quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Por que choro?


Olívia de Cássia - Jornalista

Muitas vezes eu me pergunto por que ainda choro por causas perdidas, por um sonho desfeito, pela falta de carinho, por causa de  uma palavra ou um gesto que dizem tudo e que nos fazem triste, ou por me sentir sozinha.

No começo da tarde postei mensagem no Facebook onde eu disse que acredito na força do pensamento positivo e na fé. Que tenho presenciado muito isso na minha vida de pouca saúde e que percebi que depois que adotei um comportamento suave, mais ameno, sem negativismo, minha qualidade de vida melhorou muito.

O depoimento é verdadeiro e reflete exatamente o que estou sentindo hoje, no instante em que coloco isso tudo no  notebook. De repente o choro veio, incontroladamente; as lágrimas caíram copiosamente do meu rosto, talvez para aliviar as minhas tensões e momentos de tristeza.

Mas apesar de minhas indagações, questionamentos e inconformidade com muita coisa que não concordo no mundo, posso dizer que sou uma pessoa feliz, apesar do choro de agora, da falta de amparo e da sensação de vazio dentro de mim.

Apesar de tudo e por tudo estou feliz por ter amigos maravilhosos, de mente aberta e que me respeitam como sou. E os que não me entendem, paciência, ninguém é obrigado a concordar com tudo e com todo mundo. Ninguém é unanimidade.

O jornalista e escritor Nelson Rodrigues dizia que toda unanimidade é burra. Embora eu discorde da linha de pensamento de Nelson com relação à visão que ele tinha de devassidão das mulheres, sou obrigada a concordar que nem todo mundo precisa concordar comigo, que ninguém precisa me amar. É só me respeitar que é o suficiente.

Também eu disse em meu depoimento do Face que a vida é de cada um e que espero multiplicar minhas amizades a cada dia. Que cada uma delas seja um agente multiplicador da minha felicidade. Adoro fazer amizades, adoro conhecer gente nova, conversar, expressar minhas opiniões com gente jovem a respeito da vida.

Às vezes eu reconheço que me excedo pela minha confiança e espontaneidade e é isso que eu acho que assunta algumas pessoas. Sempre agi com rebeldia em minha vida, fui uma adolescente ousada, que desafiava os costumes; muita gente não entendia em União dos Palmares.

Hoje sou uma mulher livre, independente, tenho minha profissão, pago minhas contas e procuro respeitas todas as pessoas, da mesma forma que exijo delas essa gentileza. Acho que está faltando essa delicadeza dos gestos no mundo e se  a gente desse mais bom dia, boa  tarde e desejasse o melhor para o outro, o mundo seria melhor.

Uma linda tarde para todos e que Deus esteja sempre presente em suas vidas.

Nenhum comentário:

Aqui dentro tudo é igual

  Olívia de Cássia Cerqueira   Aqui dentro está tudo igual. Lá fora os bem-te-vis e outros pássaros que não sei identificar, fazem a fes...