilo. Cada linha que eu escrevia eu chorava feito bezerra desmamada, mas em dois dias eu tinha produzido dez laudas.
Foi uma dor intensa aquela, uma das piores que eu já tinha sentido até então, mas eu consegui: em dois meses eu tinha acabado de escrever meu livro.
De lá para cá, cada vez que releio aqueles meus escritos, porque ainda não consegui dinheiro para publicação, eu faço revisões e modifico alguma linha. Mas isso faz alguns anos já.
Felizmente, eu me sinto outra pessoa hoje em dia: agora eu vejo a vida com mais lucidez, com positividade e continuo trilhando o caminho da fé. Não sei se me curei.
A médica me falou que eu ia abandonar o tratamento mas que não tinha sido curada da depressão. Volta e meia eu tenho umas recaídas, mas ficar como eu fiquei naquele tempo nunca mais, graças a Deus.
Hoje eu tenho mais altoestima e amor próprio, apesar de ainda ter minhas fragilidades. É preciso ter muita fé, acreditar em Deus, ter amigos, ter foco e determinação para ser uma pessoa melhor e é o que tenho me esforçado para ser.
Não sou perfeita, sei que tenho um milhão de defeitos, mas tento trilhar o meu caminho hoje procurando me envolver com situações que me façam me sentir feliz. Fiquem com Deus.
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